1. (UFPE/2006) As viagens que provocaram
a expansão marítima europeia mudaram concepções culturais tradicionais e ampliaram
as rotas comerciais da época. A viagem feita por Cristóvão Colombo em 1492:
a) foi patrocinada pelos reis de Portugal, e por comerciantes italianos
interessados na exploração de metais, abrindo espaços para preparar outras
expedições como a de Pedro Álvares Cabral.
b) propiciou a descoberta da ilha de Guanaani, onde Colombo estabeleceu
contatos com os nativos da região, sem maiores problemas, o que foi registrado
em um diário.
c) abriu caminho para o fortalecimento econômico da Espanha, mas não teve
repercussão na vida do navegador, que permaneceu sempre anônimo durante toda a
vida.
d) fracassou nas suas intenções econômicas, mas realizou o projeto inicial
de fazer a circunavegação da Terra, projeto de grande importância para a época.
e) trouxe prejuízos para a Espanha, pois o navegador não chegou a terras
americanas, perdendo-se nas rotas do Oceano Pacífico, devido aos erros
cartográficos.
2. (UFRR/2006) A chegada dos europeus ao
chamado Mundo Novo no século XV marcou o início de profundas transformações
sociais, políticas e econômicas no encontro com as civilizações indígenas.
Estes contatos foram decisivos para a formação das colônias e, posteriormente,
para a criação dos estados americanos.
Assim sendo,
seria correto afirmar que:
a) Vasco da Gama, acidentalmente, chegou à península de Yucatán, México,
com sua frota no dia 14 de novembro de 1503.
b) Américo Vespúcio ancorou as naus Maria, Nina, Pinta na ilha caribenha
conhecida como Trinidad e Tobago no dia 26 de novembro de 1512.
c) O genovês Cristóvão Colombo, a serviço da
coroa espanhola, aportou a sua frota na ilha de Guanahani no dia 12 de outubro
de 1492.
d) Ponce de Leon, sob ordens diretas da coroa espanhola, arrasou, em 1587,
a nação dos índios
Maia na batalha que ficou conhecida como Guerra das Antilhas.
e) Nenhuma destas afirmações está correta, porque todas dizem respeito a outros
eventos históricos.
3. (UFU MG/2005) “Colombo não estava tão longe de certas concepções correntes durante a
Idade Média acerca da realidade física do Éden, que descresse de sua existência
em algum lugar do globo. E nada o desprendia da ideia (...) de que precisamente
as novas Índias, para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla
do Paraíso Terreal. (...) A tópica das ‘visões do paraíso’ impregna todas as suas
descrições daqueles sítios de magia e lenda”.
Sérgio Buarque de Holanda, Visão do paraíso.
A partir da interpretação do trecho acima,
assinale a alternativa correta.
a) Colombo,
conforme a mentalidade própria de sua época, acreditava na existência do
Paraíso Terrestre, na sua localização nas novas terras descobertas, e que ele
havia sido levado para bem perto desse Paraíso, por vontade de Deus.
b) O paraíso
terrestre é mito medieval cuja presença nas novas terras descobertas, na era
das grandes
navegações atlânticas do século XV e XVI, é
evocada apenas como uma metáfora.
c) Colombo não
acreditava no Paraíso Terrestre, mas só pôde compreender a novidade da América
comparando-a ao Paraíso.
d) A América era
um território cujas condições naturais e riquezas lembravam metaforicamente um
paraíso, porém as colonizações espanhola e portuguesa destruíram seu aspecto
paradisíaco.
4. (UNIFOR CE/2006) Em junho de 1494, em Tordesilhas, Portugal e Espanha assinaram um
acordo para pôr fim aos conflitos surgidos após a notícia da viagem bem-sucedida
de Cristóvão Colombo. Um meridiano traçado a 370 léguas a oeste das ilhas de
Cabo Verde dividiria as terras descobertas e a descobrir, entre portugueses e
espanhóis. Assim, ficou decidido que:
a) as terras descobertas a oeste do meridiano
seriam da Espanha e as do Leste seriam de Portugal.
b) os espanhóis
desistiriam das terras porque as viagens de Colombo foram financiadas por
Portugal.
c) as terras
descobertas a leste do meridiano pertenceriam aos espanhóis e as terras ao
oeste
pertenceriam aos portugueses.
d) os espanhóis
aceitariam ocupar as terras do leste mediante pagamento de indenização ao rei
de
Portugal.
e) as terras
americanas poderiam ser ocupadas indistintamente por portugueses e espanhóis.
5. (UFJF MG/2006) Leia, com atenção, a citação:
“Diz-se muitas vezes que os povos da
Península Ibérica – e particularmente os portugueses – estavam
especialmente preparados para inaugurar a
série de descobertas marítimas e geográficas que mudaram o curso da história
mundial, nos séculos XV e XVI.”
BOXER, C.R. O império marítimo português.
Lisboa: Edições 70, 1969, p. 20.
Com base na citação e em seus conhecimentos,
leia atentamente as afirmativas, que buscam explicar as razões pelas quais os
povos ibéricos podem ser considerados “especialmente preparados” para as
descobertas marítimas:
I. A frágil
diferenciação social interna e as alianças entre aristocracia, burguesia e
camponeses atuaram como importante fator de estabilidade social.
II. A ativa
participação dos árabes na condução do processo da expansão marítima ibérica
possibilitou uma maior troca de experiências e projetos de expansão
territorial.
III. A pioneira
fundação do Estado Moderno português encontrou na expansão ultramarina uma
fonte de prestígio para manutenção da nobreza e uma expectativa de novas fontes
de receita.
Após a leitura, pode-se afirmar que:
a) todas estão
corretas.
b) todas estão
incorretas.
c) somente a afirmativa III está correta.
d) as
afirmativas I e III estão corretas.
e) somente a
afirmativa II está correta.
6. (UFPA/2006)
“Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre lusitano,
A quem Netuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que outro valor mais alto se alevanta “
Nessa passagem de Os Lusíadas, Camões canta,
em 1572, a epopeia de Vasco da Gama, marco do absolutismo português, exaltando
o (a)(s)
a) memória dos
sábios navegadores gregos e troianos, que ajudaram os lusitanos na conquista da
África, Ásia e América, nos séculos XV e XVII.
b) antigas
conquistas do grego Alexandre Magno e do Imperador romano Trajano, que foram os
primeiros a navegar pelos mares do Atlântico, abrindo caminho aos portugueses.
c) povo e os navegadores portugueses, que,
com a conquista dos mares do Atlântico, não apenas se compararam aos heróis
antigos, mas até mesmo os suplantaram.
d) mitologia
romana nas figuras de Netuno e Marte, deuses cristianizados e cultuados pelos
portugueses durante o processo de expansão marítima pelo oceano Atlântico.
e) fama
conquistadora do povo lusitano, que se deveu ao fato de esses deixarem a Europa
e descobrirem o Novo Mundo, com base em relatos dos antigos gregos e romanos.
7. (ETAPA SP/2006) “Qual a crítica que se faz, normalmente, com relação a Cristóvão
Colombo, ao Descobrimento da América, essas coisas que todos conhecem? A
primeira crítica que se faz é que esta reconstituição exprime uma posição
eurocêntrica.
É a visão do conquistador. Evidentemente, não
há descobrimento porque ninguém estava encoberto e, se há descobrimento é um
descobrimento mútuo e a simples designação “descobrimento” já marca a posição
eurocêntrica. Até aí, muito bem. (...) Isso, que é evidentemente muito
aceitável, entretanto, pode levar a certos descaminhos, como começar a dizer
que nós temos de fazer a contra-história, ou seja, a reconstituição da história
do ponto de vista do vencido. Como se pudéssemos nos tornar índios, coisa que
evidentemente é absolutamente impossível.”
Fernando Antônio Novais. “América,
descoberta, colonização e suas consequências nos sistemas de comunicação”,
in: Luiz Carlos Uchoa Junqueira Filho (org.)
– Perturbador mundo novo: história, psicanálise e sociedade
contemporânea, 1492, 1900, 1992. São Paulo:
Editora Escuta, 1994. pp. 262-263.
De acordo com o texto:
a) a crítica que
se faz a Colombo é que este era um conquistador.
b) a ideia de
“descobrimento” é eurocêntrica, pois Colombo era europeu.
c) a verdadeira
história da América é aquela contada pelos índios.
d) não é
possível uma contra-história da América.
e) assumindo a
perspectiva indígena, poderemos compreender a América.
8. (UCS RS/2006) Entre o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna, a Europa passou
por profundas transformações em suas estruturas econômicas, sociais e
políticas. As grandes navegações e a ocupação portuguesa na América se inserem
nessas mudanças.
Sobre esses processos, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Em 1498,
Vasco da Gama realizou uma grande façanha na navegação portuguesa: alcançou
Calicute, na Índia, contornando a África.
b) Sob o comando
de Pedro Álvares Cabral, uma nova expedição, com treze navios e cerca de 1500
homens, partiu de Lisboa, rumo à Índia, em 9 de março de 1500.
c) Em 22 de
abril, a esquadra de Cabral acabou aportando em um lugar estranho que foi
inicialmente chamado de Ilha de Vera Cruz; depois, de Terra de Santa Cruz e,
finalmente, de Terra do Brasil.
d) Após fazer o
reconhecimento do novo território, que também foi chamado de Terra dos Papagaios,
devido às vistosas e coloridas aves em suas matas, Cabral retornou ao caminho
das Índias, o mais importante objetivo de sua viagem.
e) Interessada
na exploração das riquezas, descritas na carta de Pero Vaz de Caminha, a
metrópole portuguesa enviou imediatamente uma esquadra colonizadora à nova
terra, dando início ao primeiro ciclo econômico do Brasil Colônia: o ciclo
açucareiro.
9. (UFCG PB/2006) “Natureza edênica, humanidade demonizada e colônia vista como purgatório
foram as formulações mentais com que os homens do Velho Mundo vestiram o Brasil
nos seus três primeiros séculos de existência. Nelas, fundiram-se mitos,
tradições europeias seculares e o universo cultural dos ameríndios e africanos.
Monstro, homem selvagem, indígena, escravo negro, degredado, colono que trazia
em si as mil faces do desconsiderado homem americano, o habitante do Brasil
colonial assustava os europeus, incapazes de captar sua especificidade. Ser
híbrido, multifacetado, moderno, não poderia se relacionar com o sobrenatural
senão de forma sincrética”.
SOUSA, Laura de Mello. O Diabo e a Terra de
Santa Cruz São Paulo: Companhia das Letras, 1986, p. 85.
Do imaginário europeu sobre a colônia
brasileira, é CORRETO afirmar que
a) na
mentalidade dos colonizadores estava presente a valorização dos cultos dos
nativos.
b) a descrição
da América Portuguesa se deu de maneira uniforme, persistindo a visão de um
paraíso terrestre.
c) a nudez
ameríndia foi responsável pela representação dos índios, no imaginário europeu,
como indolentes.
d) a obra de
Marco Polo, “Livro das Maravilhas”, registrou a mentalidade europeia sobre a
América.
e) as representações dos portugueses sobre a
América reforçaram as relações de alteridade entre brancos, negros e índios.
10. (UNIFOR CE/2006) Leia o que registrou em seu diário um mercador veneziano em princípios
do século XVI.
E aproximava-se o tempo da chegada das
notícias de Portugal sobre a vinda das suas caravelas, e esperava-se essa
notícia com muito medo e apreensão; e por causa disso não havia transações, nem
de um ducado (...) Na feira alemã de Veneza não há muitos negócios. E isto
porque os alemães não querem comprar pelos altos preços correntes, e os
mercadores venezianos não querem baixar os preços, vista a pequeníssima
quantidade de especiarias que se encontram em Veneza.(...) Os alemães não
compram imediatamente aquilo que necessitam, pois não sabem o que as caravelas
portuguesas podem trazer de especiarias.
(Gustavo de Freitas. 900 textos e documentos
de História. Lisboa: Plátano, s/d. p.106)
Com a descoberta do caminho marítimo para as
Índias, em 1498,
a) houve
fortalecimento da nobreza feudal portuguesa, a crescente valorização dos
salários e a escassez de moedas.
b) a rota para a
obtenção das especiarias se alterou substancialmente com a emergência dos
venezianos no controle do comércio oriental.
c) o eixo
econômico deslocou-se do Mediterrâneo para o Atlântico com o impedimento dos
turcos otomanos que defendiam uma economia agrícola.
d) Lisboa
tornou-se centro comercial das especiarias em detrimento das cidades italianas
que perderam o monopólio do comércio com o Oriente.
e) Portugal
tornou-se o centro de convergência dos metais hispano-americanos o que tornou o
comércio das especiarias ultrapassado.
11. (FGV/2007) Na primeira viagem de
Vasco da Gama à Índia os lucros atingiram a 6.000%! Pouco surpreende que outros
navios tenham empreendido a mesma perigosa e lucrativa viagem. O comércio se
intensificou aos saltos. Se Veneza comprava 420.000 libras de pimenta por ano
ao sultão do Egito, agora, um único navio, em sua viagem de regresso a
Portugal, transportava um carregamento de 200.000 libras! Não mais importava
que a antiga rota para o Oriente tivesse sido conquistada pelos turcos; não
mais importava que os venezianos cobrassem preços exorbitantes; o caminho para
o Oriente, via cabo da Boa Esperança, rompeu com o monopólio veneziano.
(Texto
adaptado de Leo Huberman. História da Riqueza do Homem.)
A partir da
leitura do texto acima, assinale a afirmativa correta quanto aos efeitos e
significados do estabelecimento do novo caminho marítimo para as Índias, por Vasco da Gama, em finais do século XV.
a) Houve a gradual transferência do eixo comercial europeu do Mar
Mediterrâneo para as águas atlânticas e do oceano Índico, beneficiando, em
especial, negociantes a serviço das monarquias ibéricas.
b) Garantiu o enfraquecimento do controle turco sobre regiões do Oriente
Próximo, viabilizando a retomada de Constantinopla pelos venezianos e do acesso
às rotas comerciais terrestres que partiam dessa cidade.
c) Os lucros auferidos pela primeira viagem de Vasco da Gama não foram
alcançados, nos mesmos níveis, pelos que investiram na nova rota, a qual, ao
fim, não conseguiu suplantar em importância as transações via Mar Mediterrâneo.
d) O estabelecimento da nova rota para as Índias e os lucros vultosos
então conseguidos causaram, por parte de negociantes portugueses, o abandono da
exploração comercial de feitorias na costa ocidental africana.
e) A expedição de Cabral, em 1500, originalmente destinada às Índias, ao
ter possibilitado a descoberta do Brasil, ocasionou, de imediato, o
redirecionamento dos interesses portugueses para a exploração das novas terras
americanas.
12. (Mackenzie SP/2007) (...) As vias estão portanto abertas simultaneamente para sudoeste, logo
para as Américas, e para sudeste, logo para o oceano Índico e para a Ásia. Os
terrores que enchiam a alma dos marinheiros sobre as extremidades da Terra
estão ultrapassados. O sistema dos ventos atlânticos está compreendido. A
bússola, o astrolábio, as tabelas de navegação permitem localizar mais ou menos
a posição do navio na imensidade marítima. A nau ou nave e a caravela
substituem vantajosamente a galera e suas derivadas, frente às vagas do oceano.
Os europeus estão ávidos de saber o que se passa além-oceano. Os Estados
reencontraram uma paz e uma relativa prosperidade. Tudo está no seu lugar para
os grandes descobrimentos.
Frédéric Mauro - A expansão europeia
Os “grandes descobrimentos” a que o trecho
acima se refere
a) foram possíveis, no caso de Portugal, graças
à combinação de vários fatores, destacadamente, a centralização do poder
monárquico em 1385, que aproximou o poder real dos interesses dos comerciantes
lusos.
b) não
despertaram, por todo o século XV, nenhum interesse nos “Reis Católicos” da
Espanha, preocupados exclusivamente com as lutas contra os mouros que ainda
ocupavam a Península Ibérica.
c) permitiram o
estabelecimento de amplas relações comerciais, pacíficas e mutuamente
vantajosas, entre os povos europeus e os povos africanos e americanos.
d) provocaram um
enfraquecimento imediato das monarquias absolutistas (sobretudo as ibéricas),
substituídas por repúblicas governadas daí em diante pelos grupos burgueses.
e) ocorreram
numa época de grande obscurantismo cultural e científico, de recusa sistemática
a toda inovação técnica, e de desprezo pela herança artística e filosófica do
mundo greco-romano.
13. (UEL PR/2007) Leia os trechos a seguir:
“Em 17 de abril de 1492, os monarcas
católicos Isabel de Castilha e Fernando de Aragão concederam a Cristóvão
Colombo os privilégios de ‘descoberta e conquista’. Um ano depois, em 4 de maio
de 1493, o Papa Alexandre VI, por meio de sua ‘Bula de Doação’, concedeu à
rainha Isabel e ao rei Fernando todas as ilhas e territórios firmes
‘descobertos e por descobrir, cem léguas a oeste e ao sul dos Açores, em
direção à Índia’ e ainda não ocupadas ou controladas por qualquer rei ou
príncipe cristão até o Natal de 1492. [...] Cartas de privilégios e patentes
transformaram, assim, atos de pirataria em vontade divina.”
Fonte: SHIVA, V. Biopirataria: A pilhagem da
natureza e do conhecimento, tradução Laura Cardellini Barbosa de Oliveira, Petrópolis:
Vozes, 2001, p. 23.
“A economia brasileira sofre uma sangria que
pode ultrapassar a casa dos US$ 2,4 bilhões em decorrência da biopirataria.
[...] O mercado mundial de medicamentos, por exemplo, movimenta por ano US$ 300
bilhões. Cerca de 40% desses remédios derivam da biodiversidade e um quinto
deles seria extraído do Brasil [...]”
Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2006/08/31/
acessado em 06 de nov 2006.
Baseado nos textos e nos conhecimentos sobre
o tema, considere as afirmativas a seguir.
I. A rainha
inglesa Elisabeth I autorizou piratas, através da ‘Carta de Corso’, a atacarem
e roubarem navios inimigos, ficando a Coroa com uma parte do butim.
II. A pirataria
no mundo globalizado continua a ser exercida por grandes companhias
empresariais e também pela população, com o intuito de fugir do pagamento dos
direitos autorais e de patentes.
III. Os
medicamentos brasileiros, derivados da biodiversidade, totalizam 40% dos
remédios no mercado mundial que são pirateados pelas companhias farmacêuticas
multinacionais.
IV. O poder da
Igreja, exercido pelo Papa, e o poder político, exercido por monarcas
católicos, buscam expressar as suas respectivas legitimidades como se fossem
expressão da vontade divina.
Assinale a alternativa que contém todas as
afirmativas corretas:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
14. (UEPB/2007) “A expansão ocidental caracterizou-se pela bipolaridade: por um lado
incorporavam-se novas terras, sujeitando-as ao poder temporal dos monarcas
europeus; por outro, ganharam-se novas ovelhas para a religião e para o papa”.
(Laura de Melo e Sousa. O Diabo e a Terra de
Santa Cruz).
A autora, no texto citado, trata
a) da ação da
pirataria marítima oficializada pela Inglaterra.
b) da expansão marítimo-comercial dos séculos
XV e XVI.
c) do trabalho
dos tribunais de inquisição.
d) da guerra
santa travada pelos cristãos contra os não-cristãos.
e) do
reaquecimento da atividade comercial e do crescimento das cidades.
15. (UEPB/2007) Diversas mudanças acontecidas entre os séculos XV e XVI, na Europa,
estimularam uma forte expansão marítima e comercial.
Iniciou-se, portanto, a época das grandes navegações.
Sobre isto, assinale a única alternativa incorreta:
a) Mesmo
suspeitando da existência de terras no Atlântico sul-Ocidental, Portugal insistiu,
através da expedição de Pedro Álvares Cabral, em
contornar a África rumo ao oriente, pois o comércio das
especiarias era muito atraente para ser
negligenciado.
b) À época das
grandes navegações, a vida cultural das cidades europeias incrementou-se. O surgimento
de universidades e a efervescência intelectual, científica e artística
inspirada pela cultura da antiguidade clássica e pelo Renascimento tiveram
papel essencial neste processo.
c) Para a
burguesia e para boa parte da nobreza, a expansão marítima era antes de tudo
uma necessidade econômica. Coube aos espanhóis e portugueses retomar um
processo, iniciado timidamente no século XIII, em busca de especiarias e
fabulosas riquezas.
d) Além das
razões de ordem material, outro grande motivo que contribuiu para que os
portugueses e espanhóis se lançassem nas aventuras ultramarinas foi a crença de
que era preciso difundir com urgência a fé católica entre os povos não
cristianizados.
e) A
ascendente burguesia europeia posicionou-se contrária ao processo de expansão
marítima e comercial, pois via nele a possibilidade de a nobreza feudal manter
e até expandir o seu poder econômico e político sobre toda a Europa.
16. (UFSCAR SP/2007) Nem todos os brancos que chegavam do mar eram portugueses, e os povos
que viviam nas cercanias do litoral logo aprenderam a distingui-los. (...) Se
os surpreendiam, os portugueses os atacavam, queimavam e punham a pique. Mas às
vezes, ocorria o oposto. (...)
Os portugueses insistiam com os reis e
notáveis do litoral para que não transacionassem com os outros europeus, por
eles qualificados de piratas. E recomendavam que lhes dessem combate. (...)
Por volta de 1560, os portugueses começaram a
usar galés para patrulhar as costas próximas ao forte da Mina. (...)
Os entrepostos nas mãos de portugueses fiéis
à Coroa eram poucos e quase sempre dependentes da boa vontade dos chefes
nativos, até para seus alimentos.
(Alberto da Costa e Silva. A manilha e o
libambo, 2002.)
O texto descreve a conquista portuguesa
a) no Brasil.
b) nas Guianas.
c) nas Índias
Orientais.
d) no Japão.
e) na África.
17. (FFFCMPA RS/2007) Retratada no filme 1492 - A Conquista do Paraíso, de Riddley Scott
(1992), a chegada dos europeus ao continente americano é considerada por muitos
o acontecimento mais extraordinário da história.
Sobre este episódio, assinale a alternativa
correta.
a) A ideia de chegada ao paraíso era reforçada
pela presença dos nativos, que em nada se pareciam com os europeus.
b) O contato com
os europeus mostrou-se benéfico para as populações indígenas das Américas,
posto que estas se beneficiaram dos avanços tecnológicos trazidos pelos
estrangeiros.
c) A chamada
“era dos descobrimentos” fez parte dos desdobramentos provocados pela retração
comercial da Europa no século XV.
d) A viagem de
Cristóvão Colombo foi financiada pela Coroa portuguesa, interessada em
estabelecer o comércio direto com a Índia.
e) Um dos
motivos das longas e penosas viagens marítimas era a busca do paraíso na Terra,
imagem essa reforçada pelo forte espírito científico dos homens do Iluminismo.
18. (UEM PR/2007) Ao longo dos séculos XV e XVI, um processo conhecido como expansão ultramarina
conduziu à “era dos descobrimentos”, com a abertura de novos mercados, novas rotas
comerciais e o descobrimento da América. Sobre a expansão ultramarina, assinale
a alternativa correta.
a) Ao chegar às
Índias e descobrir a América, em 1498, Cristóvão Colombo demonstrou o acerto
das teorias que afirmavam a esfericidade da terra, pois, navegando em direção
ao Ocidente, chegou ao Oriente.
b) Em
Portugal e na Espanha, havia um forte ideal missionário. Sendo assim, a
preocupação com a expansão da fé e com o combate ao infiel foi um dos
motivadores da expansão ibérica.
c) A partir das
navegações, as especiarias do Oriente percorriam um longo trajeto que cortava
por terra o norte da África e era controlado, no século XV, por mercadores
árabes e por comerciantes italianos, holandeses e portugueses até chegar ao
mercado europeu.
d) Ao se iniciarem
as navegações, o Oceano Atlântico, antigo “Mar Tenebroso”, já era bastante
conhecido pelos portugueses e pelos espanhóis. Tal fato possibilitou que as
viagens fossem realizadas com segurança.
e) A Escola de
Sagres reformou os currículos das escolas fundamentais portuguesas, privilegiou
o ensino da Geografia e da Cartografia e formou a primeira turma de pilotos
náuticos em 1478, permitindo que os portugueses conquistassem o mar.
19. (UFCG PB/2007)
“As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino,
que tanto sublimaram”.
(CAMÕES, Luis
de. Os Lusíadas)
No poema Os
Lusíadas, é CORRETO afirmar que o verso “Por mares nunca dantes navegados” faz
referência à viagem de:
a) Vasco da Gama às Índias, em 1498, e às grandes navegações portuguesas.
b) Cristóvão Colombo ao Novo Reino americano, em 1492.
c) Marco Polo e dos “aventureiros dos sete mares” em busca de riquezas
orientais, em 1271.
d) Jean de Léry ao Rio de Janeiro, no século XVI, em busca de uma região
para a fixação dos protestantes calvinistas.
e) Spix e Martius pelo interior do Brasil, os quais descreveram, em seus
diários, os costumes dos senhores de engenho baianos.
20. (UNESP SP/2007) A ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a
colonização portuguesa, fundada no escravismo, deu lugar a um espaço econômico
e social bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral
da América do Sul e uma zona de reprodução de escravos centrada em Angola.
(Luis Felipe de Alencastro, O trato dos viventes.)
A partir do texto, pode-se concluir que
a) as duas
regiões de colonização no Atlântico Sul eram independentes, unidas somente pela
subordinação à metrópole.
b) a presença
dos colonizadores portugueses assegurou a produção agroexportadora no continente
africano, do século XVI ao XVIII.
c) as duas regiões unidas pelo oceano
formaram um só sistema de exploração colonial criado pelos portugueses nos
séculos XVI e XVII.
d) a Coroa
portuguesa privilegiava a porção africana, isto é, a reprodução de escravos,
dentro do império colonial, nos séculos XVI e XVII.
e) nossa
história não coincide com o nosso território colonial, isto é, a colônia
portuguesa da América do Sul era simples prolongamento da Europa.
21. (UNIMONTES MG/2007) A expansão comercial e marítima, liderada pelos países ibéricos, foi um
acontecimento de grande impacto na Europa dos séculos XV e XVI porque
I. favoreceu a
paz religiosa entre protestantes e católicos que dividiram as terras
descobertas entre si, visando catequizá-las.
II. se utilizou
de novas técnicas, aparelhos e teorias, ampliando os conhecimentos náuticos,
geográficos e astronômicos.
III. possibilitou
a exploração das novas terras, através de atividades econômicas que forneceram
gêneros tropicais e metais preciosos para a Europa.
Está(ão) CORRETA(S)
a) II e III, apenas.
b) I e II,
apenas.
c) II, apenas.
d) I, apenas.
22. (FGV/2008) Quando Diogo Cão chegou em 1483, era um reino relativamente forte e
estruturado, cuja formação data possivelmente do final do século XIV. Povoado
por grupos bantos, abrangia grande extensão da África Centro-Ocidental e
compunha-se de diversas províncias.
Algumas delas eram administradas por membros
de linhagens que detinham os cargos de chefia há muitas gerações. Outras
províncias eram governadas por chefes escolhidos pelo rei dentre a nobreza. Os
chefes locais eram os encarregados de coletar os impostos devidos ao rei, além
de recolherem para si parte do excedente da produção. A existência de um
excedente agrícola era possível graças à apropriação do trabalho escravo.
(Marina de Mello e Souza. Adaptado)
O texto faz referência
a) ao Egito.
b) ao Daomé.
c) ao Congo.
d) à Cabo Verde.
e) à Moçambique.
23. (FUVEST SP/2008) “Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar
estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os
espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao
Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o
Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição.”
Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao
rei Henrique VIII, em 1527.
O texto remete diretamente
a) à competição
entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.
b) aos esforços
dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.
c) ao duplo
papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.
d) às
disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.
e) à aliança das
duas Coroas ibéricas na exploração marítima.
24. (UFG GO/2008) Leia o texto.
Colombo fala dos homens que vê unicamente
porque estes, afinal, também fazem parte da paisagem. Suas menções aos
habitantes das ilhas aparecem sempre no meio de anotações sobre a Natureza, em
algum lugar entre os pássaros e as árvores.
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a
questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1993. p. 33.
A passagem acima ressalta que a atitude de
Colombo decorre de seu olhar em relação ao outro. Essa posição, expressa nas
crônicas da Conquista, pode ser traduzida pela
a) interpretação
positiva do outro, associando-a à preservação da Natureza.
b) identificação
com o outro, possibilitando uma atitude de reconhecimento e inclusão.
c) universalização dos valores ocidentais,
hierarquizando as formas de relação com o outro.
d) compreensão
do universo de significações do outro, permitindo suas manifestações
religiosas.
e)
desnaturalização da cultura do outro, valorizando seu código linguístico.
25. (UFRN/2008) As narrativas das viagens de Marco Polo (1254-1324) pela Ásia se
tornaram populares na Europa, no final da Idade Média. Esse navegador descreveu
a paisagem observada em uma de suas viagens da seguinte forma: “[Aladino] fez
construir, num vale, entre duas montanhas, o mais belo jardim que já se viu.
Havia neste vale os melhores frutos da terra. No meio do parque foram
edificadas as mais suntuosas moradias e palácios que os homens já viram; eram
dourados e pintados com maravilhosas cores.
No centro do jardim havia uma fonte, com
muitas bicas, de onde jorravam o vinho, o leite, o mel e ainda a água. Havia
nesse jardim as donzelas mais belas do mundo; estas sabiam tocar todos os
instrumentos e cantavam como os anjos.”
POLO, Marco. O livro das maravilhas. Porto Alegre:
LP&M, 2006. p. 74.
Descrições feitas por Marco Polo, tais como a
que o fragmento textual acima apresenta, influenciaram
a) os pensadores
dos séculos XVI e XVII, estimulando-os a formular o método científico, que
partia da dúvida sobre as verdades estabelecidas.
b) os navegadores europeus dos séculos XV e
XVI, estimulando-os a procurar outras terras, onde poderiam encontrar o paraíso
terrestre.
c) Nicolau
Maquiavel, no século XVI, na definição dos princípios a serem seguidos pelo
Príncipe no governo de uma cidade.
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