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QUESTÕES SOBRE O ILUMINISMO II



1. (Univ. Potiguar RN/1999) São dados dois textos:
1º texto: O movimento Iluminista, no século XVIII, foi importante como base ideológica para movimentos emancipacionistas liberais, como a independência dos EUA e o processo de emancipação política das colônias da América Latina.
2º texto: As Conjurações Mineira e Baiana, no Brasil, século XVIII, objetivaram a emancipação política, tiveram ideias republicanas e se contextualizaram numa época de mudanças não só a nível do Brasil, mas do Mundo.
Sobre os textos se pode afirmar:
a) Não há relação entre eles.
b) O 1º texto é uma consequência do 2º texto.
c) O 2º texto encontra respaldo no 1º texto.
d) Falta coerência em ambos os textos.


2. (Mackenzie SP/2005) O Iluminismo, ideologia difundida principalmente no final do século XVIII, para combater o Antigo Regime, baseava-se em alguns princípios.
Entre eles, podemos assinalar, corretamente, que:
a) ao criticar o Antigo Regime, os iluministas argumentavam que o Estado só é poderoso se for realmente rico; portanto, caberia ao rei controlar, de forma mais eficiente, os mecanismos que regem a economia.
b) os Iluministas acreditavam que, para o Estado crescer na área econômica, deveria expandir as atividades capitalistas. Isso significava instituir a economia de mercado, com o livre jogo da oferta e procura.
c) os Iluministas defendiam a propriedade privada, que é a característica básica de uma sociedade capitalista. Era direito do proprietário dispor de seus bens conforme seus interesses, porém, somente após a aprovação real.
d) na atividade comercial, deveria existir a igualdade jurídica tanto do comprador quanto do vendedor; ou seja, os iluministas defendiam a igualdade de todos perante a lei, com exceção dos dignitários da Igreja.
e) tal ideologia propunha o fim da intolerância religiosa e filosófica e o direito, de cada indivíduo, à manifestação de suas convicções políticas, desde que fosse respeitada a figura real.


3. (ACAFE SC/2001) No século XVlll, vários pensadores europeus promoveram uma revolução intelectual na história do pensamento moderno, conhecida por Iluminismo.
A alternativa que não corresponde a este contexto é:
a) A inspiração da filosofia iluminista assentava-se nos valores fundamentais da Igreja Católica.
b) Os iluministas afirmavam que os homens eram iguais perante a natureza e as desigualdades eram fruto da sociedade.
c) A total liberdade da vida econômica dos países, opondo-se a qualquer regulamentação, era defendida por alguns pensadores da época.
d) Muitos monarcas aceitavam as ideias iluministas, mas não abandonaram o absolutismo, sendo conhecidos como déspotas esclarecidos.
e) Rousseau, em sua obra “O contrato social”, defendia uma nova forma de relacionamento social.


4. (UNIFOR CE/2001) Em O espírito das leis afirma-se: "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder".
Essa afirmação reflete:
a) o espírito clássico renascentista.
b) a filosofia política do Cardeal Richelieu.
c) os princípios da teoria do Direito Divino.
d) o pensamento político de Luís XIV.
e) o liberalismo político iluminista.



5. (UNIFOR CE/2002) "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder".
(Charles de Secondat, Barão de Montesquieu. O Espírito das Leis)
A afirmação reflete:
a) o pensamento de Luís XIV, da dinastia Bourbon.
b) a filosofia política do Cardeal Richelieu.
c) o espírito clássico renascentista.
d) o liberalismo político iluminista.
e) os princípios da teoria do direito divino.


6. (Mackenzie SP/2005) Além do descontentamento com as medidas adotadas pela Inglaterra, a elite intelectual norte-americana e muitos colonos eram influenciados pelos ideais iluministas. Essas pessoas sonhavam com a formação de um novo país, independente e livre.
José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti.
Na independência das Treze Colônias da América, o pensamento iluminista serviu como suporte ideológico para a ruptura entre metrópole e colônia. Sobre o assunto, é correto afirmar que:
a) Todos os pensadores iluministas acreditavam que a sociedade havia sido precedida de um “estado de natureza”, onde o indivíduo já nascia com seu potencial e isso acarretava diferenças sociais.
b) Os iluministas eram inimigos da intolerância, valorizavam a razão e a liberdade do ser humano, cabendo, ao governo, não exercer a opressão e garantir os direitos naturais de cada cidadão.
c) Apesar de defenderem a igualdade social e buscarem corrigir as desigualdades sociais, os iluministas defendiam a permanência da escravidão, já que o escravo era uma propriedade que deveria ser protegida.
d) Na área econômica, o iluminista Adam Smith pregava a liberdade de comércio e acreditava que a verdadeira riqueza de uma nação proviesse da atividade agrícola, conforme o que havia sido elaborado em A riqueza das nações.
e) Os iluministas prezavam a razão como instrumento indispensável para o estudo da natureza e da sociedade e nisto eram auxiliados pela Igreja católica, que pregava que Deus estava presente em todos os seres vivos.


7. (UEPB/2003) Dentre as alternativas abaixo relacionadas, assinale a que NÃO se relaciona com o Iluminismo.
a) Movimento de renovação intelectual e filosófica que atingiu seu melhor momento na França do século XVIII.
b) Teve como fundamento o racionalismo e a ideia de que o progresso é possível, na medida em que o homem se desfaz do obscurantismo e das superstições.
c) Seus pressupostos entraram em contradição com o aparato tecnológico necessário para a implementação da revolução na indústria.
d) No plano filosófico contribuiu para o debate em torno do material mecanicista e no combate à concepção teológica do Universo.
e) Suas propostas políticas serviram de referência teórica para a Revolução Francesa e os movimentos de libertação na América.


8. (Mackenzie SP/2006) John Locke (1632-1704) é um dos fundadores do empirismo. Atualmente, é pouco lido. Muito ganharíamos, entretanto, se nos ocupássemos novamente dos tratados sobre o governo civil, com a carta sobre a tolerância e, particularmente, com o ensaio sobre o entendimento humano.
Assinale a alternativa que apresenta um fragmento do seu pensamento.
a) O direito de propriedade é a base da liberdade humana porque todo homem tem uma propriedade que é sua própria pessoa. O governo existe para proteger esse direito.
b) Há uma busca de equilíbrio entre a autoridade do poder e a liberdade do cidadão. Para que ninguém possa abusar da autoridade, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder detenha o poder. Daí a separação entre poderes legislativo, executivo e judiciário.
c) A organização do mundo e sua finalidade interna só se explicam pela existência de um Criador inteligente: Este mundo me espanta e não posso imaginar / Que este relógio exista e não tenha relojoeiro.
d) Deve haver exaltação da razão e da dúvida: Existe, porém, uma coisa de que não posso duvidar, mesmo que o demônio queira sempre me enganar. Mesmo que tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável.
e) O regime democrático deve ser aquele que tem a aptidão de manter vigentes os termos do pacto social, bem como os dispositivos garantidores da liberdade político-contratual. O povo inglês pensa ser livre, mas engana-se grandemente; só o é durante a eleição dos membros do parlamento: assim que estes são eleitos, é escravo; nada é.



9. (UFPA/2005) "Liberdade de pensamento é a vida da alma." ( do Ensaio de poesia épica , em 1727)
Para os historiadores filósofos do século XVIII, tal como Voltaire, a insatisfação com os cânones da Igreja e do absolutismo monárquico provocaram a denúncia do obscurantismo como se observa na afirmação do(a)
a) reconhecimento da igreja institucional.
b) valorização da liturgia em latim.
c) postura mística da Igreja, que sustentava o dogma da trindade.
d) convivência enclausurada nos mosteiros e abadias.
e) exercício da razão na experiência religiosa.


10. (UCS RS/2006) A Europa e a América do século XVIII foram muito influenciadas pelas ideias dos pensadores iluministas.
Analise, quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F), as afirmativas abaixo sobre os iluministas.
(__) Influenciaram movimentos como a Independência dos Estados Unidos, a Inconfidência Mineira e a Revolução Francesa.
(__) Defendiam o liberalismo, os privilégios da nobreza e o mercantilismo.
(__) Acreditavam que a principal força transformadora era a razão, ou seja, a capacidade humana de raciocinar. A luz da razão deveria triunfar sobre as trevas da ignorância, do fanatismo religioso, das superstições.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) VFV
b) VVV
c) FVF
d) FFV
e) FFF


11. (UNIMONTES MG/2004) “Na verdade, Bento XIV, o cardeal Lambertini (1740-58), apareceu como uma ilha de sereno liberalismo na tradição da Igreja, tanto que manteve cordiais relações com Voltaire, embora lhe condenasse a obra (...). O papa Pio VI, o Braschi (1775-99), usa uma linguagem violentíssima contra os iluministas: ‘mestres sumamente mentirosos’, ‘filósofos malvados’, ‘lobos rapaces’ que ‘vão gritando e imprecando até a náusea que o homem nasce livre e não é sujeito a ninguém’.”
(INSCRUTABILI divinae, de 1775, p. 124, 125, 176. In: MANACORDA, M.A. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1989, p. 253)
Segundo o texto, pode-se afirmar que
a) o pensamento eclesiástico apoiou as novas filosofias liberais e humanistas, desde que estas se sujeitassem à autoridade clerical.
b) o pensamento iluminista, para segmentos da Igreja, foi considerado pernicioso e deletério à ordem social.
c) somente o clero regular poderia oferecer uma educação satisfatória às crianças e aos jovens, sendo os iluministas perigosos inimigos da ordem.
d) o pensamento racionalista se opunha à doutrina cristã e deveria ser abandonado em nome da salvação eterna de cada cristão.


12. (FGV/2003) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...) A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda- se, portanto, em convenções.”
J.J. Rousseau, Do Contrato Social, in Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1978, p. 22
A respeito da citação de Rousseau, é correto afirmar:
a) Aproxima-se do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a ordem social.
b) Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de submissão semelhante à escravatura.
c) Filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão praticada na América, ao longo do século XIX.
d) Aproxima-se do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve ser abolido e a sociedade, governada por autogestão.
e) Aproxima-se do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito sagrado que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.



13. (UNIMONTES MG/2005) Artigo 6º. A lei é a expressão da vontade geral (...) “Todos os cidadãos, sendo iguais perante ela, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, capacidade e sem outra distinção que a de suas virtudes e a de seu talento”.
Artigo 10º. Sendo a propriedade um direito inviolável e sagrado, dele ninguém pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública o exigir, mediante justa e prévia indenização.
Esses artigos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborados durante a Revolução Francesa, fundamentam-se, respectivamente, nas ideias de
a) Hegel e Marx.
b) Rousseau e Engels.
c) Rousseau e Locke.
d) Hobbes e Locke.


14. (FUVEST SP/2004) “A autoridade do príncipe é limitada pelas leis da natureza e do Estado... O príncipe não pode, portanto, dispor de seu poder e de seus súditos sem o consentimento da nação e independentemente da escolha estabelecida no contrato de submissão…”
Diderot, artigo “Autoridade política”, Enciclopédia, 1751
Tendo por base esse texto da Enciclopédia, é correto afirmar que o autor:
a) Pressupunha, como os demais iluministas, que os direitos de cidadania política eram iguais para todos os grupos sociais e étnicos.
b) Propunha o princípio político que estabelecia leis para legitimar o poder republicano e democrático.
c) Apoiava uma política para o Estado, submetida aos princípios da escolha dos dirigentes da nação, por meio do voto universal.
d) Acreditava, como os demais filósofos do Iluminismo, na revolução armada como único meio para a deposição de monarcas absolutistas.
e) Defendia, como a maioria dos filósofos iluministas, os princípios do liberalismo político que se contrapunham aos regimes absolutistas.


15. (PUC PR/2006) “Todavia, o recurso ao STF é um procedimento legítimo que não vem a interferir, mas a reforçar o equilíbrio entre os poderes. Ao contrário do que afirmam os deputados, independência não é sinônimo de autonomia plena, mas de inter-relação e controle mútuo.”
(Folha de S. Paulo, Editorial, 02. Nov.2005)
O texto nos lembra, mais especificamente:
a) Diderot.
b) Voltaire.
c) Montesquieu.
d) Hobbes.
e) Rousseau.


16. (UFC CE/2005) A propósito do século XVIII na França, François Lebrun escreve: “Se as principais obras dos grandes filósofos são escritas antes da metade do século, é sobretudo depois de 1750 que se acelera a difusão das suas ideias. Essa difusão se choca, sobretudo na França, com a oposição das autoridades civis e religiosas. (...) Voltaire, Diderot, Rousseau conhecem a prisão ou são obrigados ao exílio (...). O livro permanece, com efeito, o meio privilegiado de difusão das ideias novas: obras de um Montesquieu ou de um Rousseau; múltiplas brochuras, libelos ou memórias sobre assuntos de atualidade dos quais Voltaire faz uma especialidade; por fim, a grande obra coletiva que constitui a Enciclopédia”.
(LEBRUN, François. L´Europe et le monde. XVI.º, XII.º, XVIII.º siècle. Paris, Armand Collin, 1999, p. 230)
Com base neste trecho e nos seus conhecimentos, assinale a afirmação correta acerca do principal objetivo da publicação da Enciclopédia.
a) Divulgar os argumentos que demonstravam a superioridade do pensamento naturalista.
b) Convencer a população da necessidade de realizar a revolução do povo e de abolir a propriedade privada.
c) Atender a uma encomenda pública, visando produzir um material capaz de estender a instrução ao povo.
d) Fazer uma síntese, às vezes ousada, do conhecimento da época nas áreas das ciências, das artes e dos ofícios.
e) Difundir as ideias econômicas dos fisiocratas como Diderot, Voltaire e Turgot, que se opunham aos iluministas.


17. (PUC RJ/2006) Em 1784, Kant assim caracterizou o Iluminismo:
A saída do homem de sua minoridade, do qual é ele próprio o responsável. Minoridade, isto é, incapacidade de se servir do seu entendimento sem a direção de outrem (...) Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento. Eis aí a divisa do Iluminismo.
Tendo como referência o texto acima, é correto afirmar que:
I. para os iluministas, o entendimento humano era viabilizado pela razão e pelo saber científico.
II. a “divisa do Iluminismo” representou, entre outros aspectos, a extinção dos regimes monárquicos, no mundo europeu da época.
III. a “coragem de se servir de seu próprio entendimento” foi associada à concepção da liberdade como um direito universal do homem.
IV. a “saída do homem de sua minoridade” correspondeu, na prática, à defesa do ideal de uma civilização livre de quaisquer práticas religiosas.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas a afirmativa IV está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.



18. (PUCCamp SP/2004)
As ordens já são mandadas,
já se apressam os meirinhos.
Entram por salas e alcovas,
relatam roupas e livros:
(...)
Compêndios e dicionários,
e tratados eruditos
sobre povos, sobre reinos,
sobre invenções e Concílios...
E as sugestões perigosas
da França e Estados Unidos,
Mably, Voltaire e outros tantos,
que são todos libertinos...
(Cecília Meireles, Romance XLVII ou Dos sequestros. "Romanceiro da Inconfidência")
A referência compêndios, dicionários e tratados eruditos no século XVIII nos sugere uma clara valorização do conhecimento científico, postura que também se verifica no período conhecido como Renascimento. Contribuíram para eclosão deste amplo movimento cultural na Europa,
a) a unificação da Itália e o enfraquecimento da Igreja católica.
b) as descobertas científicas e a revolução industrial na Inglaterra.
c) o fortalecimento das burguesias e o desenvolvimento dos centros urbanos.
d) a Contrarreforma e a fragmentação do poder político dos soberanos.
e) a expansão marítima e a hegemonia árabe na península ibérica.


19. (PUCCamp SP/2004) "Sob os preceitos do Iluminismo (...) a Academia Francesa de Ciências assumiu a incumbência de criar medições padronizadas. (...) A Academia convencionou que a unidade-padrão de comprimento seria a décima milionésima parte da distância entre o Pólo Norte e o Equador. (...) Os padrões de massa e de volume foram calculados a partir do metro, seguindo o mesmo princípio. O grama foi definido como a massa de 1 decímetro cúbico de água pura a 4 °C, temperatura em que atinge a maior densidade. O litro passou a equivaler ao volume de um cubo com 10 centímetros de lado (ou seja, 1 centímetro cúbico). Foi uma mudança e tanto. (...) Apesar da revolução no pensamento e na concepção de mundo, um fator não mudou: as medidas continuaram a ser usadas como instrumento de poder. (...) Na época, dois impérios rivalizavam em equilíbrio de poder: o francês, sob o comando de Napoleão Bonaparte, e o inglês. Por isso, a França e todos sob sua influência direta ou indireta adotaram o sistema métrico decimal, como o Brasil, que, em 1862, por decreto de dom Pedro II, abandonou as medidas de varas, braças, léguas e quintais para aderir ao metro."
(Revista "Superinteressante", n. 186, São Paulo: Abril, 2003. p. 45-6)
O iluminismo inspira o movimento revolucionário francês no final do século XVIII. No tocante a esse movimento, pode-se afirmar que
a) a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder estava relacionada à garantia de consolidar o poder político da alta burguesia contra ameaças da esquerda e de forças externas contrárias à difusão dos ideais da Revolução Francesa.
b) o governo de Napoleão Bonaparte tornou-se conhecido pela intensa repressão política, sendo inclusive o responsável direto pela ordem de execução de Luis XV e de sua família, durante a segunda fase da Revolução Francesa.
c) a Comuna de Paris, sob o comando de Robespierre, Marat e Danton, desencadeou a luta política que provocou a deposição do Império Napoleônico, iniciado com a Revolução Francesa.
d) a queda de Napoleão Bonaparte, no início da Revolução Francesa, teve grande repercussão na Assembleia Constituinte, já que os senhores feudais perderam a hegemonia sobre o poder legislativo.
e) os jacobinos, que tiveram uma participação ativa na Revolução Francesa, aliaram-se à Napoleão Bonaparte buscando garantir, no seu governo, garantias sociais para os camponeses e para os operários de Paris.


20. (PUC PR/2004) Dentre as características do Iluminismo, filosofia que alcançou sua máxima consagração na França do século XVIII, NÃO está presente:
a) O combate ao absolutismo real, não necessariamente à monarquia.
b) A defesa do liberalismo no plano econômico, ou seja, combatia o intervencionismo estatal na economia.
c) A defesa da pena de morte como forma de controle da criminalidade.
d) O ensino de que o homem deve governar-se observando a tradição, a religião e a fé.
e) A crença num Deus que pode ser alcançado pela razão, numa espécie de religião natural, dispensando dogmas e sacerdócio: o Deísmo.


21. (UNIFEI SP/2008) “A Europa está afastando-se do poder, ou, em outras palavras, está caminhando para além do poder, rumo a um mundo isolado, repleto de leis, normas, negociações e cooperações internacionais. Está entrando num paraíso pós-histórico de paz e relativa prosperidade, a concretização da “paz perpétua” de Immanuel Kant. Os Estados Unidos, entretanto, continuam (...) exercendo o poder num mundo hobbesiano anárquico, onde as leis e as diretrizes internacionais não são dignas de confiança, a verdadeira segurança, a defesa e a promoção da ordem liberal ainda dependem da posse e do uso do poderio militar. É por isso que, nas principais questões estratégicas e internacionais da atualidade, os norte-americanos são de Marte e os europeus são de Vênus”.
(KAGAN, Robert. Do paraíso e do poder – os Estados Unidos e a Europa na nova ordem mundial. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.)
A partir da leitura desse trecho, assinale a alternativa errada:
a) A Europa caminha para além do poder porque a tomada de decisões políticas e econômicas da União Europeia depende da Comissão das Comunidades Europeias, que elabora propostas e executa as ações, do Parlamento Europeu, que se pronuncia sobre essas propostas, e do Conselho de Ministros, que adota a decisão final. O Tribunal de Justiça e o Tribunal de Primeira Instância garantem o respeito ao direito comunitário.
b) A analogia entre a atual ação norte-americana e o mundo hobbesiano deve-se ao fato de que Thomas Hobbes caracteriza o homem, no estado natural, como egoísta, egocêntrico e inseguro, em que prevalecem os instintos e ignora-se o conceito de justiça.
c) A analogia com a ideia da “paz perpétua” de Immanuel Kant, deve-se ao fato de que, na concepção do filósofo, no estado natural, existiriam pouquíssimas possibilidades de conflitos entre os homens, uma vez que todos seriam iguais entre si e exerceriam a verdadeira democracia.
d) A defesa da ordem liberal por parte do governo norte-americano apoia-se no seu poderio militar e não no consenso da maioria, como ficou evidente com o bombardeio ao Iraque em 2003.


22. (UESPI/2008) As mudanças trazidas pelo Iluminismo foram a base de muitas concepções políticas e sociais da modernidade. Na filosofia, novas formas de pensar desafiaram conceitos tradicionais. Foi muito importante para o pensamento ocidental moderno a obra do alemão Kant, intitulada:
a) O Discurso do Método.
b) A Crítica da Razão Pura.
c) O Dicionário Filosófico.
d) O Contrato Social.
e) O Vermelho e o Negro.


23. (UFOP MG/2008) A respeito da sociedade do Antigo Regime na Europa, nos séculos XVII e XVIII, assinale a afirmativa incorreta:
a) O Iluminismo foi um dos principais movimentos intelectuais do período, em razão das investigações feitas acerca da política, da economia e dos costumes.
b) A França passou, nesse período, por um evento político e social, a Revolução de 1789, que questionou os fundamentos da ordem social tradicional francesa.
c) A Inglaterra teve, no século XVII, um violento processo político que culminou com o fortalecimento do Parlamento diante da autoridade real.
d) O pensamento liberal se fortaleceu no período, em decorrência do seu apoio aos fundamentos da sociedade do Antigo Regime.


24. (FEI SP/2008) Leia o texto abaixo:
“A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça e dando às suas ações a moralidade que antes lhe faltava. É só então que, tomando a voz do dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, o homem, até aí levando em consideração apenas a sua pessoa, vê-se forçado a agir baseando-se em outros princípios e a consultar a razão antes de ouvir suas inclinações. Embora nesse estado se prive de muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras de igual monta: suas faculdades se exercem e se desenvolvem, suas idéias se alargam, seus sentimentos se enobrecem, toda a sua alma se eleva a tal ponto, que, se os abusos dessa nova condição não o degradassem frequentemente a uma condição inferior àquela donde saiu, deveria sem cessar bendizer o instante feliz que dela o arrancou para sempre e fez, de um animal estúpido e limitado, um ser inteligente e um homem.”
 (Rousseau, J.J. Do Contrato Social, São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 36)
Segundo Rousseau,
a) a sociedade é responsável pela decadência humana, daí a necessidade de voltarmos ao Estado de Natureza.
b) apenas a organização política é capaz de imprimir moralidade às ações humanas.
c) o homem no Estado Civil é um animal estúpido e limitado e, ao abandoná-lo e “voltar” ao Estado de Natureza, recupera seu caráter humano.
d) no Estado Civil os sentimentos humanos se enobrecem, daí a necessidade de se abolir o Estado para que o homem possa se realizar numa sociedade sem Estado.
e) a justiça e a moral são elementos nascidos no Estado de Natureza.



25. (UNIFOR CE/2008) Analise o texto.
Que contraste. Que brusca passagem. A hierarquia, a disciplina, a ordem que a autoridade se encarrega de garantir, os dogmas que regulam firmemente a vida, eis o que amam os homens do século XVII. As opressões da autoridade, os dogmas, eis o que detestam os homens do século XVIII, seus sucessores imediatos. (...) Os primeiros crêem no Direito Divino, e os outros no Direito Natural; os primeiros vivem à vontade numa sociedade que se divide em classes diferentes, os segundos só sonham com a igualdade. É certo que os filhos combatem os pais, convencidos de que vão refazer um mundo que só esperava por eles para se tornar melhor; mas a agitação que move as gerações sucessivas não basta para explicar uma mudança tão rápida e tão decisiva. A maioria dos franceses pensava como Bossuet; de repente, os franceses pensam como Voltaire: é uma revolução.
(Paul Hazard. A crise da consciência europeia. In: Adhemar Marques. Pelos caminhos da História. Curitiba: Positivo, 2005. p. 11)
A partir do texto e do conhecimento histórico, pode-se afirmar que
a) os pensadores liberais justificavam o poder do Estado com os princípios do Direito Divino.
b) Voltaire foi grande defensor das teorias que submetiam o povo aos dogmas da Igreja católica.
c) Bossuet defendeu princípios revolucionários baseados no ideal de igualdade, liberdade e fraternidade.
d) o Direito Natural serviu como base para a construção dos ideais dos pensadores iluministas.
e) os revolucionários franceses do século XVIII pregavam os fundamentos do despotismo esclarecido.


GABARITO


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