1. (UNICAMP SP/2015) A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui
suficiente prova de que não é inato.
(John Locke, Ensaio acerca do entendimento
humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.)
O empirismo, corrente filosófica da qual
Locke fazia parte,
a) afirma que
o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência.
b) é uma forma
de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos.
c) aproxima-se
do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas.
d) defende que
as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.
2. (UFMG/1996) Leia o texto.
“São verdades incontestáveis para nós: que
todos os homens nascem iguais; que lhes conferiu o Criador certos direitos
inalienáveis, entre os quais o de vida, o de liberdade e o de buscar a
felicidade; que para assegurar estes direitos se constituíram entre os homens
governos cujos poderes justos emanam do consentimento dos governados.”
(Trecho da Declaração de Independência das
Treze Colônias)
A partir desse texto, pode-se afirmar que os
ideais que levaram à independência americana tiveram inspiração.
a) na teoria de
Estado de Jean Bodin.
b) na utopia
igualitária de Thomas Mórus.
c) nas obras
de John Locke e dos iluministas.
d) no pensamento
de Santo Agostinho e Campanella.
3. (UEG GO/2009) Um dos aspectos mais importantes da filosofia política de John Locke é
sua defesa do direito à propriedade, que ele considerava ser algo inerente à
natureza humana, uma vez que o corpo é nossa primeira propriedade. De acordo
com esta perspectiva, o Estado deve
a) permitir
aos seus cidadãos ter propriedade ou propriedades.
b) garantir que
todos os seus cidadãos, sem exceção, tenham alguma propriedade.
c) garantir aos
cidadãos a posse vitalícia de bens.
d) fazer com que
a propriedade seja comum a todos os cidadãos.
4. (Mackenzie SP/2006) John Locke (1632-1704) é um dos fundadores do empirismo. Atualmente, é
pouco lido. Muito ganharíamos, entretanto, se nos ocupássemos novamente dos tratados
sobre o governo civil, com a carta sobre a tolerância e, particularmente, com o
ensaio sobre o entendimento humano.
Assinale a alternativa que apresenta um
fragmento do seu pensamento.
a) O direito
de propriedade é a base da liberdade humana porque todo homem tem uma
propriedade que é sua própria pessoa. O governo existe para proteger esse
direito.
b) Há uma busca
de equilíbrio entre a autoridade do poder e a liberdade do cidadão. Para que
ninguém possa abusar da autoridade, é preciso que, pela disposição das coisas,
o poder detenha o poder. Daí a separação entre poderes legislativo, executivo e
judiciário.
c) A organização
do mundo e sua finalidade interna só se explicam pela existência de um Criador
inteligente: Este mundo me espanta e não posso imaginar / Que este relógio
exista e não tenha relojoeiro.
d) Deve haver
exaltação da razão e da dúvida: Existe, porém, uma coisa de que não posso
duvidar, mesmo que o demônio queira sempre me enganar. Mesmo que tudo o que
penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de pensamento
resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável.
e) O regime
democrático deve ser aquele que tem a aptidão de manter vigentes os termos do
pacto social, bem como os dispositivos garantidores da liberdade
político-contratual. O povo inglês pensa ser livre, mas engana-se grandemente;
só o é durante a eleição dos membros do parlamento: assim que estes são
eleitos, é escravo; nada é.
5. (FMJ SP/2007) Um dos mais importantes teóricos da revolução burguesa ocorrida na
Inglaterra durante o século XVII, o filósofo John Locke, defendeu ideias que
serviram de base ao pensamento iluminista e influenciaram movimentos contra o
Antigo Regime na Europa. Na visão do autor, a função básica do Estado deveria
ser
a) controlar as
ações dos homens, punindo todos aqueles que agissem contrariamente às leis.
b) regulamentar
as relações humanas, eliminando os conflitos causados por interesses
divergentes.
c) dirigir os
seres humanos em suas escolhas, evitando disputas por questões sociais ou
econômicas.
d) manter a
estabilidade da organização social, definindo as obrigações e privilégios de
cada camada.
e) proteger os direitos naturais do
indivíduo, garantindo o respeito a eles por toda a sociedade.
6. (UNESP SP/2007) Sendo os homens, conforme (...) dissemos, por natureza, todos livres,
iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido
ao poder de outrem sem dar consentimento.
(John Locke, Segundo tratado sobre o
governo.)
O patrimônio do pobre reside na força e
destreza de suas mãos, sendo que impedi-lo de utilizar essa força e essa destreza
da maneira que ele considerar adequada, desde que não lese o próximo, constitui
uma violação pura e simples dessa propriedade sagrada.
(Adam Smith, A riqueza das nações.)
A partir da leitura dos textos, é correto
afirmar que
a) John Locke
defende a democracia, isto é, a igualdade política entre os homens, ao passo
que Adam Smith privilegia o trabalho, portanto a desigualdade.
b) John Locke funda sua teoria política
liberal na defesa da propriedade privada, em sintonia com a defesa da livre
iniciativa proposta por Adam Smith.
c) o
consentimento para evitar o poder centralizado do rei, em John Locke, choca-se
com a necessidade de intervenção econômica, segundo Adam Smith.
d) a monarquia
absolutista é a base da teoria política de John Locke, enquanto o Estado não
intervencionista é o suporte da teoria econômica de Adam Smith.
e) para John
Locke, o consentimento é garantido pela divisão dos poderes harmonizando-se com
a defesa da propriedade coletiva de Adam Smith.
7. (PUC RS/2011) Considere o texto abaixo, do filósofo John Locke (1623- 1704), extraído
da obra Sobre o Governo Civil.
“Se o homem em estado de natureza está tão
livre quanto se disse, se é senhor absoluto de sua pessoa e bens (...), sem
estar sujeito a quem quer que seja, por que abandonará sua liberdade? Por que
(...) se sujeitará ao domínio e controle de algum outro poder? Ao que é
evidente responder que, embora em estado de natureza tenha esse direito, o seu
gozo é muito incerto (...), a fruição da propriedade que tem nesse estado é
muito arriscada e muito insegura; e não é sem razão que procura e está disposto
a formar com outros uma sociedade (...) para a preservação mútua de suas vidas,
liberdades e bens, a que chamo pelo nome geral de – propriedade”.
Apud FENTON, Edwin. 32 problemas na história
universal. São Paulo: Edart, 1974, p. 90-1.
Considerado um dos fundadores do pensamento
liberal, Locke, no texto, examina os motivos que levam os indivíduos a saírem
do “estado de natureza”, fundando a chamada “sociedade política” (o Estado).
O conceito de propriedade está no centro
desses motivos, sendo esta considerada como
a) uma concessão
parcial da sociedade política aos indivíduos.
b) uma
prerrogativa que nasce com o estabelecimento da sociedade política.
c) o fundamento
moral para o exercício do poder absoluto do Estado.
d) o fruto
material da exploração do homem pelo homem.
e) um direito
natural a ser protegido pela sociedade política.
8. (UFPR/2013) Considere o excerto abaixo, escrito pelo filósofo John Locke em 1689:
Ninguém pode impor-se a si mesmo ou aos
outros, quer como obediente súdito de seu príncipe, quer como sincero venerador
de Deus: considero isso necessário sobretudo para distinguir entre as funções
do governo civil e da religião, e para demarcar as verdadeiras fronteiras entre
a Igreja e a comunidade. Se isso não for feito, não se pode pôr um fim às
controvérsias entre os que realmente têm, ou pretendem ter, um profundo
interesse pela salvação das almas, de um lado, e, de outro, pela segurança da
comunidade.
(LOCKE, John. Carta acerca da tolerância. São
Paulo: Abril Cultural, 1973, col. Os Pensadores, vol. XVIII, p. 11.)
Sobre a relação desse pensamento de Locke com
o contexto político e religioso da Europa do século XVII, identifique as
afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
(__) John Locke
defende a separação entre poder político e poder espiritual como base para o
estabelecimento de novas comunidades religiosas na Europa ocidental, em
referência às novas ações da Inquisição nos reinos católicos.
(__) John Locke
defende a tolerância religiosa e a separação entre a religião e o poder
político civil como bases para a convivência pacífica entre os povos de
religiões diferentes, em referência às guerras entre católicos e protestantes
nos reinos europeus.
(__) John Locke
defende a separação entre Igreja e Estado no contexto das perseguições
empreendidas pelos puritanos na Inglaterra, após saírem vitoriosos da Revolução
Gloriosa.
(__) John Locke
defende a tolerância religiosa como condição primordial para a convivência
entre diferentes religiões que nasciam na Europa no século XVII e que eram
perseguidas pela Igreja Católica, como o espiritismo kardecista.
Assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta, de cima para baixo.
a) F – F – V –
F.
b) F – V – F – F.
c) V – F – F –
F.
d) F – F – F –
V.
e) V – F – F –
V.
9. (UNCISAL AL/2015) “Sempre considerei as ações dos homens como as melhores intérpretes dos
seus pensamentos.”
John Locke
A frase de John Locke nos remete ao
Iluminismo e seus objetivos nos diversos âmbitos que formam a vida em
sociedade. Sobre ideário iluminista, é correto afirmar que
a) seu caráter
popular afastou os intelectuais e aproximou a pequena burguesia da nobreza
togada.
b) o
intelectualismo se tornou um obstáculo à expansão do iluminismo, fato que
minimizou sua influência nas revoluções burguesas.
c) Adam Smith
dissocia a liberdade econômica da liberdade política, fazendo prevalecer esta
última em detrimento da primeira.
d) a razão
apresenta um poder emancipador capaz de tirar o homem da menoridade e
libertá-lo da opressão política e dos resquícios das trevas medievais.
e) o projeto
iluminista não se opunha totalmente ao mercantilismo nem ao absolutismo já que
preserva em grande parte as instituições do Antigo Regime.
10. (Fac. Cultura Inglesa SP/2014) O grande objetivo da entrada do homem em sociedade consiste na fruição da
propriedade em paz e em segurança e, sendo o grande instrumento e meio disto as
leis estabelecidas nessa sociedade, a primeira lei positiva e fundamental de
todas as comunidades consiste em estabelecer o poder legislativo. Esse poder
legislativo não é somente o poder supremo da comunidade, mas é sagrado e
inalterável nas mãos em que a comunidade uma vez o colocou; nem pode qualquer
édito, de quem quer que seja, ter a força e a obrigação da lei se não tiver
sanção do legislativo escolhido e nomeado pelo público; porque, sem isto, a lei
não teria o consentimento da sociedade sobre a qual ninguém tem o poder de
fazer leis senão por seu próprio consentimento e pela autoridade dela recebida.
(John Locke. Segundo tratado sobre o governo,
1963. Adaptado.)
O filósofo inglês John Locke publicou o
Segundo tratado sobre o governo em 1690. Um dos argumentos do livro, resumido
no excerto transcrito, foi essencial para que transformações políticas
ocorressem na Europa e na América, porque
a) denunciou a
exploração econômica dos trabalhadores industriais.
b) sustentou que
a propriedade particular das terras provocava lutas sociais.
c) demonstrou
que a democracia seria possível apenas em pequenos grupos sociais.
d) elaborou,
por oposição aos Estados absolutistas, a teoria do governo representativo.
e) considerou a
paz social, garantida pelo rei, como a condição da felicidade humana.
GABARITO
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