1. (ESCS DF/2011) A expansão marítima e comercial portuguesa foi fruto de um amplo
processo de transformações no continente europeu a partir da crise final do
sistema feudal entre o século XIV e o século XV. A formação do estado
absolutista português através da Revolução de Avis (século XIV) permitiu as
condições mínimas para a aventura portuguesa sobre os continentes africano,
asiático e americano. Os principais objetivos da expansão marítima e comercial
portuguesa foram:
a) a necessidade
de conquistar mercado consumidor para os produtos industriais portugueses e
pela exportação de mão de obra excedente de Portugal;
b) a grande
quantidade de capitais excedentes em Portugal, interessados em novos investimentos,
e o avanço dos ideais liberais no país;
c) a necessidade de obter um novo mercado de
matérias-primas e a elevada carga tributária cobrada pelos turco-otomanos no
comércio do mediterrâneo;
d) o interesse
da Igreja Luterana, que se consolidou em Portugal com a Revolução de Avis, e a
necessidade de novas rotas de comércio;
e) o interesse
dos portugueses em exportar produtos agrícolas para novos mercados fora da
Europa e a necessidade de obtenção de mão-de-obra escrava.
2. (PUC RJ/2011) “Historicamente, a incorporação de novos espaços à economia mundial tem
levado à decadência dos eixos econômicos tradicionais e ao surgimento de novos
polos econômicos e de poder. Até o século XV o Mediterrâneo era o centro das
sociedades ocidentais, em seguida a hegemonia passou para o eixo Atlântico, que
atualmente está sob a ameaça de um eixo emergente na bacia do Oceano Pacífico”.
Adaptado de PIRES, M. Cordeiro. O
deslocamento do eixo econômico mundial in Revista PUC VIVA, 32, 2008.
Sobre esses processos, NÃO É CORRETO afirmar
que:
a) o
deslocamento do eixo comercial para o Oceano Atlântico relacionou-se às Grandes
Navegações e à Colonização da América, pelos europeus.
b) no século XIX, a abertura do Canal de Suez
permitiu um acesso mais rápido ao Pacífico e a emergência de novos países
industrializados, como a Coréia do Sul e Cingapura, entre outros.
c) entre os
séculos XVI e XIX, a navegação atlântica conectou a África à Europa e à
América, permitindo acesso às riquezas do Oriente e a captura de milhões de
africanos.
d) o crescimento
econômico da Coréia do Sul, da China e Índia colaborou para o incremento de
relações comerciais na Bacia do Pacífico.
e) no século XX,
a hegemonia econômica norte-americana suplantou a hegemonia europeia,
reafirmando o Oceano Atlântico como principal cenário do comércio mundial.
3. (UNICAMP SP/2011) Referindo-se à expansão marítima dos séculos XV e XVI, o poeta português
Fernando Pessoa escreveu, em 1922, no poema “Padrão”:
“E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.”
(Fernando Pessoa, Mensagem – poemas
esotéricos. Madri: ALLCA XX, 1997, p. 49.)
Nestes versos identificamos uma comparação
entre dois processos históricos. É válido afirmar que o poema compara
a) o sistema de
colonização da Idade Moderna aos sistemas de colonização da Antiguidade
Clássica: a navegação oceânica tornou possível aos portugueses o tráfico de
escravos para suas colônias, enquanto gregos e romanos utilizavam servos presos
à terra.
b) o alcance
da expansão marítima portuguesa da Idade Moderna aos processos de colonização
da Antiguidade Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava ao mar
Mediterrâneo, o domínio português expandiu-se pelos oceanos Atlântico e Índico.
c) a localização
geográfica das possessões coloniais dos impérios antigos e modernos: as
cidades-estado gregas e depois o Império Romano se limitaram a expandir seus
domínios pela Europa, ao passo que Portugal fundou colônias na costa do norte
da África.
d) a duração dos
impérios antigos e modernos: enquanto o domínio de gregos e romanos sobre os
mares teve um fim com as guerras do Peloponeso e Púnicas, respectivamente,
Portugal figurou como a maior potência marítima até a independência de suas
colônias.
4. (UPE/2011) A conquista e a colonização da América não estavam unicamente ligadas ao
processo de expansão mercantilista da Europa moderna. Faziam parte, também, da
ação da igreja tridentina no combate ao protestantismo e na luta em prol da
ampliação do número de fieis católicos. Nessa perspectiva,
a) a catequese
dos povos americanos não teve destaque na ação das coroas portuguesa e
hispânica no Novo Mundo.
b) a instituição do padroado régio na Espanha
e em Portugal assim como em suas possessões no além-mar comprova o caráter
religioso da conquista da América.
c) a ação dos
jesuítas na catequese dos ameríndios e na colonização ibérica na América se
restringiu aos territórios hispânicos.
d) a presença
massiva de protestantes na América colonial sob a tutela das monarquias
ibéricas ressalta a pequena atuação da igreja católica na colonização do Novo
Mundo.
e) na América
Portuguesa, os jesuítas não tiveram espaço para a atuação catequética, cabendo
essa ação, nos territórios lusos da América, a outras ordens, como os franciscanos
e beneditinos.
5. (UCS RS/2010) Ao longo dos séculos XV e XVI, os europeus, representados principalmente
pelos portugueses e espanhóis, deram início à Era das Grandes Navegações,
quando se lançaram aos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico. A partir das
Grandes Navegações, teve início a colonização da América por espanhóis e
portugueses.
Assinale a alternativa que apresenta
corretamente as características do período conhecido como Era das Grandes
Navegações.
a) As conquistas ultramarinas deslocaram o eixo
econômico do Mediterrâneo para o Atlântico, livrando a Europa da dependência
dos mercadores e intermediários muçulmanos.
b) No plano das
relações econômicas, deu-se início à política mercantilista, que procurava
alcançar uma balança mais ou menos equilibrada, tratando de pagar com metais
preciosos os produtos importados.
c) O tráfico e a
escravidão indígena atendiam às exigências do sistema colonial português e
espanhol, no Novo Mundo, e do mercantilismo, pois proporcionavam acúmulo de capitais
para a metrópole.
d) O pacto
colonial caracterizava-se pela policultura, em que a unidade de produção era a
pequena propriedade da terra; o esforço e a acumulação passaram a ser as normas
de conduta social solicitada pelas metrópoles.
e) A assinatura
do Tratado de Tordesilhas (1494) representou a união entre a Igreja e a
expansão marítima liderada por Inglaterra, Portugal, França e Espanha, o acesso
ao monopólio dos metais preciosos e às especiarias orientais e a criação das
ordens missionárias do Oriente.
6. (PUC SP/2011) “Enquanto as caravelas cruzavam os mares obedecendo a cálculos precisos,
multidões se deliciavam, na Corte, com os espetáculos de Gil Vicente, onde se
abria espaço às práticas cotidianas do povo comum, eivadas de magismo e de maravilhoso.
Os processos quinhentistas da Inquisição atestam como era corriqueiro o recurso
a filtros e poções mágicas, e difundida a crença nos poderes extraordinários do
Demônio.”
Laura de Mello e Souza. Inferno atlântico.
São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 21-22
O texto caracteriza a época da expansão
marítima europeia (séculos XV e XVI) e destaca
a) a vitória
definitiva do pensamento racional sobre os valores religiosos e obscurantistas
que caracterizavam a Idade Média.
b) uma cruzada
religiosa contra os infiéis e a tentativa cristã de libertar Jerusalém do
domínio islâmico.
c) a convivência entre pensamento
racionalista e diversas formas de crenças no caráter maravilhoso do mundo.
d) um esforço
europeu para impor sua hegemonia militar, política e comercial sobre a América
e o litoral atlântico da África.
e) a ampliação
do poder da Igreja, que passava a controlar as manifestações artísticas
populares e perseguia os hereges.
7. (UFT TO/2011) Vendo do mar, o sertão nos pareceu muito grande, porque, ao estender os
olhos, não podíamos ver senão terras com arvoredos a perder de vista. Até agora
não pudemos saber que haja aqui ouro, prata, ou alguma coisa de metal ou ferro,
nem o vimos. Porém, a terra em si tem um ótimo clima, frio e temperado (...) As
águas são muitas, infindas. E esta terra é tão graciosa, que, querendo
aproveitá-la, tudo dará, em razão das águas que tem. Porém, o melhor fruto que
se pode tirar desta terra me parece ser salvar essa gente. E esta deve ser a
principal semente que Vossa Alteza deve lançar nesta terra.
AUSTURIANO, P. e MATIAS, R. A Carta de Pero
Vaz de Caminha. Versão ilustrada em linguagem atual. São Paulo: FTD, 2000, p.
75-77.
Sobre as Grandes Navegações, considere as
alternativas abaixo:
I. As viagens de
Colombo provocaram desavenças entre os reis de Portugal e da Espanha. Ambos
afirmavam ter direitos sobre as terras que fossem descobertas. A questão foi
solucionada com a assinatura do Tratado de Madri, em 07 de junho de 1494, que
dividia o mundo entre os dois países.
II. Em 1498, o
português Vasco da Gama chegou à Calicute, na Índia. Estava descoberto o
caminho para o Oriente e suas riquezas. Em 1500, a esquadra de Pedro Álvares
Cabral partiu com a missão de chegar novamente à Índia, comprar grande
quantidade de especiarias e firmar acordos com os comerciantes indianos.
III. Os
descobrimentos iniciados pelos portugueses provocaram profundas mudanças na
visão de mundo dos europeus. Ampliou-se o conhecimento da Geografia Física. O
contato direto com diversas civilizações, algumas muito antigas e complexas,
como as da China e da Índia, e com culturas tão diferentes, como as da América,
da África e da Oceania, abriu caminho para o nascimento de uma ideia mais ampla
de humanidade.
IV. A chegada dos
portugueses à América não provocou o mesmo entusiasmo da Viagem de Vasco da
Gama às Índias. Durante as três primeiras décadas do século XVI, o Brasil,
praticamente, serviu ao reino português apenas como local para abastecimento
dos navios em viagem para as Índias.
V. Após a
chegada de Colombo à América, os reis da Espanha apressaram-se em garantir seus
direitos de posse sobre as novas terras. Para isso pediram a intervenção do
Papa Alexandre VI, que por meio de um documento, conhecido pelo nome de Tratado
de Tordesilhas, assinado em 04 de maio de 1493, estabeleceu que as novas terras
descobertas seriam divididas entre as coroas de Portugal e Espanha.
Assinale a alternativa que contém apenas as
informações CORRETAS em relação às Grandes Navegações:
a) II, III e
IV
b) II, III, e V
c) I, III e V
d) I, II, e V
e) I, II, e IV
8. (UFV MG/2011) É INCORRETO afirmar que o
processo de conquista e formação dos impérios coloniais na América no século
XVI:
a) foi favorecido pela expansão comercial e marítima, pelo fortalecimento
das monarquias absolutistas e pela política mercantilista.
b) dizimou populações indígenas e destruiu as estruturas sociais
existentes anteriormente.
c) colocou em contato civilizações que se confrontaram pelo choque de
culturas e pelo reconhecimento do Outro.
d) deslocou o eixo econômico do mar Mediterrâneo para o oceano
Atlântico, passando o comércio a ter proporções de empreendimento regional.
9. (UNIMONTES MG/2011) A organização política da Europa em Estados Nacionais, a partir do
século XV, pode ser considerada
a) o resultado
da união das várias dinastias reinantes após as dificuldades políticas da época
medieval.
b) a expansão do
individualismo no campo econômico, tendo por base o poder temporal da igreja.
c) uma forma
de articulação das forças sociais em conflito e do progresso econômico
decorrente das novas condições de vida.
d) decorrente da
expansão das fronteiras territoriais turco-otomanas, após a tomada de
Constantinopla em 1453.
10. (UNIMONTES MG/2011) Em relação à expansão marítima e comercial europeia, nos séculos XV e
XVI, leia as seguintes afirmativas:
I. O papel de
protagonistas da expansão marítima e comercial moderna foi dos países ibéricos,
cabendo o pioneirismo a Portugal.
II. As conquistas
espanholas, durante o século XV, ameaçaram os avanços náuticos portugueses na
costa da África.
III. A Revolução
de Avis foi o marco inicial da expansão francesa pelo Ocidente.
IV. A grande
importância dada por Portugal à Índia deveu-se à produção e ao comércio de
especiarias.
Estão CORRETAS as afirmativas
a) II e III,
apenas.
b) I e IV, apenas.
c) III e IV,
apenas.
d) I e II,
apenas.
11. (FUVEST SP/2012) Deve-se notar que a ênfase
dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo algum,
que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam
estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela
burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam os desejos
de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na
sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em
mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do
ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do
Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas
africanas…
Luiz Felipe
Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º
Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.
Com base na
afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e
XVI foi um empreendimento
a) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores,
já que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela
burguesia italiana.
b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a
concepção de que a expansão da cristandade servia à expansão econômica e
vice-versa.
c) por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa,
dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a economia europeia
mostrar-se-iam incompatíveis.
d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual
objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional.
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a
despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu
único objetivo era a expansão da fé cristã.
12. (UDESC SC/2012) Leia as proposições abaixo sobre as revoluções na Europa entre os
séculos XVII e XVIII e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falso.
(__) Movidos pela
riqueza adquirida durante as grandes navegações, os Países Ibéricos tiveram
condições de iniciar a Revolução Industrial no século XVII.
(__) Os ingleses
mantiveram livres as plantações em áreas comunais e atrasaram a inserção das
indústrias na Inglaterra.
(__) A partir do
final do século XVIII, os franceses realizaram uma revolução que influenciaria
o mundo inteiro.
(__) Os ingleses
fizeram a primeira Revolução burguesa.
(__) A Revolução
Industrial se iniciou em Portugal, país que teve os primeiros grandes parques
industriais na Europa.
Assinale a alternativa que contém a sequência
correta, de cima para baixo.
a) V – F – V – F
– F
b) F – F – V – V – F
c) V – V – F – F
– V
d) F – V – V – V
– F
e) F – F – V – F
– V
13. (UEL PR/2012) O ser humano, historicamente, tem procurado medir e controlar o tempo.
Para isso, criou instrumentos utilizando-se de elementos naturais.
Sobre as diferentes formas de os homens
medirem o tempo, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir.
(__) O astrolábio,
ou relógio de estrelas, foi utilizado pelos povos Maia e Asteca.
(__) A ampulheta,
ou relógio de areia, foi utilizada pelos gregos e romanos.
(__) O relógio
atômico utiliza a meia vida de um elemento radiativo e regula atualmente a hora
internacional.
(__) A clepsidra,
ou relógio de água, foi utilizado pelos povos da antiguidade.
(__) O sextante, ou
relógio naval, marcava o tempo da viagem na época das Grandes Navegações.
Assinale a alternativa que contém, de cima
para baixo, a sequência correta.
a) V, V, F, V,
F.
b) V, V, F, F,
V.
c) V, F, V, F,
V.
d) F, V, V, V, F.
e) F, F, V, F,
V.
14. (UPE/2012) O processo da Expansão Ultramarina acabou por redefinir o mapa mundial
nos séculos XV-XVI. Com a descoberta da América e a possibilidade de um melhor
conhecimento da África e Ásia, por parte dos europeus, ocorreram várias
mudanças na mentalidade europeia. Sobre essa realidade, é CORRETO afirmar que
a) várias narrativas sobre as terras
distantes e exóticas e seus habitantes foram publicadas na Europa, como os
escritos de Hans Staden.
b) os espanhóis,
logo de início, caracterizaram as descobertas de Colombo, como a chegada a um
novo continente até então desconhecido.
c) os
portugueses optaram por colonizar a África central, evitando fixarem-se na
América.
d) a França e a
Inglaterra colheram os lucros pela antecipação às nações ibéricas no processo
das descobertas ultramarinas.
e) a Espanha
acabou por ocupar boa parte do território africano, dominando assim o tráfico
negreiro até fins do século XVIII.
15. (ESPCEX/2011) As grandes navegações produziram o expansionismo do século XV e contribuíram
para acelerara transição do feudalismo/capitalismo.
Provocaram mudanças no comércio europeu, tais
como:
a) deslocamento
do eixo econômico do Atlântico para o Pacífico; ascensão econômica das
repúblicas italianas paralelamente ao declínio das potências mercantis
atlânticas; acúmulo de capitais nas mãos da realeza.
b) perda do
monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos; declínio econômico
das potências mercantis atlânticas; intenso afluxo de metais preciosos da
América para a Europa.
c)
empobrecimento da burguesia europeia; deslocamento do eixo econômico do
Mediterrâneo para o Atlântico; ascensão econômica das repúblicas italianas,
paralelamente ao declínio das potências mercantis atlânticas.
d) intenso afluxo de metais preciosos da
América para a Europa, o que determinou a chamada “revolução dos preços do
Século XVI”; deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico;
acúmulo de capitais nas mãos da burguesia europeia, em consequência da
abundância de metais que afluiu para a Europa.
e) ascensão
econômica das repúblicas italianas, paralelamente ao declínio econômico de
países como Portugal, Espanha, Inglaterra e Holanda; incorporação das áreas do
continente americano e do litoral africano às rotas já tradicionais de comércio
Europa – Ásia; acumulação de capitais nas mãos da nobreza e realeza europeias.
16. (FATEC SP/2013) As caravelas foram um grande avanço tecnológico no final do século XV.
Graças a elas, foi possível realizar viagens de longa distância de forma
eficiente. Centenas de homens embarcaram nas caravelas dos descobrimentos. Alguns
buscavam enriquecimento rápido, outros, oportunidade de difundir a fé em
Cristo. Estes homens eram atraídos pela aventura, porém as surpresas nem sempre
eram agradáveis. Nas embarcações, proliferavam doenças e a alimentação era
precária.
(Revista de História da Biblioteca Nacional,
setembro de 2012, p.22-25. Adaptado)
Sobre a época descrita no texto e
considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que as viagens nas
caravelas
a) foram realizadas no contexto da expansão
do mercantilismo europeu, visando também à ampliação do catolicismo.
b) não
pretendiam descobrir novos territórios, apenas estabelecer rotas para
aventureiros e marginalizados da sociedade.
c) tinham como
principal objetivo retirar as populações muçulmanas da Península Ibérica, após
as Guerras de Reconquista.
d) eram feitas em
condições precárias, pois eram clandestinas, ou seja, eram realizadas sem o
consentimento das Coroas europeias.
e) não ocorriam
em condições apropriadas, embora a maior parte dos tripulantes das caravelas
pertencesse à nobreza feudal.
17. (UPE/2013) Segundo Alexandre de Freitas, “A globalização caracteriza-se, portanto,
pela expansão dos fluxos de informações — que atingem todos os países, afetando
empresas, indivíduos e movimentos sociais —, pela aceleração das transações
econômicas — envolvendo mercadorias, capitais e aplicações financeiras que
ultrapassam as fronteiras nacionais — e pela crescente difusão de valores
políticos e morais em escala universal.”
BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo
globalizado: política, sociedade e economia. São Paulo: Contexto, 2010, p.
12-13.
Com base na definição acima e nos estudos
sobre globalização, é CORRETO afirmar que
a) o autor não
leva em consideração a internet e a tecnologia para a construção de
computadores no processo de globalização.
b) segundo a
definição de Freitas, a globalização se restringe aos eventos em escala
internacional.
c) a
globalização, por sua natureza planetária, é um duro golpe contra a expansão
religiosa.
d) há autores que consideram a Expansão
Marítima do século XVI como primeiro ato na história do processo de
globalização.
e) por suas
carências políticas, sociais e financeiras, os países pobres não participam do
processo de globalização.
18. (UECE/2012) “A expansão marítima dos países da Europa após o século XV representou
não só um novo sistema de relações internas naquele continente, como
“revolucionou” a expansão europeia ultramarina.”
PRADO JUNIOR, Caio. História Econômica do
Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1982. p.13-17.
Analise as seguintes afirmações acerca da
expansão marítima acima mencionada.
I. Foi realizada
por empresas comerciais levadas a prática pelos navegadores dos países que
participaram dessa expansão, como Portugal e Espanha entre outros. Tais
empresas foram fundamentais no desenvolvimento do comércio europeu que era, até
o século XIV, em grande proporção, terrestre.
II. A expansão
marítima do século XV propiciou o deslocamento da primazia comercial dos países
dos territórios centrais do continente europeu, para outra rota que a
substituiria e colocaria os países ibéricos no papel de pioneiros dessa grande
transformação.
Sobre as afirmações acima, é correto dizer-se
que
a) ambas são
falsas.
b) apenas I é
verdadeira.
c) ambas são verdadeiras.
d) apenas II é
verdadeira.
19. (Unicastelo/2013) Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Pedro Álvares Cabral, que
aportou nas costas brasileiras em 1500, descreve um episódio ocorrido em 24 de
abril, em que dois nativos de terra foram recebidos na nau capitânia.
O capitão, quando eles vieram, estava
assentado em uma cadeira e bem vestido, com um colar d´ouro muito grande no
pescoço. Um deles pôs olho no colar do capitão e começou d´acenar com a mão
para a terra e depois para o colar, como que nos dizia que havia em terra ouro.
Isso tomávamos nós assim por o desejarmos.
(Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento
do Brasil, 1974. Adaptado.)
Esse trecho da carta tem um conteúdo irônico
e revelador de um dos objetivos das expansões marítimas do século XV, o de
a) solucionar a crise da falta de moedas na
Europa.
b) organizar a
produção de açúcar no Brasil.
c) encontrar terras
disponíveis para os nobres europeus.
d) escravizar a
população indígena da América.
e) cristianizar
os habitantes daqueles novos mundos.
20. (PUCCamp SP/2013) Quem lida com redes simbólicas, como são poemas, sermões e romances,
acaba descobrindo na malha das frases imagens trazidas pela memória social (“o
que lembro, tenho”, diz Guimarães Rosa). Na história da colonização ouço o
diálogo não raro abafado entre a escrita da mente e os impulsos da paixão; e
vejo a osmose que o imaginário do escritor entretém com a tradição. Recordem-se
os mitos nas vozes contraditórias de Os Lusíadas, os pecados e as penas
medievais na Bahia barroca de Gregório de Matos, a cruz do negro de engenho em
Vieira, o apocalipse nativo em Gonçalves Dias, a imolação voluntária do guarani
em Alencar (...)
(Alfredo Bosi. Dialética da Colonização. São
Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 382)
A obra Os Lusíadas celebra os feitos
portugueses no período de expansão marítimo-comercial. O destacado desempenho
português nas Grandes Navegações é atribuído a fatores como:
a) posição
geográfica privilegiada no Mediterrâneo e inexistência de terras férteis em seu
território, tornando o país dependente do comércio marítimo.
b) domínio de
conhecimentos técnicos pela universidade conhecida como Escola de Sagres e
tradição no tráfico negreiro entre África e Europa.
c) poder
econômico decorrente da aliança com a Espanha (União Ibérica) e do monopólio do
comércio de especiarias no Mediterrâneo.
d) fortalecimento
da burguesia mercantil e presença de estímulo estatal às navegações após o
processo de formação do Estado nacional.
e) pioneirismo
no comércio com o Oriente e grande influência árabe resultante da longa
ocupação muçulmana do sul do país.
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