1. (UEFS BA/2013) O conceito de “Ilustração” ou Iluminismo, elaborado na Europa Ocidental,
no século XVIII, diz respeito
a) à
atribuição do poder da razão de promover a iluminação das mentes, na luta
contra o obscurantismo responsável pelas trevas da ignorância, preconceito e
dogmatismo.
b) ao grande
progresso industrial que, partindo da França e da Itália, se espalhava por toda
a Europa, promovendo o bem-estar das populações.
c) às grandes
obras públicas realizadas no leste europeu pelos reis absolutistas, que
buscavam aplicar as ideias dos filósofos franceses aos seus governos.
d) ao uso de
tecnologias modernas, reservadas à produção agrícola dos países europeus, cujas
economias ainda se orientavam pelos padrões medievais.
e) às mudanças
políticas que flexibilizaram as relações entre metrópoles europeias e suas
áreas coloniais no Novo Mundo.
2. (FPS PE/2014) O Iluminismo construiu propostas que modificaram as sociabilidades da
época e abriu espaço para mudanças econômicas. Um dos seus pensadores mais
importantes, Locke, defendia:
a) a afirmação
de um governo democrático com liberdade e igualdade na sociedade europeia.
b) a manutenção
do sistema mercantilista, mas com o fim do escravismo e da colonização.
c) a
existência de restrições ao poder absoluto que reinava na Europa da época.
d) a mudança no
sistema feudal com a extinção total dos privilégios da monarquia e da nobreza.
e) a ascensão da
burguesia com o fim da monarquia constitucional e do escravismo colonial.
3. (FATEC SP/2014) A partir do final do século XIX, com o início da industrialização e da
urbanização no estado de São Paulo, começaram a surgir organizações de
operários e jornais sindicais. Em um deles, chamado A Voz do Povo, encontramos
a seguinte mensagem, publicada no ano de 1890: Acreditamos que todos sabem que
é do interesse comum haver na Constituinte opiniões de todas as classes, de
modo que a lei seja uma verdadeira emanação do povo, e não de algumas classes
privilegiadas, como foram todas as leis do Império.
(www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/novosrumos/article/viewFile/2073/1705
Acesso em: 30.08.2013)
Analisando o conteúdo do texto, encontramos
influência das ideias
a) anarquistas,
pois se defende a eliminação do Estado civil organizado.
b) socialistas,
pois se defende a tomada do poder pela revolução operária.
c)
imperialistas, pois se defende a legislação tal qual era organizada no Império.
d) mercantilistas,
pois se defende a diminuição das funções do Estado pela lei do mercado.
e) iluministas,
pois se defende a soberania popular por meio da representação na Constituinte.
4. (FMJ SP/2014) É necessário termos presente não só o progresso técnico como também o
clima geral da economia, no qual surgem os primeiros sinais da ”revolução
industrial”: longo período de expansão que tem o seu início cerca de 1730, primeiro
no domínio agrícola (progresso econômico e acréscimo da produção que permitem
alimentar uma população mais numerosa), conjuntura favorável ao lucro e as
atividades manufatureiras, crescimento das cidades e dos portos, poderio dos
armadores e dos negociantes, dos quais Voltaire faz o panegírico nas suas
Cartas Inglesas: “O comércio, que enriqueceu os cidadãos na Inglaterra,
contribuiu para os tornar livres, e essa liberdade deu por sua vez maior
expansão ao comércio; daí se formou o poderio do Estado.”
(Jean Touchard (org.). História das ideias
políticas, 1970. Adaptado.)
No contexto apresentado, Voltaire
a) sustenta a
necessidade fundamental de a sociedade organizar- se de forma estamental.
b) argumenta que
a excessiva liberdade econômica pode gerar nas nações tirania política.
c) denuncia a
insustentabilidade das práticas econômicas essenciais sem a tutela estatal.
d) entende o
desenvolvimento do comércio como causa e consequência da liberdade dos cidadãos.
e) apoia as
monarquias absolutistas europeias fundadas no direito divino dos reis.
5. (IFGO/2014) É possível estabelecer
relações entre os seguintes movimentos da história: Revolução Francesa;
Independência dos Estados Unidos da América; Iluminismo. Tais movimentos, de
alguma forma, expressaram a crise do Antigo Regime. Nos casos do movimento
Iluminista e da Revolução Francesa, é possível identificar questionamentos dos
revolucionários quanto ao excesso de autoridade do clero e da nobreza sobre os
demais setores da sociedade. Além disso, a França passava por um período de
crise econômica, decorrente da sua participação na guerra da independência
norte-americana e dos elevados custos financeiros da corte do rei absolutista
Luís XVI.
Em 1791, os
revolucionários franceses promulgaram uma nova Constituição, a partir dos
princípios preconizados por Montesquieu.
Assinale a
alternativa que contenha um fundamento do novo regime estabelecido com a nova
Constituição francesa e que se faz presente na realidade política brasileira
atual.
a) a subordinação do Judiciário ao Legislativo.
b) o fortalecimento da monarquia absolutista.
c) a divisão do poder político em executivo, legislativo e judiciário.
d) a supremacia do Judiciário sobre os outros poderes políticos.
e) o estabelecimento da soberania popular, sob quaisquer circunstâncias
políticas.
6. (Fac. Cultura Inglesa
SP/2014) O grande objetivo da entrada do homem em sociedade consiste na fruição
da propriedade em paz e em segurança e, sendo o grande instrumento e meio disto
as leis estabelecidas nessa sociedade, a primeira lei positiva e fundamental de
todas as comunidades consiste em estabelecer o poder legislativo. Esse poder
legislativo não é somente o poder supremo da comunidade, mas é sagrado e
inalterável nas mãos em que a comunidade uma vez o colocou; nem pode qualquer
édito, de quem quer que seja, ter a força e a obrigação da lei se não tiver
sanção do legislativo escolhido e nomeado pelo público; porque, sem isto, a lei
não teria o consentimento da sociedade sobre a qual ninguém tem o poder de
fazer leis senão por seu próprio consentimento e pela autoridade dela recebida.
(John Locke.
Segundo tratado sobre o governo, 1963. Adaptado.)
O filósofo
inglês John Locke publicou o Segundo tratado sobre o governo em 1690. Um dos
argumentos do livro, resumido no excerto transcrito, foi essencial para que
transformações políticas ocorressem na Europa e na América, porque
a) denunciou a exploração econômica dos trabalhadores industriais.
b) sustentou que a propriedade particular das terras provocava lutas
sociais.
c) demonstrou que a democracia seria possível apenas em pequenos grupos
sociais.
d) elaborou, por oposição aos Estados absolutistas, a teoria do governo
representativo.
e) considerou a paz social, garantida pelo rei, como a condição da
felicidade humana.
7. (UEA AM/2013) A saída do homem da sua
minoridade, da qual é ele próprio o responsável. Minoridade, isto é,
incapacidade de se servir do seu entendimento sem a direção de outrem.
(Immanuel
Kant. O que é o Iluminismo? Apud Roland Desné, O Iluminismo, 1974.)
O texto de
Kant resume o argumento central do Iluminismo, que teve consequências
históricas profundas
a) na política, com o combate ao absolutismo, e na cultura, com a
crítica aos dogmas religiosos.
b) no surgimento da estética barroca, com a expansão das atividades
econômicas em escala mundial.
c) na sociedade, com a abolição das desigualdades sociais, e na ética, com
a noção de desespero humano.
d) no aparecimento da filosofia, com a desmoralização das verdades
reveladas pelos sistemas religiosos.
e) na ideologia, com a oposição à liberdade individual, e na política, com
o apoio aos movimentos republicanos.
8. (PUC RJ/2014) Os parágrafos que se seguem foram extraídos do documento “Declaração de
Independência dos Estados Unidos”, assinado pela unanimidade dos representantes
políticos das Treze Colônias, no Segundo Congresso Continental no ano de 1776.
“Quando no decurso da História do Homem se
torna necessário um povo quebrar os elos políticos que o ligavam a outro e
assumir, de entre os poderes terrenos, um estatuto de diferenciação e igualdade
ao qual as Leis da Natureza e do Deus da Natureza lhe conferem o direito, o
respeito que é devido perante as opiniões da Humanidade exige que esse povo
declare as razões que o impelem à separação. (...)
(...) o Povo tem direito a (...) instituir um
novo governo, assentando os seus fundamentos nesses princípios e organizando os
seus poderes do modo que lhe pareça mais adequado à promoção de sua Segurança
(...).”
Fonte: http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados
Assinale a alternativa que corresponde
CORRETAMENTE ao conjunto de ideias e ideais relacionados à época histórica
tratada pelo documento.
a) O liberalismo
enquanto doutrina defendia a menor intervenção possível do Estado na condução
política da sociedade.
b) O
racionalismo científico renascentista atribuía ao homem o poder de conhecimento
e intervenção tanto na natureza como na condução política das sociedades.
c) O
nacionalismo partia do pressuposto de que a lealdade do indivíduo ao
Estado-nação deveria estar acima dos interesses pessoais ou dos interesses de
determinados grupos.
d) O
Iluminismo defendia, de modo geral, a ideia de que o Estado deveria assegurar
ao Homem o direito de expressar sua consciência de forma autônoma, bem como os
direitos inalienáveis à vida e à busca da felicidade.
e) As doutrinas
sociais emergentes do contexto da sociedade industrial pregavam a ampliação da
participação política à classe operária, além de melhores condições de vida
para a mesma.
9. (PUC RJ/2014) No século XVIII, os soberanos absolutistas Frederico II, da Prússia,
José II, da Áustria, Catarina, da Rússia, José I, de Portugal, e Carlos III, da
Espanha, promoveram em seus países, relativamente atrasados no cenário europeu,
políticas administrativas baseadas em princípios
a) liberais.
b) tomistas.
c) iluministas.
d)
corporativistas.
e)
contra-reformistas.
10. (UEFS BA/2014)
Homens, o tempo é chegado para a vossa
ressurreição; sim para ressuscitares do abismo da escravidão para levantares a
sagrada Bandeira da Liberdade.
A liberdade consiste no estado feliz, no
estado livre do abatimento: a liberdade é a doçura da vida, o descanso do homem
com igual paralelo de uns para outros, finalmente a liberdade é o repouso e bem
aventurança do mundo.
MATTOSO, K. M. de Q. Presença francesa no
movimento democrático baiano de 1798. Salvador: Itapuã, 1969.
O texto reúne dois trechos dos chamados
“boletins sediciosos” da Conjuração Baiana de 1798, também conhecida como Revolução
dos Alfaiates ou Revolta dos Búzios. O elo comum que o aproxima de dois outros
textos igualmente importantes da mesma época — a Declaração dos Direitos do
Homem na França e a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América
do Norte —, diz respeito
a) à derrubada
do monopólio comercial e à abertura dos portos.
b) ao estabelecimento
de eleições livres e diretas para a escolha dos governantes.
c) à necessidade
de acabar com a escravidão, libertando todos os cativos.
d) à escolha da
república como a forma de governo mais apropriada à garantia da liberdade.
e) ao direito
de todos à liberdade e à igualdade perante a lei.
11. (ENEM/2012) É verdade que nas
democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não
consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o
que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem;
se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade,
porque os outros também teriam tal poder.
MONTESQUIEU.
Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).
A
característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito
a) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por
si mesmo.
b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.
c) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre
da submissão às leis.
d) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde
que ciente das consequências.
e) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores
pessoais.
12. (ENEM/2013) Para que não haja abuso, é
preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos
nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de
executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos
indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando
de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe
se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.
MONTESQUIEU,
B. Do espírito das leis. São Paulo Abril Cultural, 1979 (adaptado).
A divisão e a
independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver
liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que
haja
a) exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.
b) consagração do poder político pela autoridade religiosa.
c) concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.
d) estabelecimento de limites aos atores públicos e às instituições do
governo.
e) reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um
governante eleito.
13. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2015) Consideramos as seguintes verdades evidentes por si mesmas, a saber, que
todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos
inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da
felicidade. Para assegurar esses direitos, entre os homens se instituem
governos, que derivam seus justos poderes do consentimento dos governados.
(Declaração da Independência, apud Harold C.
Syrett, Documentos Históricos dos Estados Unidos)
Esse documento revela a influência das ideias
a) de Thomas
Hobbes, por justificar o governo como necessário para a ordem na natureza.
b) liberais, por
colocar a liberdade acima dos interesses políticos e da verdade científica.
c) de John
Locke, por defender o contrato social entre governantes e governados.
d) iluministas,
por destacar a importância de Deus na organização política de um povo.
e) de Rousseau,
por apoiar a soberania popular, a igualdade e o sufrágio universal.
14. (IFGO/2015) (...) na última parte do século XVIII, (...) o evidente sucesso
internacional do poderio capitalista britânico levou a maioria destes monarcas
(ou melhor, seus conselheiros) a tentar programas de modernização intelectual,
administrativa, social e econômica. Naquela época, os príncipes adotavam o
slogan do "iluminismo" do mesmo modo como os governos de nosso tempo,
por razões análogas, adotam slogans de "planejamento".
HOBSBAWM, E. “A Era das Revoluções”, Paz e
Terra, 10ª ed., 1997.
A história das ideias e dos movimentos intelectuais
tem grande importância para compreendermos transformações e características
fundamentais da nossa sociedade. A esse respeito, assinale a alternativa
correta.
a) O poderio
britânico, no século XVIII, se deve à conquista de colônias no espaço afro-asiático.
b) O fato
histórico descrito no texto ficou conhecido como “despotismo esclarecido”.
c) No século
XVIII, a Revolução Industrial organizou um cenário econômico homogêneo na
Europa e, em contrapartida, reforçou o atraso das nações do continente americano.
d) A modernização
político-econômica, no século XVIII, se deve ao surgimento dos chamados regimes
absolutistas.
e) O iluminismo
procurou conciliar a influência cultural da Igreja com a racionalização das
instituições políticas.
15. (PUC GO/2015) Hermano não falava nunca de sua casa. Alegava não compreender muito bem
porque o homem devia ter um lar. O homem, diziam-lhe sempre, era o ser livre.
Nem Deus o quis privar da liberdade. E Deus era o mandachuva do mundo. E seu
criador. Um dia, entediado, ele começou a brincar com barro, na sua olaria. Nos
quintais do céu, Jeová havia mandado construir uma, para fabricar telhas e com
elas consertar goteiras no purgatório. Brincando, suas mãos infinitamente
idosas fizeram uma travessura digna de boa surra. Criaram o Homem! Um boneco de
barro, metido a muita cousa. Mas Jeová se arrependeu da brincadeira. Vendo o
que faria o boneco, saído de si em momento de tédio, atirou-o num monte enorme
de barro. E lá o deixou. Livre.
Deus não fez como seu Manoel açougueiro que
criou a Regina e o Chiquinho – um casal de bonecos pretos – e nunca mais os
largou.
Hermano achava que o tal homem seria
verdadeiramente livre se não tivesse todos os dias que ir a casa para almoçar.
Para tomar banho. Para dormir. E mexer numa tulha cheia de problemas
mesquinhos. Falta de feijão; educação, futuro, contas do padeiro, baratas e
trabalho. Dogmas, normas, inibições. Para ele, o homem não era livre. Livre,
sim, era o burro. Um burro come onde encontra capim. Não tem que voltar, tarde
da noite, para uma cama no quarto de uma casa, numa rua de cidade. Quanta
limitação! Qual, o homem não era livre. [...]
(LEÃO, Ursulino. Maya. 2. ed. Goiânia: Kelps,
1975, p. 13. Adaptado.)
O texto afirma que o homem deve ser livre. No
século XVIII, na Europa, a liberdade do homem passou a ser evocada por
filósofos e educadores para que se alcançasse o progresso intelectual, social e
moral. Nesse empreendimento, o problema educativo foi posto cada vez mais no
centro da vida social. Sobre essa temática, analise os itens a seguir quanto à
sua correção:
I. A educação
deveria ter a função de assegurar aos grupos sociais a formação dos cidadãos
para a produtividade, libertando-os de preconceitos, tradições acríticas e
crenças irracionais.
II. A educação
promoveria o fortalecimento do sentimento religioso, pois a religião seria um
mediador entre a sociedade e o poder, evitando assim os conflitos sociais, a
desordem e a amoralidade dos princípios.
III. A educação
seria emancipadora, porque o homem autônomo reivindicaria para si próprio o
papel de guia de sua formação.
De acordo com os itens analisados, marque a
alternativa que contém apenas proposições corretas:
a) I, II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
16. (UNIOESTE PR/2013) Sobre o Movimento Iluminista, analise as seguintes afirmações:
I. O Iluminismo
foi a corrente de pensamento dominante na Europa, principalmente na França,
Inglaterra e Alemanha, no período entre as últimas décadas do século XVII e
final do século XVIII.
II. Alicerçado na
filosofa e na ciência, herança do Renascimento e tendo como base social as
classes burguesas, os iluministas criticavam as instituições e princípios do
regime feudal, do absolutismo e da intolerância religiosa.
III. Fez a defesa
da teocracia católica, frente aos abusos cometidos pela monarquia absoluta e
negou as ideias de progresso e de natureza.
IV. Criticou a
independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e fez a defesa do
pensamento absolutista, justificando o poder dos reis pelo direito divino.
V. Defendeu o desenvolvimento
do mercantilismo e do metalismo como políticas econômicas a serem adotadas
pelas Monarquias Constitucionais.
Considerando o exposto, assinale a
alternativa correta.
a) As
alternativas IV e I estão corretas.
b) As
alternativas III e V estão corretas.
c) As
alternativas III e IV estão corretas.
d) As
afirmativas II e V estão corretas.
e) As
afirmativas I e II estão corretas.
17. (UNIOESTE PR/2013) A concepção de uma sociedade contratual surgiu no século XVIII, nas
palavras de Rousseau:
“O verdadeiro fundador da sociedade civil foi
o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e
encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes,
guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele
que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus
semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se
esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a
origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes
Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.
Com base no texto acima, é INCORRETO afirmar
que
a) para manter a
ordem, os homens criaram o Estado mediante um contrato. Esse contrato tem por
finalidade passar ao Estado todos os seus direitos naturais.
b) o homem é
naturalmente bom, sendo a sociabilização a culpada pela sua “degeneração”. Isso
está relacionado ao surgimento da propriedade privada.
c) o estado
civil, diferente do estado natural, faz com que os homens antes de consultar
seus desejos consultem sua razão, o objetivo final sempre é a justiça que torne
os homens iguais e dê retorno a eles de suas liberdades cedidas.
d) o povo é o
verdadeiro fundamento da sociedade, e deve ficar sobre um território que tenha
o suficiente para sua sobrevivência, sendo desnecessários grandes impérios, uma
vez que quanto mais se estende o laço social, mais este é fragilizado.
e) a origem
da desigualdade entre os homens, segundo Rousseau, está na criação do Estado,
pois ele institui o contrato social e estabelece a propriedade privada.
18. (UNICAMP SP/2015) A maneira pela qual
adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.
(John Locke, Ensaio
acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.)
O empirismo,
corrente filosófica da qual Locke fazia parte,
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da
experiência.
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser
obtidos.
c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de
ideias inatas.
d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.
19. (UNICAMP SP/2015) A igualdade, a universalidade e o caráter natural dos direitos humanos
ganharam uma expressão política direta pela primeira vez na Declaração da
Independência americana de 1776 e na Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão de 1789. Embora se referisse aos “antigos direitos e liberdades”
estabelecidos pela lei inglesa e derivados da história inglesa, a Bill of
Rights inglesa de 1689 não declarava a igualdade, a universalidade ou o caráter
natural dos direitos. Os direitos são humanos não apenas por se oporem a
direitos divinos ou de animais, mas por serem os direitos de humanos em relação
uns aos outros.
(Adaptado de Lynn Hunt, A invenção dos
direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 19.)
Assinale a alternativa correta.
a) A prática
jurídica da igualdade foi expressa na Declaração de Independência dos EUA e
assegurada nos países independentes do continente americano após 1776.
b) A lei
inglesa, ao referir-se aos antigos direitos, preservava a hierarquia, os
privilégios exclusivos da nobreza sobre a propriedade e os castigos corporais
como procedimento jurídico.
c) No contexto da
Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão significou
o fim do Antigo Regime, ainda que tenham sido mantidos os direitos tradicionais
da nobreza.
d) Os direitos
do homem, por serem direitos dos humanos em relação uns aos outros, significam
que não pode haver privilégios, nem direitos divinos, mas devem prevalecer os
princípios da igualdade e universalidade dos direitos entre os humanos.
20. (UFAM/2015) “A partir da segunda metade do século XVIII, enquanto alguns países da
Europa Ocidental assistiam à vitória das forças ligadas ao capitalismo, em
outros países empreendeu-se uma política reformista visando à modernização dos
Estados pelos respectivos soberanos. A essa política, que variou segundo as
circunstâncias próprias a cada país, denominamos de despotismo esclarecido ou
reformismo ilustrado. Geralmente os ‘monarcas esclarecidos’ adotavam a
fraseologia dos filósofos do Iluminismo para empreender a modernização de seus
Estados; tratava-se de adaptar alguns princípios novos a Estados de condições
socioeconômicas e políticas atrasadas.”
AQUINO, R. História das Sociedades. Das
Sociedades Modernas às Sociedades Atuais. RJ: Novo Milênio, 2010.
O apogeu do despotismo esclarecido na Prússia
foi atingido no governo de Frederico II, o Grande. Influenciado principalmente
pelo ideário de Voltaire, ele acreditava que o rei era o coração, a alma e o
cérebro do Estado. Para o monarca, o objetivo de governo era o bem comum, a
preocupação com os interesses, felicidade e bem-estar do povo. Ao assumir o
poder, Frederico II adotou uma série de medidas, como:
a) Confisco dos
bens e as propriedades da Igreja, distribuindo essas terras aos nobres.
b) Elevação do
imposto de captação, sobretaxando os camponeses prussianos, o que aumentou as
receitas do Estado.
c) Abolição
das torturas aos presos políticos, concedendo aos prussianos plena liberdade de
expressão.
d) Manutenção do
regime de servidão e aumento dos direitos dos proprietários sobre os servos da
terra.
e) Criação de um
Tribunal de Justiça para julgar delitos da nobreza e promulgação de uma
Constituição baseada em princípios democráticos.
21. (PUCCamp SP/2004) Dividimos a história em eras, com começo e fim bem definidos, e mesmo
que a ordem seja imposta depois dos fatos - a gente vive para a frente mas
compreende para trás, ninguém na época disse "Oba, começou a
Renascença!" - é bom acreditar que os fatos têm coerência, e sentido, e
lições. Mas podemos apreender a lição errada.
(Luiz Fernando Veríssimo. "Banquete com
os deuses")
Contextualizando historicamente o movimento
da Renascença a que o texto se refere, é correto afirmar que o Renascimento
a) Destacou-se
por introduzir a observação da natureza e a experimentação como métodos básicos
do conhecimento científico e na reconstrução das teorias aristotélicas
modernas.
b)
Caracterizou-se por conciliar, no século XVI, os princípios liberais e as
necessidades emergentes da população mediante a análise dos mecanismos sociais
do capitalismo.
c) Foi um
importante elo no processo de libertação da razão, que culminou, no século
XVIII, na filosofia iluminista e na constituição da moderna sociedade burguesa
e capitalista.
d) Foi
responsável pelo surgimento de ideias que colocavam o conhecimento racional no
ápice e pela constituição de uma linha bem nítida entre a razão e a fé, no
século XVII.
e) Teve um
importante papel na defesa de uma nova religiosidade entre os homens que,
somada à racionalidade, poderia resultar num mundo progressista e mais justo.
22. (UNIFOR CE/2001) Em O espírito das leis afirma-se: "É uma verdade eterna: qualquer
pessoa que tenha poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso
organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder".
Essa afirmação reflete:
a) o espírito
clássico renascentista.
b) a filosofia
política do Cardeal Richelieu.
c) os princípios
da teoria do Direito Divino.
d) o pensamento
político de Luís XIV.
e) o
liberalismo político iluminista.
GABARITO
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