1. (UFPEL RS/2000) Maquiavel aconselhou aos
governantes do início da Idade Moderna formas de como manter o poder.
“É de
notar-se, aqui, que, ao apoderar-se de um Estado, o conquistador deve
determinar as injúrias que precisa levar a efeito, e executá-las todas de uma
só vez, para não ter que renová-las dia a dia. Deste modo, poderá incutir
confiança nos homens e conquistar-lhes o apoio, beneficiando-os. Quem age por
outra forma, ou por timidez ou por força de maus conselhos, tem sempre necessidade
de estar com a faca na mão e não poderá nunca confiar em seus súditos, porque
estes, por sua vez, não se podem fiar nele, mercê das suas recentes e contínuas
injúrias. As injúrias devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que,
tomando-se-lhes menos o gosto, ofendam menos. E os benefícios devem ser
realizados pouco a pouco, para que sejam melhor saboreados.”
(MAQUIAVEL,
Nicolau. “O Príncipe”. (Coleção Os Pensadores) 1º ed. São Paulo: Abril
Cultural, 1973, p. 44).
Suas
ideias são características da conjuntura histórica que, na Europa, favoreceu:
a) a Escolástica e as Corporações de Ofício nas
cidades.
b) o Teocentrismo e a fragmentação política do
Império Romano.
c) o Renascimento e a centralização política
que levou à formação dos Estados Nacionais.
d) o Iluminismo e o Liberalismo Econômico.
e) o Despotismo Esclarecido e a Revolução
Industrial.
2. (UNIRIO RJ/1994) Entre os séculos XVI e
XVII multiplicam-se autores e doutrinas para justificar e legitimar o Estado
autoritário e o Absolutismo modernos. Maquiavel, um dos teóricos da origem do
Estado moderno, apontava:
a) Em O Príncipe: "um profundo desprezo
pela lei moral que limitava a autoridade do governante".
b) Em O Príncipe: "necessidade de um pacto
político e social que garantisse a soberania popular".
c) Em o Contrato Social: "a
impossibilidade de haver poder público sem a vontade de Deus".
d) Em o Espírito das Leis: "a soberania
limita dos reis e a difusão das instituições parlamentares".
e) No Leviatã: "a necessidade da renúncia
de todos os direitos dos governados em favor do monarca de autoridade
ilimitada."
3. (FFFCMPA RS/2007) “Aquele que
trocar o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes sua ruína do
que sua preservação; pois, um homem que queira fazer em todas as coisas profissão
de bondade deve arruinar-se entre tantos que não são bons. Daí ser necessário a
um príncipe, se quiser manter-se, aprender a poder não ser bom e a se valer ou
não disto segundo a necessidade”.
(Nicolau
Maquiavel, O Príncipe, 1513).
A
partir da citação acima, considere as seguintes afirmativas:
I. Maquiavel expressa de forma realista as
tendências políticas da era moderna. Com base na sua experiência histórica,
sugeria as regras de conduta necessárias à preservação do poder pelo novo
príncipe;
II. Defendia que o Soberano incorporasse
princípios e valores expressos por S. Tomás de Aquino face às crises e os
dilemas que inauguram a emergência da época moderna;
III. Maquiavel expõe teses que permitem
compreender em profundidade a divisão da península itálica e os novos métodos
necessários à sua unificação;
IV. Maquiavel exprime a existência de uma
moralidade dualista na vida política, a moral que se regia segundo as normas, e
a que o fazia segundo a conveniência.
Assinale
a alternativa correta.
a) Apenas II, III e IV são verdadeiras.
b) Apenas I, II e III são verdadeiras.
c) Apenas I, III e IV são verdadeiras.
d) Apenas I, II e IV são verdadeiras.
e) Apenas II e III são verdadeiras.
4. (UFPEL RS/2007) “Daqui nasce um dilema: é
melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível
ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais
seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas. [...]
Os
homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro que
se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em
virtude de os homens serem maus, quebra-se quando surge ocasião de melhor
proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona.
Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de tal modo que, se não conseguir a
amizade, possa pelo menos fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser
temido e não ser odiado, ao mesmo tempo.
MAQUIAVEL,
Nicolau (1469-1527). O Príncipe. Lisboa: Europa-América, 1976.
O
documento embasa
a) a organização de uma sociedade liberal,
precursora dos ideais da Revolução Francesa.
b) o direito divino dos reis, reforçando as
estruturas políticas e religiosas medievais.
c) o absolutismo monárquico, sob a ótica de
um escritor renascentista.
d) a origem do Estado Moderno, através do
Contrato Social.
e) o republicanismo como regime político,
apropriado para os Estados Modernos.
5. (UNIFOR CE/2008) Considere o texto.
“O
príncipe” atormentou a humanidade durante quatro séculos. E continuará a
atormentá-la.
(Jean-Jacques
Chevalier. As grandes obras políticas − de Maquiavel a nossos dias. Rio de
Janeiro: Agir, 1980. p. 48)
Dentre
as ideias de Maquiavel, que foram explicitadas durante o contexto da formação
dos Estados Nacionais, destacam-se
a) "os fins justificam os meios" e
"a razão do Estado deve sobrepor-se a tudo".
b) “a força é justa quando necessária” e “cabe
ao Parlamento a decisão final”.
c) “o governante deve ser amado e não temido” e
“o poder está na força de Deus”.
d) “um déspota deve ser deposto” e “os três
poderes garantem o equilíbrio de poder”.
e) “é mais seguro ser temido do que amado” e “a
legitimidade é fruto do contrato social”.
6. (UFU MG/2011) Leia o texto a seguir.
O
príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando
que aparente possuir tais qualidades. [...] Um príncipe não pode observar todas
as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente
forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a
religião [...]. O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve
estar pronto a fazer o mal, se necessário.
MAQUIAVEL,
N. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1986.
Sobre o
pensamento político de Maquiavel e o contexto histórico em que se insere,
assinale a alternativa correta.
a) Os reis precisavam de autonomia e não
poderiam estar submetidos a nenhuma instituição para alcançar a plenitude política.
b) Os princípios da representação popular e dos
ideais democráticos eram amplamente defendidos.
c) A ação violenta por parte dos governantes
contra os seus súditos era censurada.
d) A política estava desvinculada dos
princípios cristãos, mantendo-se a legitimidade dos reis pelos princípios da
representatividade.
7. (ENEM/2010) O príncipe, portanto, não
deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo
unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente
do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao
assassínio e ao roubo.
MAQUIAVEL,
N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.
No
século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a
função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor,
baseava-se na
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.
b) bondade em relação ao comportamento dos
mercenários.
c) compaixão quanto à condenação de
transgressões religiosas.
d) neutralidade diante da condenação dos
servos.
e) conveniência entre o poder tirânico e a
moral do príncipe.
GABARITO
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