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QUESTÕES SOBRE O IMPERIALISMO IV



1. (UECE/2009) Durante o século XIX, as nações imperialistas europeias justificaram seu poderio sobre grande parte do continente africano afirmando: “Age-se, assim, para o bem de todos. A Europa não abandonará, absolutamente, sua autoridade colonial. Ela está no comando e no comando deve permanecer”.
SARRALT, Alberte. Grandeza y servidumbres coloniales, 1931. Apud BRUIT, Hector. O imperialismo. São Paulo/Campinas: Atual/Editora da Unicamp, 1987, p. 11.
Sobre o neocolonialismo europeu, é correto afirmar que
a) foi aceito e defendido sem restrições, especialmente pelos países do continente africano.
b) foi um discurso ideológico e preconceituoso que em nenhum momento existiu na prática.
c) foi amplamente justificado por meio de um discurso autoritário, civilizatório e eurocêntrico.
d) foi justificado pelas ações expansionistas e imperialistas das nações europeias e aceito por todos os países.


2. (ESPM/2010) A respeito do Imperialismo do século XIX, leia este trecho de uma entrevista concedida por Cecil Rhodes, em 1895, a um jornalista:
A ideia que mais me acode ao espírito é a solução do problema social, a saber: nós, os colonizadores, devemos, para salvar os 40 milhões de habitantes do Reino Unido de uma mortífera guerra civil, conquistar novas terras a fim de aí instalarmos o excedente da nossa população, de aí encontrarmos novos mercados para os produtos das nossas fábricas e das nossas minas. O império, como sempre tenho dito, é uma
questão de estômago. Se queres evitar a guerra civil, é necessário que vos torneis imperialistas.
(Leonel Itaussu. História Moderna e Contemporânea)
Assinale os fatores do Imperialismo, praticado no século XIX, que são tratados no texto:
a) busca de metais preciosos e de mercados externos para onde pudessem escoar o excedente da produção;
b) busca de mercados externos para onde pudessem escoar o excedente da produção agrícola europeia e interesse por regiões fornecedoras de especiarias;
c) necessidade de novas terras para onde pudesse ser escoada a mão-de-obra excedente e propagação do cristianismo;
d) necessidade de novas terras para onde pudesse ser escoado o excedente da população europeia e busca de mercados externos para onde pudessem escoar o excedente da produção de suas fábricas.
e) defesa do livre-cambismo e legislação impeditiva da evasão em massa dos excedentes demográficos europeus.


3. (UFTM MG/2010) Assinale a alternativa que apresenta fatores que explicam as práticas imperialistas, a partir da segunda metade do século XIX, pelas potências capitalistas.
a) Buscava-se controlar as regiões fornecedoras de mão de obra escrava e ampliava-se a exploração de regiões mais afastadas com o objetivo de descobrir novas fontes energéticas e comprar metais preciosos.
b) Precisava-se de mão de obra da África e da Ásia para trabalhar como colonos na zona rural das potências europeias e realizar investimentos em áreas de urbanização, como transporte, saneamento e ferrovias.
c) Diante da existência de capitais excedentes na Europa, procuravam-se novos mercados consumidores, buscava-se controlar regiões produtoras de matérias-primas e direcionar para as áreas coloniais excedentes populacionais europeus.
d) Em função de um crescimento econômico sem precedentes na Europa, os capitais excedentes precisavam ser aplicados em áreas que necessitavam de investimentos humanitários, daí a escolha da África e da Ásia.
e) A Europa necessitava com urgência de metais preciosos, abundantes na África, e conflitos religiosos obrigaram os governos da França e da Inglaterra a mandarem para a Ásia parte dos religiosos mais radicais.


4. (UNIMONTES MG/2010) Enquanto outras nações se ocuparam em abocanhar colônias para enriquecer ainda mais as suas classes dirigentes, os dois países completando o processo de unificação não podiam, nem tinham forças, para se dedicarem a uma política de expansão colonial.
(MOURA, G.; FALCON, F. J. C. (Orgs.). Formação do Mundo Contemporâneo. Rio de Janeiro: Americana, p. 108.)
O texto, referente ao Imperialismo do século XIX, faz alusão à
a) rivalidade alemã e italiana contra a França e Inglaterra pela posse de ricas colônias afro-asiáticas.
b) pequena participação luso-espanhola no processo colonialista, apesar do seu poder expansionista manifesto entre os séculos XVI e XVIII.
c) intervenção francesa após a Guerra do Ópio na China e, na Índia, após a Guerra dos Cipaios.
d) disputa russo-otomana pelos domínios dos mares Negro e Mediterrâneo, apesar da supremacia francesa nessa área.


5. (UNIMONTES MG/2010) Nesse contexto histórico, a comunidade científica procurou contemplar as investigações no campo da matemática, da astronomia, da geografia, da mecânica, e em outras áreas do conhecimento capazes de aperfeiçoar as técnicas da boa navegação, viabilizando, desse modo, o transporte mais seguro e eficiente para atender ao comércio de exportação de produtos industrializados das nações europeias com a África, a Ásia e o Novo Mundo.
O contexto histórico ao qual o texto se refere é o da/do
a) Expansão Comercial, do século XVI.
b) consolidação do capitalismo no século XVIII.
c) Renascimento, do século XIV ao XV.
d) movimento das Cruzadas, do século XII.


6. (UNIOESTE PR/2010) A expansão imperialista entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX engendrou processos socioculturais e econômicos de grande impacto e muita dramaticidade em todo o mundo. Sobre tais processos assinale a afirmativa INCORRETA.
a) As crises vividas na Europa, a partir dos anos 1870, provocaram dinâmicas emigratórias para outros continentes. Estima-se que em torno de 70 milhões de europeus procuravam novos países para viver, entre os quais o Brasil. Em geral, eram pobres, analfabetos e sem qualificação profissional.
b) Exceto a África, que já era colonizada pelos britânicos desde o século XVI, a partir de 1870, com exceção de algumas poucas colônias litorâneas como Angola, Moçambique e Guiné, de Portugal; Argélia e Marrocos, da França; e o extremo Sul, da Grã-Bretanha, paradoxalmente tiveram suas terras devolvidas aos seus reis, rainhas e chefes de clã.
c) A Índia era a maior e a mais importante colônia da Grã-Bretanha, fornecendo algodão, cânhamo, chá, ferro e carvão. Os britânicos, todavia, no final do século XVIII já obtinham altos lucros com a venda ilegal de ópio indiano aos chineses.
d) A Grã-Bretanha também constituiu interesses imperialistas nos países sul-americanos, oferecendo-lhes enormes empréstimos, por sua vez muito acima da capacidade de pagamento dos países devedores. Endividados, os governos acabavam se sujeitando aos bancos e empréstimos britânicos, cujos interesses se pautavam na venda produtos industrializados e na compra de matérias-primas a baixo custo.
e) A Grã-Bretanha, que havia abolido a escravidão em suas colônias, fez muita pressão junto ao governo brasileiro para acabar com o tráfico negreiro. O fim da escravidão era desejado como forma de ampliar o mercado consumidor de produtos britânicos no Brasil.


7. (ESCS DF/2011) O termo imperialismo foi empregado para designar a expansão política e econômica das potências do hemisfério norte sobre os continentes africanos e asiáticos a partir do final do século XIX. Uma justificativa de destaque para a implantação do Imperialismo foi:
a) a necessidade de obtenção de mão-de-obra africana e asiática para o mercado europeu;
b) a proposta da missão civilizadora dos europeus sobre os continentes africano e asiático;
c) a urgência na aquisição de terras para os países centrais em função do sistema socialista;
d) a luta ideológica entre os mundos árabe e o ocidental pela disputa de novos mercados;
e) a consolidação do modelo mercantil europeu causando a necessidade de novos mercados.



8. (UDESC SC/2011) O imperialismo, ou neocolonialismo, como também é conhecido, é constituído por práticas dos Estados Nacionais, que pretendem colocar-se como expansores de seus domínios, controlando outras nações supostamente imaginadas como mais frágeis e mesmo até menos civilizadas.
Sobre o imperialismo das últimas décadas do século XIX, é correto afirmar que:
a) o Brasil foi colaborador da política imperialista na África.
b) os países latino-americanos, no final do século XIX, em sua maioria ainda colônias das metrópoles, também sofreram com o neocolonialismo.
c) os Estados Unidos foram o Estado mais ostensivo em sua política imperialista no período citado.
d) as investidas dos países europeus na expansão de seus domínios foram centradas sobretudo na África e Ásia.
e) Alemanha e Itália, países há muito tempo constituídos como Estados Nacionais, tiveram papel de destaque no imperialismo do final do século XIX.


9. (UERJ/2011) A palavra “imperialismo”, no sentido moderno, desenvolveu-se primordialmente na língua inglesa, sobretudo depois de 1870. Seu significado sempre foi objeto de discussão, à medida que se propunham diferentes justificativas para formas de comércio e de governo organizados.
Havia, por exemplo, uma campanha política sistemática para equiparar imperialismo e “missão civilizatória”.
Adaptado de WILLIAMS, Raymond. Um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo, 2007.
No final do século XIX, os europeus defendiam seus interesses imperialistas nas regiões africanas e asiáticas, justificando-os como missão civilizatória.
Uma das ações empreendidas pelos europeus como missão civilizatória nessas regiões foi:
a) aplicação do livre comércio
b) qualificação da mão de obra
c) padronização da estrutura produtiva
d) modernização dos sistemas de circulação


10. (UESPI/2011) O neocolonialismo se fez presente, com suas ambições territoriais, atingindo nações da África e da Ásia. Com relação à ocupação da China, houve:
a) a presença marcante das tropas francesas e italianas, interessadas no comércio com o Oriente.
b) a participação de exércitos de vários países, inclusive de norte-americanos e russos.
c) a falta de reação da sociedade tradicional, sendo a China amplamente dominada.
d) o monopólio dos interesses dos ingleses na busca de riquezas minerais e agrícolas.
e) a reação dos comunistas com suas guerrilhas vitoriosas na luta contra as forças estrangeiras.


11. (UFTM MG/2011) Em 1884 teve início a Conferência de Berlim, que objetivava resolver disputas entre os países europeus pelo controle do continente africano. Dentre as consequências das decisões tomadas, pode-se citar
a) a preocupação com o nível de consumo das populações do continente africano, que deveriam ser capazes de comprar produtos europeus.
b) a imposição de fronteiras, sem levar em conta etnias, culturas e tradições, que apartaram grupos coerentes e mesclaram povos distintos.
c) o desenvolvimento de vacinas e o estudo de doenças típicas da região, com o objetivo de proteger a saúde dos exploradores europeus.
d) a restituição do poder aos chefes políticos locais, desde que concordassem em fornecer as matérias-primas que os europeus necessitavam.
e) o declínio do poder britânico e francês e a ascensão da Alemanha e da Itália, países que conseguiram impor suas demandas na conferência.


12. (UFU MG/2011) Até o início do século XIX, a África era ocupada pelos europeus apenas em algumas regiões litorâneas. A ocupação das demais regiões ocorreu entre 1830 e 1880.
Sobre esse processo, assinale a alternativa correta.
a) A ocupação do território africano ocorreu de forma homogênea considerando-se as riquezas naturais de cada região e a ausência de qualquer movimento de resistência dos povos africanos à dominação.
b) O interesse de alguns países europeus pelo continente africano devia-se às possibilidades de se comercializarem escravos a custos mais favoráveis e sem que se dependesse exclusivamente dos ingleses.
c) A partilha da África entre as potências europeias garantiu aos povos africanos a entrada no processo de modernização econômica e política, até então prerrogativa da Europa e das Américas.
d) A repartição do continente africano entre as potências europeias, definida e regulamentada na Conferência de Berlim, foi justificada em termos morais como uma “missão civilizadora”.


13. (UFV MG/2011) A expansão imperialista, ocorrida a partir da segunda metade do século XIX, é resultado da rivalidade e da competição entre as nações europeias pelo domínio de vastas áreas do mundo, principalmente a África e a Ásia. Esse movimento é reconhecido pela denominação de neocolonialismo. Sobre o neocolonialismo do século XIX, é CORRETO afirmar que se pautou:
a) pela disputa de mercados consumidores para produtos industrializados, pelo investimento de capitais e pela busca de matérias-primas.
b) pela ausência de conflitos por parte dos povos colonizados, que aceitaram a dominação europeia sem reação.
c) pela necessidade de estabelecimento de um vasto império colonial por parte dos países europeus, baseado na política econômica mercantilista.
d) pela distribuição igualitária de monopólios de capitais, pelo desinteresse do controle de grandes mercados de consumo e pelo decréscimo da produção industrial.



14. (UFPA/2012) Em 1909, o orientalista americano Duncan Macdonald, estudioso do mundo muçulmano, fez a seguinte afirmação:
Os árabes não se mostram especialmente fáceis na crença, mas teimosos, materialistas, questionadores, desconfiados, zombando de suas próprias superstições e usos, gostando de testes do sobrenatural – e tudo isso de um modo curiosamente irrefletido, quase infantil.
MACDONALD, Duncan. A vida e atitude religiosas no Islã, 1909.
A imagem dos árabes construída por Macdonald, no início do século XX, em pleno período do Imperialismo, demonstra claramente a concepção que os ocidentais desenvolveram sobre as populações asiáticas e africanas que estavam sendo conquistadas e submetidas ao domínio imperialista das potências ocidentais. A alternativa que retrata essa concepção é:
a) Os povos asiáticos e africanos ainda estavam na infância do processo civilizatório, mas poderiam chegar, por si mesmos, à fase adulta, bastando apenas aceitar o domínio Ocidental.
b) A Ásia e a África eram reconhecidas pelos europeus como os continentes onde nasceu a civilização e, por isso, com fortes laços com a Europa, que herdou os elementos civilizatórios que caracterizam a cultura oriental.
c) As populações asiáticas e africanas eram vistas pelos europeus como inferiores, bárbaras, supersticiosas, e, por isso, incapazes de dirigir seus próprios destinos, o que exigia a intervenção civilizadora dos europeus.
d) Para os europeus, a conquista da Ásia e da África revestia-se de um caráter meritório, já que representaria a confirmação da tese do arianismo, ou seja, da supremacia da raça branca. Caberia, assim, aos europeus o dever de civilizar os outros povos.
e) O mundo muçulmano, criado pela expansão árabe, por meio da “Guerra Santa”, seria, na visão dos europeus, o principal aliado do Mundo Cristão Ocidental na eliminação de seitas heréticas, que infestavam o Oriente.


15. (ESPM/2012) (...) a questão colonial é, para os países voltados a uma grande exportação, pela própria natureza de sua história, como o nosso, uma questão de salvação.
No tempo em que vivemos e na crise que atravessam todas as indústrias européias, a fundação de uma colônia é a criação de uma válvula de escape.
É preciso dizer abertamente que as raças superiores têm direitos sobre as raças inferiores porque têm um dever para com elas – o dever de civilizá-las.
(Discurso de Jules Ferry. In: José Jobson de Arruda. História Moderna e Contemporânea)
O texto apresenta um discurso que justifica:
a) o Mercantilismo.
b) o Antigo Sistema Colonial.
c) o Neocolonialismo.
d) o Conflito Leste-Oeste.
e) a Guerra Fria.



16. (FGV/2013) Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, representantes de países europeus, dos Estados Unidos e do Império Otomano participaram de negociações sobre o continente africano. O conjunto de reuniões, que ficou conhecido como a Conferência de Berlim, tratou da
a) incorporação da Libéria aos domínios norte-americanos, em troca do controle da África do Sul pela Inglaterra e Holanda.
b) independência de Angola e Moçambique e da incorporação do Congo ao império ultramarino português.
c) ocupação e do controle do território africano de acordo com os interesses das diversas potências representadas.
d) condenação do regime do Apartheid estabelecido na África do Sul e denunciado pelo governo britânico.
e) incorporação da Etiópia aos domínios italianos e à transformação do Egito em protetorado da Alemanha.


17. (UEFS BA/2012) Ocupando uma posição incômoda e delicada na crise do euro, a Grécia, cuja crise financeira eclodiu em 2010, tornou-se refém de pressões políticas e econômicas externas.
No início do século XIX (1829), esse país também sofreu pressões políticas quando
a) teve seu território ocupado pelos árabes, na Idade Média, o que resultou na islamização de toda sua população.
b) se aliou à Rússia, na resistência à invasão das tropas napoleônicas.
c) o movimento nacionalista que se expandiu, apoiado pela Rússia, resultou na independência da Grécia do domínio turco-otomano.
d) foi pressionada pela Espanha a ceder territórios para a construção da estrada de ferro Berlim–Bagdá.
e) passou a integrar os chamados “países da Cortina de Ferro”, com sua adesão ao socialismo.


18. (UFU MG/2012) As pretensões expansionistas japonesas na Ásia, a construção da Grande Ásia Oriental, colidiam com os interesses norte-americanos para a região. Os imperialistas seguiam as estratégias siberiana e colonial. A primeira encarregou o Exército de expandir o domínio Japonês para a China do Norte, Mongólia e Sibéria, rivalizando com a União Soviética. A estratégia colonial, delegada à Marinha, visava a conquista de colônias inglesas, francesas e holandesas na Ásia. O obstáculo para esse projeto era a força dos Estados Unidos no Pacífico (Alaska, Ilhas Aleutas, Filipinas e Havaí).
O projeto imperialista japonês
a) buscava contemporizar seus interesses com as forças chinesas, vistas como um importante apoio na luta contra o imperialismo norte-americano.
b) ganhou força com o bombardeamento de Pearl Harbor e a entrada dos EUA na guerra, forçando o recuo dos movimentos anti-imperialistas nipônicos.
c) manteve, com o fim da Segunda Guerra, suas anexações territoriais, o que lhe permitiu continuar como uma grande potência.
d) previa a mobilização de recursos das áreas ocupadas para realimentar o complexo industrial-militar que se fortalecia internamente.


19. (UNIFICADO RJ/2012) No final do século XIX, a partilha da África, feita de acordo com os interesses geopolíticos e geoeconômicos da Europa, apresentou diferenças quanto à atuação das potências europeias. Nesse contexto histórico, um Estado europeu incorporou-se tardiamente à corrida imperialista, enfrentando dificuldades para estabelecer suas colônias no Marrocos, em Camarões, no sudoeste africano (atual Namíbia), no Togo e na África Oriental.
Qual foi esse Estado europeu que participou tardiamente da partilha da África?
a) Alemanha
b) Bélgica
c) França
d) Inglaterra
e) Portugal


20. (UNICAMP SP/2013) As exposições universais do século XIX, sobretudo as de Londres e Paris, se caracterizavam
a) pelo louvor à superioridade europeia e pela apresentação otimista da técnica e da ciência.
b) pela crítica à expansão sobre a África, movimento considerado um freio ao progresso europeu.
c) pela crítica marxista aos princípios burgueses dominantes nos centros urbanos europeus.
d) pelo elogio das sociedades burguesas associadas às vanguardas da época, como o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo.


21. (UFG GO/2012) Leia o texto a seguir.
Por mais que retrocedamos na História, acharemos que a África está sempre fechada no contato com o resto do mundo, é um país criança envolvido na escuridão da noite, aquém da luz da história consciente. O negro representa o homem natural em toda a sua barbárie e violência; para compreendê-lo devemos esquecer todas as representações europeias. Devemos esquecer Deus e as leis morais.
HEGEL, Georg W. F. Filosofia de la historia universal. Apud HERNANDEZ, Leila M.G. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 20-21. [Adaptado].
O fragmento é um indicador da forma predominante como os europeus observavam o continente africano, no século XIX. Essa observação relacionava-se a uma definição sobre a cultura, que se identificava com a ideia de
a) progresso social, materializado pelas realizações humanas como forma de se opor à natureza.
b) tolerância cívica, verificada no respeito ao contato com o outro, com vistas a manter seus hábitos.
c) autonomia política, expressa na escolha do homem negro por uma vida apartada da comunidade.
d) liberdade religiosa, manifesta na relativização dos padrões éticos europeus.
e) respeito às tradições, associado ao reconhecimento do valor do passado para as comunidades locais.


22. (UFT TO/2012) A Conferência de Berlim (1884-1885) é o grande marco da expansão do processo de “roedura” do continente iniciado por volta de 1430 com a entrada portuguesa na África.
Adaptado de HERNANDES, Leila L. A África na sala de aula. São Paulo: Selo Negro, 2005.
O chamado processo de “roedura” é uma metáfora utilizada para compreender as relações de dominação entre a Europa e a África. Essas relações estavam ligadas
a) à expansão marítima e comercial europeia que levou os europeus a conquistarem a América e a África no século XV, estabelecendo grandes colônias nesses continentes.
b) a um processo de longa duração, iniciado por volta de 1430 por meio de contatos comerciais, que se tornaram dominação territorial efetiva somente depois de 1885 com a ocupação do continente pelas potências europeias.
c) à longa permanência de colônias europeias na África, colônias essas que se mantiveram mesmo depois das independências da América e foram legalmente reconhecidas pela Conferência de Berlim.
d) à conquista portuguesa do Congo em 1430, o que marcou o início do processo de colonização desse continente pelas potências europeias e levou os europeus a darem continuidade ao processo de expansão marítima e comercial.
e) às discussões seculares sobre a legitimidade da presença imperial europeia na África e que foram regulamentadas apenas na Conferência de Berlim de 1884-1885.


23. (FM Petrópolis RJ/2013) Como consequência da segunda Revolução Industrial, as potências capitalistas necessitavam reorganizar o tempo e o espaço da produção econômica. Precisavam também de minérios e de outras matérias-primas, que não existiam em seus territórios e que eram essenciais à produção de artigos industriais, além de mão de obra barata e de áreas favoráveis ao investimento seguro e lucrativo de seus capitais. Essas necessidades levaram os países capitalistas a desenvolver, na segunda metade do século XIX, uma política de expansão externa que reorientou a história e a geografia contemporâneas.
MELLO, L.; COSTA, L. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999, p. 204. Adaptado.
A política de expansão externa mencionada refere-se ao
a) globalismo
b) iluminismo
c) imperialismo
d) mercantilismo
e) nacionalismo


24. (PUC RS/2013) Considere as afirmações sobre o Imperialismo e o Neocolonialismo na segunda metade do século XIX e princípio do século XX.
I. A chamada Segunda Revolução Industrial é o fenômeno econômico condicionante do neocolonialismo, à medida que amplia, nos países industrializados, a necessidade de fontes externas de matérias-primas, bem como de novas áreas fornecedoras de mão de obra escrava em larga escala.
II. A descoberta de diamantes no Transvaal (1867) e de ouro e cobre na Rodésia (1889) motivaram os países industrializados da Europa a tentar garantir domínio exclusivo sobre parcelas do continente africano.
III. A Conferência de Berlim (1885-1887), convocada por Otto Von Bismarck, fixou regras para a chamada partilha da África, as quais favoreceram a Alemanha e a Itália recém-unificadas, que assim compensaram seu ingresso tardio na corrida imperialista.
IV. O Japão e os Estados Unidos, como potências não europeias, participaram ativamente da corrida
imperialista, buscando estabelecer áreas de influência colonial ou semicolonial, em guerras contra a Rússia e a Espanha, respectivamente.
Estão corretas somente as afirmativas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, III e IV.


25. (UFPB/2013) No século XIX, a África foi repartida pelas principais nações europeias que formavam os grandes impérios econômicos à época.
Sobre o processo de partilha do continente africano, pode-se afirmar:
I. Obedeceu a interesses de ordem econômica e geopolítica.
II. Justificou a colonização tendo como objetivo escravizar os povos primitivos.
III. Criou novas fronteiras, sem considerar divisões étnicas e culturais.
IV. Instalou em todo o continente a democracia como principal regime político.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV


GABARITO

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