1. (UECE/2009) Durante o século XIX, as nações imperialistas europeias justificaram seu
poderio sobre grande parte do continente africano afirmando: “Age-se, assim,
para o bem de todos. A Europa não abandonará, absolutamente, sua autoridade
colonial. Ela está no comando e no comando deve permanecer”.
SARRALT, Alberte. Grandeza y servidumbres
coloniales, 1931. Apud BRUIT, Hector. O imperialismo. São Paulo/Campinas:
Atual/Editora da Unicamp, 1987, p. 11.
Sobre o neocolonialismo europeu, é correto
afirmar que
a) foi aceito e
defendido sem restrições, especialmente pelos países do continente africano.
b) foi um
discurso ideológico e preconceituoso que em nenhum momento existiu na prática.
c) foi
amplamente justificado por meio de um discurso autoritário, civilizatório e
eurocêntrico.
d) foi
justificado pelas ações expansionistas e imperialistas das nações europeias e
aceito por todos os países.
2. (ESPM/2010) A respeito do Imperialismo do século XIX, leia este trecho de uma
entrevista concedida por Cecil Rhodes, em 1895, a um jornalista:
A ideia que mais me acode ao espírito é a
solução do problema social, a saber: nós, os colonizadores, devemos, para
salvar os 40 milhões de habitantes do Reino Unido de uma mortífera guerra
civil, conquistar novas terras a fim de aí instalarmos o excedente da nossa
população, de aí encontrarmos novos mercados para os produtos das nossas
fábricas e das nossas minas. O império, como sempre tenho dito, é uma
questão de estômago. Se queres evitar a
guerra civil, é necessário que vos torneis imperialistas.
(Leonel Itaussu. História Moderna e
Contemporânea)
Assinale os fatores do Imperialismo,
praticado no século XIX, que são tratados no texto:
a) busca de
metais preciosos e de mercados externos para onde pudessem escoar o excedente
da produção;
b) busca de mercados
externos para onde pudessem escoar o excedente da produção agrícola europeia e
interesse por regiões fornecedoras de especiarias;
c) necessidade
de novas terras para onde pudesse ser escoada a mão-de-obra excedente e
propagação do cristianismo;
d) necessidade
de novas terras para onde pudesse ser escoado o excedente da população europeia
e busca de mercados externos para onde pudessem escoar o excedente da produção
de suas fábricas.
e) defesa do
livre-cambismo e legislação impeditiva da evasão em massa dos excedentes
demográficos europeus.
3. (UFTM MG/2010) Assinale a alternativa que apresenta fatores que explicam as práticas
imperialistas, a partir da segunda metade do século XIX, pelas potências
capitalistas.
a) Buscava-se
controlar as regiões fornecedoras de mão de obra escrava e ampliava-se a
exploração de regiões mais afastadas com o objetivo de descobrir novas fontes
energéticas e comprar metais preciosos.
b) Precisava-se
de mão de obra da África e da Ásia para trabalhar como colonos na zona rural
das potências europeias e realizar investimentos em áreas de urbanização, como
transporte, saneamento e ferrovias.
c) Diante da
existência de capitais excedentes na Europa, procuravam-se novos mercados consumidores,
buscava-se controlar regiões produtoras de matérias-primas e direcionar para as
áreas coloniais excedentes populacionais europeus.
d) Em função de
um crescimento econômico sem precedentes na Europa, os capitais excedentes
precisavam ser aplicados em áreas que necessitavam de investimentos
humanitários, daí a escolha da África e da Ásia.
e) A Europa
necessitava com urgência de metais preciosos, abundantes na África, e conflitos
religiosos obrigaram os governos da França e da Inglaterra a mandarem para a
Ásia parte dos religiosos mais radicais.
4. (UNIMONTES MG/2010) Enquanto outras nações se ocuparam em abocanhar colônias para enriquecer
ainda mais as suas classes dirigentes, os dois países completando o processo de
unificação não podiam, nem tinham forças, para se dedicarem a uma política de
expansão colonial.
(MOURA, G.; FALCON, F. J. C. (Orgs.). Formação
do Mundo Contemporâneo. Rio de Janeiro: Americana, p. 108.)
O texto, referente ao Imperialismo do século
XIX, faz alusão à
a) rivalidade
alemã e italiana contra a França e Inglaterra pela posse de ricas colônias
afro-asiáticas.
b) pequena
participação luso-espanhola no processo colonialista, apesar do seu poder
expansionista manifesto entre os séculos XVI e XVIII.
c) intervenção
francesa após a Guerra do Ópio na China e, na Índia, após a Guerra dos Cipaios.
d) disputa
russo-otomana pelos domínios dos mares Negro e Mediterrâneo, apesar da supremacia
francesa nessa área.
5. (UNIMONTES MG/2010) Nesse contexto histórico, a comunidade científica procurou contemplar as
investigações no campo da matemática, da astronomia, da geografia, da mecânica,
e em outras áreas do conhecimento capazes de aperfeiçoar as técnicas da boa
navegação, viabilizando, desse modo, o transporte mais seguro e eficiente para
atender ao comércio de exportação de produtos industrializados das nações
europeias com a África, a Ásia e o Novo Mundo.
O contexto histórico ao qual o texto se
refere é o da/do
a) Expansão
Comercial, do século XVI.
b) consolidação
do capitalismo no século XVIII.
c) Renascimento,
do século XIV ao XV.
d) movimento das
Cruzadas, do século XII.
6. (UNIOESTE PR/2010) A expansão imperialista entre o final do século XIX e a primeira metade
do século XX engendrou processos socioculturais e econômicos de grande impacto
e muita dramaticidade em todo o mundo. Sobre tais processos assinale a
afirmativa INCORRETA.
a) As crises
vividas na Europa, a partir dos anos 1870, provocaram dinâmicas emigratórias
para outros continentes. Estima-se que em torno de 70 milhões de europeus
procuravam novos países para viver, entre os quais o Brasil. Em geral, eram
pobres, analfabetos e sem qualificação profissional.
b) Exceto a
África, que já era colonizada pelos britânicos desde o século XVI, a partir de
1870, com exceção de algumas poucas colônias litorâneas como Angola, Moçambique
e Guiné, de Portugal; Argélia e Marrocos, da França; e o extremo Sul, da
Grã-Bretanha, paradoxalmente tiveram suas terras devolvidas aos seus reis,
rainhas e chefes de clã.
c) A Índia era a
maior e a mais importante colônia da Grã-Bretanha, fornecendo algodão, cânhamo,
chá, ferro e carvão. Os britânicos, todavia, no final do século XVIII já
obtinham altos lucros com a venda ilegal de ópio indiano aos chineses.
d) A
Grã-Bretanha também constituiu interesses imperialistas nos países
sul-americanos, oferecendo-lhes enormes empréstimos, por sua vez muito acima da
capacidade de pagamento dos países devedores. Endividados, os governos acabavam
se sujeitando aos bancos e empréstimos britânicos, cujos interesses se pautavam
na venda produtos industrializados e na compra de matérias-primas a baixo
custo.
e) A
Grã-Bretanha, que havia abolido a escravidão em suas colônias, fez muita
pressão junto ao governo brasileiro para acabar com o tráfico negreiro. O fim
da escravidão era desejado como forma de ampliar o mercado consumidor de
produtos britânicos no Brasil.
7. (ESCS DF/2011) O termo imperialismo foi
empregado para designar a expansão política e econômica das potências do
hemisfério norte sobre os continentes africanos e asiáticos a partir do final
do século XIX. Uma justificativa de destaque para a implantação do Imperialismo
foi:
a) a necessidade de obtenção de mão-de-obra africana e asiática para o
mercado europeu;
b) a proposta da missão civilizadora dos europeus sobre os continentes
africano e asiático;
c) a urgência na aquisição de terras para os países centrais em função do
sistema socialista;
d) a luta ideológica entre os mundos árabe e o ocidental pela disputa de
novos mercados;
e) a consolidação do modelo mercantil europeu causando a necessidade de
novos mercados.
8. (UDESC SC/2011) O imperialismo, ou neocolonialismo, como também é conhecido, é
constituído por práticas dos Estados Nacionais, que pretendem colocar-se como
expansores de seus domínios, controlando outras nações supostamente imaginadas
como mais frágeis e mesmo até menos civilizadas.
Sobre o imperialismo das últimas décadas do
século XIX, é correto afirmar que:
a) o Brasil foi
colaborador da política imperialista na África.
b) os países
latino-americanos, no final do século XIX, em sua maioria ainda colônias das
metrópoles, também sofreram com o neocolonialismo.
c) os Estados
Unidos foram o Estado mais ostensivo em sua política imperialista no período
citado.
d) as investidas
dos países europeus na expansão de seus domínios foram centradas sobretudo na
África e Ásia.
e) Alemanha e
Itália, países há muito tempo constituídos como Estados Nacionais, tiveram
papel de destaque no imperialismo do final do século XIX.
9. (UERJ/2011) A palavra “imperialismo”, no sentido moderno, desenvolveu-se
primordialmente na língua inglesa, sobretudo depois de 1870. Seu significado
sempre foi objeto de discussão, à medida que se propunham diferentes
justificativas para formas de comércio e de governo organizados.
Havia, por exemplo, uma campanha política
sistemática para equiparar imperialismo e “missão civilizatória”.
Adaptado de WILLIAMS, Raymond. Um vocabulário
de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo, 2007.
No final do século XIX, os europeus defendiam
seus interesses imperialistas nas regiões africanas e asiáticas,
justificando-os como missão civilizatória.
Uma das ações empreendidas pelos europeus
como missão civilizatória nessas regiões foi:
a) aplicação do
livre comércio
b) qualificação
da mão de obra
c) padronização
da estrutura produtiva
d) modernização
dos sistemas de circulação
10. (UESPI/2011) O neocolonialismo se fez presente, com suas ambições territoriais,
atingindo nações da África e da Ásia. Com relação à ocupação da China, houve:
a) a presença
marcante das tropas francesas e italianas, interessadas no comércio com o
Oriente.
b) a
participação de exércitos de vários países, inclusive de norte-americanos e
russos.
c) a falta de
reação da sociedade tradicional, sendo a China amplamente dominada.
d) o monopólio
dos interesses dos ingleses na busca de riquezas minerais e agrícolas.
e) a reação dos
comunistas com suas guerrilhas vitoriosas na luta contra as forças
estrangeiras.
11. (UFTM MG/2011) Em 1884 teve início a Conferência de Berlim, que objetivava resolver
disputas entre os países europeus pelo controle do continente africano. Dentre
as consequências das decisões tomadas, pode-se citar
a) a preocupação
com o nível de consumo das populações do continente africano, que deveriam ser
capazes de comprar produtos europeus.
b) a
imposição de fronteiras, sem levar em conta etnias, culturas e tradições, que
apartaram grupos coerentes e mesclaram povos distintos.
c) o
desenvolvimento de vacinas e o estudo de doenças típicas da região, com o
objetivo de proteger a saúde dos exploradores europeus.
d) a restituição
do poder aos chefes políticos locais, desde que concordassem em fornecer as
matérias-primas que os europeus necessitavam.
e) o declínio do
poder britânico e francês e a ascensão da Alemanha e da Itália, países que
conseguiram impor suas demandas na conferência.
12. (UFU MG/2011) Até o início do século XIX, a África era ocupada pelos europeus apenas
em algumas regiões litorâneas. A ocupação das demais regiões ocorreu entre 1830
e 1880.
Sobre esse processo, assinale a alternativa
correta.
a) A ocupação do
território africano ocorreu de forma homogênea considerando-se as riquezas
naturais de cada região e a ausência de qualquer movimento de resistência dos
povos africanos à dominação.
b) O
interesse de alguns países europeus pelo continente africano devia-se às
possibilidades de se comercializarem escravos a custos mais favoráveis e sem
que se dependesse exclusivamente dos ingleses.
c) A partilha da
África entre as potências europeias garantiu aos povos africanos a entrada no
processo de modernização econômica e política, até então prerrogativa da Europa
e das Américas.
d) A repartição
do continente africano entre as potências europeias, definida e regulamentada
na Conferência de Berlim, foi justificada em termos morais como uma “missão
civilizadora”.
13. (UFV MG/2011) A expansão imperialista,
ocorrida a partir da segunda metade do século XIX, é resultado da rivalidade e
da competição entre as nações europeias pelo domínio de vastas áreas do mundo,
principalmente a África e a Ásia. Esse movimento é reconhecido pela denominação
de neocolonialismo. Sobre o neocolonialismo do século XIX, é CORRETO afirmar
que se pautou:
a) pela disputa de mercados consumidores para produtos
industrializados, pelo investimento de capitais e pela busca de
matérias-primas.
b) pela ausência de conflitos por parte dos povos colonizados, que
aceitaram a dominação europeia sem reação.
c) pela necessidade de estabelecimento de um vasto império colonial por
parte dos países europeus, baseado na política econômica mercantilista.
d) pela distribuição igualitária de monopólios de capitais, pelo
desinteresse do controle de grandes mercados de consumo e pelo decréscimo da
produção industrial.
14. (UFPA/2012) Em 1909, o orientalista americano Duncan Macdonald, estudioso do mundo
muçulmano, fez a seguinte afirmação:
Os árabes não se mostram especialmente fáceis
na crença, mas teimosos, materialistas, questionadores, desconfiados, zombando
de suas próprias superstições e usos, gostando de testes do sobrenatural – e
tudo isso de um modo curiosamente irrefletido, quase infantil.
MACDONALD, Duncan. A vida e atitude
religiosas no Islã, 1909.
A imagem dos árabes construída por Macdonald,
no início do século XX, em pleno período do Imperialismo, demonstra claramente
a concepção que os ocidentais desenvolveram sobre as populações asiáticas e
africanas que estavam sendo conquistadas e submetidas ao domínio imperialista
das potências ocidentais. A alternativa que retrata essa concepção é:
a) Os povos
asiáticos e africanos ainda estavam na infância do processo civilizatório, mas
poderiam chegar, por si mesmos, à fase adulta, bastando apenas aceitar o
domínio Ocidental.
b) A Ásia e a
África eram reconhecidas pelos europeus como os continentes onde nasceu a
civilização e, por isso, com fortes laços com a Europa, que herdou os elementos
civilizatórios que caracterizam a cultura oriental.
c) As
populações asiáticas e africanas eram vistas pelos europeus como inferiores,
bárbaras, supersticiosas, e, por isso, incapazes de dirigir seus próprios
destinos, o que exigia a intervenção civilizadora dos europeus.
d) Para os
europeus, a conquista da Ásia e da África revestia-se de um caráter meritório,
já que representaria a confirmação da tese do arianismo, ou seja, da supremacia
da raça branca. Caberia, assim, aos europeus o dever de civilizar os outros
povos.
e) O mundo
muçulmano, criado pela expansão árabe, por meio da “Guerra Santa”, seria, na
visão dos europeus, o principal aliado do Mundo Cristão Ocidental na eliminação
de seitas heréticas, que infestavam o Oriente.
15.
(ESPM/2012) (...) a questão colonial é, para os países voltados a uma grande
exportação, pela própria natureza de sua história, como o nosso, uma questão de
salvação.
No tempo em
que vivemos e na crise que atravessam todas as indústrias européias, a fundação
de uma colônia é a criação de uma válvula de escape.
É preciso
dizer abertamente que as raças superiores têm direitos sobre as raças
inferiores porque têm um dever para com elas – o dever de civilizá-las.
(Discurso de
Jules Ferry. In: José Jobson de Arruda. História Moderna e Contemporânea)
O texto
apresenta um discurso que justifica:
a) o Mercantilismo.
b) o Antigo Sistema Colonial.
c) o Neocolonialismo.
d) o Conflito Leste-Oeste.
e) a Guerra Fria.
16. (FGV/2013) Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, representantes de países
europeus, dos Estados Unidos e do Império Otomano participaram de negociações
sobre o continente africano. O conjunto de reuniões, que ficou conhecido como a
Conferência de Berlim, tratou da
a) incorporação
da Libéria aos domínios norte-americanos, em troca do controle da África do Sul
pela Inglaterra e Holanda.
b) independência
de Angola e Moçambique e da incorporação do Congo ao império ultramarino
português.
c) ocupação e
do controle do território africano de acordo com os interesses das diversas
potências representadas.
d) condenação do
regime do Apartheid estabelecido na África do Sul e denunciado pelo governo
britânico.
e) incorporação
da Etiópia aos domínios italianos e à transformação do Egito em protetorado da
Alemanha.
17. (UEFS BA/2012) Ocupando uma posição incômoda e delicada na crise do euro, a Grécia,
cuja crise financeira eclodiu em 2010, tornou-se refém de pressões políticas e
econômicas externas.
No início do século XIX (1829), esse país
também sofreu pressões políticas quando
a) teve seu
território ocupado pelos árabes, na Idade Média, o que resultou na islamização
de toda sua população.
b) se aliou à
Rússia, na resistência à invasão das tropas napoleônicas.
c) o
movimento nacionalista que se expandiu, apoiado pela Rússia, resultou na
independência da Grécia do domínio turco-otomano.
d) foi
pressionada pela Espanha a ceder territórios para a construção da estrada de
ferro Berlim–Bagdá.
e) passou a
integrar os chamados “países da Cortina de Ferro”, com sua adesão ao
socialismo.
18. (UFU MG/2012) As pretensões expansionistas japonesas na Ásia, a construção da Grande
Ásia Oriental, colidiam com os interesses norte-americanos para a região. Os
imperialistas seguiam as estratégias siberiana e colonial. A primeira
encarregou o Exército de expandir o domínio Japonês para a China do Norte,
Mongólia e Sibéria, rivalizando com a União Soviética. A estratégia colonial,
delegada à Marinha, visava a conquista de colônias inglesas, francesas e
holandesas na Ásia. O obstáculo para esse projeto era a força dos Estados
Unidos no Pacífico (Alaska, Ilhas Aleutas, Filipinas e Havaí).
O projeto imperialista japonês
a) buscava
contemporizar seus interesses com as forças chinesas, vistas como um importante
apoio na luta contra o imperialismo norte-americano.
b) ganhou força
com o bombardeamento de Pearl Harbor e a entrada dos EUA na guerra, forçando o
recuo dos movimentos anti-imperialistas nipônicos.
c) manteve, com
o fim da Segunda Guerra, suas anexações territoriais, o que lhe permitiu
continuar como uma grande potência.
d) previa a
mobilização de recursos das áreas ocupadas para realimentar o complexo
industrial-militar que se fortalecia internamente.
19. (UNIFICADO RJ/2012) No final do século XIX, a partilha da África, feita de acordo com os
interesses geopolíticos e geoeconômicos da Europa, apresentou diferenças quanto
à atuação das potências europeias. Nesse contexto histórico, um Estado europeu
incorporou-se tardiamente à corrida imperialista, enfrentando dificuldades para
estabelecer suas colônias no Marrocos, em Camarões, no sudoeste africano (atual
Namíbia), no Togo e na África Oriental.
Qual foi esse Estado europeu que participou
tardiamente da partilha da África?
a) Alemanha
b) Bélgica
c) França
d) Inglaterra
e) Portugal
20. (UNICAMP SP/2013) As exposições universais do século XIX, sobretudo as de Londres e Paris,
se caracterizavam
a) pelo
louvor à superioridade europeia e pela apresentação otimista da técnica e da ciência.
b) pela crítica
à expansão sobre a África, movimento considerado um freio ao progresso europeu.
c) pela crítica
marxista aos princípios burgueses dominantes nos centros urbanos europeus.
d) pelo elogio
das sociedades burguesas associadas às vanguardas da época, como o Cubismo, o
Dadaísmo e o Surrealismo.
21. (UFG GO/2012) Leia o texto a seguir.
Por mais que retrocedamos na História,
acharemos que a África está sempre fechada no contato com o resto do mundo, é
um país criança envolvido na escuridão da noite, aquém da luz da história
consciente. O negro representa o homem natural em toda a sua barbárie e
violência; para compreendê-lo devemos esquecer todas as representações
europeias. Devemos esquecer Deus e as leis morais.
HEGEL, Georg W. F. Filosofia de la historia
universal. Apud HERNANDEZ, Leila M.G. A África na sala de aula: visita à
história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 20-21. [Adaptado].
O fragmento é um indicador da forma
predominante como os europeus observavam o continente africano, no século XIX.
Essa observação relacionava-se a uma definição sobre a cultura, que se
identificava com a ideia de
a) progresso
social, materializado pelas realizações humanas como forma de se opor à
natureza.
b) tolerância
cívica, verificada no respeito ao contato com o outro, com vistas a manter seus
hábitos.
c) autonomia
política, expressa na escolha do homem negro por uma vida apartada da
comunidade.
d) liberdade
religiosa, manifesta na relativização dos padrões éticos europeus.
e) respeito às
tradições, associado ao reconhecimento do valor do passado para as comunidades
locais.
22. (UFT TO/2012) A Conferência de Berlim (1884-1885) é o grande marco da expansão do
processo de “roedura” do continente iniciado por volta de 1430 com a entrada
portuguesa na África.
Adaptado de HERNANDES, Leila L. A África na
sala de aula. São Paulo: Selo Negro, 2005.
O chamado processo de “roedura” é uma
metáfora utilizada para compreender as relações de dominação entre a Europa e a
África. Essas relações estavam ligadas
a) à expansão
marítima e comercial europeia que levou os europeus a conquistarem a América e
a África no século XV, estabelecendo grandes colônias nesses continentes.
b) a um
processo de longa duração, iniciado por volta de 1430 por meio de contatos
comerciais, que se tornaram dominação territorial efetiva somente depois de
1885 com a ocupação do continente pelas potências europeias.
c) à longa
permanência de colônias europeias na África, colônias essas que se mantiveram
mesmo depois das independências da América e foram legalmente reconhecidas pela
Conferência de Berlim.
d) à conquista
portuguesa do Congo em 1430, o que marcou o início do processo de colonização
desse continente pelas potências europeias e levou os europeus a darem
continuidade ao processo de expansão marítima e comercial.
e) às discussões
seculares sobre a legitimidade da presença imperial europeia na África e que
foram regulamentadas apenas na Conferência de Berlim de 1884-1885.
23. (FM Petrópolis RJ/2013) Como consequência da segunda Revolução Industrial, as potências capitalistas
necessitavam reorganizar o tempo e o espaço da produção econômica. Precisavam
também de minérios e de outras matérias-primas, que não existiam em seus
territórios e que eram essenciais à produção de artigos industriais, além de
mão de obra barata e de áreas favoráveis ao investimento seguro e lucrativo de
seus capitais. Essas necessidades levaram os países capitalistas a desenvolver,
na segunda metade do século XIX, uma política de expansão externa que
reorientou a história e a geografia contemporâneas.
MELLO, L.; COSTA, L. História Moderna e
Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999, p. 204. Adaptado.
A política de expansão externa mencionada
refere-se ao
a) globalismo
b) iluminismo
c) imperialismo
d) mercantilismo
e) nacionalismo
24. (PUC RS/2013) Considere as afirmações sobre o Imperialismo e o Neocolonialismo na
segunda metade do século XIX e princípio do século XX.
I. A chamada
Segunda Revolução Industrial é o fenômeno econômico condicionante do neocolonialismo,
à medida que amplia, nos países industrializados, a necessidade de fontes
externas de matérias-primas, bem como de novas áreas fornecedoras de mão de
obra escrava em larga escala.
II. A descoberta
de diamantes no Transvaal (1867) e de ouro e cobre na Rodésia (1889) motivaram
os países industrializados da Europa a tentar garantir domínio exclusivo sobre
parcelas do continente africano.
III. A Conferência
de Berlim (1885-1887), convocada por Otto Von Bismarck, fixou regras para a chamada
partilha da África, as quais favoreceram a Alemanha e a Itália
recém-unificadas, que assim compensaram seu ingresso tardio na corrida
imperialista.
IV. O Japão e os
Estados Unidos, como potências não europeias, participaram ativamente da
corrida
imperialista, buscando estabelecer áreas de
influência colonial ou semicolonial, em guerras contra a Rússia e a Espanha,
respectivamente.
Estão corretas somente as afirmativas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, III e IV.
25. (UFPB/2013) No século XIX, a África foi repartida pelas principais nações europeias
que formavam os grandes impérios econômicos à época.
Sobre o processo de partilha do continente
africano, pode-se afirmar:
I. Obedeceu a
interesses de ordem econômica e geopolítica.
II. Justificou a
colonização tendo como objetivo escravizar os povos primitivos.
III. Criou novas
fronteiras, sem considerar divisões étnicas e culturais.
IV. Instalou em
todo o continente a democracia como principal regime político.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
GABARITO
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