1. (ESCS DF/2008) “O comércio e a guerra não
eram evidentemente as únicas atividades externas do Estado absolutista no
Ocidente. O seu outro grande esforço era investir na diplomacia. Esta foi uma
das grandes invenções institucionais da época – inaugurada na área miniatural
da Itália do século XV, institucionalizada aí com a Paz de Lodi e adotada na
Espanha, França, Inglaterra, Alemanha e em toda a Europa, durante o século
XVI.”.
(Anderson,
Perry. Linhagens do Estado absolutista)
Assinale
a opção que melhor apresenta as grandes questões da diplomacia europeia durante
o surgimento dos Estados Modernos no século XVI:
a) as questões religiosas fruto da expansão
das Reformas Religiosas – as disputas territoriais;
b) o nacionalismo xenófobo – conflitos entre
Estados católicos e protestantes;
c) expansão do islamismo na Península Ibérica –
as disputas coloniais;
d) a fragmentação política da península
italiana – sistema bipolar de poder;
e) a Paz Armada – fim dos Impérios coloniais.
2. (UDESC SC/2008) É correto afirmar, em relação ao absolutismo:
a) As liberdades individuais
e a preservação dos direitos alcançados pelos servos foram características do
período absolutista.
b) A primeira revolução de
caráter burguês e contra o absolutismo ocorreu na França.
c) As disputas religiosas e
entre igrejas não se relacionavam de forma alguma com as práticas absolutistas.
d) Na França os filósofos
iluministas foram, em sua esmagadora maioria, favoráveis à política
absolutista.
e) O período das práticas
absolutistas foi maior na França do que na Inglaterra.
3. (UNIFESP SP/2008) Do ponto de
vista sócio-político, o Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime
(séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como
a) burguês-despótico.
b) nobiliárquico-constitucional.
c) oligárquico-tirânico.
d) aristocrático-absolutista.
e) patrício-republicano.
4. (UNIFOR CE/2008) Considere o texto.
“O
príncipe” atormentou a humanidade durante quatro séculos. E continuará a
atormentá-la.
(Jean-Jacques
Chevalier. As grandes obras políticas − de Maquiavel a nossos dias. Rio de
Janeiro: Agir, 1980. p. 48)
Dentre
as ideias de Maquiavel, que foram explicitadas durante o contexto da formação
dos Estados Nacionais, destacam-se
a) "os fins justificam os meios" e
"a razão do Estado deve sobrepor-se a tudo".
b) “a força é justa quando necessária” e “cabe
ao Parlamento a decisão final”.
c) “o governante deve ser amado e não temido” e
“o poder está na força de Deus”.
d) “um déspota deve ser deposto” e “os três
poderes garantem o equilíbrio de poder”.
e) “é mais seguro ser temido do que amado” e “a
legitimidade é fruto do contrato social”.
5. (UFOP MG/2008) O século XVII, na França, foi marcado pela força do governo de Luís XIV,
conhecido como “Rei Sol”.
A respeito desse governo, assinale a
afirmativa correta.
a) Era um governo favorável
à liberdade religiosa, exemplificada na manutenção do edito de Nantes, que
assegurava o culto protestante na França.
b) Esse governo manteve uma
política de livre circulação de ideias, sendo conhecido como um “déspota
esclarecido”.
c) Nesse governo, foi
marcante a atuação do Ministro Richelieu, considerado o mais influente
conselheiro do rei Luís XIV.
d) No governo, houve
crescimento da centralização política e administrativa, marcado por uma
política externa belicosa e mercantilista.
6. (UPE/2008) O absolutismo marcou politicamente uma época,
contribuindo, inclusive, para o avanço econômico da burguesia.
Um dos
seus grandes teóricos, Thomas Hobbes, defendia
a) as mesmas ideias de Maquiavel, fazendo da
descentralização política o grande eixo do seu pensamento.
b) a importância da autoridade para
articular a sociedade, negando que o homem fosse um animal social por natureza.
c) o pensamento aristotélico numa perspectiva
republicana, combatendo a democracia liberal.
d) a liberdade como valor máximo do ser humano,
inegociável em qualquer circunstância.
e) a centralização política nas mãos do rei e a
existência de um Parlamento ativo e decidido.
7. (FEI SP/2008) “A etiqueta não se reduz a
mero repertório do que devemos ou não fazer. É preciso que os gestos e palavras
considerados belos adquiram um sentido cerimonial, tomem a forma de um ritual
quase religioso. É preciso que as boas maneiras, esta redução da ética a uma
estética, do bom ao belo, se enraízem numa política: que a conduta valorizada
seja um sacrifício prestado a um senhor, a um príncipe que governa não só o
Estado como os atos de seus membros de maior destaque. O homem da etiqueta não
é apenas uma pessoa bem-educada. É alguém que expressa seus costumes de modo a
tributar e obter prestígio. As maneiras servem à circulação, à atribuição do
respeito; permitem valorizar os poderosos, venerá-los; a etiqueta só se
compreende a partir de uma estratégia política.”
(Ribeiro,
Renato J. apud Arruda, J. e Piletti, N. Toda a História. São Paulo: Ática,
1999, .206)
De
acordo com o texto:
a) a etiqueta foi usada no Antigo Regime para
reforçar o poder dos senhores às expensas do poder real.
b) a etiqueta opera a identificação do bom ao
belo, o que serve à política de centralização do poder real e à valorização da
nobreza.
c) o homem de etiqueta, ao agir educadamente,
mostra sua subserviência em relação ao príncipe e ao clero e sua inferioridade
na escala social do Antigo Regime.
d) a etiqueta no Antigo Regime possuía uma
função meramente decorativa, não tendo maiores implicações políticas.
e) tão importante para nobres quanto para
camponeses, as regras fixas da etiqueta permitiam visualizar o papel de cada
estamento nas sociedades do Antigo Regime.
8. (UFU MG/2008) Leia o trecho a seguir.
O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os
reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina.
O rei
vê de mais longe e de mais alto: deve acreditar-se que ele vê melhor, e que
deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a
sedição.
BOSSUET,
Jaques-Bénigne. Bispo de Meaux, 1627-1704. Política tirada da Sagrada Escritura.
In FREITAS, G. de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano
Editorial, s/d. p. 201.
Considerando
os princípios que legitimavam o regime monárquico absolutista, é correto
afirmar que, segundo Bossuet
a) a autoridade do rei é sagrada, pois ele
age como ministro de Deus na terra.
b) a soberania real deve ter limites, pois ela
pode provocar sedições.
c) todo o Estado está concentrado na pessoa do
rei, que deve se manter neutro diante dos conflitos sociais.
d) as leis e os indivíduos são soberanos em
relação ao rei e ao Estado.
9. (UNICID SP/2009) Entre os grandes
pensadores do século XVII, merece destaque Thomas Hobbes (1588-1679), autor da
obra
a) O Leviatã, em que defendia o absolutismo
monárquico, a partir da premissa de que somente se todos os homens cedessem os
seus direitos ao rei, abrindo mão da própria liberdade, é que estaria garantida
a sobrevivência da sociedade.
b) O Contrato Social, em que condenava o
absolutismo monárquico e defendia a tese de que a sociedade deveria ser
estruturada em princípios democráticos que garantissem a participação política
de todos os cidadãos.
c) Política Retirada da Sagrada Escritura, em
que defendia os princípios do absolutismo monárquico a partir da premissa de
que o rei era o representante legítimo de Deus na terra e, portanto, deveria
ser respeitado por todos os homens.
d) O Leviatã, em que defendia a criação de uma
monarquia parlamentarista, baseada nos princípios iluministas, cuja finalidade
era garantir os direitos naturais do homem, ou seja, a vida, a liberdade e a
propriedade.
e) O Contrato Social, em que realizou a defesa
dos princípios do absolutismo, a partir da teoria de que havia um contrato
tácito entre o rei e os súditos, pelo qual o primeiro garantia a harmonia da
sociedade e os segundos abdicavam da liberdade.
10. (UNIFESP SP/2009) O fim último,
causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o
domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a
qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com
uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição
de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões
naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em
respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao
respeito àquelas leis de natureza.
(Thomas
Hobbes (1588-1679). Leviatã. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.)
O
príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando
que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do
bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário.
(Nicolau
Maquiavel (1469-1527). O Príncipe. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural,
1986.)
Os dois
fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que
a) ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes
vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade,
e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar
seu poder.
b) Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo
como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar
que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.
c) ambos rejeitam o absolutismo, por
considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais
podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade.
d) Maquiavel defende o absolutismo, por
acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios
violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de
viverem de maneira harmoniosa.
e) ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel
acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes
insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do
soberano.
11. (UFT TO/2008) A organização dos Estados
Nacionais, entre os séculos XV e XVIII, foi desencadeada por diversos
acontecimentos importantes, que fizeram parte do contexto histórico europeu na
transição do sistema feudal para uma sociedade de ordem burguesa.
Com
base nessa informação é INCORRETO afirmar que:
a) a organização dos Estados Nacionais na
Europa se deu de forma homogênea e com o apoio dos camponeses.
b) a organização dos Estados Nacionais na
Europa não se deu de forma homogênea.
c) os Estados Nacionais foram consolidados com
o objetivo de proporcionar a estabilidade política e administrativa necessárias
ao desenvolvimento das ideias burguesas de expansão e crescimento comercial.
d) a centralização do poder nas mãos do monarca
foi essencial à concretização dos ideais da burguesia.
12. (CEFET PR/2009) O absolutismo foi um
sistema político que vigorou nas monarquias europeias durante os séculos XVI e
XVII. Suas características básicas eram a concentração de poder nas mãos dos
reis, uso da violência pelo governo, falta de liberdades e total controle
social e diversos pensadores buscaram justificar o poder absoluto dos monarcas.
Com relação a esse assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Thomas Morus, em sua obra mais famosa,
“Utopia”, cria uma ilha reino imaginária que alguns autores modernos viram como
uma proposta idealizada de um Estado absolutista, no qual o monarca é o maior
símbolo do equilíbrio entre as forças sociais conflitantes.
b) Jean Bodin, em sua obra “Os seis livros da
República”, associava o Estado à própria célula familiar, colocando o poder
real como ilimitado, comparado ao chefe de família.
c) A principal obra de Nicolau Maquiavel, “O
príncipe”, escrita para responder a um questionamento a respeito da origem e da
manutenção do poder, influenciou os monarcas europeus, que a utilizaram para a
defesa do absolutismo. As ações do Estado são regidas pela racionalidade e não
pela moral.
d) Jacques Benigne Bossuet, contemporâneo de
Luís XIV, foi um dos maiores defensores do absolutismo e, simultaneamente, do
“direito divino dos reis”; em sua obra “Política Segundo a Sagrada Escritura”,
afirmava que a Monarquia era de origem divina, cabendo aos homens aceitar todas
as decisões reais, pois questioná-las transformá-los-ia não somente em inimigos
públicos, mas também em inimigos de Deus.
e) Thomas Hobbes, autor de “Leviatã”, proclamou
que, em seu estado natural, a vida humana era “solitária, miserável,
desprezível, bestial e breve”; buscando escapar da guerra de todos contra
todos, os homens uniram-se em torno de um contrato para formar uma sociedade
civil, legando a um soberano todos os direitos para protegê-los contra a
violência.
13. (UEG GO/2009) O Estado moderno, que
representou a superação de concepções políticas medievais, encontrou vários
teóricos. Entre eles merecem destaque Maquiavel, Jean Bodin e Thomas Hobbes.
Este último ficou conhecido por afirmar que o Estado:
a) é uma criação do homem para sua própria
defesa e proteção.
b) é uma criação divina, e o monarca, seu
representante.
c) é um instrumento de exploração das classes
dominantes.
d) é um instrumento democrático em benefício do
indivíduo.
14. (UFTM MG/2009) Na Inglaterra, durante a
época dos Tudor, também havia insatisfação contra os abusos da Igreja Católica.
Criticavam-se a ineficiência dos tribunais eclesiásticos e o favoritismo na
distribuição de cargos públicos para membros do clero. O pagamento de dízimos e
seu envio para Roma eram igualmente objeto de queixas. A tensão contra a Santa
Sé aumentou quando o papa negou a Henrique VIII, que governou entre 1509 e
1547, o direito de se divorciar de Catarina de Aragão, tia do imperador Carlos
V, do Sacro Império Romano-Germânico.
(Alceu
Pazzinato e Maria Helena Senise, História Moderna e Contemporânea)
Em
decorrência da situação descrita no texto,
a) as divergências doutrinárias levaram o rei a
separar-se da Igreja Católica, criando uma nova religião com base nas teses de
Lutero.
b) o rei rompeu com a Igreja de Roma,
apoiado pelo Parlamento, que o tornou chefe supremo da Igreja da Inglaterra,
fortalecendo seu poder.
c) o Parlamento inglês confirmou a decisão
papal, o que fez o rei dissolvê-lo, concretizando seu absolutismo e o controle
sobre a Igreja.
d) a decisão do papa gerou um conflito bélico
entre a Inglaterra e a Espanha, que contou com o auxílio do Sacro Império.
e) os bens da Igreja foram confiscados pelo
Estado, que os cedeu à burguesia, cujo apoio foi fundamental à consolidação do
absolutismo.
15. (UNESP SP/2009) (...) O trono real não é o
trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam
de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais
alto; deve-se acreditar que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar,
pois o murmúrio é uma disposição para a sedição.
(Jacques-Bénigne
Bossuet (1627-1704), Política tirada da Sagrada Escritura. apud Gustavo de
Freitas, 900 textos e documentos de História)
Com
base no texto, assinale a alternativa correta.
a) O autor critica o absolutismo do rei e
enfatiza o limite da sua autoridade em relação aos homens.
b) Para Bossuet, o poder real tem
legitimidade divina e não admite nenhum tipo de oposição dos homens.
c) Bossuet defende a autoridade do rei, mas
alerta para as limitações impostas pelas obrigações para com Deus.
d) Os princípios de Bossuet defendem a
soberania dos homens diante da autoridade divina dos reis.
e) O autor reconhece o direito humano de
revolta contra o soberano que não se mostre digno de sua função.
16. (UEG GO/2010) Nos séculos XVII e XVIII,
ganharam força as teorias contratualistas, cujo principal questionamento é o
fundamento racional do poder soberano. Filósofos como Thomas Hobbes, John
Locke, Jean-Jacques Rousseau tinham igual propósito de investigar a origem do
Estado. Esses pensadores partem da hipótese do estado de natureza e imaginam as
pessoas vivendo antes de qualquer sociabilidade. Thomas Hobbes, advertindo que
a guerra era inevitável no estado natural, conclui que a única maneira de garantir
a paz seria a delegação de um poder ilimitado ao soberano. Por defender tais
princípios, Hobbes ficou conhecido como o teórico do
a) neoliberalismo.
b) absolutismo.
c) liberalismo.
d) socialismo.
17. (UEPB/2010) É difícil imaginar sociedades
sem Estado. Hoje, como ontem, os Estados podem se fundar em princípios
jurídicos, ideológicos ou religiosos e culturais, com governos eleitos ou
ditatoriais. Analise as questões abaixo e aponte, com F ou V, as falsas e as
verdadeiras.
(__) A ideia de Estado vem do Renascimento, quando
se refletia sobre a relação entre governantes e governados. Aqui surge a lógica
que diz que o Estado não tem que necessariamente recorrer ao uso da força para
ser respeitado, e que ele legitimasse quando é autorizado pelo povo para
comandar.
(__) O Estado é apenas um dos elementos da
natureza. Ele é um instrumento que os homens herdam naturalmente para que
possam resolver seus conflitos e organizar a vida em comunidade.
(__) Não existe qualquer diferença entre os
conceitos de Estado, administração e governo. O Estado é apenas uma criação
filosófica, já o governo é a única face visível do poder público.
(__) Uma das principais características do Estado
moderno é possuir o monopólio da violência e ter a autoridade necessária para
fazer cumprir a lei que garante os direitos e deveres do cidadão.
Assinale
a alternativa correta:
a) V, V, F, V
b) V, F, V, F
c) F, F, V, V
d) V, F, F, V
e) V, F, V, V
18. (UFJF MG/2010) Acerca do início da Idade Moderna,
leia a afirmação abaixo. Em seguida, com base na citação e em seus
conhecimentos, responda ao que se pede.
Atividades
econômicas, estruturas e relações sociais, formas políticas, ideologias,
manifestações culturais, tudo afinal se modificou em maior ou menor grau,
embora em ritmos e proporções bastante diferenciados entre si. Tal conjunto
permite-nos considerar essa época o começo de um período distinto do medieval,
quaisquer que tenham sido as permanências e continuidades então verificadas.
Explica-se assim o hábito há muito difundido entre os historiadores de procurar
sintetizar todas as transformações do período que então se iniciava utilizando
a noção de moderno.
Fonte:
FALCON, Francisco; RODRIGUES, Antonio E. A formação do mundo moderno: a construção
do Ocidente dos séculos XIV ao XVIII. 2ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. P.2.
Sobre
as diversas modificações ocorridas no período, marque a alternativa INCORRETA.
a) O movimento conhecido como Renascimento
Cultural tinha como uma de suas características centrais o antropocentrismo.
b) O desenvolvimento dos Estados Modernos
foi caracterizado pela crescente descentralização dos poderes, que enfraqueceu
o poder dos monarcas.
c) O movimento da Reforma Protestante criticou
as práticas da Igreja Católica e dividiu a Cristandade Ocidental.
d) Ocorreu a propagação de importantes correntes
de pensamento tais como as teorias de direito divino dos Reis.
e) O surgimento de avanços tecnológicos como a
bússola e o astrolábio colaborou para a realização das grandes navegações.
19. (UFPR/2010) Sob o ponto de vista
político, todos os reis medievais ibéricos se consideravam herdeiros legítimos
e descendentes dos antigos monarcas visigodos. Por isso, consideravam sua
qualquer terra ganha aos “infiéis”. Assim surgiu a palavra Reconquista. A
guerra permanente tinha-se por justa, até que fosse alcançado o objetivo
último. Mais do que um conflito religioso, a Reconquista surgia a todos, na
Europa cristã, como uma questão de herança.
(Adaptado
de Oliveira Marques. Breve História de Portugal. Lisboa: Presença, 2001. p.
72–73.)
Sobre o
fenômeno da Reconquista, é correto afirmar:
a) Favoreceu o nascimento dos reinos
ibéricos independentes.
b) Promoveu a conversão em massa das populações
muçulmanas para o cristianismo.
c) Deslocou integralmente o interesse e a ação
dos cruzados para a Península Ibérica.
d) Fomentou a migração imediata dos muçulmanos
para o norte da África.
e) Encerrou a coexistência entre cristãos e
muçulmanos no medievo ibérico.
20. (UNIR RO/2010) “O Estado sou eu”. A
célebre frase atribuída ao rei francês Luís XIV, também conhecido como Rei-Sol,
sintetiza o período absolutista na Europa moderna. Em relação ao Estado
absolutista, assinale a afirmativa correta.
a) A política econômica do absolutismo estava
baseada no livre comércio que era controlado pela burguesia.
b) A nobreza havia perdido seus privilégios
políticos e sociais devido às constantes guerras entre os Estados absolutistas.
c) Os poderes de governos e a autoridade
política encontravam-se centralizados nas mãos do soberano.
d) A burocracia foi reduzida em decorrência da
atuação burguesa que defendia a diminuição da presença estatal na vida dos
súditos.
e) As diversas revoltas camponesas, ocorridas
naquele momento, conquistaram melhorias nas condições de trabalho no meio
rural.
21. (FGV/2010) A denominada Sociedade do
Antigo Regime, tipo de organização social peculiar à maior parte da Europa, na
Idade Moderna, teve como característica jurídica principal:
a) A tributação exclusiva das camadas mais
pobres, formadas por artesãos, servos e pequenos proprietários.
b) O desenvolvimento de uma cultura
correspondente aos valores da burguesia, que adaptou o poder, a arte, a ciência
e a filosofia aos ideais de trabalho e geração de riquezas.
c) O princípio da desigualdade, com o
estabelecimento de direitos e privilégios de acordo com a posição social de
seus membros, definida por nascimento.
d) A monarquia absolutista, consolidada com
base no poder econômico da alta burguesia, a adoção do parlamentarismo
constitucional e a implementação dos direitos fundamentais do cidadão.
e) A tolerância religiosa e a elaboração de
leis que estabeleceram monarquias laicas que coibiram perseguições religiosas e
políticas.
22. (FGV/2011) "Nascido da dor,
nutrindo-se da esperança, ele é na história o que é na poesia a saudade, uma
feição inseparável da alma portuguesa". Desta maneira, o historiador
português João Lúcio de Azevedo dimensionou a importância do sebastianismo para
a cultura e para a história de seu país. Acerca desse fenômeno é correto
afirmar:
a) Trata-se de uma tendência literária
vinculada à poesia barroca, que influenciou fortemente a cultura lusitana desde
o início do século XVI.
b) Trata-se de uma corrente da ilustração
portuguesa desenvolvida no século XVIII e ligada a Sebastião José de Carvalho e
Melo, Marquês de Pombal.
c) Trata-se de uma vertente do pensamento
liberal português contemporâneo baseada nas obras do matemático José Sebastião
e Silva.
d) Trata-se de uma heresia protestante
desenvolvida em Portugal, no século XVII, e muito difundida nas possessões
coloniais, baseada no culto a São Sebastião.
e) Trata-se de uma crença
messiânico-milenarista vinculada ao desaparecimento do rei dom Sebastião no
norte da África, em 1578.
23. (UFPR/2011) A chamada União das Coroas
Ibéricas (1580–1640) consistiu no domínio do Reino de Castela sobre o de
Portugal. Naquele momento, os reis da dinastia dos Habsburgos, Felipe II, III e
IV, subjugaram toda a Península Ibérica, e Madri tornou-se capital dos vastos
impérios coloniais português e espanhol, reduzindo a importância e o status da
cidade de Lisboa. Sobre esse período, considere as seguintes afirmativas:
1. O domínio castelhano da Península Ibérica,
idealizado por séculos, teve lugar graças à guerra movida pelo Habsburgo Felipe
II contra o Rei Dom Sebastião, da casa dinástica de Avis, que então detinha a
Coroa portuguesa.
2. O controle holandês sobre o Nordeste
açucareiro (1630–1654) constituiu um resultado direto do controle de Castela
sobre Portugal, como consequência da dificuldade castelhana de controlar
militarmente tanto o império espanhol como o português.
3. Várias instituições e repartições
administrativas, eclesiásticas e judiciárias foram criadas, visando
uma maior aproximação entre o Brasil e Castela. Entre tais repartições e
instituições, estão o Conselho de Índias, mais tarde Conselho Ultramarino, as
Visitações do Santo Ofício às partes do Brasil e o Tribunal Superior da
Relação, criado na Bahia em 1609.
4. A restauração e consolidação de uma nova
dinastia detentora da Coroa portuguesa, a de Bragança, decorreram de um tratado
de paz firmado entre Madri e Lisboa, o qual pôs fim pacificamente à dominação
castelhana da parte lusa da Península Ibérica.
Assinale
a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são
verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são
verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são
verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
24. (UFRN/2011) Entre os teóricos que
defenderam o Absolutismo monárquico estava Jacques Bossuet, que declarou:
“O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os
reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei
vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve
obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição.”
Jacques
Bossuet, Política tirada da Sagrada Escritura. FREITAS, Gustavo de. 900 textos
e documentos de história. Lisboa: Plátano, [1977]. v. 2, p. 201. [Adaptado]
Analisando
os conflitos políticos da Inglaterra no século XVII, o historiador Christopher
Hill escreveu:
“A
partir das vitórias militares sobre os Cavaleiros, [os Cabeças Redondas]
conseguiram a rendição do rei em 1646. Entretanto, Carlos I reorganizou seus
soldados e recomeçou a guerra, sendo derrotado definitivamente pelos Cabeças
Redondas de Cromwell. Preso, Carlos I foi julgado pela Alta Corte de Justiça, a
mando do Parlamento, sendo condenado à morte. Em janeiro de 1649, o rei foi
decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em Londres.”
HILL,
Christopher. O eleito de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 179.
Analisando
a afirmação teórica de J. Bossuet e relacionando-a com os fatos narrados por C.
Hill, pode-se corretamente afirmar que a execução de Carlos I assinalou
a) um momento decisivo na história europeia,
por ter posto em xeque um princípio político central do Estado Moderno e
lançado as bases políticas liberais contemporâneas.
b) uma etapa fundamental na evolução do
Parlamento inglês, pois, a partir daí, os burgueses tiveram acesso à Câmara dos
Comuns.
c) a reação da facção liberal no Parlamento,
que, dominada pelos puritanos, defendia o direito divino dos reis.
d) a implantação definitiva da monarquia
parlamentar inglesa, pois, daí por diante, a sucessão real seria decidida pelo
Parlamento.
25. (Mackenzie SP/2011) Na França de
Luís XIV, o Estado dinástico atingiu maturidade e começou a evidenciar algumas
de suas características clássicas: burocracia centralizada; proteção real para
impor fidelidade; sistema de tributação universal, mas aplicado de maneira
injusta; supressão da oposição política pelo uso do protecionismo ou, se
necessário, da força e cultivo das artes e ciências como meio de aumentar o
poderio e prestígios nacionais. Essas políticas permitiram à monarquia francesa
alcançar estabilidade política, implantar um sistema uniforme de leis e canalizar
a riqueza e os recursos nacionais a serviço do Estado como um todo.
M.
Perry, Civilização Ocidental
O texto
apresenta características importantes a respeito do Antigo Regime (XV-XVIII).
Dessa forma, é correto afirmar que tal período foi marcado pela tríade
a) Iluminismo-mercantilismo-sociedade
estamental.
b) Absolutismo-liberalismo-sociedade
estamental.
c) Absolutismo-mercantilismo-sociedade
estamental.
d) Iluminismo-mercantilismo-sociedade sectária.
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