1. (FUVEST SP/2001) Gandhi (1869-1948) conseguiu mobilizar milhões de indianos na luta para
tornar o país independente da dominação britânica, recorrendo ao:
a) socialismo, à
denúncia do sistema de castas e à guerra revolucionária.
b) nacionalismo,
à modernização social e à ação coletiva não violenta.
c)
tradicionalismo, à defesa das castas e à luta armada.
d) capitalismo,
à cooperação com o imperialismo e à negociação.
e) fascismo, à
aliança com os paquistaneses e ao fundamentalismo religioso.
2. (GAMA FILHO RJ/1995) O Imperialismo, na
segunda metade do século XIX, representou a superação da primeira etapa da
Revolução Industrial. A partir de 1870, nos países que consolidaram a segunda
etapa da Revolução Industrial, o capitalismo caracterizou-se por ser:
a) comercial.
b) escravista.
c) financeiro.
d) industrial.
e) mercantil.
3. (UEL PR/1999) Sobre Hong Kong, que foi devolvida ao governo da China Continental no
dia 1° de julho de 1997, depois de 155 anos de domínio britânico, pode-se
afirmar que:
a) o retorno de
Hong Kong ao governo chinês resultou de um forte sentimento de nacionalismo de
seus habitantes.
b) a
reincorporação de Hong Kong à China decorreu da adesão deste país ao sistema
capitalista.
c) a devolução
de Hong Kong à China foi consequência do processo de globalização da economia.
d) a presença
dos ingleses em Hong Kong pode ser entendida como uma prerrogativa da Igreja
Anglicana.
e) o domínio
britânico em Hong Kong decorreu da expansão do imperialismo inglês.
4. (UEL PR/2001) “O Rei Peter e os chefes
Quachi e Wuaka, considerando que é de seu interesse estabelecer relações comerciais
com um povo rico e bom, e organizar-se sob a soberania de seu poderoso monarca,
instituem:
Art. 1 – A plena soberania do país e do Rio Grand Bassam é concedida ao rei
dos franceses; (...)
Art. 3 – Em troca dessas concessões, será outorgada ao Rei e a seu povo a
proteção dos navios de guerra franceses. Ademais, será pago ao Rei, quando da
ratificação do tratado, o seguinte: 10 peças de tecidos sortidos, 5 barris de
pólvora de 25 libras, 10 fuzis de um tiro, 1 saco de tabaco, 1 barril de
aguardente, 5 chapéus brancos, 1 guarda-sol, 2 espelhos, 1 realejo. (...)
Art. 7 – O presente tratado
vigorará a partir de hoje quanto à soberania estipulada; do contrário os
signatários exporiam seu país aos rigores da guerra que neste caso lhe fariam
os navios de guerra franceses. (...)”
(Extratos do
Tratado entre a França e o Rei Peter, de Grand Bassam, África, estabelecido em
19/02/1842. In: MARQUES, A. M. e outros. História Contemporânea através de
textos. São Paulo: Contexto, 1990. p.100-101.)
Com base em
seus conhecimentos sobre o Imperialismo e na leitura do documento acima,
analise as seguintes afirmativas:
I. Os europeus aproveitavam-se das diferenças culturais e trocavam
mercadorias de valor irrisório pelo domínio de vastos territórios no continente
africano.
II. O processo civilizador, representado pelos franceses, que ofereciam
ajuda e proteção às comunidades tribais, teve grande importância na emancipação
dos povos africanos.
III. O esgotamento das áreas
para a expansão imperialista constituiu um dos principais fatores que levaram
os países capitalistas europeus mais desenvolvidos a se enfrentar na Primeira
Guerra Mundial.
Assinale a
alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Apenas a afirmativa III é verdadeira.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
5. (FURG RS/2000) A respeito do imperialismo são feitas 6 afirmativas.
I. A constante
busca por mercados para colocação de bens industrializados, investimento de
capitais e obtenção de matérias-primas foram alguns dos fatores que levaram à
corrida imperialista.
II. O racismo e o
darwinismo social foram alguns dos argumentos utilizados pelos países
imperialistas para legitimar a expansão colonial.
III. A Ásia, a
África e a Oceania foram os alvos preferenciais do imperialismo; porém, as
potências imperialistas também atuaram em regiões da América e da Europa
Meridional e Centro-Oriental, embora não exercendo um predomínio político e
colonial direto.
IV. Algumas das
modalidades de domínio empregadas na época da expansão imperialista foram as
colônias propriamente ditas, os protetorados, as zonas de influência e as
colônias estratégicas.
V. As disputas
por melhores porções na partilha do mundo colonizado levou à deflagração das I
e II Guerras Mundiais, conflitos eminentemente interimperialistas.
VI. O
imperialismo viria a produzir profundas consequências junto às sociedades
colonizadas, trazendo a atrofia no desenvolvimento econômico, as distorções
sociais e a pobreza endêmica como algumas de suas heranças.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Nenhuma.
b) Apenas I, II,
III e IV.
c) Apenas I, IV,
V e VI.
d) Apenas II,
III, V e VI.
e) Todas.
6. (UFAC/2001) A partir de 1870, as nações industrializadas da Europa passaram a
experimentar um novo "boom" de tecnologias e processos sofisticados,
impulsionados, fundamentalmente, pelo advento da energia elétrica e da
indústria química.
Tal fato impôs à "civilização europeia"
a necessidade de criar uma economia global, ligando países desenvolvidos entre
si e ao mundo não desenvolvido. O desenvolvimento tecnológico europeu dependia,
agora, de matérias primas que, devido ao clima ou ao acaso geológico, seriam
encontradas exclusiva ou profusamente em lugares remotos, a exemplo da África
do Sul, Amazônia e Oriente Médio, como afirma o historiador britânico Eric
Hobsbawm.
Iniciava-se, assim, a chamada expansão do
capital financeiro ou imperialista pelo mundo, constituindo um novo sistema de
dominação das raças brancas sobre as raças não brancas. Que sistema era esse?
a) Neocolonialismo
b)
Neoliberalismo
c)
Pós-modernismo
d) Imperialismo
Monárquico
e) Sistema
Colonial
7. (UFLA MG/2000) Numere a coluna 2 de acordo com a coluna 1 e indique a alternativa
CORRETA:
COLUNA 1
1. Liberalismo
2. Comunismo
3. Anarquismo
4. Capitalismo
5. Imperialismo
COLUNA 2
(__) “Conjunto de
doutrinas que defende a organização de uma sociedade sem nenhuma forma de
autoridade imposta. Considera o Estado uma força coercitiva que impede os
indivíduos de usufruir liberdade plena”.
(__) “Política de
expansão de poder ou dominação de um Estado ou sistema político sobre outros.
Realiza-se pela conquista ou anexação de territórios, pelo estabelecimento de
protetorados e pelo controle de mercados ou monopólios. Envolve sempre o uso da
força e tem como consequência a exploração econômica, em prejuízo dos Estados
ou povos subjugados”.
a) 1 - 2
b) 2 - 5
c) 3 - 4
d) 3 - 5
e) 2 – 4
8. (UFLA MG/2001) “Embora a Europa tenha refeito a ordem e detido o terrível sorvedouro
de vidas humanas da época do tráfico e das guerras tribais, rapidamente impôs
um novo jugo ao continente africano (...)”
(Pierre George. Panorama do Mundo Atual. SP:
Difusão Europeia do Livro, 1968. p.173)
A expressão “um novo jugo ao continente
africano”, segundo o texto, refere-se:
a) Ao
mercantilismo dos séculos XV e XVI.
b) Ao
fenômeno histórico conhecido como “imperialismo” ocorrido no século XIX.
c) Ao processo
de descolonização ocorrido no século XX.
d) Ao fim da
guerra fria.
e) À conquista
de Ceuta pelos espanhóis.
9. (UFMA/2000) São características do processo de partilha da África pelos países imperialistas
europeus em fins do século XIX, EXCETO:
a) A formação
da Tríplice Aliança (reunindo a Alemanha, a Áustria-Hungria e a Itália) e da
Tríplice Entente (formada pela aliança Franco-Russa, Franco-Inglesa e
Anglo-Russa), desencadeando as ações e ocupações no território africano.
b) A expansão da
penetração francesa na Argélia, resultando em vários conflitos com os
interesses ingleses no Egito, com os italianos na Tunísia e também com os
interesses alemães no Marrocos.
c) Na África os
setores da produção econômica, como resultante da ação imperialista, passam a
ser monopolizados pelos europeus, voltando a economia local para a exportação.
d) As
"plantations" monocultoras, de propriedade de europeus, mas com o
trabalho de africanos, foram altamente destrutivas para as sociedades locais,
marcadas que eram pelos baixíssimos salários, racismo, apartheid, etc.
e) A Conferência
de Berlim de 1884-1885, reunida pelo primeiro-ministro Bismarck, funcionou como
um marco decisivo no processo, pois ali se tramou a ocupação efetiva dos
territórios africanos pelas potências europeias.
10. (UFMG/1998) A expansão neocolonial do final do século XIX pode ser associada a
a) Busca de
novas oportunidades de investimentos lucrativos para o capital excedente nos
países industriais.
b) Atração pelo
entesouramento permitido pela conquista de regiões com jazidas de metais
preciosos.
c) Necessidade
de expansão da influência da Igreja Católica frente ao aumento dos seguidores
da Reforma.
d) Divisão
internacional do trabalho entre produtores de matérias primas e consumidores de
produtos industrializados.
11. (UEPB/2000) Um dos mitos da história, repetido em diversos livros didáticos, é que
os ingleses no Século XIX passam a ser contrários ao tráfico de escravos como
forma de criar um mercado consumidor para seus produtos. O principal motivo que
leva os ingleses a combater o tráfico de escravos é o processo de partilha da
África e da Ásia levada a cabo pelas potências europeias, inclusive a
Inglaterra.
Esta política ficou conhecida como:
a)
Intervencionista
b) Neocolonialista
c) Mercantilista
d) Nacionalista
e) Absolutista
12. (UEPB/2000) Na nova fase do capitalismo que dividiu a Ásia e a África colocando-as
sobre a influência das principais potências econômicas da época, os países que
deram origem a colonização no século XV, Espanha e Portugal, também participam.
Que países africanos foram colonizados por
Portugal nesta nova fase?
a) Argélia e
Tunísia
b) Marrocos e
Somália
c) Angola e
Moçambique
d) Nigéria e
Serra Leoa
e) Sudão e
Rodésia
13. (UFPEL RS/2000) Em 1997, ocorreu a
devolução de Hong Kong pela Inglaterra ao governo chinês. A Inglaterra havia
tomado aquele território da China por ocasião da:
a) Insurreição dos Taipingues (1845-1860), iniciada após a prisão de
chineses que traficavam ópio para a Inglaterra.
b) Guerra do Ópio (1839-1842), que eclodiu com a destruição, por parte
do governo chinês, de cargas de ópio trazidas pelos comerciantes ingleses.
c) Guerra dos Cipaios (1857-1859), devida ao rompimento do Tratado de
Nanquim, pela China, que havia voltado a produzir o ópio.
d) Insurreição dos Boxers (1898-1901), quando os chineses faziam de Hong
Kong um centro de exportação de ópio para a Europa.
e) Revolução Chinesa (1949), que se expandiu até a Índia, onde os chineses
passaram a produzir o ópio para o mercado europeu.
14. (UFRN/1998) A expansão neocolonial da Europa, no séc. XIX, objetivava,
fundamentalmente, encontrar mercados consumidores para os excedentes de
produtos:
a) alimentícios.
b) metálicos.
c) manufaturados.
d) exóticos.
15. (UFSE/2001) Leia a entrevista de Cecil Rhodes ao jornalista Stead.
"A ideia que mais me acode ao espírito é
a solução do problema social, a saber: nós (...) devemos, para salvar os 40
milhões de habitantes do Reino Unido de mortífera guerra civil, conquistar
novas terras a fim de aí instalarmos o excedente da nossa população, e aí
encontrarmos novos mercados para os produtos das nossas fábricas e das nossas
minas. (...)"
(Leonel I. A. Mello e Luiz C. A. Costa.
História moderna e contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999)
O texto identifica fatores, que em seu
conjunto, explicaram e impulsionaram a:
a) Expansão
marítima e os descobrimentos do século XV.
b) Corrida
expansionista dos países europeus no século XVI.
c) Colonização
inglesa da América do Norte no século XVII.
d) Disputa pela
ocupação do litoral africano no século XVIII.
e) Expansão
colonialista e imperialista do século XIX.
16. (UFSCAR SP/2002) No processo de luta pela independência da Índia do domínio britânico,
Mahatma Gandhi preconizava a libertação através da desobediência civil e da
revolução pacífica.
Isto significava:
a) greve de
fome, negação das tradições ancestrais indianas e ações de solidariedade nos
trabalhos nas aldeias.
b) a recusa da
servidão e submissão aos senhores ingleses através de fugas para lugares
isolados nas montanhas.
c) a
desobediência às leis do país consideradas violentas e injustas, como boicote
aos tribunais e não-pagamento de impostos.
d) a aceitação
das leis britânicas e aliança entre hindus e católicos no processo de
unificação nacional.
e) a luta pela
independência através da elaboração de uma Constituição nacional e aliança com
as massas populares.
17. (UMC SP/2000) A ‘‘partilha afro-asiática’’ (1870-1914) foi consequência da
competição entre as grandes potências capitalistas, cujos objetivos eram:
a) Encontrar
meios para suplementar a forte demanda de alimentos, em razão do crescimento
urbano acelerado, e de metais preciosos para a formação de lastro do papel
moeda.
b) Afastar a
ameaça de infiltração comunista nos países periféricos, implantar governos
capitalistas e aliados das potências ocidentais.
c) Escoar o
seu excedente de capital e constituir mercados fornecedores de matérias-primas
e consumidores de produtos industrializados.
d) Dividir o
mundo em zonas de influência, com exclusão da Grã-Bretanha que já dominava a
América Latina.
e) Definir áreas
para inversão de capitais e transferência de excedente populacional de suas
colônias mais antigas.
18. (UFOP MG/1997) O Imperialismo Ocidental foi, sobretudo, um fenômeno de expansão das economias
capitalistas que alcançou seu máximo vigor as duas últimas décadas do século
XIX e os anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial.
Desse modo, foram consequências do
Imperialismo para o continente asiático a africano, exceto:
a) Rápida
ocidentalização de todos os povos subjugados pela imediata e irrestrita dos
métodos e técnicas do desenvolvimento de europeus e norte-americanos.
b)
Desorganização das atividades econômicas tradicionais, como a agricultura de
subsistência, o artesanato coletivista e a pecuária itinerante.
c) Ruína da
indústria têxtil artesanal na Índia, obrigada a vender matérias-primas e a
comprar produtos industrializados.
d) Divisão
territorial da China em várias zonas de influência europeia e norte-americana.
e) Implantação
de agricultura voltada para a produção e exportação de produtos como sisal,
juta, café e cacau.
19. (UFOP MG/1997) Leia o texto abaixo:
“O imperialismo (…) dá ao mundo inteiro a sua
própria imagem e arrasta todas as colônias, todas as raças, todas as pessoas
para o interior da esfera de exploração financeira do capitalismo. Ao mesmo
tempo, a forma monopolista do capital desenvolve cada vez mais os elementos da
degeneração e degradação parasitária (…) o imperialismo empilha riquezas
incalculáveis com os imensos superlucros que espreme dos milhões de operários e
camponeses das Colônias.”
(Discurso de Bukharin na Terceira
Internacional, em 1928)
Com relação ao processo imperialista,
desencadeado a partir da final do século XIX, é correto afirmar, exceto:
a) Desde o
princípio, as empresas capitalistas voltaram-se para terras estrangeiras em
busca de mercados e/ou de matérias-primas.
b) Significou a
interferência política mais aberta, inclusive com o recurso à força militar nas
nações mais pobres.
c) Promoveu a
repartição das terras e populações mais pobres do globo em zonas de influência
e domínio das nações europeias e dos Estados Unidos.
d) Permitiu a
emergência de enormes corporações multinacionais como principal responsável
pela transferência de capitais gerados num país para outros.
e) Resultado
da doutrina Monroe (A América para os Americanos), o movimento imperialista
sobre a América Latina foi contido pela ação política eficaz dos Estados
Unidos.
20. Qual a
nomenclatura dada a rebelião ocorrida na China em 1900, desencadeada pelos
chineses nacionalistas radicais (punhos fechados) que se opunham ao domínio
estrangeiro da China?
a) Rebelião dos
Bôeres
b) Rebelião
dos Boxers
c) Guerra do
Ópio
d) Rebelião dos
Cipaios
e) Rebelião de
Hong Kong
21. (UFPA/2000) Projetada inicialmente para fazer parte das comemorações para a abertura
do canal de Suez, em 1869, a ópera Aída, do italiano Giuseppe Verdi, acabou
sendo concluída apenas em 1871, para ser apresentada no Teatro do Cairo, no
Egito. Nessa ópera, que retrata o amor entre um guerreiro egípcio e uma
escrava, em meio à conquista da Etiópia pelos antigos faraós, são mostradas
muitas das imagens que a aristocracia e a burguesia europeias do final do
século XIX tinham acerca da África e do Oriente, como terras a serem
conquistadas, colonizadas e civilizadas a partir de valores ocidentais em meio
à conquista e conflitos militarizados.
Acerca dessa ópera, é certo dizer:
a) Relaciona-se
ao momento de apogeu do totalitarismo europeu no Oriente, como parte da
expansão colonialista empreendida pelas potências econômicas ocidentais,
especialmente no Egito e na Etiópia.
b) Refere-se
ao imaginário colonizador europeu sobre o Oriente, manipulado durante a
expansão imperialista na África e na Ásia, no qual muitas obras artísticas
serviram como propaganda do poder dos governos ocidentais.
c) Diz respeito
ao estabelecimento de um protetorado inglês no Egito, o que possibilitou a
expansão imperialista, dando emprego aos artistas e intelectuais europeus, que
passaram a fixar residência nessas áreas coloniais.
d) Faz
referência ao imperialismo neoexpansionista na África, comandado pela Itália,
que na época dominava a Etiópia, chamada de África Oriental Italiana,
resultando daí o interesse de Verdi em escrever a ópera Aída.
e) Trata-se
especificamente de uma representação artística do poderio militar italiano, no
contexto dos conflitos mundiais estabelecidos durante a expansão imperialista
na África e na Ásia, cenários da ópera de Giuseppe Verdi.
22. (UNIRIO RJ/2002) “Foi essa consciência de nossa superioridade inata que nos permitiu
conquistar a Índia. Por mais educado e inteligente que seja um indígena, por
mais valente que ele se manifeste e seja qual for a posição que possamos
atribuir-lhe, penso que jamais ele será igual a um oficial britânico.”
(Lord Kitchener, in: PANIKKAR, K. M., A
Dominação Ocidental na Ásia. Tradução de Nemésio Salles, Rio de Janeiro: Saga,
1965, p. 160.)
A expansão imperialista europeia sobre o
continente asiático, ao longo do século XIX e início do século XX, atingiu uma
de suas principais expressões na dominação britânica sobre duas das mais
antigas civilizações da Ásia: a China e a Índia. Marque a opção abaixo que
apresenta uma característica correta da dominação imperialista inglesa sobre a
China ou a Índia.
a) Na Índia, a
extinção do sistema religioso de castas favoreceu a inclusão dos indianos na
sociedade inglesa, porque foram utilizados como mão-de-obra barata no parque
industrial da Inglaterra.
b) Na China, a
vitória militar dos ingleses sobre os exércitos imperiais chineses na Guerra do
Ópio (1841) determinou a instalação do monopólio da Inglaterra sobre o comércio
chinês de especiarias com o ocidente.
c) Na Índia,
a dominação britânica provocou a destruição da economia tradicional voltada
para a subsistência e sustentada por manufaturas têxteis incapazes de concorrer
com a produção inglesa de tecidos de algodão.
d) Na China, a
hegemonia política e econômica inglesa impediu a atuação de outras potências
imperialistas porque isolou o território chinês pelo Tratado de Pequim (1860).
e) Na Índia, uma
alta burocracia de indianos exercia a administração das áreas conquistadas para
reduzir os custos elevados gerados pelos gastos militares com a dominação
imperialista.
23. (UNIRIO RJ/1994) "A partir de 1880, aproximadamente, uma série de mudanças
relativamente importantes começam a das à expansão colonial da Europa uma
fisionomia nova."
(René Remond - O Século XIX)
Dentre os fatores que geraram o imperialismo,
na segunda metade do século XIX, identificamos a:
a) Necessidade
de desenvolvimento de novos mercados produtores de manufaturados nas áreas
periféricas da África.
b) Preocupação
inglesa de fortalecer os movimentos populares de liberação nacional das regiões
asiáticas.
c) Redução
acentuada da população europeia, que ameaçava a eficácia produtiva de suas
indústrias.
d) Busca de
novas regiões fornecedoras de matérias-primas e consumidoras de manufaturados
dos países industrializados.
e) Consolidação
dos ideais democráticos baseados nos princípios de soberania nacional e
autogoverno dos povos.
24. (UNESP SP/1993) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiam
características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no
progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco
marcavam o auge da hegemonia europeia.
Assinale a alternativa que encerra, no plano
ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas.
a) A humilhação
sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os ocidentais.
b) A
civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer
espontaneamente.
c) A invasão de
tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano.
d) A diplomacia
do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas
contribuíram para quebrar a resistência
cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.
e) O mapa das
comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas
colonizadas em contato com o mundo exterior.
25. (UEG GO/2005) As nações imperialistas
tiveram enormes lucros na expansão colonialista do século XIX, solucionando
parcialmente suas crises de mercado e de superpopulação, e propiciando a
intensificação de seu desenvolvimento. Nesse processo, acirraram-se as
divergências e disputas entre as potências coloniais, estimulando o
armamentismo e a formação de blocos de países rivais, o que resultou numa
conjuntura propícia à confrontação em larga escala.
Em relação ao
imperialismo, assinale a alternativa CORRETA:
a) A política imperialista era justificada com base na ideia de que os
europeus levavam o progresso e, consequentemente, melhores condições de vida
para onde se dirigiam. Nesse sentido, o ideal de expansão da fé cristã do
século XVI foi substituído pela ideia de “missão civilizadora” do século XIX.
b) Para as regiões colonizadas, o imperialismo representou a sua
desestruturação política e cultural e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento
socioeconômico expressado na educação e industrialização.
c) A dominação imperialista era realizada de forma direta, com a ocupação
dos principais cargos governamentais por agentes metropolitanos que deveriam
respeitar as tradições locais. Dessa forma, verificaram-se avanços sociais nos
países coloniais.
d) A unificação da Alemanha e da Itália favoreceu um relativo equilíbrio
nas disputas imperiais, uma vez que alemães e italianos propunham a incorporação
efetiva dos nativos das colônias como cidadãos plenos.
e) De forma semelhante ao colonialismo do século XVI, o imperialismo do
século XIX tinha como meta a abertura de novos mercados consumidores através da
difusão do trabalho assalariado e das práticas mercantilistas.
GABARITO
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