1. (Mackenzie SP/2011) “O fim último, causa final de desígnio dos homens (que amam naturalmente
a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre
si mesmos sob a qual vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria
conservação e com a vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela
mísera condição de guerra que é a consequência necessária [...] das paixões
naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em
respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao
respeito àquelas leis da natureza [...]”.
“Portanto todo homem, pelo ato de [concordar]
[...] com outros em formar um corpo político debaixo de um governo, se obriga para
com cada um dos membros dessa sociedade a se submeter à determinação da
maioria, e a ser governado por ela”.
Pela análise dos excertos, conclui-se que
a) o primeiro se
refere às ideias anarquistas, uma vez que rejeita toda e qualquer prática de
governo constituído pela burguesia, concebendo-o, como justo, se levar em conta
os anseios e as reivindicações trabalhistas do conjunto da sociedade.
b) o segundo
refere-se às ideias liberais, uma vez que concebe o governo como um corpo
autônomo e dotado de amplos poderes, capaz de suprimir as liberdades
individuais em nome da vontade do governante (único capaz de salvaguardar os
interesses da sociedade).
c) ambos
partem de pressupostos para conceber ideias sobre o governo: o primeiro,
absolutista, o entende como um corpo punitivo e autoritário; o segundo,
iluminista, o concebe como um corpo formado a partir das decisões e das
vontades da maioria.
d) ambos negam
práticas coercitivas de poder, uma vez que, iluministas, entendem o governo
como uma entidade formada pelas decisões da maioria, sendo suas leis e práticas
elaboradas com o intuito de se evitarem conflitos pelo poder entre seus
membros.
e) o primeiro,
absolutista, entende, por governo, um conjunto de regras e práticas elaboradas
pela sociedade; o segundo, iluminista, concebe o governo como órgão
fiscalizador, punitivo e autoritário, criado para se evitarem conflitos que
levem os homens ao estágio anterior à sociedade.
2. (UEG GO/2011) No século XIX,
influenciados pelo Romantismo, muitos intelectuais brasileiros idealizaram a
cultura indígena, considerando-a como autêntica representante do nacionalismo
brasileiro. Em termos filosóficos, essa valorização do indígena foi
influenciada pelo pensamento do filósofo
a) Thomas Hobbes, autor da frase “o homem é o lobo do homem”, que
valorizava o comportamento típico de tribos selvagens.
b) Santo Agostinho, que, por meio do “livre arbítrio”, acreditava que as
sociedades selvagens eram capazes de alcançar a graça divina.
c) Montesquieu, que se inspirou na organização social dos indígenas para
elaborar a famosa teoria dos “três poderes”.
d) Jacques Rousseau, que elaborou a teoria do “bom selvagem”, defendendo
a pureza das sociedades primitivas.
3. (PUC RS/2011) Ao longo dos séculos XVII e XVIII, vários autores, tais como Locke,
Montesquieu e Rousseau, produziram obras clássicas, nas quais refletiam sobre
os processos de transformação sociopolítica de seu tempo.
Para tais autores, as sociedades humanas eram
essencialmente compostas por _________; o poder soberano do Estado originava-se
de um ato ________; e o exercício da violência como meio de resistir à opressão
oficial ilegítima constituía um _________.
a) indivíduos
religioso pecado
b) estamentos
contratual direito
c) indivíduos
contratual direito
d) estamentos
contratual pecado
e) indivíduos
religioso direito
4. (UFG GO/2011) Leia os trechos do conto popular apresentado a seguir.
Então, o lobo chegou primeiro à casa. [...]
vestiu a roupa da avó e deitou na cama à espera da menina. [...]
O lobo disse:
- Tire a roupa e deite-se na cama comigo.
A menina perguntou:
- Onde ponho o meu avental?
O lobo respondeu:
- Jogue no fogo. Você não vai mais precisar
dele.
Para cada peça de roupa – corpete, saia,
anágua e meias
– a menina fazia a mesma pergunta. E, a cada
vez, o lobo respondia:
- Jogue no fogo. Você não vai precisar mais
dela. […]
- Ah, vovó! Que dentes grandes você tem!
- É para comer melhor você, querida.
E ele a devorou.
DARNTON, Robert. O grande massacre de gatos e
outros episódios da história cultural francesa. Rio de Janeiro: Graal, 1986. p.
22.
Esses trechos integram uma versão do conto
popular “Chapeuzinho Vermelho”. Com pequenas alterações, assim os camponeses
narravam o final desse conto na França no século XVIII. Distinto da versão que
se conhece, ele expressa o universo simbólico camponês na medida em que
a) o erotismo
implícito na narrativa manifesta que a infância era ignorada como uma fase
distinta da vida.
b) a referência
constante à comida remonta a um universo de abundância entre os camponeses.
c) a ausência da
“moral da história” expõe uma sociedade marcada pela descrença religiosa.
d) as ações
violentas descritas constroem uma imagem negativa da floresta em oposição à da
aldeia.
e) as
trajetórias das personagens aludem à dissolução dos laços familiares no mundo
rural.
5. (UFPA/2011) O texto abaixo recupera uma obra iluminista dirigida por Denis Diderot e
Jean Le Rond d’ Alembert em 1772 na França intitulada de Enciclopédia ou
Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. No texto afirma-se
que:
na Enciclopédia não havia área do engenho
humano que não tivesse sido coberta. Ali se observava a confiança de que os
homens eram, ou poderiam ser em breve, senhores de seu próprio destino, que
poderiam moldar o mundo e a sociedade de acordo com as suas conveniências e
vantagens. Era o poder da razão. Por isso mesmo a Enciclopédia não foi
universalmente aceita. Poderes absolutistas civis e religiosos foram seus
combatentes.
(DENT, N. J. H.. Dicionário de Rousseau. Rio
de Janeiro: Zahar, 1996, p. 125. Texto adaptado).
A Enciclopédia proposta por homens
iluministas como Diderot e D’Alembert foi criticada no contexto francês do final
do século XVIII, porque nesse momento o absolutismo e razão significavam
a) modos de
viver compatíveis, nos quais as novas e modernas ideias iluministas eram
absorvidas pelo reis absolutistas, que percebiam nelas as vantagens de se
moldar o mundo à sua forma e maneira, tal qual Diderot em sua Enciclopédia, o
que possibilitou o advento da monarquia constitucional.
b) maneiras
de fazer política muito diversas. Para os racionalistas, a política absolutista
deveria ser reestruturada ou revolucionada, pois os novos saberes deveriam vir
das experiências e das novas ciências e não de Deus e seus emissários.
c) formas
incompatíveis de fazer política, pois o povo francês era governado por um velho
monarca autoritário que se mantinha no poder devido à ignorância do povo. Já
livros como a Enciclopédia seriam a base da nova
sociedade revolucionária e anarquista proposta por Diderot.
d) formas de governo
inconciliáveis, pois o absolutismo era autoritário e ultrapassado. Já os
enciclopedistas, como Diderot e D’ Alembert, desejavam a derrubada do Rei pelos
revolucionários comunistas, formadores de idéias socialistas vinculadas ao
marxismo contemporâneo.
e) maneiras de
governar muito distintas, pois os enciclopedistas eram homens de letras, que
iniciavam carreira política nas fileiras dos liberais exaltados, e o monarca
absolutista era do partido conservador francês.
6. (UFTM MG/2011) Leia os dois excertos.
Consideramos estas verdades como evidentes
por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de
certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a
procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos, governos são
instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos
governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de
tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo
governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma
que lhe pareça mais conveniente para realizar- lhe a segurança e a felicidade.
(Declaração de Independência dos EUA,
www.direitoshumanos.usp.br. Adaptado.)
A Assembleia Nacional reconhece e declara, em
presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os direitos seguintes do homem e do
cidadão:
I. Os homens
nascem e permanecem livres e iguais perante a lei; as distinções sociais não
podem ser fundadas senão sobre a utilidade comum.
II. A finalidade
de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e
imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a
segurança e a resistência à opressão.
III. O princípio
fundamental de toda autonomia reside, essencialmente, na nação; nenhuma
corporação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane
expressamente.
(Declaração dos direitos do homem e do
cidadão, aprovada em 26 de agosto de 1789, pela Assembleia Constituinte
francesa, www.direitoshumanos.usp.br. Adaptado.)
A partir dos excertos, é correto concluir que
a) ambos
reconhecem um conjunto de direitos comuns a todos os seres humanos e fazem
referência à participação dos cidadãos na vida política.
b) os trechos se
contradizem, uma vez que apresentam concepções diferentes em relação à forma de
governo e aos direitos dos cidadãos.
c) os ideais
apresentados nos trechos não chegaram aos séculos XX e XXI, dominados por
valores nacionalistas, que não se pautam pela noção de igualdade de direitos.
d) o direito à
rebelião popular não é reconhecido, uma vez que a obediência aos poderes
instituídos é um dever inalienável dos cidadãos.
e) as ideias
defendidas pelos norte-americanos propõem uma democracia mais ampla que a
francesa, ainda marcada pelo absolutismo.
7. (UFV MG/2011) No decorrer do século XIX, as transformações propiciadas pela expansão
do capitalismo industrial fortaleceram entre a burguesia a ideia de que a
humanidade tendia a um constante progresso. Com relação à cultura burguesa e à
ideia de progresso, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) Os burgueses
acreditavam que o progresso beneficiaria o conjunto da população europeia.
b) O liberalismo
foi utilizado pela burguesia europeia na luta contra a aristocracia e seu modo
de vida.
c) O individualismo,
o empreendedorismo e o apego à modernização eram valores difundidos pela
burguesia.
d) Os
conceitos liberais não foram absorvidos pelos burgueses, pois não correspondiam
a sua visão de mundo.
8. (UEG GO/2012) David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes,
denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem
das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos
empiristas, do cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista,
a) não
existem ideias inatas.
b) não existem
ideias abstratas.
c) não existem
ideias a posteriori.
d) não existem
ideias formadas pela experiência.
9. (IFGO/2012) Leia com atenção o texto a
seguir:
“O homem nasce
livre, e por toda parte encontra-se a ferros. O que se crer senhor dos demais,
não deixa de ser mais escravo do que eles (...). A ordem social é um direito
sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se
origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.”
ROUSSEAU,
Jean-Jacques. Do Contrato Social. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1978. p.
22.
Com base no
texto de Rousseau, marque a alternativa correta.
a) Há na afirmação de Rousseau uma forte crítica à justificativa do poder
do rei absolutista, próprios da antiguidade clássica greco-romana.
b) A afirmativa de Rousseau aproxima-se ao pensamento absolutista, que
atribuía aos reis o direito divino de manter a ordem social.
c) A afirmativa de Rousseau filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a
todos os homens uma condição de livre-arbítrio e superação da escravatura
colonial.
d) A afirmativa de Rousseau é própria do pensamento iluminista, ao
conceber a ordem social como um direito que deve garantir a liberdade e a
autonomia dos homens.
e) A afirmação de Rousseau filia-se ao pensamento abolicionista, por
denunciar a escravidão praticada na América ao longo do século XIX.
10. (IFSP/2013) Em 1776, Adam Smith lançou o livro A Riqueza das Nações, que apresenta
as bases da economia clássica. Segundo o autor, o crescimento econômico de uma
nação depende
a) da quantidade
de ouro e prata que cada nação tem entesourados.
b) do dirigismo
econômico feito pelo Estado, pois apenas ao rei cabe conduzir sua nação.
c) da natureza,
pois terras áridas e clima desfavorável não trarão boas colheitas.
d) da
produtividade do trabalho, em função de seu grau de especialização.
e) do comércio
altamente desenvolvido através das companhias de comércio e dos monopólios.
11. (UFG GO/2013) A segunda lei de Newton, divulgada em 1687, é conhecida como a equação
fundamental da dinâmica e sintetiza os fundamentos da mecânica clássica. Nela estão
contidas as ideias que influenciaram a modernidade europeia. De acordo com essa
lei,
a) a aceleração
é uma constante universal, tal como demonstrado pelos avanços científicos
necessários à Revolução Industrial.
b) a massa pode
ser considerada permanente, tal como anunciado pela concepção do Iluminismo
sobre os regimes absolutistas.
c) a resultante
das forças é uma constante, tal como explicado pelos estudos renascentistas
sobre a função da musculatura humana.
d) o movimento
acelerado de um corpo uniformiza as percepções sobre o tempo, tal como exposto
pela visão apocalíptica da Contrarreforma.
e) as forças
podem atuar sobre os corpos, tal como indicado pelo princípio liberal que trata
da atuação do mercado na economia.
12. (UFPR/2013) Considere o excerto
abaixo, escrito pelo filósofo John Locke em 1689:
Ninguém pode
impor-se a si mesmo ou aos outros, quer como obediente súdito de seu príncipe,
quer como sincero venerador de Deus: considero isso necessário sobretudo para
distinguir entre as funções do governo civil e da religião, e para demarcar as
verdadeiras fronteiras entre a Igreja e a comunidade. Se isso não for feito,
não se pode pôr um fim às controvérsias entre os que realmente têm, ou
pretendem ter, um profundo interesse pela salvação das almas, de um lado, e, de
outro, pela segurança da comunidade.
(LOCKE, John.
Carta acerca da tolerância. São Paulo: Abril Cultural, 1973, col. Os
Pensadores, vol. XVIII, p. 11.)
Sobre a
relação desse pensamento de Locke com o contexto político e religioso da Europa
do século XVII, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou
falsas (F):
(__) John Locke defende a separação entre poder político e poder espiritual
como base para o estabelecimento de novas comunidades religiosas na Europa
ocidental, em referência às novas ações da Inquisição nos reinos católicos.
(__) John Locke defende a tolerância religiosa e a separação entre a
religião e o poder político civil como bases para a convivência pacífica entre
os povos de religiões diferentes, em referência às guerras entre católicos e
protestantes nos reinos europeus.
(__) John Locke defende a separação entre Igreja e Estado no contexto das
perseguições empreendidas pelos puritanos na Inglaterra, após saírem vitoriosos
da Revolução Gloriosa.
(__) John Locke defende a
tolerância religiosa como condição primordial para a convivência entre
diferentes religiões que nasciam na Europa no século XVII e que eram
perseguidas pela Igreja Católica, como o espiritismo kardecista.
Assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) F – F – V – F.
b) F – V – F – F.
c) V – F – F – F.
d) F – F – F – V.
e) V – F – F – V.
13. (UNICAMP SP/2013) O estudo da Ilustração nunca mais foi o mesmo após o holocausto, durante
a Segunda Guerra Mundial. A crença ingênua no poder regenerador da razão
inviabilizou-se. Estilhaçou-se a cômoda certeza de que as Luzes foram a
filosofia da burguesia triunfante, e dos quatro pontos da Europa surgiram
evidências acerca da amplitude e variação do fenômeno, que não caberia mais
considerar nem apenas burguês, nem eminentemente francês, nem restrito ao
século XVIII.
A partir do texto, é correto afirmar que:
a) A experiência
do holocausto, no século XX, pode ser interpretada como a negação do projeto
das Luzes, porque rejeita a eficácia do poder do Estado.
b) A compreensão das Luzes não se prende à
explicação do triunfo da burguesia, exigindo um estudo mais amplo sobre seus
impactos na Europa.
c) O projeto das
Luzes difundia o ideário do progresso e, contraditoriamente, ensejava o
conhecimento científico.
d) O ideário das
Luzes ajuda a compreender as revoluções liberais dos séculos XVIII e XIX, que
defendiam a intolerância religiosa.
14. (UPE/2013) O pensamento de
Jean-Jacques Rousseau, fruto do Iluminismo do século XVIII, serve de base, até
hoje, para a estrutura política de vários países democráticos ocidentais.
Sobre essa
realidade, assinale a alternativa CORRETA.
a) No pensamento de Rousseau, gesta-se a teoria do Estado Contratualista.
b) Os atuais regimes socialistas do ocidente condenam a propriedade
privada com base nos textos de Rousseau.
c) A teoria da tripartição do poder é herança do pensamento de Rousseau.
d) A teoria contratualista foi desenvolvida por Rousseau na obra Origem da
desigualdade social entre os homens.
e) Na obra Do contrato social, Rousseau defende a propriedade privada.
15. (UPE/2013) Qual das alternativas a seguir apresenta apenas características
associadas ao Liberalismo?
a) Monarquia
parlamentarista, mínima participação do estado na economia, propriedade privada
e metalismo.
b) O processo de
cercamentos, tolerância religiosa, direito divino, crescimento urbano.
c) Sistema de
livre concorrência, monarquia parlamentarista, divisão entre os poderes,
sufrágio universal.
d) Livre
comércio, o processo de cercamentos, a monarquia parlamentarista e o trabalho
servil.
e) Propriedade
privada, livre comércio, igualdade perante a lei e mínima participação do
estado na economia.
16. (UNESP SP/2012) Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os
bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a
todos, só obedece, contudo, a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto
antes. Esse, o problema fundamental cuja solução o contrato social oferece. [...]
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema
da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte
indivisível do todo.
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social,
1983.)
O texto apresenta características
a) iluministas e
defende a liberdade e a igualdade social plenas entre todos os membros de uma
sociedade.
b) socialistas e
propõe a prevalência dos interesses coletivos sobre os interesses individuais.
c) iluministas
e defende a liberdade individual e a necessidade de uma convenção entre os membros
de uma sociedade.
d) socialistas e
propõe a criação de mecanismos de união e defesa de todos os trabalhadores.
e) iluministas e
defende o estabelecimento de um poder rigidamente concentrado nas mãos do
Estado.
17. (FMJ SP/2012) Para eles, o século XVIII era o ápice da maturidade intelectual e
racional do homem. (...) Tal pensamento, em sua crítica ao Absolutismo, à
Igreja Católica e à estrutura do Antigo Regime como um todo, encaixava-se nas
aspirações e desilusões da burguesia em ascensão na Europa (...). Essa classe
social inspirou-se nesse movimento para construir a retórica e as bandeiras de
suas revoltas naquele momento.
(Kalina Vanderlei Silva, Dicionário de
conceitos históricos. SP: Contexto, 2005. P. 210-211. Adaptado)
O movimento a que se refere o texto é
denominado
a) Humanismo.
b) Renascimento.
c) Iluminismo.
d) Positivismo.
e) Anarquismo.
18. (UDESC SC/2012) Sobre o Iluminismo, é correto afirmar.
a) O movimento
iluminista foi inicialmente produzido nas áreas rurais.
b) Foi o
movimento responsável pela eclosão da Revolução Industrial na Europa.
c) O
Iluminismo foi, entre outras ideias, uma resposta aos problemas enfrentados
pela burguesia, a exemplo da excessiva intervenção do Estado na Economia.
d) As ideias
iluministas se restringiram à situação francesa da época.
e) Liberdade,
Igualdade e Fraternidade foram ideais plenamente alcançados pelo povo francês e
referendados por Napoleão.
19. (UEFS BA/2013) “É uma verdade eterna:
qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso,
é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder”.
(MONTESQUIEU.
In: AQUINO et al. 1993, p. 122).
MONTESQUIEU.
In: AQUINO, R. et al. História das sociedades: das sociedades modernas às
sociedades atuais. 28. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993.
A afirmativa
do filósofo Montesquieu, a respeito da ação e da contenção do poder, originou
a) a proposta para a condenação à morte, pela vontade popular, de todo o
chefe de poder que se torne absoluto.
b) o movimento renascentista, responsável pela ideia de que “os fins
justificam os meios”.
c) as ideias anarco-sindicalistas, defensoras da intervenção militarista
no Estado e da completa ausência de leis.
d) a teoria da divisão da soberania em três poderes independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
e) o movimento operário, no Brasil Império, destinado a conter o poder da
monarquia absolutista que governava o país.
20. (Unicastelo/2013) No final do século XVIII e início do XIX, um conjunto de transformações
históricas, algumas revolucionárias, ocorreu tanto na Europa quanto na América.
Apesar de particularidades regionais das mudanças, esse processo foi
denominado, por alguns historiadores, “revoluções atlânticas”. Entre elas,
havia, de fato, um elo essencial, a sua relação estreita com
a) a corrida
armamentista.
b) as guerras de
religião.
c) a
filosofia iluminista.
d) a disputa de
mercados pelas metrópoles.
e) as agitações
operárias.
21. (UNCISAL AL/2015) “Sempre considerei as
ações dos homens como as melhores intérpretes dos seus pensamentos.”
John Locke
A frase de
John Locke nos remete ao Iluminismo e seus objetivos nos diversos âmbitos que
formam a vida em sociedade. Sobre ideário iluminista, é correto afirmar que
a) seu caráter popular afastou os intelectuais e aproximou a pequena
burguesia da nobreza togada.
b) o intelectualismo se tornou um obstáculo à expansão do iluminismo, fato
que minimizou sua influência nas revoluções burguesas.
c) Adam Smith dissocia a liberdade econômica da liberdade política,
fazendo prevalecer esta última em detrimento da primeira.
d) a razão apresenta um poder emancipador capaz de tirar o homem da
menoridade e libertá-lo da opressão política e dos resquícios das trevas
medievais.
e) o projeto iluminista não se opunha totalmente ao mercantilismo nem ao
absolutismo já que preserva em grande parte as instituições do Antigo Regime.
22. (Fac. Cultura Inglesa
SP/2015) O homem “esclarecido” é aquele que, ao superar a passividade da razão,
sai de uma “menoridade” intelectual pela qual é o único responsável “por
preguiça e frouxidão” e que não é senão “incapacidade de se servir de sua inteligência
sem ser dirigido por outrem”.
(Louis
Guillermit. “Emanuel Kant e a Filosofia Crítica”. In: François Châtelet (org.) A
filosofia e a história, vol. 5, 1974.)
O argumento
kantiano deve ser entendido no interior dos princípios da filosofia
a) escolástica medieval.
b) existencialista cristã.
c) racionalista cartesiana.
d) positivista cientificista.
e) iluminista da época moderna.
GABARITO
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