1. (UEA AM/2013) A saída do homem da sua minoridade, da qual é ele próprio o responsável.
Minoridade, isto é, incapacidade de se servir do seu entendimento sem a direção
de outrem.
(Immanuel Kant. O que é o Iluminismo? Apud
Roland Desné, O Iluminismo, 1974.)
O texto de Kant resume o argumento central do
Iluminismo, que teve consequências históricas profundas
a) na
política, com o combate ao absolutismo, e na cultura, com a crítica aos dogmas
religiosos.
b) no surgimento
da estética barroca, com a expansão das atividades econômicas em escala
mundial.
c) na sociedade,
com a abolição das desigualdades sociais, e na ética, com a noção de desespero
humano.
d) no
aparecimento da filosofia, com a desmoralização das verdades reveladas pelos
sistemas religiosos.
e) na ideologia,
com a oposição à liberdade individual, e na política, com o apoio aos
movimentos republicanos.
2. (UEMA/2011) Na perspectiva do conhecimento, Immanuel Kant pretende superar a
dicotomia racionalismo-empirismo. Entre as alternativas abaixo, a única que
contém informações corretas sobre o criticismo kantiano é:
a) A razão
estabelece as condições de possibilidade do conhecimento; por isso independe da
matéria do conhecimento.
b) O conhecimento é constituído de matéria e
forma. Para termos conhecimento das coisas, temos de organizá-las a partir da
forma a priori do espaço e do tempo.
c) O
conhecimento é constituído de matéria, forma e pensamento. Para termos
conhecimento das coisas temos de pensá-las a partir do tempo cronológico.
d) A razão
enquanto determinante nos conhecimentos fenomênicos e noumênicos
(transcendentais) atesta a capacidade do ser humano.
e) O homem
conhece pela razão a realidade fenomênica porque Deus é quem afinal determina
este processo.
3. (PUC RJ/2006) Em 1784, Kant assim caracterizou o Iluminismo:
A saída do homem de sua minoridade, do qual é
ele próprio o responsável. Minoridade, isto é, incapacidade de se servir do seu
entendimento sem a direção de outrem (...) Tem a coragem de te servires do teu
próprio entendimento. Eis aí a divisa do Iluminismo.
Tendo como referência o texto acima, é
correto afirmar que:
I. para os
iluministas, o entendimento humano era viabilizado pela razão e pelo saber
científico.
II. a “divisa do
Iluminismo” representou, entre outros aspectos, a extinção dos regimes
monárquicos, no mundo europeu da época.
III. a “coragem de
se servir de seu próprio entendimento” foi associada à concepção da liberdade
como um direito universal do homem.
IV. a “saída do
homem de sua minoridade” correspondeu, na prática, à defesa do ideal de uma
civilização livre de quaisquer práticas religiosas.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as
afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as
afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as
afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas a
afirmativa IV está correta.
e) Todas as
afirmativas estão corretas.
4. (Fac. Cultura Inglesa SP/2015) O homem “esclarecido” é aquele que, ao superar a passividade da razão,
sai de uma “menoridade” intelectual pela qual é o único responsável “por
preguiça e frouxidão” e que não é senão “incapacidade de se servir de sua
inteligência sem ser dirigido por outrem”.
(Louis Guillermit. “Emanuel Kant e a
Filosofia Crítica”. In: François Châtelet (org.) A filosofia e a história, vol.
5, 1974.)
O argumento kantiano deve ser entendido no
interior dos princípios da filosofia
a) escolástica
medieval.
b)
existencialista cristã.
c) racionalista
cartesiana.
d) positivista
cientificista.
e) iluminista
da época moderna.
5. (UFSJ 2012) Sobre a questão do conhecimento na filosofia kantiana, é CORRETO afirmar
que
a) o ato de conhecer se distingue em duas
formas básicas: conhecimento empírico e conhecimento puro.
b) para
conhecer, é preciso se lançar ao exercício do pensar conceitos concretos.
c) as formas
distintas de conhecimento, descritas na obra Critica da razão pura, são
denominadas, respectivamente, juízo universal e juízo necessário e suficiente.
d) o registro
mais contundente acerca do conhecimento se faz a partir da distinção de dois
juízos, a saber: juízo analítico e juízo sintético ou juízo de elucidação.
6. (Enem 2012) Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio
é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a
direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a
causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e
coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer
uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a
covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que
a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no
entanto, de bom grado menores durante toda a vida.
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é
esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).
Kant destaca no texto o conceito de
Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da
Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa:
a) a reivindicação de autonomia da capacidade
racional como expressão da maioridade.
b) o exercício
da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.
c) a imposição
de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.
d) a compreensão
de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento.
e) a emancipação
da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.
7. (Uncisal 2011) No século XVIII, o filósofo Emanuel Kant formulou as hipóteses de seu
idealismo transcendental. Segundo Kant, todo conhecimento logicamente válido
inicia-se pela experiência, mas é construído internamente por meio das formas a
priori da sensibilidade (espaço e tempo) e pelas categorias lógicas do
entendimento.
Dessa maneira, para Kant, não é o objeto que
possui uma verdade a ser conhecida pelo sujeito cognoscente, mas sim o sujeito
que, ao conhecer o objeto, nele inscreve suas próprias coordenadas sensíveis e
intelectuais. De acordo com a filosofia kantiana, pode-se afirmar que
a) a mente
humana é como uma “tabula rasa”, uma folha em branco que recebe todos os seus
conteúdos da experiência.
b) os
conhecimentos são revelados por Deus para os homens.
c) todos os
conhecimentos são inatos, não dependendo da experiência.
d) Kant foi um
filósofo da antiguidade.
e) para Kant,
o centro do processo de conhecimento é o sujeito, não o objeto.
GABARITO
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