1. (UFPB/2013) No final do século XIX, surgiu na Europa e nos Estados Unidos um
movimento de ideias raciais, chamado eugenia, cujo objetivo era promover o
melhoramento da espécie humana.
Nesse contexto, identifique as afirmativas
corretas, relativas ao ideário eugenista:
I. Afirmava que
a hereditariedade define o destino dos indivíduos.
II. Defendia a existência
e a preservação das raças miscigenadas.
III. Acreditava
que, para resolver as crises sociais, era necessário melhorar a raça.
IV. Condicionava
a perfeição humana à eliminação de raças indesejáveis.
Estão corretas apenas:
a) I e II
b) II e III
c) I, II e III
d) I, III e
IV
e) II, III e IV
2. (UNESP SP/2013) As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo
dos séculos entre comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o
sustentáculo do fornecimento de mercadorias para os europeus, só que agora
estas não eram mais pessoas, e sim matérias-primas.
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil
africano, 2007.)
O texto refere-se à redefinição das relações
comerciais entre europeus e africanos, ocorrida quando
a) portugueses e
espanhóis libertaram suas colônias africanas e permitiram que elas
comercializassem marfim, café e outros produtos livremente com o resto do
mundo.
b)
norte-americanos passaram a estimular a independência das colônias africanas,
para ampliar o mercado consumidor de seus tecidos e produtos alimentícios.
c) ingleses e
holandeses estabeleceram amplo comércio escravista entre os dois litorais do
Atlântico Sul.
d) ingleses e
franceses buscaram resinas, tinturas e outros produtos na África e desestimularam
o comércio escravista.
e) portugueses e
espanhóis conquistaram e colonizaram as costas leste e oeste da África.
3. (UFU MG/2013) Em 1997 o governo chinês demandou a reintegração de Hong-Kong a seu
país. Diante das hesitações de Margareth Thatcher, tentando dilatar a decisão,
Deng Xiao Ping lhe disse que recuperariam pela força o território, o que foi
suficiente para que a suposta Dama de Ferro devolvesse docilmente Hong-Kong à
China.
Disponível em:
. Acesso: 9 abr. 2013. (Adaptado).
A ilha de Hong Kong permaneceu sob domínio
britânico de 1842 a 1997. As negociações entre Margareth Thatcher e Deng Xiao
Ping relacionam-se
a) à expansão
geográfica do império britânico na Ásia e à busca da manutenção do controle
militar e armamentício da região, até então sob domínio chinês.
b) às conquistas
propiciadas pela assinatura do Tratado de Nanquin, que fechou os portos
chineses e impediu o livre comércio de ópio em seu território.
c) aos
desdobramentos do confronto de interesses comerciais entre chineses e
britânicos, que impuseram problemas de ordem econômica e social à China.
d) aos conflitos
deflagrados com a revolução chinesa que determinou o combate ao comércio ilegal
e expandiu o capitalismo no oriente.
4. (UEFS BA/2013) Com o passar do tempo, os monopólios cresceram demais. Sua produção era
tão grande, que os mercados nacionais não conseguiam absorvê-la. As mercadorias
encalhavam por falta de compradores. Durante um certo período, ficou muito
difícil investir. A produção não poderia aumentar no mesmo ritmo. Operários
foram despedidos e salários foram baixados. Algumas empresas e bancos
quebraram. De 1873 a 1885, o mundo capitalista passou por crises econômicas.
Como sair da crise? (SCHMIDT, 2005, p. 418).
A solução encontrada para a indagação que
conclui o texto apresentou-se sob a forma
a) do
fortalecimento da livre concorrência entre as nações imperialistas europeias na
abordagem dos mercados externos, respeitando-se, no entanto, o direito de uti
possidetis.
b) do incentivo
à participação popular nos investimentos no mercado de ações, gerando o
fenômeno denominado de “capitalismo popular”, fator que se constituiu uma fonte
segura de captação de recursos.
c) da política
estatal de destruição de máquinas e fechamento de fábricas, especialmente na
Inglaterra, com o fenômeno conhecido como “ludismo”.
d) do
estabelecimento da política imperialista, da ampliação de práticas de dominação
colonial europeia vigentes desde o século XVI, e redefinidas no século XIX, com
a garantia da dominação político-militar sobre o controle econômico de áreas extra
europeias.
e) da ampliação
das rotas internacionais de tráfico de africanos escravizados, que alimentavam
também o tráfico de armas e de produtos contrabandeados entre a África, a Ásia
e a Europa.
5. (ESCS DF/2014) América Latina, Ásia e África sofreram, sob diversos aspectos e de
formas diferenciadas, os efeitos da expansão imperialista ocorrida, sobretudo,
a partir da década de 1870, que se materializou, em larga medida, na dominação
neocolonial. As disputas imperialistas contribuíram decisivamente para o
acirramento da competição entre os países, fato que exerceu importância
extraordinária para a eclosão da Grande Guerra (1914–1918). No que concerne a
esse processo histórico de amplitude mundial, assinale a opção correta.
a) Enquanto a
África foi partilhada entre as grandes potências europeias, que assumiram o
controle direto e total das colônias, no Brasil — assim como na América Latina
—, a ação do imperialismo voltou-se para lucrativas atividades econômico-financeiras,
como empréstimos e investimentos.
b) A disputa por
territórios coloniais nos continentes africano, asiático e americano
constituiu-se no fator preponderante para acirrar a competição entre as
principais potências europeias na passagem do século XIX ao XX, o que levou à
Primeira Guerra Mundial.
c) Brasil e
Argentina participaram diretamente da Grande Guerra de 1914, enviando
combatentes que, incorporados às forças norte-americanas, lutaram contra os
chamados impérios centrais – Alemanha, Áustria-Hungria, Turquia e Rússia.
d) Duas
vitoriosas revoluções socialistas marcaram o fim da Primeira Guerra Mundial: na
velha Rússia dos czares, os bolcheviques conquistaram o poder; na Alemanha, o
fracasso militar no conflito abriu o caminho para a ascensão do nazismo.
6. (PUC SP/2014) “O fato maior do século XIX é a criação de uma economia global única,
que atinge progressivamente as mais remotas paragens do mundo, uma rede cada
vez mais densa de transações econômicas, comunicações e movimentos de bens,
dinheiro e pessoas, ligando os países desenvolvidos entre si e ao mundo não
desenvolvido.”
Eric Hobsbawm. A era dos Impérios. 1875-1914.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008, p. 95.
O processo histórico descrito no texto
corresponde ao
a) avanço da
indústria chinesa, que superou a concorrência comercial dos países do Ocidente
e passou a monopolizar os mercados consumidores da Europa e da América.
b)
estabelecimento de clara hegemonia política e militar soviética, nos tempos da
Guerra Fria, sobre o Leste europeu e o Sul e Sudeste do continente asiático.
c) imperialismo
norte-americano, que impôs seu domínio econômico-financeiro sobre a América, a
Europa Ocidental e parte do continente africano.
d) sucesso das
políticas neoliberais de ampliação da produção industrial e dos mercados
consumidores, que permitiram o rompimento das barreiras alfandegárias mesmo nos
países socialistas da Ásia.
e) expansionismo
europeu sobre o Pacífico, a Ásia e a África, que impôs o controle político e
comercial de potências ocidentais a diversas partes do mundo.
7. (UEPA/2014) Combatentes hoje vitoriosos da independência, Eu vos saúdo em nome do
governo congolês.
(...)
Pois esta independência do Congo, se hoje é
proclamada com a concordância da Bélgica, país amigo com quem tratamos de igual
para igual, nenhum congolês digno deste nome jamais poderá esquecer, foi
conquistada pela luta, uma luta de todos os dias, uma luta ardente e idealista,
uma luta na qual não poupamos nem nossas forças, nem nossas privações, nossos
sofrimentos, nem nosso sangue.
(...)
Qual foi a nossa sorte durante 80 anos de
regime colonial, as nossas feridas estão ainda muito frescas e muito dolorosas
para que nós possamos removê-las da nossa memória; nós conhecemos o trabalho
exaustivo, exigido em troca de salários que não nos permitiam nem comer para
matar a nossa fome, nem nos vestir ou morar decentemente, nem criar nossos
filhos como seres amados. Nós conhecemos as ironias, os insultos, as pancadas
que devíamos suportar, de manhã, de tarde e de noite, porque éramos negros.
Quem esquecerá que a um negro se dizia “tu”,
certamente não como se diz a um amigo, mas porque o respeitável “vous” era
reservado somente aos brancos?
Discurso do primeiro presidente congolês
Patrice Emery Lumumba. Movimento para a Paz e a Democracia em Angola.
Disponível em: www.mpdangola.com, acesso em 09/10/2013.
O discurso do presidente da recém
independente República Democrática do Congo e um dos líderes do movimento
africano de descolonização assinalou um momento histórico importante de transformação
da ordem geopolítica mundial pós-Segunda Guerra. Mas quando da sua vigência, o
regime colonialista europeu, adotado na África ao longo do século XIX e das
primeiras décadas do século XX, tinha como característica:
a) a exploração
da mão de obra de escravos africanos empregados na exploração de minas e nas
grandes obras de infraestrutura realizadas para o escoamento de riquezas
minerais das colônias africanas.
b) a criação de
ligas internacionais de países como a Commonwealth Britânica, que constituía
uma expansão da ordem política, econômica e social da Grã-Bretanha para uma
escala mundial.
c) um regime de
dominação racial pelo qual os brancos europeus garantiam e demonstravam sua
pretensa superioridade física e intelectual, tendo em vista a transferência dos
territórios africanos ao assentamento de populações europeias, mais aptas.
d) a
exploração de recursos naturais e de mão de obra nos territórios coloniais,
constituindo a população nativa contingente em condições sociopolíticas
inferiores aos cidadãos das metrópoles.
e) a ação
coordenada das potências europeias colonialistas na divisão de territórios e na
exploração de recursos naturais, o que resultou numa partilha equilibrada dos
espaços coloniais, de seus mercados e de suas reservas de mão de obra.
8. (IFSP/2014) “As coisas necessárias à vida faltavam entre os que as produziam; e
superabundavam entre os que não as produziam.”
(SCHNERB, R. O século XIX, tomo VI in
História Geral das civilizações, vol. XIV. DIFEL.p. 233)
De maneira objetiva, o autor critica
a) o sistema de
produção feudal, em que apenas os nobres trabalhavam e guerreavam, mantendo,
assim, a estabilidade social.
b) o sistema de
produção escravista, presente na América Ibérica, onde os escravos passavam
inúmeras privações.
c) o sistema de produção capitalista, em que
a burguesia se apropriava das riquezas geradas pelo trabalho do proletariado.
d) o modo de
produção asiático, em que as riquezas eram concentradas nas mãos do Estado e
não nas dos trabalhadores.
e) o sistema
socialista de produção que estabelecia, sem nunca ter conseguido, a igualdade
entre os homens.
9. (PUC RS/2014) De 1870 a 1914, o sistema internacional, assim como as estruturas
socioeconômicas e políticas internas das principais potências capitalistas
conheceram profundas transformações. Entre essas transformações, NÃO se pode
apontar
a) o surgimento
de novos Estados-Nação.
b) a ampliação
de áreas submetidas à colonização.
c) o
estabelecimento do sistema de alianças internacionais concorrentes.
d) a aceleração
do processo de concentração de capital.
e) o
enfraquecimento dos mecanismos de intervenção econômica do Estado.
10. (UERN/2014) “A África não é uma parte histórica do mundo, não oferece qualquer
movimento, desenvolvimento ou qualquer progresso histórico próprio. [...] o que
entendemos propriamente por África é o espírito sem história, o espírito não
desenvolvido, envolto em condições naturais.”
(Wilhelm Friedrich Hegel. Introdução à
história da Filosofia in Hegel – Os pensadores. São Paulo; Abril Cultural, 1985.
p. 316-392.)
O filósofo Friedrich Hegel (1770-1831)
expressa de forma radical uma concepção sobre a África que
a) justificava
as práticas imperialistas que surgiram a partir de então, com a missão
primordial de diminuir a distância cultural entre as nações.
b) confirmava a
hipótese do surgimento do homem no continente africano, embora salientasse sua
dependência cultural em relação à Europa.
c) contradizia
as teorias do Darwinismo Social, que defendia, entre outros aspectos, a ideia
da seleção natural e do evolucionismo equitativo entre os povos.
d) reforçava
a visão das nações europeias que desde o século XVI já se consideravam
superiores culturalmente em relação às demais nações e sociedades humanas.
11. (UFU MG/2014) Pouco antes de a Guerra Civil quase dividir os EUA em dois, o Exército
imperial da Rússia enfrentou os Exércitos aliados da Grã-Bretanha, França e
Império Otomano nos campos de batalha da Península da Crimeia, naquela que se
tornou a primeira guerra moderna. Os campos de batalha da Crimeia testemunharam
um terrível fato: 25 mil britânicos, 100 mil franceses e um milhão de russos
morreram. A carnificina só não foi maior porque os avanços na área militar não
haviam chegado para todas as partes do conflito. Este confronto também foi o
primeiro a ser coberto em tempo real pelos jornalistas, que enviavam suas
informações por telégrafo para Londres, Berlim e Paris. E as notícias não
chegavam apenas em palavras, mas também em imagens pelas fotografias de Roger
Fenton. Hoje, a Crimeia, península ao sul da Ucrânia, retorna ao noticiário.
GROLL, Elias; FRANKEL, Rebecca. “Era uma vez
a Guerra da Crimeia”. Jornal Estado de São Paulo.
Disponível
em:. Acesso em: 18 mar. 2014.
(Adaptado)
A Guerra da Crimeia, ocorrida entre os anos
de 1854 e 1856, marca o momento de tensões e mudanças internas dentro do
sistema de relações internacionais entre as grandes potências europeias,
acentuadas nos Bálcãs e no Oriente a partir do desmembramento do império
turco-otomano. Sua definição enquanto “guerra moderna” deriva, entre outras
coisas,
a) do
processo de expansão da segunda revolução industrial e suas consequências no
campo político, bélico e de comunicação.
b) do uso de
diversas técnicas de guerra usadas pelos aliados franceses e britânicos, tais
como a blitzkrieg e tecnologias aéreas.
c) do caráter
geral do conflito, envolvendo diversas potências mundiais por questões
imperialistas, fato que não voltará a ocorrer até 1939.
d) do caráter
embrionário da polarização ideológica entre potências capitalistas e o Império
Russo, já influenciado pelo ideário marxista.
12. (ENEM/2014) Três décadas — de 1884 a
1914 — separam o século XIX — que terminou com a corrida dos países europeus
para a África e com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na
Europa — do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período
do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos
empolgantes na Ásia e na África.
ARENDT, H. As
origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012.
O processo
histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida
em que
a) difundiu as teorias socialistas.
b) acirrou as disputas territoriais.
c) superou as crises econômicas.
d) multiplicou os conflitos religiosos.
e) conteve os sentimentos xenófobos.
13. (CEFET MG/2015) “Ontem estive no East-End (bairro operário de Londres) e assisti a uma
assembleia de desempregados. Ao ouvir ali discursos exaltados, cuja nota
dominante era: pão! pão!, e ao refletir, de regresso a casa, sobre o que tinha
ouvido, convenci-me, mais do que nunca, da importância do imperialismo... A
ideia que acalento representa a solução do problema social: para salvar os 40
milhões de habitantes do Reino Unido de uma mortífera guerra civil, nós, os
políticos coloniais, devemos apoderar-nos de novos territórios; para eles
enviaremos o excedente de população e neles encontraremos novos mercados para
os produtos das nossas fábricas e das nossas minas. O império, sempre o tenho
dito, é uma questão de estômago. Se quereis evitar a guerra civil, deveis
tornar-vos imperialistas.”
Cecil Rhodes apud CATANI, Afrânio Mendes. O
que é Imperialismo. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 36.
Cecil Rhodes foi um personagem influente para
a consolidação do projeto imperialista britânico. Com base nesse texto, é
correto afirmar que
a) a pressão
exercida pelos sindicatos ingleses garantiu direitos aos trabalhadores
africanos.
b) a redução das
fontes de matérias primas estagnou o processo de industrialização britânico.
c) a expansão
das grandes empresas em regiões africanas contou com o apoio militar estatal.
d) a ampliação
dos mercados consumidores conduziu a uma crise industrial frente ao aumento da
demanda.
14. (Fac. Direito de Franca SP/2015) “Este período é obviamente a era de um novo tipo de império, o colonial.
A supremacia econômica e militar dos países capitalistas há muito não era
seriamente ameaçada, mas não houvera nenhuma tentativa sistemática de
traduzi-la em conquista formal, anexação e administração entre o final do
século XVIII e o último quartel do XIX. Isso se deu entre 1880 e 1914, e a
maior parte do mundo, à exceção da Europa e das Américas, foi formalmente
dividida em territórios sob governo direto ou sob dominação política indireta
de um ou outro Estado de um pequeno grupo: principalmente Grã-Bretanha, França,
Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, EUA e Japão.”
Eric Hobsbawm. A era dos impérios. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2008, p. 88. Adaptado.
O texto caracteriza
a) o
imperialismo, que se expressa na conquista portuguesa e espanhola do litoral
africano e de grande parte da América Central e do Sul.
b) a guerra
fria, que pode ser demonstrada na influência dos países da Europa ocidental e
central sobre a região do Pacífico e o Norte da África.
c) o imperialismo, que pode ser exemplificado
no domínio belga sobre o Congo e na influência norte-americana em Cuba.
d) a guerra fria, que se manifesta na
hegemonia norte-americana sobre a Europa ocidental e a América Latina.
e) o imperialismo, que se revela nos conflitos
entre franceses e britânicos pelo controle colonial da América do Norte.
15. (UNIOESTE PR/2013) “[...] Entre 1880 e 1914, a maior parte do mundo, à exceção da Europa e
das Américas, foi formalmente dividida em territórios sob governo direto ou sob
dominação política indireta de um ou outro Estado de um pequeno grupo:
principalmente Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, EUA e
Japão.[...]”
Texto adaptado de HOBSBAWM, Eric. J. A Era
dos Impérios. 1875-1914. 10ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2006. p.88.
Considerando o fragmento acima, com relação
ao imperialismo, fenômeno que ocorreu entre a segunda metade do século XIX e a
primeira metade do XX, é correto afirmar que
a) a expansão
imperialista empreendida por países como a Grã-Bretanha, França e Alemanha está
relacionada à busca por novos mercados e à crença na superioridade cultural e
racial dos europeus.
b) a expansão
imperialista da segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX,
não está relacionada à rivalidade entre várias economias industriais concorrentes.
c) a expansão
imperialista empreendida por alguns países europeus, os EUA e o Japão resultou
no estabelecimento de relações igualitárias entre metrópoles e povos
dependentes.
d) a expansão
imperialista empreendida por países como a Grã-Bretanha, França e Alemanha está
relacionada unicamente à busca de novos mercados, pois as teorias raciais
somente foram elaboradas e colocadas em prática na África do Sul, durante o
regime do Apartheid.
e) embora
historiadores como Eric Hobsbawm usem o termo “imperialismo” para se referirem
à divisão da África por países europeus como Grã-Bretanha, Alemanha, Itália e
França, nenhum dos governantes destes países se autodenominavam “imperadores”.
16. (UESPI/2014) A expansão das potências imperialistas, a partir do século XIX, trouxe
várias transformações ao mundo contemporâneo.
Entre os principais acontecimentos, podemos
destacar, EXCETO,
a) as potências
imperialistas, através da neocolonização, conquistaram pontos estratégicos para
o estabelecimento de bases militares.
b) o capitalismo
– a partir das conquistas imperialistas – encontrou mercados consumidores de
manufaturas e produtores de matérias-primas para seus produtos.
c) o conflito
bélico iniciado em 1914, conhecida como de 2ª Guerra Mundial, foi um reflexo
direto das disputas imperialistas por mercado e por domínio político e
econômico.
d) a 1ª Guerra
Mundial teve, entre outros fatores, a disputa ocorrida entre os países
industrializados por mercados consumidores e produtores de matéria-prima,
acentuando a polarização entre Inglaterra e Alemanha.
e) a expansão
imperialista, promovida a partir do final do século XIX, avançou o domínio
capitalista principalmente entre os países do continente africano e asiático,
além de intensificar o domínio sobre a América Latina.
17. (UNICAMP SP/2015) O relato a seguir é parte da biografia de um homem que passou sua
infância no atual Mali.
Em novembro de 1918, a África, como a
metrópole, festejou o fim da Grande Guerra Mundial e a vitória da França e seus
aliados (…). Estávamos orgulhosos do papel desempenhado pelos soldados
africanos na frente de batalha. (…) Os sobreviventes que voltaram em 1918- 1919
foram a causa de um novo fenômeno social que influiu na evolução da mentalidade
nativa. Estou falando do fim do mito do homem branco como ser invencível e sem
defeitos.
(Amadou Hampâté Bâ, Amkoullel, o menino fula.
São Paulo: Palas Athena/Casa das Áfricas, 2003, p. 312-313.)
Considerando o relato acima, é correto
afirmar que
a) a presença
dos soldados africanos contribuiu para construir uma identidade africana
sustentada nos princípios bélicos do imperialismo europeu.
b) a presença
de soldados africanos nos conflitos contribuiu para o questionamento do mito da
superioridade do homem branco.
c) o autor, ao
apresentar a fragilidade do homem branco, instaurou um discurso inverso de
superioridade dos africanos.
d) o autor, ao
apresentar o norte da África como parte da França, exaltou o projeto
imperialista francês e suas estratégias de integração cultural.
18. (UNIMONTES MG/2015) Acerca do domínio britânico sobre o subcontinente indiano, marque com a
letra C (CORRETA) ou com a letra I (INCORRETA) cada uma das afirmativas.
(__) Entre o final
do século XVIII e início do XIX, os ingleses intensificaram seu controle na
região, impondo aos nativos uma administração britânica.
(__) A introdução
de novas estruturas econômicas afetou profundamente os costumes locais,
destruindo a tradicional indústria têxtil indiana, que foi incapaz de concorrer
com a produção inglesa de tecidos de algodão.
(__) Os ingleses
introduziram o ópio na Índia, durante o seu domínio, levando a disseminação do
vício entre os indianos, ocasionando, assim, a chamada Guerra do Ópio em 1841.
A sequência CORRETA é
a) C, I, I.
b) C, C, I.
c) I, I, C.
d) I, C, C.
19. (UFAM/2015) O Imperialismo do século XIX é alvo de grandes discussões entre
historiadores desde a época em que o processo estava ocorrendo. As discussões
entre os autores a respeito da natureza deste Imperialismo estão longe de se
encerrar, tantos são os pontos de vista, quase sempre contrários e
contraditórios. Aqui, numa tentativa de simplificar a questão, podemos dividir
esses autores em dois grupos: aqueles que interpretam o Imperialismo como
decorrente das forças econômicas do momento e aqueles que procuram vê-lo sob
uma dimensão política. No primeiro caso – Imperialismo econômico – alinham-se
liberais e marxistas, embora suas análises apresentem divergências claras.
Nesse grupo encontra-se Lênin, grande teórico do marxismo, que acredita ser o
Imperialismo a fase monopolista do Capitalismo. Isto porque este fenômeno
engloba as seguintes características fundamentais:
I. Concentração
da produção e do capital, atingindo um grau de desenvolvimento tão elevado que
origina os monopólios, cujo papel é decisivo na vida econômica;
II. Fusão do
capital bancário e do capital industrial e criação, com base nesse capital
financeiro, de uma oligarquia financeira.
III. Formação de
uniões internacionais monopolistas de capitais que partilham o mundo entre si.
IV. Termo de
partilha territorial do planeta entre as maiores potências capitalistas.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as
características I e II estão corretas.
b) Somente as
características II e III estão corretas.
c) Somente as características
III e IV estão corretas.
d) Todas as
características estão corretas.
e) Todas as
características estão erradas.
20. (Fac. Direito de Franca SP/2013) "No início do século XIX, o que a França e a Inglaterra, os dois
países que estavam à frente da construção do moderno sistema capitalista,
queriam da África era basicamente matérias-primas e mercados consumidores para
os produtos que sua indústria produzia."
Marina de Mello e Souza. África e Brasil
africano. São Paulo: Ática, 2007, p. 148
O efeito do interesse de países europeus,
como França e Inglaterra, em relação à África originou
a) uma nova
rede de comércio entre os dois continentes, que envolvia mercadorias como
algodão e tinturas, e, posteriormente, a colonização europeia da África.
b) o abandono
das possessões coloniais europeias no Sul e Sudoeste da Ásia e a imediata
independência das colônias portuguesas e espanholas remanescentes no litoral
atlântico da África.
c) a ocupação
militar por tropas europeias do Oriente Médio e do Norte da África, áreas de
exploração de petróleo, e, posteriormente, o domínio franco-britânico sobre as
rotas de especiarias.
d) uma agressiva
política de conquista de terras no Centro da África e a imediata descolonização
dos territórios do litoral atlântico do continente.
e) o explícito
apoio diplomático franco-britânico à independência das colônias belgas e
italianas na África e, posteriormente, inúmeros conflitos entre potências
europeias pelo controle do continente africano.
21. (G1) A reação à presença
inglesa na Índia pelos soldados nacionalistas hindus, é conhecida como:
a)
Revolta dos Cipaios.
b) Rebelião dos Boers.
c) Guerra dos Boxers.
d) Terror Branco.
e) Conferência de Berlim.
22. (COSEAC/2016) A Revolta dos Cipaios (1857) foi o primeiro movimento nacionalista
indiano. Os Cipaios eram:
a) um corpo
militar formado por hindus, que se rebelaram contra os ingleses.
b) soldados
ingleses radicados no território indiano que se rebelaram e massacraram 2.000
mulheres e crianças indianas.
c) uma minoria
indiana que se rebelou e massacrou hindus e ingleses.
d) muçulmanos que se rebelaram contra hindus
que defendiam os interesses ingleses.
e) hindus que se
rebelaram contra muçulmanos que defendiam interesses ingleses.
23. Qual a nomenclatura dada
a rebelião ocorrida na China em 1900, desencadeada pelos chineses nacionalistas
radicais (punhos fechados) que se opunham ao domínio estrangeiro da China?
a) Rebelião dos Bôeres
b) Rebelião dos Boxers
c) Guerra do Ópio
d) Rebelião dos Cipaios
e) Rebelião de Hong Kong
24. (Cesgranrio) A Primeira Guerra do Ópio (1840-1842) teve como uma de suas
consequências:
a) a maior
penetração do imperialismo inglês na China;
b) fechamento
dos portos da China ao comércio ocidental;
c) a eliminação
da influência colonialista francesa na China;
d) a queda do
sistema de mandarinato na China;
e) a instituição
de um governo republicano na China.
25. (UEL/2017) Sobre o processo histórico da denominada Guerra do Ópio, ocorrida na
China, em 1841, assinale a alternativa correta.
a) Os Estados
Unidos da América iniciaram a expansão para o Oriente, comercializando o ópio
monopolizado pelos chineses, o que provocou uma guerra entre eles, encerrada
com o acordo de divisão igualitária das cotas comerciais.
b) O Japão, em
suas conquistas imperialistas no continente asiático, travou uma guerra com a
China pelo domínio do comércio do ópio na região; nesse processo, estabeleceram
o Tratado de Pequim, no qual Hong Kong passou ao domínio japonês.
c) O império
russo, parceiro da China no comércio do ópio, transportava-o para os portos de
Xangai com maior agilidade e altas taxas aduaneiras, o que fez com que exigisse
a franquia desse produto.
d) A
Inglaterra, que dominava a comercialização do ópio na China, impôs aos chineses
uma indenização por eles terem, a pretexto de proteger a saúde de sua
população, confiscado e destruído uma grande carga de ópio.
e) A França teve
uma de suas colônias, o Afeganistão, como um grande produtor de ópio e
concorrente comercial dos chineses, que monopolizavam essa atividade com
elevados lucros; visando quebrar tal monopólio, os franceses bloquearam os
portos chineses.
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