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QUESTÕES SOBRE A EXPANSÃO MARÍTIMA IV



1. (UFPE/2006) As viagens que provocaram a expansão marítima europeia mudaram concepções culturais tradicionais e ampliaram as rotas comerciais da época. A viagem feita por Cristóvão Colombo em 1492:
a) foi patrocinada pelos reis de Portugal, e por comerciantes italianos interessados na exploração de metais, abrindo espaços para preparar outras expedições como a de Pedro Álvares Cabral.
b) propiciou a descoberta da ilha de Guanaani, onde Colombo estabeleceu contatos com os nativos da região, sem maiores problemas, o que foi registrado em um diário.
c) abriu caminho para o fortalecimento econômico da Espanha, mas não teve repercussão na vida do navegador, que permaneceu sempre anônimo durante toda a vida.
d) fracassou nas suas intenções econômicas, mas realizou o projeto inicial de fazer a circunavegação da Terra, projeto de grande importância para a época.
e) trouxe prejuízos para a Espanha, pois o navegador não chegou a terras americanas, perdendo-se nas rotas do Oceano Pacífico, devido aos erros cartográficos.



2. (UFRR/2006) A chegada dos europeus ao chamado Mundo Novo no século XV marcou o início de profundas transformações sociais, políticas e econômicas no encontro com as civilizações indígenas. Estes contatos foram decisivos para a formação das colônias e, posteriormente, para a criação dos estados americanos.
Assim sendo, seria correto afirmar que:
a) Vasco da Gama, acidentalmente, chegou à península de Yucatán, México, com sua frota no dia 14 de novembro de 1503.
b) Américo Vespúcio ancorou as naus Maria, Nina, Pinta na ilha caribenha conhecida como Trinidad e Tobago no dia 26 de novembro de 1512.
c) O genovês Cristóvão Colombo, a serviço da coroa espanhola, aportou a sua frota na ilha de Guanahani no dia 12 de outubro de 1492.
d) Ponce de Leon, sob ordens diretas da coroa espanhola, arrasou, em 1587, a nação dos índios
Maia na batalha que ficou conhecida como Guerra das Antilhas.
e) Nenhuma destas afirmações está correta, porque todas dizem respeito a outros eventos históricos.



3. (UFU MG/2005) “Colombo não estava tão longe de certas concepções correntes durante a Idade Média acerca da realidade física do Éden, que descresse de sua existência em algum lugar do globo. E nada o desprendia da ideia (...) de que precisamente as novas Índias, para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal. (...) A tópica das ‘visões do paraíso’ impregna todas as suas descrições daqueles sítios de magia e lenda”.
Sérgio Buarque de Holanda, Visão do paraíso.
A partir da interpretação do trecho acima, assinale a alternativa correta.
a) Colombo, conforme a mentalidade própria de sua época, acreditava na existência do Paraíso Terrestre, na sua localização nas novas terras descobertas, e que ele havia sido levado para bem perto desse Paraíso, por vontade de Deus.
b) O paraíso terrestre é mito medieval cuja presença nas novas terras descobertas, na era das grandes
navegações atlânticas do século XV e XVI, é evocada apenas como uma metáfora.
c) Colombo não acreditava no Paraíso Terrestre, mas só pôde compreender a novidade da América
comparando-a ao Paraíso.
d) A América era um território cujas condições naturais e riquezas lembravam metaforicamente um paraíso, porém as colonizações espanhola e portuguesa destruíram seu aspecto paradisíaco.


4. (UNIFOR CE/2006) Em junho de 1494, em Tordesilhas, Portugal e Espanha assinaram um acordo para pôr fim aos conflitos surgidos após a notícia da viagem bem-sucedida de Cristóvão Colombo. Um meridiano traçado a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde dividiria as terras descobertas e a descobrir, entre portugueses e espanhóis. Assim, ficou decidido que:
a) as terras descobertas a oeste do meridiano seriam da Espanha e as do Leste seriam de Portugal.
b) os espanhóis desistiriam das terras porque as viagens de Colombo foram financiadas por Portugal.
c) as terras descobertas a leste do meridiano pertenceriam aos espanhóis e as terras ao oeste
pertenceriam aos portugueses.
d) os espanhóis aceitariam ocupar as terras do leste mediante pagamento de indenização ao rei de
Portugal.
e) as terras americanas poderiam ser ocupadas indistintamente por portugueses e espanhóis.


5. (UFJF MG/2006) Leia, com atenção, a citação:
“Diz-se muitas vezes que os povos da Península Ibérica – e particularmente os portugueses – estavam
especialmente preparados para inaugurar a série de descobertas marítimas e geográficas que mudaram o curso da história mundial, nos séculos XV e XVI.”
BOXER, C.R. O império marítimo português. Lisboa: Edições 70, 1969, p. 20.
Com base na citação e em seus conhecimentos, leia atentamente as afirmativas, que buscam explicar as razões pelas quais os povos ibéricos podem ser considerados “especialmente preparados” para as descobertas marítimas:
I. A frágil diferenciação social interna e as alianças entre aristocracia, burguesia e camponeses atuaram como importante fator de estabilidade social.
II. A ativa participação dos árabes na condução do processo da expansão marítima ibérica possibilitou uma maior troca de experiências e projetos de expansão territorial.
III. A pioneira fundação do Estado Moderno português encontrou na expansão ultramarina uma fonte de prestígio para manutenção da nobreza e uma expectativa de novas fontes de receita.
Após a leitura, pode-se afirmar que:
a) todas estão corretas.
b) todas estão incorretas.
c) somente a afirmativa III está correta.
d) as afirmativas I e III estão corretas.
e) somente a afirmativa II está correta.


6. (UFPA/2006)
“Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre lusitano,
A quem Netuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que outro valor mais alto se alevanta “
Nessa passagem de Os Lusíadas, Camões canta, em 1572, a epopeia de Vasco da Gama, marco do absolutismo português, exaltando o (a)(s)
a) memória dos sábios navegadores gregos e troianos, que ajudaram os lusitanos na conquista da África, Ásia e América, nos séculos XV e XVII.
b) antigas conquistas do grego Alexandre Magno e do Imperador romano Trajano, que foram os primeiros a navegar pelos mares do Atlântico, abrindo caminho aos portugueses.
c) povo e os navegadores portugueses, que, com a conquista dos mares do Atlântico, não apenas se compararam aos heróis antigos, mas até mesmo os suplantaram.
d) mitologia romana nas figuras de Netuno e Marte, deuses cristianizados e cultuados pelos portugueses durante o processo de expansão marítima pelo oceano Atlântico.
e) fama conquistadora do povo lusitano, que se deveu ao fato de esses deixarem a Europa e descobrirem o Novo Mundo, com base em relatos dos antigos gregos e romanos.


7. (ETAPA SP/2006) “Qual a crítica que se faz, normalmente, com relação a Cristóvão Colombo, ao Descobrimento da América, essas coisas que todos conhecem? A primeira crítica que se faz é que esta reconstituição exprime uma posição eurocêntrica.
É a visão do conquistador. Evidentemente, não há descobrimento porque ninguém estava encoberto e, se há descobrimento é um descobrimento mútuo e a simples designação “descobrimento” já marca a posição eurocêntrica. Até aí, muito bem. (...) Isso, que é evidentemente muito aceitável, entretanto, pode levar a certos descaminhos, como começar a dizer que nós temos de fazer a contra-história, ou seja, a reconstituição da história do ponto de vista do vencido. Como se pudéssemos nos tornar índios, coisa que evidentemente é absolutamente impossível.”
Fernando Antônio Novais. “América, descoberta, colonização e suas consequências nos sistemas de comunicação”,
in: Luiz Carlos Uchoa Junqueira Filho (org.) – Perturbador mundo novo: história, psicanálise e sociedade
contemporânea, 1492, 1900, 1992. São Paulo: Editora Escuta, 1994. pp. 262-263.
De acordo com o texto:
a) a crítica que se faz a Colombo é que este era um conquistador.
b) a ideia de “descobrimento” é eurocêntrica, pois Colombo era europeu.
c) a verdadeira história da América é aquela contada pelos índios.
d) não é possível uma contra-história da América.
e) assumindo a perspectiva indígena, poderemos compreender a América.


8. (UCS RS/2006) Entre o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna, a Europa passou por profundas transformações em suas estruturas econômicas, sociais e políticas. As grandes navegações e a ocupação portuguesa na América se inserem nessas mudanças.
Sobre esses processos, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Em 1498, Vasco da Gama realizou uma grande façanha na navegação portuguesa: alcançou Calicute, na Índia, contornando a África.
b) Sob o comando de Pedro Álvares Cabral, uma nova expedição, com treze navios e cerca de 1500 homens, partiu de Lisboa, rumo à Índia, em 9 de março de 1500.
c) Em 22 de abril, a esquadra de Cabral acabou aportando em um lugar estranho que foi inicialmente chamado de Ilha de Vera Cruz; depois, de Terra de Santa Cruz e, finalmente, de Terra do Brasil.
d) Após fazer o reconhecimento do novo território, que também foi chamado de Terra dos Papagaios, devido às vistosas e coloridas aves em suas matas, Cabral retornou ao caminho das Índias, o mais importante objetivo de sua viagem.
e) Interessada na exploração das riquezas, descritas na carta de Pero Vaz de Caminha, a metrópole portuguesa enviou imediatamente uma esquadra colonizadora à nova terra, dando início ao primeiro ciclo econômico do Brasil Colônia: o ciclo açucareiro.


9. (UFCG PB/2006) “Natureza edênica, humanidade demonizada e colônia vista como purgatório foram as formulações mentais com que os homens do Velho Mundo vestiram o Brasil nos seus três primeiros séculos de existência. Nelas, fundiram-se mitos, tradições europeias seculares e o universo cultural dos ameríndios e africanos. Monstro, homem selvagem, indígena, escravo negro, degredado, colono que trazia em si as mil faces do desconsiderado homem americano, o habitante do Brasil colonial assustava os europeus, incapazes de captar sua especificidade. Ser híbrido, multifacetado, moderno, não poderia se relacionar com o sobrenatural senão de forma sincrética”.
SOUSA, Laura de Mello. O Diabo e a Terra de Santa Cruz São Paulo: Companhia das Letras, 1986, p. 85.
Do imaginário europeu sobre a colônia brasileira, é CORRETO afirmar que
a) na mentalidade dos colonizadores estava presente a valorização dos cultos dos nativos.
b) a descrição da América Portuguesa se deu de maneira uniforme, persistindo a visão de um paraíso terrestre.
c) a nudez ameríndia foi responsável pela representação dos índios, no imaginário europeu, como indolentes.
d) a obra de Marco Polo, “Livro das Maravilhas”, registrou a mentalidade europeia sobre a América.
e) as representações dos portugueses sobre a América reforçaram as relações de alteridade entre brancos, negros e índios.


10. (UNIFOR CE/2006) Leia o que registrou em seu diário um mercador veneziano em princípios do século XVI.
E aproximava-se o tempo da chegada das notícias de Portugal sobre a vinda das suas caravelas, e esperava-se essa notícia com muito medo e apreensão; e por causa disso não havia transações, nem de um ducado (...) Na feira alemã de Veneza não há muitos negócios. E isto porque os alemães não querem comprar pelos altos preços correntes, e os mercadores venezianos não querem baixar os preços, vista a pequeníssima quantidade de especiarias que se encontram em Veneza.(...) Os alemães não compram imediatamente aquilo que necessitam, pois não sabem o que as caravelas portuguesas podem trazer de especiarias.
(Gustavo de Freitas. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, s/d. p.106)
Com a descoberta do caminho marítimo para as Índias, em 1498,
a) houve fortalecimento da nobreza feudal portuguesa, a crescente valorização dos salários e a escassez de moedas.
b) a rota para a obtenção das especiarias se alterou substancialmente com a emergência dos venezianos no controle do comércio oriental.
c) o eixo econômico deslocou-se do Mediterrâneo para o Atlântico com o impedimento dos turcos otomanos que defendiam uma economia agrícola.
d) Lisboa tornou-se centro comercial das especiarias em detrimento das cidades italianas que perderam o monopólio do comércio com o Oriente.
e) Portugal tornou-se o centro de convergência dos metais hispano-americanos o que tornou o comércio das especiarias ultrapassado.


11. (FGV/2007) Na primeira viagem de Vasco da Gama à Índia os lucros atingiram a 6.000%! Pouco surpreende que outros navios tenham empreendido a mesma perigosa e lucrativa viagem. O comércio se intensificou aos saltos. Se Veneza comprava 420.000 libras de pimenta por ano ao sultão do Egito, agora, um único navio, em sua viagem de regresso a Portugal, transportava um carregamento de 200.000 libras! Não mais importava que a antiga rota para o Oriente tivesse sido conquistada pelos turcos; não mais importava que os venezianos cobrassem preços exorbitantes; o caminho para o Oriente, via cabo da Boa Esperança, rompeu com o monopólio veneziano.
(Texto adaptado de Leo Huberman. História da Riqueza do Homem.)
A partir da leitura do texto acima, assinale a afirmativa correta quanto aos efeitos e significados do estabelecimento do novo caminho marítimo para as Índias, por Vasco da Gama, em finais do século XV.
a) Houve a gradual transferência do eixo comercial europeu do Mar Mediterrâneo para as águas atlânticas e do oceano Índico, beneficiando, em especial, negociantes a serviço das monarquias ibéricas.
b) Garantiu o enfraquecimento do controle turco sobre regiões do Oriente Próximo, viabilizando a retomada de Constantinopla pelos venezianos e do acesso às rotas comerciais terrestres que partiam dessa cidade.
c) Os lucros auferidos pela primeira viagem de Vasco da Gama não foram alcançados, nos mesmos níveis, pelos que investiram na nova rota, a qual, ao fim, não conseguiu suplantar em importância as transações via Mar Mediterrâneo.
d) O estabelecimento da nova rota para as Índias e os lucros vultosos então conseguidos causaram, por parte de negociantes portugueses, o abandono da exploração comercial de feitorias na costa ocidental africana.
e) A expedição de Cabral, em 1500, originalmente destinada às Índias, ao ter possibilitado a descoberta do Brasil, ocasionou, de imediato, o redirecionamento dos interesses portugueses para a exploração das novas terras americanas.



12. (Mackenzie SP/2007) (...) As vias estão portanto abertas simultaneamente para sudoeste, logo para as Américas, e para sudeste, logo para o oceano Índico e para a Ásia. Os terrores que enchiam a alma dos marinheiros sobre as extremidades da Terra estão ultrapassados. O sistema dos ventos atlânticos está compreendido. A bússola, o astrolábio, as tabelas de navegação permitem localizar mais ou menos a posição do navio na imensidade marítima. A nau ou nave e a caravela substituem vantajosamente a galera e suas derivadas, frente às vagas do oceano. Os europeus estão ávidos de saber o que se passa além-oceano. Os Estados reencontraram uma paz e uma relativa prosperidade. Tudo está no seu lugar para os grandes descobrimentos.
Frédéric Mauro - A expansão europeia
Os “grandes descobrimentos” a que o trecho acima se refere
a) foram possíveis, no caso de Portugal, graças à combinação de vários fatores, destacadamente, a centralização do poder monárquico em 1385, que aproximou o poder real dos interesses dos comerciantes lusos.
b) não despertaram, por todo o século XV, nenhum interesse nos “Reis Católicos” da Espanha, preocupados exclusivamente com as lutas contra os mouros que ainda ocupavam a Península Ibérica.
c) permitiram o estabelecimento de amplas relações comerciais, pacíficas e mutuamente vantajosas, entre os povos europeus e os povos africanos e americanos.
d) provocaram um enfraquecimento imediato das monarquias absolutistas (sobretudo as ibéricas), substituídas por repúblicas governadas daí em diante pelos grupos burgueses.
e) ocorreram numa época de grande obscurantismo cultural e científico, de recusa sistemática a toda inovação técnica, e de desprezo pela herança artística e filosófica do mundo greco-romano.


13. (UEL PR/2007) Leia os trechos a seguir:
“Em 17 de abril de 1492, os monarcas católicos Isabel de Castilha e Fernando de Aragão concederam a Cristóvão Colombo os privilégios de ‘descoberta e conquista’. Um ano depois, em 4 de maio de 1493, o Papa Alexandre VI, por meio de sua ‘Bula de Doação’, concedeu à rainha Isabel e ao rei Fernando todas as ilhas e territórios firmes ‘descobertos e por descobrir, cem léguas a oeste e ao sul dos Açores, em direção à Índia’ e ainda não ocupadas ou controladas por qualquer rei ou príncipe cristão até o Natal de 1492. [...] Cartas de privilégios e patentes transformaram, assim, atos de pirataria em vontade divina.”
Fonte: SHIVA, V. Biopirataria: A pilhagem da natureza e do conhecimento, tradução Laura Cardellini Barbosa de Oliveira, Petrópolis: Vozes, 2001, p. 23.
“A economia brasileira sofre uma sangria que pode ultrapassar a casa dos US$ 2,4 bilhões em decorrência da biopirataria. [...] O mercado mundial de medicamentos, por exemplo, movimenta por ano US$ 300 bilhões. Cerca de 40% desses remédios derivam da biodiversidade e um quinto deles seria extraído do Brasil [...]”
Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2006/08/31/ acessado em 06 de nov 2006.
Baseado nos textos e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.
I. A rainha inglesa Elisabeth I autorizou piratas, através da ‘Carta de Corso’, a atacarem e roubarem navios inimigos, ficando a Coroa com uma parte do butim.
II. A pirataria no mundo globalizado continua a ser exercida por grandes companhias empresariais e também pela população, com o intuito de fugir do pagamento dos direitos autorais e de patentes.
III. Os medicamentos brasileiros, derivados da biodiversidade, totalizam 40% dos remédios no mercado mundial que são pirateados pelas companhias farmacêuticas multinacionais.
IV. O poder da Igreja, exercido pelo Papa, e o poder político, exercido por monarcas católicos, buscam expressar as suas respectivas legitimidades como se fossem expressão da vontade divina.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.


14. (UEPB/2007) “A expansão ocidental caracterizou-se pela bipolaridade: por um lado incorporavam-se novas terras, sujeitando-as ao poder temporal dos monarcas europeus; por outro, ganharam-se novas ovelhas para a religião e para o papa”.
(Laura de Melo e Sousa. O Diabo e a Terra de Santa Cruz).
A autora, no texto citado, trata
a) da ação da pirataria marítima oficializada pela Inglaterra.
b) da expansão marítimo-comercial dos séculos XV e XVI.
c) do trabalho dos tribunais de inquisição.
d) da guerra santa travada pelos cristãos contra os não-cristãos.
e) do reaquecimento da atividade comercial e do crescimento das cidades.


15. (UEPB/2007) Diversas mudanças acontecidas entre os séculos XV e XVI, na Europa, estimularam uma forte expansão marítima e comercial.
Iniciou-se, portanto, a época das grandes navegações. Sobre isto, assinale a única alternativa incorreta:
a) Mesmo suspeitando da existência de terras no Atlântico sul-Ocidental, Portugal insistiu, através da expedição de Pedro Álvares Cabral, em contornar a África rumo ao oriente, pois o comércio das
especiarias era muito atraente para ser negligenciado.
b) À época das grandes navegações, a vida cultural das cidades europeias incrementou-se. O surgimento de universidades e a efervescência intelectual, científica e artística inspirada pela cultura da antiguidade clássica e pelo Renascimento tiveram papel essencial neste processo.
c) Para a burguesia e para boa parte da nobreza, a expansão marítima era antes de tudo uma necessidade econômica. Coube aos espanhóis e portugueses retomar um processo, iniciado timidamente no século XIII, em busca de especiarias e fabulosas riquezas.
d) Além das razões de ordem material, outro grande motivo que contribuiu para que os portugueses e espanhóis se lançassem nas aventuras ultramarinas foi a crença de que era preciso difundir com urgência a fé católica entre os povos não cristianizados.
e) A ascendente burguesia europeia posicionou-se contrária ao processo de expansão marítima e comercial, pois via nele a possibilidade de a nobreza feudal manter e até expandir o seu poder econômico e político sobre toda a Europa.


16. (UFSCAR SP/2007) Nem todos os brancos que chegavam do mar eram portugueses, e os povos que viviam nas cercanias do litoral logo aprenderam a distingui-los. (...) Se os surpreendiam, os portugueses os atacavam, queimavam e punham a pique. Mas às vezes, ocorria o oposto. (...)
Os portugueses insistiam com os reis e notáveis do litoral para que não transacionassem com os outros europeus, por eles qualificados de piratas. E recomendavam que lhes dessem combate. (...)
Por volta de 1560, os portugueses começaram a usar galés para patrulhar as costas próximas ao forte da Mina. (...)
Os entrepostos nas mãos de portugueses fiéis à Coroa eram poucos e quase sempre dependentes da boa vontade dos chefes nativos, até para seus alimentos.
(Alberto da Costa e Silva. A manilha e o libambo, 2002.)
O texto descreve a conquista portuguesa
a) no Brasil.
b) nas Guianas.
c) nas Índias Orientais.
d) no Japão.
e) na África.


17. (FFFCMPA RS/2007) Retratada no filme 1492 - A Conquista do Paraíso, de Riddley Scott (1992), a chegada dos europeus ao continente americano é considerada por muitos o acontecimento mais extraordinário da história.
Sobre este episódio, assinale a alternativa correta.
a) A ideia de chegada ao paraíso era reforçada pela presença dos nativos, que em nada se pareciam com os europeus.
b) O contato com os europeus mostrou-se benéfico para as populações indígenas das Américas, posto que estas se beneficiaram dos avanços tecnológicos trazidos pelos estrangeiros.
c) A chamada “era dos descobrimentos” fez parte dos desdobramentos provocados pela retração comercial da Europa no século XV.
d) A viagem de Cristóvão Colombo foi financiada pela Coroa portuguesa, interessada em estabelecer o comércio direto com a Índia.
e) Um dos motivos das longas e penosas viagens marítimas era a busca do paraíso na Terra, imagem essa reforçada pelo forte espírito científico dos homens do Iluminismo.


18. (UEM PR/2007) Ao longo dos séculos XV e XVI, um processo conhecido como expansão ultramarina conduziu à “era dos descobrimentos”, com a abertura de novos mercados, novas rotas comerciais e o descobrimento da América. Sobre a expansão ultramarina, assinale a alternativa correta.
a) Ao chegar às Índias e descobrir a América, em 1498, Cristóvão Colombo demonstrou o acerto das teorias que afirmavam a esfericidade da terra, pois, navegando em direção ao Ocidente, chegou ao Oriente.
b) Em Portugal e na Espanha, havia um forte ideal missionário. Sendo assim, a preocupação com a expansão da fé e com o combate ao infiel foi um dos motivadores da expansão ibérica.
c) A partir das navegações, as especiarias do Oriente percorriam um longo trajeto que cortava por terra o norte da África e era controlado, no século XV, por mercadores árabes e por comerciantes italianos, holandeses e portugueses até chegar ao mercado europeu.
d) Ao se iniciarem as navegações, o Oceano Atlântico, antigo “Mar Tenebroso”, já era bastante conhecido pelos portugueses e pelos espanhóis. Tal fato possibilitou que as viagens fossem realizadas com segurança.
e) A Escola de Sagres reformou os currículos das escolas fundamentais portuguesas, privilegiou o ensino da Geografia e da Cartografia e formou a primeira turma de pilotos náuticos em 1478, permitindo que os portugueses conquistassem o mar.


19. (UFCG PB/2007)
“As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram”.
(CAMÕES, Luis de. Os Lusíadas)
No poema Os Lusíadas, é CORRETO afirmar que o verso “Por mares nunca dantes navegados” faz referência à viagem de:
a) Vasco da Gama às Índias, em 1498, e às grandes navegações portuguesas.
b) Cristóvão Colombo ao Novo Reino americano, em 1492.
c) Marco Polo e dos “aventureiros dos sete mares” em busca de riquezas orientais, em 1271.
d) Jean de Léry ao Rio de Janeiro, no século XVI, em busca de uma região para a fixação dos protestantes calvinistas.
e) Spix e Martius pelo interior do Brasil, os quais descreveram, em seus diários, os costumes dos senhores de engenho baianos.



20. (UNESP SP/2007) A ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada no escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de reprodução de escravos centrada em Angola.
(Luis Felipe de Alencastro, O trato dos viventes.)
A partir do texto, pode-se concluir que
a) as duas regiões de colonização no Atlântico Sul eram independentes, unidas somente pela subordinação à metrópole.
b) a presença dos colonizadores portugueses assegurou a produção agroexportadora no continente africano, do século XVI ao XVIII.
c) as duas regiões unidas pelo oceano formaram um só sistema de exploração colonial criado pelos portugueses nos séculos XVI e XVII.
d) a Coroa portuguesa privilegiava a porção africana, isto é, a reprodução de escravos, dentro do império colonial, nos séculos XVI e XVII.
e) nossa história não coincide com o nosso território colonial, isto é, a colônia portuguesa da América do Sul era simples prolongamento da Europa.


21. (UNIMONTES MG/2007) A expansão comercial e marítima, liderada pelos países ibéricos, foi um acontecimento de grande impacto na Europa dos séculos XV e XVI porque
I. favoreceu a paz religiosa entre protestantes e católicos que dividiram as terras descobertas entre si, visando catequizá-las.
II. se utilizou de novas técnicas, aparelhos e teorias, ampliando os conhecimentos náuticos, geográficos e astronômicos.
III. possibilitou a exploração das novas terras, através de atividades econômicas que forneceram gêneros tropicais e metais preciosos para a Europa.
Está(ão) CORRETA(S)
a) II e III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II, apenas.
d) I, apenas.


22. (FGV/2008) Quando Diogo Cão chegou em 1483, era um reino relativamente forte e estruturado, cuja formação data possivelmente do final do século XIV. Povoado por grupos bantos, abrangia grande extensão da África Centro-Ocidental e compunha-se de diversas províncias.
Algumas delas eram administradas por membros de linhagens que detinham os cargos de chefia há muitas gerações. Outras províncias eram governadas por chefes escolhidos pelo rei dentre a nobreza. Os chefes locais eram os encarregados de coletar os impostos devidos ao rei, além de recolherem para si parte do excedente da produção. A existência de um excedente agrícola era possível graças à apropriação do trabalho escravo.
(Marina de Mello e Souza. Adaptado)
O texto faz referência
a) ao Egito.
b) ao Daomé.
c) ao Congo.
d) à Cabo Verde.
e) à Moçambique.


23. (FUVEST SP/2008) “Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição.”
Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527.
O texto remete diretamente
a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.
b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.
c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.
d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.
e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima.


24. (UFG GO/2008) Leia o texto.
Colombo fala dos homens que vê unicamente porque estes, afinal, também fazem parte da paisagem. Suas menções aos habitantes das ilhas aparecem sempre no meio de anotações sobre a Natureza, em algum lugar entre os pássaros e as árvores.
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1993. p. 33.
A passagem acima ressalta que a atitude de Colombo decorre de seu olhar em relação ao outro. Essa posição, expressa nas crônicas da Conquista, pode ser traduzida pela
a) interpretação positiva do outro, associando-a à preservação da Natureza.
b) identificação com o outro, possibilitando uma atitude de reconhecimento e inclusão.
c) universalização dos valores ocidentais, hierarquizando as formas de relação com o outro.
d) compreensão do universo de significações do outro, permitindo suas manifestações religiosas.
e) desnaturalização da cultura do outro, valorizando seu código linguístico.


25. (UFRN/2008) As narrativas das viagens de Marco Polo (1254-1324) pela Ásia se tornaram populares na Europa, no final da Idade Média. Esse navegador descreveu a paisagem observada em uma de suas viagens da seguinte forma: “[Aladino] fez construir, num vale, entre duas montanhas, o mais belo jardim que já se viu. Havia neste vale os melhores frutos da terra. No meio do parque foram edificadas as mais suntuosas moradias e palácios que os homens já viram; eram dourados e pintados com maravilhosas cores.
No centro do jardim havia uma fonte, com muitas bicas, de onde jorravam o vinho, o leite, o mel e ainda a água. Havia nesse jardim as donzelas mais belas do mundo; estas sabiam tocar todos os instrumentos e cantavam como os anjos.”
POLO, Marco. O livro das maravilhas. Porto Alegre: LP&M, 2006. p. 74.
Descrições feitas por Marco Polo, tais como a que o fragmento textual acima apresenta, influenciaram
a) os pensadores dos séculos XVI e XVII, estimulando-os a formular o método científico, que partia da dúvida sobre as verdades estabelecidas.
b) os navegadores europeus dos séculos XV e XVI, estimulando-os a procurar outras terras, onde poderiam encontrar o paraíso terrestre.
c) Nicolau Maquiavel, no século XVI, na definição dos princípios a serem seguidos pelo Príncipe no governo de uma cidade.
d) Thomas Hobbes, no século XVI, na formulação teórica da cidade a ser gerida pelo Leviatã, símbolo do poder real absoluto.

GABARITO

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