1. (Univ. Potiguar RN/1999) São dados dois textos:
1º texto: O
movimento Iluminista, no século XVIII, foi importante como base ideológica para
movimentos emancipacionistas liberais, como a independência dos EUA e o
processo de emancipação política das colônias da América Latina.
2º texto: As Conjurações Mineira e Baiana, no Brasil,
século XVIII, objetivaram a emancipação política, tiveram ideias republicanas e
se contextualizaram numa época de mudanças não só a nível do Brasil, mas do
Mundo.
Sobre os textos se pode afirmar:
a) Não há
relação entre eles.
b) O 1º texto é
uma consequência do 2º texto.
c) O 2º texto encontra respaldo no 1º texto.
d) Falta
coerência em ambos os textos.
2. (Mackenzie SP/2005) O Iluminismo, ideologia difundida principalmente no final do século
XVIII, para combater o Antigo Regime, baseava-se em alguns princípios.
Entre eles, podemos assinalar, corretamente,
que:
a) ao criticar o
Antigo Regime, os iluministas argumentavam que o Estado só é poderoso se for
realmente rico; portanto, caberia ao rei controlar, de forma mais eficiente, os
mecanismos que regem a economia.
b) os
Iluministas acreditavam que, para o Estado crescer na área econômica, deveria
expandir as atividades capitalistas. Isso significava instituir a economia de
mercado, com o livre jogo da oferta e procura.
c) os Iluministas
defendiam a propriedade privada, que é a característica básica de uma sociedade
capitalista. Era direito do proprietário dispor de seus bens conforme seus
interesses, porém, somente após a aprovação real.
d) na atividade
comercial, deveria existir a igualdade jurídica tanto do comprador quanto do
vendedor; ou seja, os iluministas defendiam a igualdade de todos perante a lei,
com exceção dos dignitários da Igreja.
e) tal ideologia
propunha o fim da intolerância religiosa e filosófica e o direito, de cada
indivíduo, à manifestação de suas convicções políticas, desde que fosse
respeitada a figura real.
3. (ACAFE SC/2001) No século XVlll, vários pensadores europeus promoveram uma revolução
intelectual na história do pensamento moderno, conhecida por Iluminismo.
A alternativa que não corresponde a este
contexto é:
a) A
inspiração da filosofia iluminista assentava-se nos valores fundamentais da
Igreja Católica.
b) Os
iluministas afirmavam que os homens eram iguais perante a natureza e as
desigualdades eram fruto da sociedade.
c) A total
liberdade da vida econômica dos países, opondo-se a qualquer regulamentação,
era defendida por alguns pensadores da época.
d) Muitos
monarcas aceitavam as ideias iluministas, mas não abandonaram o absolutismo,
sendo conhecidos como déspotas esclarecidos.
e) Rousseau, em
sua obra “O contrato social”, defendia uma nova forma de relacionamento social.
4. (UNIFOR CE/2001) Em O espírito das leis
afirma-se: "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a abusar
dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o
poder seja contido pelo poder".
Essa afirmação
reflete:
a) o espírito clássico renascentista.
b) a filosofia política do Cardeal Richelieu.
c) os princípios da teoria do Direito Divino.
d) o pensamento político de Luís XIV.
e) o liberalismo político iluminista.
5. (UNIFOR CE/2002) "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a
abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira
que o poder seja contido pelo poder".
(Charles de Secondat, Barão de Montesquieu. O
Espírito das Leis)
A afirmação reflete:
a) o pensamento
de Luís XIV, da dinastia Bourbon.
b) a filosofia
política do Cardeal Richelieu.
c) o espírito
clássico renascentista.
d) o
liberalismo político iluminista.
e) os princípios
da teoria do direito divino.
6. (Mackenzie SP/2005) Além do descontentamento com as medidas adotadas pela Inglaterra, a
elite intelectual norte-americana e muitos colonos eram influenciados pelos
ideais iluministas. Essas pessoas sonhavam com a formação de um novo país,
independente e livre.
José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti.
Na independência das Treze Colônias da
América, o pensamento iluminista serviu como suporte ideológico para a ruptura
entre metrópole e colônia. Sobre o assunto, é correto afirmar que:
a) Todos os
pensadores iluministas acreditavam que a sociedade havia sido precedida de um
“estado de natureza”, onde o indivíduo já nascia com seu potencial e isso
acarretava diferenças sociais.
b) Os
iluministas eram inimigos da intolerância, valorizavam a razão e a liberdade do
ser humano, cabendo, ao governo, não exercer a opressão e garantir os direitos
naturais de cada cidadão.
c) Apesar de
defenderem a igualdade social e buscarem corrigir as desigualdades sociais, os
iluministas defendiam a permanência da escravidão, já que o escravo era uma
propriedade que deveria ser protegida.
d) Na área
econômica, o iluminista Adam Smith pregava a liberdade de comércio e acreditava
que a verdadeira riqueza de uma nação proviesse da atividade agrícola, conforme
o que havia sido elaborado em A riqueza das nações.
e) Os
iluministas prezavam a razão como instrumento indispensável para o estudo da
natureza e da sociedade e nisto eram auxiliados pela Igreja católica, que
pregava que Deus estava presente em todos os seres vivos.
7. (UEPB/2003) Dentre as alternativas abaixo relacionadas, assinale a que NÃO se
relaciona com o Iluminismo.
a) Movimento de
renovação intelectual e filosófica que atingiu seu melhor momento na França do
século XVIII.
b) Teve como
fundamento o racionalismo e a ideia de que o progresso é possível, na medida em
que o homem se desfaz do obscurantismo e das superstições.
c) Seus
pressupostos entraram em contradição com o aparato tecnológico necessário para
a implementação da revolução na indústria.
d) No plano
filosófico contribuiu para o debate em torno do material mecanicista e no
combate à concepção teológica do Universo.
e) Suas
propostas políticas serviram de referência teórica para a Revolução Francesa e
os movimentos de libertação na América.
8. (Mackenzie SP/2006) John Locke (1632-1704) é
um dos fundadores do empirismo. Atualmente, é pouco lido. Muito ganharíamos,
entretanto, se nos ocupássemos novamente dos tratados sobre o governo civil,
com a carta sobre a tolerância e, particularmente, com o ensaio sobre o
entendimento humano.
Assinale a
alternativa que apresenta um fragmento do seu pensamento.
a) O direito de propriedade é a base da liberdade humana porque todo
homem tem uma propriedade que é sua própria pessoa. O governo existe para
proteger esse direito.
b) Há uma busca de equilíbrio entre a autoridade do poder e a liberdade do
cidadão. Para que ninguém possa abusar da autoridade, é preciso que, pela
disposição das coisas, o poder detenha o poder. Daí a separação entre poderes
legislativo, executivo e judiciário.
c) A organização do mundo e sua finalidade interna só se explicam pela
existência de um Criador inteligente: Este mundo me espanta e não posso
imaginar / Que este relógio exista e não tenha relojoeiro.
d) Deve haver exaltação da razão e da dúvida: Existe, porém, uma coisa de
que não posso duvidar, mesmo que o demônio queira sempre me enganar. Mesmo que
tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de
pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável.
e) O regime democrático deve ser aquele que tem a aptidão de manter
vigentes os termos do pacto social, bem como os dispositivos garantidores da
liberdade político-contratual. O povo inglês pensa ser livre, mas engana-se
grandemente; só o é durante a eleição dos membros do parlamento: assim que
estes são eleitos, é escravo; nada é.
9. (UFPA/2005) "Liberdade de pensamento é a vida da alma." ( do Ensaio de
poesia épica , em 1727)
Para os historiadores filósofos do século
XVIII, tal como Voltaire, a insatisfação com os cânones da Igreja e do
absolutismo monárquico provocaram a denúncia do obscurantismo como se observa
na afirmação do(a)
a)
reconhecimento da igreja institucional.
b) valorização
da liturgia em latim.
c) postura
mística da Igreja, que sustentava o dogma da trindade.
d) convivência
enclausurada nos mosteiros e abadias.
e) exercício da razão na experiência
religiosa.
10. (UCS RS/2006) A Europa e a América do século XVIII foram muito influenciadas pelas ideias
dos pensadores iluministas.
Analise, quanto à sua veracidade (V) ou
falsidade (F), as afirmativas abaixo sobre os iluministas.
(__) Influenciaram
movimentos como a Independência dos Estados Unidos, a Inconfidência Mineira e a
Revolução Francesa.
(__) Defendiam o
liberalismo, os privilégios da nobreza e o mercantilismo.
(__) Acreditavam
que a principal força transformadora era a razão, ou seja, a capacidade humana
de raciocinar. A luz da razão deveria triunfar sobre as trevas da ignorância,
do fanatismo religioso, das superstições.
Assinale a alternativa que preenche
corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) VFV
b) VVV
c) FVF
d) FFV
e) FFF
11. (UNIMONTES MG/2004) “Na verdade, Bento XIV, o cardeal Lambertini (1740-58), apareceu como
uma ilha de sereno liberalismo na tradição da Igreja, tanto que manteve
cordiais relações com Voltaire, embora lhe condenasse a obra (...). O papa Pio
VI, o Braschi (1775-99), usa uma linguagem violentíssima contra os iluministas:
‘mestres sumamente mentirosos’, ‘filósofos malvados’, ‘lobos rapaces’ que ‘vão
gritando e imprecando até a náusea que o homem nasce livre e não é sujeito a
ninguém’.”
(INSCRUTABILI divinae, de 1775, p. 124, 125,
176. In: MANACORDA, M.A. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1989, p. 253)
Segundo o texto, pode-se afirmar que
a) o pensamento
eclesiástico apoiou as novas filosofias liberais e humanistas, desde que estas
se sujeitassem à autoridade clerical.
b) o pensamento
iluminista, para segmentos da Igreja, foi considerado pernicioso e deletério à
ordem social.
c) somente o
clero regular poderia oferecer uma educação satisfatória às crianças e aos
jovens, sendo os iluministas perigosos inimigos da ordem.
d) o pensamento
racionalista se opunha à doutrina cristã e deveria ser abandonado em nome da
salvação eterna de cada cristão.
12. (FGV/2003) “O homem nasce livre, e
por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não
deixa de ser mais escravo do que eles (...) A ordem social é um direito sagrado
que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da
natureza: funda- se, portanto, em convenções.”
J.J. Rousseau,
Do Contrato Social, in Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1978, p. 22
A respeito da
citação de Rousseau, é correto afirmar:
a) Aproxima-se do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito
divino de manter a ordem social.
b) Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição
de submissão semelhante à escravatura.
c) Filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão
praticada na América, ao longo do século XIX.
d) Aproxima-se do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve
ser abolido e a sociedade, governada por autogestão.
e) Aproxima-se do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social
como um direito sagrado que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.
13. (UNIMONTES MG/2005) Artigo 6º. A lei é a expressão da vontade geral (...) “Todos os
cidadãos, sendo iguais perante ela, são igualmente admissíveis a todas as
dignidades, capacidade e sem outra distinção que a de suas virtudes e a de seu
talento”.
Artigo 10º. Sendo a propriedade um direito
inviolável e sagrado, dele ninguém pode ser privado, a não ser quando a
necessidade pública o exigir, mediante justa e prévia indenização.
Esses artigos da Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão, elaborados durante a Revolução Francesa, fundamentam-se,
respectivamente, nas ideias de
a) Hegel e Marx.
b) Rousseau e
Engels.
c) Rousseau e
Locke.
d) Hobbes e
Locke.
14. (FUVEST SP/2004) “A autoridade do príncipe é limitada pelas leis da natureza e do
Estado... O príncipe não pode, portanto, dispor de seu poder e de seus súditos
sem o consentimento da nação e independentemente da escolha estabelecida no
contrato de submissão…”
Diderot, artigo “Autoridade política”,
Enciclopédia, 1751
Tendo por base esse texto da Enciclopédia, é
correto afirmar que o autor:
a) Pressupunha,
como os demais iluministas, que os direitos de cidadania política eram iguais
para todos os grupos sociais e étnicos.
b) Propunha o
princípio político que estabelecia leis para legitimar o poder republicano e
democrático.
c) Apoiava uma
política para o Estado, submetida aos princípios da escolha dos dirigentes da
nação, por meio do voto universal.
d) Acreditava,
como os demais filósofos do Iluminismo, na revolução armada como único meio
para a deposição de monarcas absolutistas.
e) Defendia,
como a maioria dos filósofos iluministas, os princípios do liberalismo político
que se contrapunham aos regimes absolutistas.
15. (PUC PR/2006) “Todavia, o recurso ao STF é um procedimento legítimo que não vem a
interferir, mas a reforçar o equilíbrio entre os poderes. Ao contrário do que
afirmam os deputados, independência não é sinônimo de autonomia plena, mas de
inter-relação e controle mútuo.”
(Folha de S. Paulo, Editorial, 02. Nov.2005)
O texto nos lembra, mais especificamente:
a) Diderot.
b) Voltaire.
c) Montesquieu.
d) Hobbes.
e) Rousseau.
16. (UFC CE/2005) A propósito do século XVIII na França, François Lebrun escreve: “Se as
principais obras dos grandes filósofos são escritas antes da metade do século,
é sobretudo depois de 1750 que se acelera a difusão das suas ideias. Essa
difusão se choca, sobretudo na França, com a oposição das autoridades civis e
religiosas. (...) Voltaire, Diderot, Rousseau conhecem a prisão ou são
obrigados ao exílio (...). O livro permanece, com efeito, o meio privilegiado
de difusão das ideias novas: obras de um Montesquieu ou de um Rousseau;
múltiplas brochuras, libelos ou memórias sobre assuntos de atualidade dos quais
Voltaire faz uma especialidade; por fim, a grande obra coletiva que constitui a
Enciclopédia”.
(LEBRUN, François. L´Europe et le monde.
XVI.º, XII.º, XVIII.º siècle. Paris, Armand Collin, 1999, p. 230)
Com base neste trecho e nos seus
conhecimentos, assinale a afirmação correta acerca do principal objetivo da
publicação da Enciclopédia.
a) Divulgar os
argumentos que demonstravam a superioridade do pensamento naturalista.
b) Convencer a
população da necessidade de realizar a revolução do povo e de abolir a
propriedade privada.
c) Atender a uma
encomenda pública, visando produzir um material capaz de estender a instrução
ao povo.
d) Fazer uma
síntese, às vezes ousada, do conhecimento da época nas áreas das ciências, das
artes e dos ofícios.
e) Difundir as ideias
econômicas dos fisiocratas como Diderot, Voltaire e Turgot, que se opunham aos
iluministas.
17. (PUC RJ/2006) Em 1784, Kant assim
caracterizou o Iluminismo:
A saída do
homem de sua minoridade, do qual é ele próprio o responsável. Minoridade, isto
é, incapacidade de se servir do seu entendimento sem a direção de outrem (...)
Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento. Eis aí a divisa do
Iluminismo.
Tendo como
referência o texto acima, é correto afirmar que:
I. para os iluministas, o entendimento humano era viabilizado pela razão e
pelo saber científico.
II. a “divisa do Iluminismo” representou, entre outros aspectos, a extinção
dos regimes monárquicos, no mundo europeu da época.
III. a “coragem de se servir de seu próprio entendimento” foi associada à
concepção da liberdade como um direito universal do homem.
IV. a “saída do homem de sua
minoridade” correspondeu, na prática, à defesa do ideal de uma civilização
livre de quaisquer práticas religiosas.
Assinale a
alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas a afirmativa IV está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
18. (PUCCamp SP/2004)
As ordens já são mandadas,
já se apressam os meirinhos.
Entram por salas e alcovas,
relatam roupas e livros:
(...)
Compêndios e dicionários,
e tratados eruditos
sobre povos, sobre reinos,
sobre invenções e Concílios...
E as sugestões perigosas
da França e Estados Unidos,
Mably, Voltaire e outros tantos,
que são todos libertinos...
(Cecília Meireles, Romance XLVII ou Dos sequestros.
"Romanceiro da Inconfidência")
A referência compêndios, dicionários e
tratados eruditos no século XVIII nos sugere uma clara valorização do
conhecimento científico, postura que também se verifica no período conhecido
como Renascimento. Contribuíram para eclosão deste amplo movimento cultural na
Europa,
a) a unificação
da Itália e o enfraquecimento da Igreja católica.
b) as descobertas
científicas e a revolução industrial na Inglaterra.
c) o
fortalecimento das burguesias e o desenvolvimento dos centros urbanos.
d) a Contrarreforma
e a fragmentação do poder político dos soberanos.
e) a expansão
marítima e a hegemonia árabe na península ibérica.
19. (PUCCamp SP/2004) "Sob os preceitos do Iluminismo (...) a Academia Francesa de
Ciências assumiu a incumbência de criar medições padronizadas. (...) A Academia
convencionou que a unidade-padrão de comprimento seria a décima milionésima
parte da distância entre o Pólo Norte e o Equador. (...) Os padrões de massa e
de volume foram calculados a partir do metro, seguindo o mesmo princípio. O
grama foi definido como a massa de 1 decímetro cúbico de água pura a 4 °C,
temperatura em que atinge a maior densidade. O litro passou a equivaler ao
volume de um cubo com 10 centímetros de lado (ou seja, 1 centímetro cúbico).
Foi uma mudança e tanto. (...) Apesar da revolução no pensamento e na concepção
de mundo, um fator não mudou: as medidas continuaram a ser usadas como
instrumento de poder. (...) Na época, dois impérios rivalizavam em equilíbrio
de poder: o francês, sob o comando de Napoleão Bonaparte, e o inglês. Por isso,
a França e todos sob sua influência direta ou indireta adotaram o sistema métrico
decimal, como o Brasil, que, em 1862, por decreto de dom Pedro II, abandonou as
medidas de varas, braças, léguas e quintais para aderir ao metro."
(Revista "Superinteressante", n.
186, São Paulo: Abril, 2003. p. 45-6)
O iluminismo inspira o movimento revolucionário
francês no final do século XVIII. No tocante a esse movimento, pode-se afirmar
que
a) a ascensão
de Napoleão Bonaparte ao poder estava relacionada à garantia de consolidar o
poder político da alta burguesia contra ameaças da esquerda e de forças
externas contrárias à difusão dos ideais da Revolução Francesa.
b) o governo de
Napoleão Bonaparte tornou-se conhecido pela intensa repressão política, sendo
inclusive o responsável direto pela ordem de execução de Luis XV e de sua
família, durante a segunda fase da Revolução Francesa.
c) a Comuna de
Paris, sob o comando de Robespierre, Marat e Danton, desencadeou a luta
política que provocou a deposição do Império Napoleônico, iniciado com a
Revolução Francesa.
d) a queda de
Napoleão Bonaparte, no início da Revolução Francesa, teve grande repercussão na
Assembleia Constituinte, já que os senhores feudais perderam a hegemonia sobre
o poder legislativo.
e) os jacobinos,
que tiveram uma participação ativa na Revolução Francesa, aliaram-se à Napoleão
Bonaparte buscando garantir, no seu governo, garantias sociais para os
camponeses e para os operários de Paris.
20. (PUC PR/2004) Dentre as características do Iluminismo, filosofia que alcançou sua
máxima consagração na França do século XVIII, NÃO está presente:
a) O combate ao
absolutismo real, não necessariamente à monarquia.
b) A defesa do
liberalismo no plano econômico, ou seja, combatia o intervencionismo estatal na
economia.
c) A defesa da
pena de morte como forma de controle da criminalidade.
d) O ensino
de que o homem deve governar-se observando a tradição, a religião e a fé.
e) A crença num
Deus que pode ser alcançado pela razão, numa espécie de religião natural,
dispensando dogmas e sacerdócio: o Deísmo.
21. (UNIFEI SP/2008) “A Europa está afastando-se do poder, ou, em outras palavras, está
caminhando para além do poder, rumo a um mundo isolado, repleto de leis,
normas, negociações e cooperações internacionais. Está entrando num paraíso
pós-histórico de paz e relativa prosperidade, a concretização da “paz perpétua”
de Immanuel Kant. Os Estados Unidos, entretanto, continuam (...) exercendo o
poder num mundo hobbesiano anárquico, onde as leis e as diretrizes
internacionais não são dignas de confiança, a verdadeira segurança, a defesa e
a promoção da ordem liberal ainda dependem da posse e do uso do poderio
militar. É por isso que, nas principais questões estratégicas e internacionais
da atualidade, os norte-americanos são de Marte e os europeus são de Vênus”.
(KAGAN, Robert. Do paraíso e do poder – os
Estados Unidos e a Europa na nova ordem mundial. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.)
A partir da leitura desse trecho, assinale a
alternativa errada:
a) A Europa
caminha para além do poder porque a tomada de decisões políticas e econômicas
da União Europeia depende da Comissão das Comunidades Europeias, que elabora
propostas e executa as ações, do Parlamento Europeu, que se pronuncia sobre
essas propostas, e do Conselho de Ministros, que adota a decisão final. O
Tribunal de Justiça e o Tribunal de Primeira Instância garantem o respeito ao
direito comunitário.
b) A analogia
entre a atual ação norte-americana e o mundo hobbesiano deve-se ao fato de que
Thomas Hobbes caracteriza o homem, no estado natural, como egoísta, egocêntrico
e inseguro, em que prevalecem os instintos e ignora-se o conceito de justiça.
c) A analogia
com a ideia da “paz perpétua” de Immanuel Kant, deve-se ao fato de que, na
concepção do filósofo, no estado natural, existiriam pouquíssimas
possibilidades de conflitos entre os homens, uma vez que todos seriam iguais
entre si e exerceriam a verdadeira democracia.
d) A defesa da
ordem liberal por parte do governo norte-americano apoia-se no seu poderio
militar e não no consenso da maioria, como ficou evidente com o bombardeio ao
Iraque em 2003.
22. (UESPI/2008) As mudanças trazidas pelo Iluminismo foram a base de muitas concepções
políticas e sociais da modernidade. Na filosofia, novas formas de pensar
desafiaram conceitos tradicionais. Foi muito importante para o pensamento
ocidental moderno a obra do alemão Kant, intitulada:
a) O Discurso do
Método.
b) A Crítica
da Razão Pura.
c) O Dicionário
Filosófico.
d) O Contrato
Social.
e) O Vermelho e
o Negro.
23. (UFOP MG/2008) A respeito da sociedade do Antigo Regime na Europa, nos séculos XVII e
XVIII, assinale a afirmativa incorreta:
a) O Iluminismo
foi um dos principais movimentos intelectuais do período, em razão das
investigações feitas acerca da política, da economia e dos costumes.
b) A França
passou, nesse período, por um evento político e social, a Revolução de 1789,
que questionou os fundamentos da ordem social tradicional francesa.
c) A Inglaterra
teve, no século XVII, um violento processo político que culminou com o fortalecimento
do Parlamento diante da autoridade real.
d) O
pensamento liberal se fortaleceu no período, em decorrência do seu apoio aos
fundamentos da sociedade do Antigo Regime.
24. (FEI SP/2008) Leia o texto abaixo:
“A passagem do
estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito
notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça e dando às suas
ações a moralidade que antes lhe faltava. É só então que, tomando a voz do
dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, o homem, até
aí levando em consideração apenas a sua pessoa, vê-se forçado a agir
baseando-se em outros princípios e a consultar a razão antes de ouvir suas
inclinações. Embora nesse estado se prive de muitas vantagens que frui da
natureza, ganha outras de igual monta: suas faculdades se exercem e se
desenvolvem, suas idéias se alargam, seus sentimentos se enobrecem, toda a sua
alma se eleva a tal ponto, que, se os abusos dessa nova condição não o degradassem
frequentemente a uma condição inferior àquela donde saiu, deveria sem cessar
bendizer o instante feliz que dela o arrancou para sempre e fez, de um animal
estúpido e limitado, um ser inteligente e um homem.”
(Rousseau, J.J. Do Contrato Social, São Paulo:
Abril Cultural, 1978, p. 36)
Segundo
Rousseau,
a) a sociedade é responsável pela decadência humana, daí a necessidade de
voltarmos ao Estado de Natureza.
b) apenas a organização política é capaz de imprimir moralidade às
ações humanas.
c) o homem no Estado Civil é um animal estúpido e limitado e, ao
abandoná-lo e “voltar” ao Estado de Natureza, recupera seu caráter humano.
d) no Estado Civil os sentimentos humanos se enobrecem, daí a necessidade
de se abolir o Estado para que o homem possa se realizar numa sociedade sem
Estado.
e) a justiça e a moral são elementos nascidos no Estado de Natureza.
25. (UNIFOR CE/2008) Analise o texto.
Que contraste. Que brusca passagem. A
hierarquia, a disciplina, a ordem que a autoridade se encarrega de garantir, os
dogmas que regulam firmemente a vida, eis o que amam os homens do século XVII.
As opressões da autoridade, os dogmas, eis o que detestam os homens do século
XVIII, seus sucessores imediatos. (...) Os primeiros crêem no Direito Divino, e
os outros no Direito Natural; os primeiros vivem à vontade numa sociedade que
se divide em classes diferentes, os segundos só sonham com a igualdade. É certo
que os filhos combatem os pais, convencidos de que vão refazer um mundo que só
esperava por eles para se tornar melhor; mas a agitação que move as gerações
sucessivas não basta para explicar uma mudança tão rápida e tão decisiva. A
maioria dos franceses pensava como Bossuet; de repente, os franceses pensam
como Voltaire: é uma revolução.
(Paul Hazard. A crise da consciência
europeia. In: Adhemar Marques. Pelos caminhos da História. Curitiba: Positivo,
2005. p. 11)
A partir do texto e do conhecimento histórico,
pode-se afirmar que
a) os pensadores
liberais justificavam o poder do Estado com os princípios do Direito Divino.
b) Voltaire foi
grande defensor das teorias que submetiam o povo aos dogmas da Igreja católica.
c) Bossuet
defendeu princípios revolucionários baseados no ideal de igualdade, liberdade e
fraternidade.
d) o Direito
Natural serviu como base para a construção dos ideais dos pensadores
iluministas.
e) os
revolucionários franceses do século XVIII pregavam os fundamentos do despotismo
esclarecido.
GABARITO
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