1. (PUC SP/2006) "Cessara de ser um espaço em branco ou um delicioso mistério – um retalho sobre o qual um garoto podia sonhar sonhos de glória. Tornara-se um lugar tenebroso."
Joseph Conrad. O coração das trevas. Porto
Alegre: LPM, 1997, p. 13.
A observação acima, feita por um personagem
do romance de Conrad, de 1902, refere-se à colonização da África por países
europeus durante o século XIX. Considerando a experiência histórica dessa
colonização, pode-se dizer que as expressões "espaço em branco ou um
delicioso mistério" e "um lugar tenebroso" podem se referir,
respectivamente, à
a) necessidade
de encontrar novas rotas de navegação e à crença de que havia um abismo no mar.
b) disposição de
buscar novas aventuras e às inúmeras doenças, inclusive a AIDS, encontradas na
África.
c) transformação
da África numa zona de influência ocidental e à ausência de recursos minerais
no continente.
d) vontade de
dominar novos territórios e às ações brutais que envolveram as investidas europeias.
e) perspectiva
de ampliar as relações diplomáticas e aos problemas climáticos enfrentados
pelos europeus.
2. (UFPI/2006) “As nações industrializadas europeias iniciaram, em meados do século
XIX, um processo de disputas por territórios na África, na Ásia e na América
Latina. Essa disputa, que prosseguiu até o início do século XX, ficou conhecida
como Imperialismo”.
(REZENDE, Antonio Paulo. Rumos da História.
São Paulo: Atual, 2001. p.442-443).
Dentre os fatores que geraram o imperialismo,
na segunda metade do século XIX, podemos apontar:
a) A necessidade
de desenvolvimento de novos mercados produtores de manufaturados na América
Latina.
b) A preocupação
dos Franceses e Alemães com a desarticulação do Império Britânico no Norte da
África e na Ásia Setentrional.
c) A redução da
população europeia, devido à forte migração de italianos e alemães para a
América e Austrália.
d) A busca de
novas regiões fornecedoras de matérias-primas e consumidoras de produtos
manufaturados dos países industrializados.
e) O esforço da
França e da Inglaterra na difusão das doutrinas políticas liberais, nas regiões
periféricas do mundo capitalista.
3. (UFPEL RS/2006) “O francês P.
Leroy-Beaulieu, professor do Collège de France, escreveu em 1891:
‘(...) a
fundação de colônias é o melhor negócio no qual se possa aplicar os capitais de
um velho e rico país, disse o filósofo inglês John Stuart Mill. (...) A
colonização é a força expansiva de um povo, é seu poder de reprodução, (...) é
a submissão do universo ou de uma vasta parte (...) a um povo que lança os
alicerces de sua grandeza no futuro, e de sua supremacia no futuro. (...) Não é
natural, nem justo, que os países civilizados ocidentais se amontoem
indefinidamente e se asfixiem nos espaços restritos que foram suas primeiras
moradas, que neles acumulem as maravilhas das ciências, das artes, da
civilização, que eles vejam, por falta de aplicações remuneradas, os ganhos dos
capitais em seus países, e que deixem talvez a metade do mundo a pequenos
grupos de ignorantes, impotentes, verdadeiras crianças débeis, dispersas em
superfícies incomensuráveis’.”
SCHMIDT, Mário
Furley. Nova história crítica. São Paulo: Nova Geração, 1999.
O texto
caracteriza a ideologia e a prática do:
a) mercantilismo, durante a expansão marítima na Revolução Comercial.
b) iluminismo da burguesia financeira, durante a Expansão Marítima.
c) imperialismo europeu, na Idade Moderna, quando da partilha da América,
da África e da Ásia.
d) capitalismo industrial, originário da Europa, nos séculos XVI e XVII,
as quais legitimaram o escravismo colonial.
e) etnocentrismo da burguesia industrial na fase do capitalismo
imperialista.
4. (FGV/2007) O contexto europeu do
final do século XIX e início do XX relaciona-se à eclosão da Primeira Guerra
Mundial porque
a) a Primeira Revolução Industrial desencadeou uma disputa, entre os
países europeus, por fontes de carvão e ferro e por consumidores dos excedentes
europeus.
b) a unificação da Itália rompeu o equilíbrio europeu, pois fez emergir
uma nova potência industrial, rival da Grã-Bretanha e do Império Austríaco.
c) o revanchismo alemão, devido à derrota na Guerra Franco-Prussiana, fez
a Alemanha desenvolver uma política militarista e expansionista.
d) a difusão do socialismo, principalmente nos Bálcãs, acirrou os
movimentos emancipacionistas na área, então sob domínio do Império Turco.
e) a corrida imperialista, com o estabelecimento de colônias e áreas de
influência na África e na Ásia, aumentou as rivalidades entre os países
europeus.
5. (UFTM MG/2007) Comparando-se o colonialismo iniciado no século XVI com o neocolonialismo
dos séculos XIX e XX, é correto afirmar que
a) o primeiro
centrou-se na colonização da África e da Ásia pelos países ibéricos, enquanto o
segundo teve a América como principal área de domínio das potências europeias.
b) ambos foram
justificados ideologicamente pela necessidade de expansão do catolicismo por
meio da catequese dos nativos que habitavam os continentes atingidos.
c) o primeiro
visava ao fornecimento de metais preciosos e produtos tropicais, já o segundo
buscava conquistar mercados, áreas de investimento e matérias-primas
estratégicas.
d) ambos se
desenvolveram no contexto do capitalismo industrial, mas com funções
diferentes: o primeiro abastecia de matérias-primas a Europa e o segundo
consumia seus excedentes.
e) o primeiro
baseou-se no liberalismo econômico, porém o segundo adotou princípios da
política mercantilista, por exemplo o monopólio e o metalismo.
6. (UFC CE/2007) A partir das últimas décadas do século XIX, uma nova onda colonialista
levou à partilha quase total da África e da Ásia entre países industrializados.
Sobre esta fase imperialista, é correto afirmar que foi motivada
fundamentalmente:
a) pelo
interesse de importar bens manufaturados da Índia, China e África islâmica e
foi estimulada pelos países industriais emergentes: Bélgica, Alemanha e Japão.
b) pela política
religiosa e missionária de difundir o cristianismo no mundo e foi liderada
pelos países católicos europeus, como a França e a Bélgica.
c) pela
exigência do conhecimento científico positivista de ocupar os territórios a
serem estudados e foi impulsionada pela Grã-Bretanha.
d) pela
necessidade de adquirir facilmente matéria-prima a baixo custo e foi facilitada
pela política imperialista dos Estados Unidos.
e) pelo
interesse de continuar a expandir o capitalismo num período de crise e teve à
sua frente a França e a Grã-Bretanha.
7. (UNIMONTES MG/2007) Acerca do Imperialismo capitalista na América, que vigorou, de modo
geral, a partir da segunda metade do século XIX até as primeiras décadas do século
XX, é CORRETO afirmar que
a) os
capitalistas norte-americanos atuaram na América do Sul, de modo direto,
instalando indústrias e companhias frutíferas na Venezuela, Colômbia e
Argentina e controlando o comércio marítimo dessas áreas.
b) a construção
do canal do Panamá foi uma inequívoca demonstração do imperialismo
anglo-francês, uma vez que permitia o investimento de capitais financeiros na
região e, ao mesmo tempo, garantia que a rede de transportes permanecesse nas
mãos dessas potências.
c) a propaganda
norte-americana de ajuda humanitária e desinteressada desviou a atenção do
cenário de barbárie cometido pelos EUA na região da Colômbia e do Equador,
durante as guerras pelo controle econômico dessas regiões, na última década do
século XIX.
d) o México e
a América Central eram áreas de interesse dos Estados Unidos da América,
enquanto o imperialismo inglês predominava na América do Sul.
8. (UFPEL RS/2007) Em 1887 o Vietnã passou a ser, oficialmente, uma colônia, situada na
Península da Indochina e era fornecedora de arroz, borracha e madeira para o
mercado europeu, nos moldes do modelo imperialista implantado pelas grandes
nações capitalistas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi fundada
a Liga para a Independência do Vietnã (Vietminh), de orientação socialista e
liderada por Ho Chi Minh.
Depoimento do advogado português Jorge
Santos, In: RODRIGUES, Urbano Tavares (org.). A Guerra do Vietname. Lisboa:
Estampa, 1968.
A colonização referida foi efetivada no
século XIX, pelo seguinte país:
a) China.
b) Japão.
c) Estados
Unidos.
d) Inglaterra.
e) França.
9. (UNIMONTES MG/2007) A Guerra dos Cipaios
(1857) caracterizou-se pelo(a)
a) descontentamento do setor manufatureiro de tecidos indianos diante
da concorrência exercida pela indústria algodoeira inglesa.
b) adesão dos soldados chineses aos traficantes de ópio, devido à
dependência química estimulada anteriormente pelos ingleses.
c) União dos Cipaios e dos Boxers em defesa das tradições culturais do
Oriente e defesa da dinastia Qing, deposta pelos japoneses.
d) conversão das tropas indianas às ideias de Gandhi, que apregoava o
exercício da resistência pacífica em lugar do enfrentamento.
10. (UDESC SC/2008) É incorreto afirmar, sobre o imperialismo do final do século XIX:
a) A unificação
de Itália e Alemanha não se relaciona com as políticas imperialistas do
período.
b) O
Nacionalismo foi um dos suportes da política imperialista.
c) O sol nunca
se põe no império Britânico é uma expressão que nos fornece uma ideia sobre as
extensões das políticas imperialistas.
d) O
imperialismo provocou aumento da pobreza, em países como a Índia.
e) A política
imperialista não ficou restrita à África.
11. (UEM PR/2008) O século XIX é assinalado, entre outras coisas, por dois movimentos opostos
do colonialismo europeu. Na primeira metade do século XIX, ocorreu a
desmontagem do sistema colonial mercantilista na América. A partir da segunda
metade do mesmo século, uma nova onda de expansão levará à montagem de novos
impérios coloniais europeus, desta vez na Ásia e na África.
Sobre este último processo colonialista,
assinale a alternativa correta.
a) A Inglaterra
industrial necessitava de um mercado consumidor e, por isso, opôs-se à
colonização dos povos africanos e asiáticos.
b) Em um movimento
nacionalista conhecido como Restauração Meiji, o Japão rompeu todos os laços
com o mundo ocidental para evitar ser colonizado por potências europeias.
c) A Região da
Indochina, no sudeste asiático, foi colonizada pela Inglaterra.
d) A antiga
Birmânia, atual Mianmar, na Ásia, foi partilhada entre a Alemanha e a Itália.
e) A Região
do Congo, na África centro-ocidental, foi dividida entre franceses e belgas.
12. (UFRRJ/2008) “Em 1876, o rei Leopoldo II, da Bélgica, apoderou-se do território do
Rio Congo, aproximadamente dez vezes maior do que seu país. [...] A partir daí
teve início um violento processo de exploração da região. O Congo foi dividido
em postos chefiados por funcionários civis ou militares, que obrigavam a
população − homens, mulheres e crianças − a pagar impostos em produtos ou com
trabalho.[...]”
MOTA, M. Becho & BRICK, P. Ramos -
História das cavernas ao Terceiro Milênio: Séculos XVIII e XIX: as fundações do
mundo Contemporâneo. SP: Moderna. 2006. p 164.
O texto apresenta informações sobre a
penetração europeia na África. Assinale a alternativa que indica os motivos
dessa dominação.
a) Aumento
significativo de manufaturas internas e a aplicação do capital estrangeiro.
b) Crescimento
da renda per capita das colônias e o empobrecimento das potências europeias.
c) Aumento do
interesse em exportar mão-de-obra para as indústrias europeias.
d) Aumento da
necessidade das potências europeias de exportar capitais e importar
matérias-primas.
e) Aumento de
áreas coloniais para a Bélgica, como Sudão, Rodésia, Somália e África
Ocidental, além da área do Congo.
13. (UFTM MG/2008) “Os gregos brigam, há décadas, pela posse dos mármores Elgin, hospedados
no Museu Britânico, e por um busto de Nefertiti, de posse dos alemães. Os
chineses querem o que tropas inglesas e francesas pilharam durante a Guerra do
Ópio. A Coréia reclama da Biblioteca Nacional de Paris os 297 volumes de
manuscritos surrupiados por militares franceses do Arquivo Real coreano, em
1866. Há mais de 20 anos que a Nigéria pede à Inglaterra a restituição de
centenas de placas de bronze do reino Edo, e a Etiópia, o butim cultural amealhado
durante o cerco de Mandala.”
(Sérgio Augusto, O Estado de S.Paulo,
23.09.07)
O contexto histórico em que esses bens
culturais foram apropriados pelos europeus está associado
a) à busca de
uma nova rota para a Ásia, a fim de alcançar a fonte das especiarias, dos
produtos de luxo e de matérias-primas estratégicas.
b) à necessidade
de estabelecer, na Ásia e na África, os excedentes populacionais europeus,
devido às guerras entre católicos e protestantes.
c) ao
desenvolvimento tecnológico e industrial, que gerou a corrida imperialista e a
partilha afro-asiática entre as potências europeias.
d) à afirmação
das monarquias absolutistas europeias, que pretendiam dominar os territórios
africanos e asiáticos para investir capitais.
e) à formação de
novos impérios coloniais, cuja função principal era fornecer metais preciosos
para dinamizar o comércio europeu.
14. (UNIOESTE PR/2008) “Nem o imperialismo, nem o colonialismo é um simples ato de acumulação e
aquisição. Ambos são sustentados e talvez impelidos por potentes formações
ideológicas que incluem a noção de que certos territórios e povos precisam e
imploram pela dominação, bem como formas de conhecimento filiadas à dominação:
o vocabulário da cultura imperialista oitocentista clássica está repleto de
palavras e conceitos como 'raças servis' ou 'inferiores', 'povos subordinados',
'dependência', 'expansão' e 'autoridades'”.
(SAID, Edward, Cultura e Imperialismo. São Paulo,
Companhia das Letras, 1995).
Sobre o imperialismo europeu na Ásia e
África, tratado no fragmento acima, é INCORRETO afirmar:
a) Entre 1876 e
1915, largas extensões territoriais da superfície continental do globo foram
distribuídas ou redistribuídas entre países imperialistas.
b) Teorias como
o darwinismo social fundamentaram a convicção da superioridade europeia e a
visão de que o colonialismo constituía uma missão civilizadora dos povos não
europeus.
c) O crescimento
do consumo de massa nos países metropolitanos favoreceu a entrada de matérias–primas
oriundas de territórios ocupados nos trópicos, tais como açúcar, cacau, banana,
chá, café, mudando diversos hábitos alimentares, mesmo entre as classes menos
favorecidas desses países.
d) Para a
maioria dos países imperialistas, a aquisição de colônias na Ásia e África
constituiu uma efetiva estratégia de conquista de novos mercados.
e) Por causa
do grande interesse inglês na Índia, a Inglaterra tinha poucas possessões no
continente africano.
15. (UPE/2008) Sobre as ações do neocolonialismo na Ásia, leia as afirmativas abaixo.
I. A conquista
da Índia era pretensão dos ingleses que já haviam instalado a Companhia das
Índias Orientais no século XVI.
II. A presença
britânica não estimulou preconceitos raciais na Índia, fortalecendo a
divulgação do liberalismo.
III. O Japão
conseguiu evitar, durante muito tempo, a entrada de costumes ocidentais na sua
cultura.
IV. A restauração
Meiji trouxe mudanças na cultura japonesa, pois houve grande intercâmbio com o
Ocidente.
V. O
neocolonialismo, apesar das violências, foi muito benéfico para os asiáticos,
evitando seu atraso cultural e econômico.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I, III e IV.
b) III, IV e V.
c) I, II e III.
d) II, III e V.
e) I, III e V.
16. (ESCS DF/2009) Entre os dias 15 de novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885
realizou-se em Berlim uma conferência que reuniu a Alemanha, a Grã-Bretanha, a
França, os Estados Unidos, a Bélgica, Portugal, a Holanda, a Espanha e outros
países para a plateia. Esse encontro foi articulado pelo então chanceler alemão
Otto Von Bismarck com o despretensioso propósito de discutir questões
relacionadas ao Congo, mas acabou definindo algumas regras para a ocupação do
continente africano pelas nações europeias.
A expansão das potências europeias sobre o
continente africano, a partir do último quarto do século XIX, teve situações
importantes como:
a) A dominação
britânica no sul da África consolidou-se após a guerra dos boxers em que os
ingleses substituíram o domínio alemão na região;
b) O Marrocos
foi palco de uma disputa franco-britânica solucionada pelo Acordo de Fachoda em
que os britânicos reconheceram o domínio francês na região;
c) A
dominação europeia na África implicou na formação de fronteiras políticas
artificiais em que não foram levadas em conta as fronteiras tribais contribuindo
para a ocorrência de guerras étnicas na África após o processo de
descolonização;
d) A dominação
francesa sobre a Tunísia foi possível após uma disputa entre os franceses e os
alemães que resolvido mediante um acordo em 1911 onde a França cedeu aos
germânicos parte do território do Congo Francês;
e) A
participação dos missionários, que revestiu o processo de dominação europeia
sobre a África de um caráter civilizador e filantrópico conforme a orientação
apenas das Igrejas Protestantes.
17. (UFF) A expansão
imperialista sobre os territórios asiáticos e africanos no decorrer do século
XIX foi, antes de tudo, um ato de conquista.
A partir desta
afirmativa, identifique a opção que indica a nação europeia expansionista, a
região colonizada e o movimento de resistência possíveis de inter-relacionar-se
corretamente:
a) França – Argélia –
Guerra dos Boxers
b) Inglaterra – Índia
– Revolta dos Cipaios
c) Inglaterra – Sudão –
Revolta dos Boers
d) Portugal – Angola –
MPLA
e) Alemanha – China – Movimento
Taiping
18. (UFAC/2009) O Neocolonialismo europeu do século XIX se caracteriza:
I. Pela
necessidade de novas fontes de matérias-primas e de outros mercados
consumidores para a crescente produção industrial;
II. Pelo
crescimento demográfico europeu e a consequente necessidade de novas regiões
para receber o excedente populacional;
III. Pela
necessidade de aplicação dos capitais excedentes da economia industrial;
IV. Nova pressão
dos países da América do Sul e africanos para que a Europa aplicasse seus
capitais em suas riquezas locais;
V. Pela ajuda
européia ao fortalecimento do Império do Japão na Malásia;
Diante do exposto, marque a alternativa
correta:
a) Somente os
itens IV e V estão corretos;
b) Somente os itens I, II e III estão
corretos;
c) Somente os
itens I e V estão corretos;
d) Somente os
itens I e IV estão corretos;
e) Todos os itens
estão corretos;
19. (UFCG PB/2009) "As exposições universais queriam ser um retrato em miniatura desse
mundo moderno avançado, composto de espetáculos nos campos da ciência, das
artes, da arquitetura, dos costumes e da tecnologia. A ideia era mostrar e
ensinar as virtudes do tempo presente e confirmar a previsão de um futuro
excepcional. A torre Eiffel, o palácio de cristal e a roda gigante eram os
símbolos visíveis do avanço tecnológico exibido nas feiras mundiais."
(http://www.cpdoc.fgv.br. Acesso em
01.jun.2008)
Eixo Temático: Além da fé, o pão:
permanências, continuidades e o projeto de felicidade na modernidade
A partir do fragmento textual acima e dos seus
conhecimentos sobre a temática, é INCORRETO afirmar que as Exposições
Universais no século XIX:
a)
Ressignificaram os conceitos de espaço e tempo, celebrando as “virtudes do
tempo presente” e criando uma nova dinâmica espacial urbana.
b) Deram
visibilidade ao neocolonialismo europeu, utilizando-se da ciência e da técnica
para promoverem o imperialismo geográfico-cultural.
c) Respeitaram
as identidades dos povos afro-asiáticos, exibindo seus principais inventos nos
campos da arquitetura, da técnica e das artes coloniais.
d) Representavam
conteúdo racial, pois alguns países levavam pequenos grupos enjaulados para
mostrar ao mundo as "raças inferiores" de suas respectivas colônias.
e) Mistificavam
a modernidade e o avanço tecnológico, fazendo apologia à superioridade, lucidez
e eficiência do europeu.
20. (UNIR RO/2009) O desenvolvimento tecnológico agora dependia de matérias-primas que,
devido ao clima ou ao acaso geológico, seriam encontradas exclusiva ou
profusamente em lugares remotos. O motor de combustão interna, criação típica
do período que nos ocupa, dependia do petróleo e da borracha. O petróleo ainda
vinha predominantemente dos EUA e da Europa (Rússia e, muito atrás, da Romênia,
mas os campos petrolíferos do Oriente Médio já eram objeto de intenso confronto
e conchavo diplomático. A borracha era um produto exclusivamente tropical,
extraída com uma exploração atroz de nativos nas florestas equatoriais do Congo
e da Amazônia.[...] A Malaia cada vez mais significava borracha e estanho; o
Brasil, café; o Chile, nitratos; o Uruguai, carne; Cuba, açúcar e charutos.
(HOBSBAWM, Eric J. A era dos impérios. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2006.)
Sobre a expansão imperial do século XIX referida
no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
(__) Contribuiu
para que as potências europeias diminuíssem suas rivalidades econômicas,
políticas e militares, em razão das ações conjuntas desenvolvidas para promover
a exploração colonial, especialmente na África.
(__) Ao expandir-se
à procura de petróleo, borracha, açúcar, café, ouro, diamantes na América, no
Oriente, na África e na Ásia, as potências imperiais contaram com a ação de
missionários cristãos que empreenderam com sucesso a conversão de todos os
pagãos e infiéis.
(__) Pautou-se
pela exploração de colônias como complementares à economia metropolitana e como
áreas de domínio político direto e indireto.
(__) Implementou o
novo colonialismo como um subproduto de uma era de rivalidade
econômico-política entre as economias nacionais, intensificada pelo
protecionismo.
Assinale a sequência correta.
a) F, V, F, F
b) V, F, F, V
c) V, V, F, F
d) F, F, V, V
e) V, V, V, V
21. (CEFET PR/2009) “Imperialismo” pode ser entendido como a política de expansão
territorial, cultural e econômica das nações capitalistas desenvolvidas sobre o
mundo na segunda metade do século XIX e início do século XX e também foi
chamado de “neocolonialismo”, pois possuía diferenças em relação ao
colonialismo clássico mercantilista. As disputas imperialistas geraram uma
série de conflitos. Apenas uma das alternativas NÃO corresponde a esse período.
Assinale-a:
a) Guerra do Ópio
b) Revolta dos Cipaios
c) Guerra dos Bôeres
d) Rebelião dos Boxers
e) Guerra dos Trinta Anos
e) Guerra dos Trinta Anos
22. (ESPM/2009) Quanto ao Imperialismo praticado no século XIX, na África do Sul, a
presença inglesa, localizada nas colônias do Cabo e de Natal, cresceu desde o
início do século XIX, deslocando- se os bôeres para o nordeste, criando as
repúblicas de Orange e Transvaal. O início, em 1899, de uma longa e difícil guerra
entre os ingleses e os bôeres foi motivado
a) pelo conflito
anglo-francês pelo domínio da estratégica passagem do Cabo da Boa Esperança.
b) pelo conflito
entre ingleses e holandeses pelo controle da África Equatorial.
c) pela
descoberta das grandes minas de ouro e diamantes no Transvaal.
d) pela criação
da União Sul-Africana pelas autoridades inglesas.
e) por razões de
natureza religiosa, pois os ingleses agiram em defesa de missionários que
difundiam o catolicismo.
23. (UFABC/2009) Exibicionismo burguês humana (as exposições universais) traziam um pouco
de tudo: de negros africanos à arte francesa, indígenas com seus verdadeiros
espetáculos da evolução artefatos e a mais recente das inovações.
Compactuando com um ideário evolucionista,
nas feiras se realizavam imensos exercícios de classificação e catalogação da
humanidade, em que o mundo ocidental representava o topo da civilização, e as
culturas indígenas “o passado da humanidade”.
No fundo, para a grande maioria do público a
feira significava diversão. É por isso mesmo que se vendiam muitos souvenirs,
cartões postais e mesmo fotografias. Não foi mera coincidência o fato de a
primeira máquina automática de fotografia ter sido apresentada na exposição de
1889.
As exibições universais constituíram,
portanto, o corolário ideal da política imperialista de final do século XIX. Em
um momento em que a burguesia triunfante pretendia conquistar o mundo todo
(...), as feiras mundiais cumpriam um papel exemplar: expunham didaticamente o
avanço de uns e o atraso de outros; a tecnologia na mão de alguns e o exotismo
como privilégio de outros.
(Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do
imperador. São Paulo: Cia. das Letras, 1998. Adaptado)
As informações do texto permitem concluir que
as exposições universais expressavam a ideologia do neocolonialismo europeu,
pois essas exposições
a) identificavam
o espírito humanitário do homem branco frente aos povos de diferentes raças e
religiões que, por meio da conquista de riquezas das áreas colonizadas,
colocava seus conhecimentos e as técnicas europeias a serviço das populações
mais primitivas da África e da Ásia.
b) promoviam o
desenvolvimento cultural de povos que só conseguiriam desenvolver uma
tecnologia moderna por meio da ação civilizadora dos europeus e com a quebra
das resistências culturais dos nativos dos continentes dominados, como os dos
continentes africano e asiático.
c) colocavam em
contato costumes e culturas menos desenvolvidas com o mundo civilizado europeu,
onde a superioridade do homem branco e as teorias do darwinismo social
facilitavam a miscigenação das culturas e contribuíam para o crescimento econômico
dos povos da África e da Ásia.
d) serviam para
divulgar os ideais do homem branco europeu que, sensibilizado com a ignorância
e a miséria das populações afro-asiáticas, acreditava que a integração dos
valores morais e das culturas europeia, africana e asiática era o único caminho
possível para melhorar as condições de vida da população mundial.
e) ajudavam a
difundir a ideia de que povos de organização social diferente da sociedade
ocidental eram primitivos, o que justificava a ocupação territorial e a
submissão das populações afro-asiáticas aos europeus, os quais tinham o dever
de levar a essas sociedades valores e conquistas técnicas civilizadoras.
24. (UFTM MG/2009) A obra de Charles Darwin
(1809-1882) – Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a
conservação das raças favorecidas na luta pela vida – publicada em 1859, causou
grande polêmica. Naquele contexto histórico, suas ideias extrapolaram o campo
da biologia, servindo para que alguns intelectuais e políticos justificassem a
a) necessidade de divulgar a fé cristã em outros continentes.
b) superioridade dos mestiços frente às raças puras.
c) missão civilizadora do homem branco na
África e Ásia.
d) degeneração de todas as raças nas áreas coloniais.
e) divisão dos países europeus em civilizados e primitivos.
25. (UNESP SP/2009) O mundo está quase todo
parcelado e o que dele resta está sendo dividido, conquistado, colonizado.
Pense nas estrelas que vemos à noite, esses mundos que jamais poderemos atingir.
Eu anexaria os planetas, se pudesse... Sustento que somos a primeira raça do
mundo e quanto mais do mundo habitarmos, tanto melhor será para a raça humana
... Se houver um Deus, creio que Ele gostaria que eu pintasse o mapa da África
com as cores britânicas.
(Cecil Rhodes
(1853-1902), O último desejo e testamento de Cecil Rhode apud Leo Huberman,
História da riqueza do homem)
O texto
refere-se à
a) partilha do continente africano deliberada em 1885, na Conferência de
Berlim, que teve por objetivo maior promover a riqueza dos países pobres por
meio dos investimentos europeus.
b) expansão europeia, realizada segundo os preceitos mercantis, que visava
ao acúmulo de metais preciosos abundantes e pouco valorizados pelos habitantes
nativos do continente africano.
c) procura de novos mercados para a produção industrial e os capitais
bancários europeus, prejudicados pela instabilidade política da América Latina,
que impedia o crescimento das trocas.
d) expansão imperialista na África, liderada pela Inglaterra e França
no século XIX, ligada ao capitalismo industrial, evidenciando a ideia de
superioridade e de preconceito contra os colonizados.
e) fragmentação do continente africano desde meados do século XIX para
garantir a ajuda aos nativos que, incapazes de explorar suas próprias riquezas,
necessitavam de capitais europeus.
GABARITO
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