1. (UFRN/2012) Em 1789, no contexto da
Revolução Francesa, na Assembleia Nacional, os representantes do povo
elaboraram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que, entre outras
proposições, enunciou:
Os
homens nascem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter
fundamento na utilidade comum.
O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais
e imprescritíveis do homem. Estes direitos são: a liberdade, a propriedade, a
segurança e a resistência à opressão.
A lei é
a expressão da vontade geral. Deve ser igual para todos, protegendo ou punindo.
Sendo
todos os cidadãos iguais perante a lei, são, igualmente, admitidos a todas as
dignidades, cargos e empregos públicos, segundo a capacidade de cada um e sem
outra distinção que não seja a das suas virtudes ou talentos.
In:
PAINE, T. Os direitos do homem. Petrópolis: Vozes, 1989. [Adaptado].
As
proposições citadas, de ampla repercussão no Mundo Contemporâneo, estão
fundamentadas
a) nas ideias liberais, defensoras do
intervencionismo estatal com a adoção de minuciosa regulamentação de todos os
aspectos da vida social.
b) nos valores defendidos pelos adeptos do
liberalismo, em oposição aos governos autoritários e à organização social
baseada em privilégios.
c) nas posições políticas burguesas, favoráveis
à harmonia coletiva garantida pelo acesso de todos os grupos sociais à
propriedade privada dos meios de produção.
d) nos princípios iluministas, alicerçados na
defesa da igualdade econômica como um direito que garantiria a cidadania
proletária.
2. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2013) Artigo
1.º da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789): Os homens nascem e
vivem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter
fundamento na utilidade comum.
Acerca
do artigo citado, é correto afirmar que
a) rompeu com os privilégios característicos
do Antigo Regime e propôs a igualdade perante a lei.
b) antecipou uma das principais características
da proposta socialista, a igualdade econômica.
c) extinguiu a escravidão, mas os benefícios e
privilégios da nobreza continuariam a existir.
d) efetivou a sua realização apenas em 1948,
com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, feita pela ONU.
e) provocou descontentamento de nobres e
burgueses, pois era uma reivindicação de trabalhadores e camponeses.
3. (Fac. Santa Marcelina SP/2013) Três
Estados compunham a sociedade francesa no final do Antigo Regime. Assinale a
alternativa que identifica corretamente um desses Estados, no contexto que
culminou na Revolução de 1879.
a) O Segundo Estado tinha Napoleão como seu
líder, que defendia a Monarquia.
b) A burguesia tomou posição contrária às
reformas econômicas e sociais.
c) O Terceiro Estado tinha poderes
reduzidos, se comparado com o Primeiro e Segundo Estados.
d) O Alto Clero defendia as reformas propagadas
pelos filósofos iluministas.
e) O Rei Luiz XVI ficou equidistante da
política e não se aliou a nenhum dos Estados.
4. (FUVEST SP/2013) Oh! Aquela alegria me deu
náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse: tanto
melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em
suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os
tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a
fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos
nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.
Graco
Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e
revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.
O texto
é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da
Revolução Francesa de 1789. O autor
a) discorda dos propósitos revolucionários e
defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos
revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de transformar o
país.
c) defende a criação de um poder judiciário,
que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária
como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na França.
e) aceita os meios de tortura empregados pelos
revolucionários e os considera uma novidade na história francesa.
5. (PUC RJ/2013) “A Revolução Francesa
constitui um dos capítulos mais importantes da longa e descontínua passagem
histórica do feudalismo ao capitalismo. Com a Revolução (científica) do século
XVII e a Revolução Industrial do século XVIII na Inglaterra, e ainda com a
Revolução Americana de 1776, a Grande Révolution lança os fundamentos da
História contemporânea.” [Mota, C. G. A Revolução Francesa].
Entre
as transformações promovidas pela Revolução na França, iniciada em 1789, é
CORRETO afirmar que:
a) os privilégios feudais e o regime de
servidão foram abolidos destruindo a base social que sustentava o Antigo Regime
absolutista francês.
b) a Revolução aboliu o trabalho servil e
fortaleceu o clero católico instituindo uma série de medidas de caráter
humanista.
c) os revolucionários derrubaram o rei e
proclamaram uma República fundamentada no igualitarismo radical na qual a
propriedade privada foi abolida.
d) a Revolução rompeu os laços com a Igreja
católica iniciando uma reforma de cunho protestante que se aproximava dos
ideais da ética do capitalismo moderno.
e) a Revolução, mesmo em seu momento mais
radical, não foi capaz de romper com as formas de propriedade e trabalho
vigentes no antigo regime.
6. (UFTM MG/2013) A Revolução Francesa não
deve ser considerada apenas como uma revolução burguesa.
(Modesto
Florenzano. As revoluções burguesas, 1982.)
Essa
afirmação pode ser considerada
a) correta, pois a burguesia obteve, por meio
de alianças com outros países, capacidade militar suficiente para impedir o
surgimento de mobilizações em outros segmentos sociais.
b) correta, pois a Revolução Francesa nasceu da
vontade burguesa de implantar a república e de impor a política econômica
mercantilista.
c) errada, pois a burguesia contou com o apoio do
alto clero na luta contra o iluminismo e a população rebelada.
d) correta, pois, além das ações burguesas,
a Revolução Francesa contou com grandes mobilizações de camponeses e
trabalhadores urbanos.
e) errada, pois, à exceção da burguesia, os
outros segmentos sociais eram incapazes de transformar e reorganizar a economia
e a política francesas.
7. (UFU MG/2012) As mães, as filhas, as
irmãs, representantes da Nação pedem ser constituídas em Assembleia Nacional.
Considerando
que a ignorância, o esquecimento ou o menosprezo dos direitos da mulher são as
únicas causas das desgraças públicas e da corrupção do governo, resolvemos
expor, numa declaração solene, os direitos naturais, inalteráveis e sagrados da
mulher. Em consequência, o sexo superior em beleza, como em coragem nos
sofrimentos maternais, reconhece e declara, em presença e sob os auspícios do
Ser Supremo, os seguintes direitos da mulher e da cidadã.
Art. 1 - A mulher nasce livre e permanece igual ao
homem em direitos. As distinções sociais não podem ser fundadas, senão, sobre a
utilidade comum.
Art. 2 - A finalidade de toda associação política é a
conservação dos direitos naturais e imprescritíveis da mulher e do homem. Estes
direitos são: a liberdade, a prosperidade, a segurança e, sobretudo, a resistência
à opressão.
Declaração
dos Direitos da Mulher e da Cidadã. 1791. (adaptado)
O
documento acima foi proposto à Assembleia Nacional da França, durante a
Revolução Francesa, por Marie Gouze. A autora propunha uma Declaração de
Direitos da Mulher e da Cidadã para igualar-se à Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão, aprovada anteriormente. A proposta de Marie Gouze expressa
a) o reconhecimento da fragilidade feminina,
devendo a Constituição francesa garantir ações legais e afirmativas com o
objetivo de reparar séculos de exploração contra a mulher.
b) a participação das mulheres no processo
revolucionário e a reivindicação de ampliação dos direitos de cidadania, com o
intuito de abolir as diferenças de gênero na França.
c) a disputa política entre os Jacobinos e
Girondinos, uma vez que estes últimos defendiam uma radicalização cada vez
maior das conquistas sociais no processo revolucionário.
d) o descontentamento feminino ante as
desigualdades que as leis francesas até então garantiam entre os integrantes do
terceiro Estado e a aristocracia.
8. (UNIRG TO/2013) Leia o texto a seguir.
Olha
para o passado, Burguês; contempla a sombra da Revolução Francesa e treme; ela
é o espelho em que nos miramos; da mesma forma que os convencionais, quando nos
batemos, tornamo-nos mil vezes mais fortes e milhões de teus milhões não bastam
para impedir nossa marcha incansável.
O
REGENERADOR, Fortaleza, 1908, p. 30.
O
anarquismo esteve fortemente presente no movimento operário da Primeira
República brasileira, sendo O Regenerador um dos primeiros jornais libertários
do país. No trecho apresentado, há a construção de uma imagem da Revolução
Francesa centrada na ideia de
a) derrubada do Absolutismo.
b) laicização do Estado.
c) violência das massas populares.
d) constituição dos direitos políticos.
9. (FPS PE/2013) A Revolução Francesa
reorganizou a maneira de atuar da política, buscando uma ampliação dos ideais
iluministas. Nem sempre, conseguiu realizar as promessas revolucionárias. A
burguesia, sujeito histórico importante do Movimento, atuou:
a) na reformulação da ordem jurídica, não
valorizando as sugestões dos economistas clássicos ingleses.
b) na afirmação das ideias filosóficas de
Voltaire e Montesquieu, defensores da democracia no seu sentido pleno.
c) no comando das estratégias militares, pouco
se vinculando às discussões sobre política mais decisivas.
d) na procura de aumentar sua força política
e construir uma ordem social que garantisse sua hegemonia.
e) na liderança dos planejamentos econômicos,
não interferindo nas escolhas que sacrificassem as posições da nobreza.
10. (UFRN/2013) Os diversos grupos
envolvidos na Revolução Francesa interpretaram diferentemente os princípios
teóricos que a fundamentaram. Uma interpretação desses princípios pode ser
exemplificada no Manifesto dos Iguais, que se expressava nos seguintes termos:
Desde a
própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo
reconhecido sem oposição, mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em
realidade: a igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril dicção da lei.
E hoje, quando essa igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a
resposta é esta: "Calai-vos, miseráveis! A igualdade não é realmente mais
do que uma quimera; contentai-vos com a igualdade relativa: todos sois iguais
em face da lei. Que quereis mais, miseráveis?" Que mais queremos? Queremos
igualdade efetiva ou a morte. De que mais precisamos além da igualdade de
direitos? Queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas.
BABEUF,
Graco. Manifesto dos Iguais. [Adaptado]
Elaborado
na fase do Diretório, esse Manifesto inspirou a "Conspiração dos
Iguais", que foi sufocada, e seu líder, Graco Babeuf, preso e executado.
No
contexto da Revolução Francesa, esses acontecimentos evidenciam que
a) o partido conservador, cujos membros eram
conhecidos como realistas, uniu-se à alta burguesia e lutava para restaurar a
monarquia.
b) a facção dos radicais, liderada por
Robespierre, temia a ascensão das massas operárias.
c) os ideais inspiradores do movimento revolucionário
foram aplicados na medida em que atenderam os interesses da burguesia.
d) as ideias radicais orientaram a ação dos
jacobinos, que assumiram a liderança do processo revolucionário.
11. (ESPM/2012) Essas revoltas agrárias
visavam toda a aristocracia. Os camponeses esperavam obter a abolição dos
direitos feudais: o meio mais certo para isso consistia no incêndio dos
castelos e dos seus arquivos ao mesmo tempo, às vezes, os senhores recusavam-se
a se desfazer de seus pergaminhos e os camponeses incendiavam o castelo e
enforcavam seus donos.
(Carlos
Guilherme Mota. A Revolução Francesa de 1789-1799)
A
passagem da Revolução Francesa tratada no texto é:
a) Grande Medo;
b) Terror;
c) Fronda;
d) Reação thermidoriana;
e) Revolta da Vendeia.
12. (Fameca SP/2012) Leia o texto.
A
história liberal explica que a Revolução ocorreu em 1789 pela difusão das
ideias dos iluministas, discutidas amplamente nas sociedades científica e
literária. Os iluministas acreditavam que a razão era a única condutora das
ações humanas. Combatiam o despotismo e o governo arbitrário, dominado pelos
caprichos do rei. Defendiam uma nova ordem social e política: liberdade de
pensamento, de expressão; igualdade de direitos civis e políticos, assegurada
em lei. Os acontecimentos ocorridos entre 1793-94, o chamado período do Terror,
foram ignorados pela maioria dos liberais. “A Revolução Francesa é um bloco que
não aceita divisões”, declarou o político George Clemenceau, na Câmara dos
Deputados, em 1891; assim como eram únicos os objetivos do terceiro estado que
participou da Revolução.
(Nilse
Wink Ostermann e Iole Carretta Kunze. As Armas, Cidadãos!, p. 7-8. Adaptado)
Sobre a
declaração do político francês, é correto afirmar que ele
a) reconhece o exagero dado à importância do
Iluminismo no processo que desencadeou a revolução na França, pois o universo
mental francês continuou aristocrático.
b) defende uma ideia diversa do efeito gerador
da revolução burguesa na França, que deve ser associado às frágeis condições
econômicas às vésperas da Tomada da Bastilha.
c) acredita na inexistência de divergências
instransponíveis entre a burguesia francesa e o absolutismo de Luiz XVI, pois
ambos defendiam reformas mercantilistas.
d) considera o terceiro estado como socialmente
homogêneo e era, no processo revolucionário, composto por grupos com interesses
convergentes.
e) aponta para os revolucionários franceses
como os sujeitos que efetivaram a construção de uma sociedade francesa livre e,
economicamente, igualitária.
13. (FMJ SP/2012) Na fase da Revolução
Francesa conhecida como Terror ou Regime do Terror, ocorreu a
a) constituição do Comitê de Salvação
Pública e do Tribunal Revolucionário, para organizar a defesa externa e
restaurar a ordem interna.
b) instituição do Diretório, para combater
internamente a reação dos monarquistas e, na política externa, garantir os
avanços militares e os acordos de paz.
c) reunião da Assembleia dos Notáveis, para
legitimar a reforma tributária proposta por Luís XVI e extinguir os antigos
privilégios fiscais da nobreza e do clero.
d) criação da Assembleia Nacional, para revogar
parte dos privilégios feudais da nobreza, abolir o dízimo, confiscar bens
eclesiásticos e subordinar a Igreja ao Estado.
e) convocação dos Estados Gerais, para aprovar
medidas do governo que contivessem a grave crise econômica e a insatisfação
popular.
14. (UNIRG TO/2013) Leia o trecho a seguir.
A ideia
de revolução, no seu sentido mais profundo, ou seja, mais radical, é tirada,
pelos franceses, do exemplo americano. Não se trata mais de uma guerra ou de
uma revolução, destinada apenas a fazer o poder mudar de mãos. Na França de
1789, como nas colônias americanas dez ou quinze anos antes, a ambição de
instituir uma sociedade sob o novo está igualmente no coração da ideia
revolucionária.
FURET,
François. A ideia francesa da revolução. In: A revolução em debate. Bauru, SP:
EDUSC, 2001. p. 75. (Adaptado).
O
trecho apresentado expõe a concepção de revolução moderna, demarcando como seus
exemplos a Revolução Americana e a Revolução Francesa. De acordo com o texto, a
novidade da concepção revolucionária, para modernidade, associa-se
a) à derrubada das monarquias causadoras do
déficit público que afetava o tesouro dos reinos.
b) ao registro das leis que passavam a ter
soberania para organizar a vida dos indivíduos.
c) à abolição do imaginário cristão que
defendia que a igualdade pertencia ao reino dos céus.
d) ao ato de produzir acontecimentos
históricos que escapavam à lógica do destino.
15. (UFTM MG/2013) Os franceses não possuíam
um grande vocabulário político antes de 1789, pois a política se passava em
Versalhes, no mundo distante da corte real. Quando as pessoas do povo começaram
a participar da política [...], precisaram encontrar palavras para o que tinham
visto e feito.
(Robert
Darnton. O beijo de Lamourette, 1990.)
A
partir do texto, é correto afirmar que a Revolução Francesa de 1789
a) criou novas categorias do pensamento
político, como as noções de socialismo e liberalismo.
b) implantou o sufrágio universal na escolha
dos governantes e eliminou a influência política da nobreza e da burguesia.
c) extinguiu imediatamente o poder real,
instalou a República e democratizou o país.
d) provocou significativa ampliação da
participação política dos franceses e renovou as formas de expressão política.
e) afetou um número reduzido de franceses, pois
as ações políticas e sociais se concentraram na capital, nova sede do governo.
16. (UEFS BA/2013) Dentre as diversas
interpretações da Revolução Francesa de 1789, destaca-se sua caracterização
como revolução burguesa, porque a burguesia
a) se aliou, ao tomar o poder, ao clero e à
nobreza, favorecendo a retomada dos seus antigos privilégios políticos e
sociais.
b) francesa estabeleceu parcerias com a
burguesia inglesa, com o objetivo de levar para a França a experiência da
Revolução Industrial inglesa.
c) se apossou, reunida na camada social
denominada Terceiro Estado, do poder e criou as condições para o
desenvolvimento do capitalismo no país.
d) defendeu, através de seus líderes, ideias
radicais oriundas do socialismo utópico, instalando experiências políticas em
todo o país, denominadas de “comunas”.
e) passou a defender e a realizar, com a queda
do Antigo Regime, as aspirações do campesinato e do proletariado francês,
dividindo com eles o exercício do poder conquistado.
17. (UNIMONTES MG/2013) O Terceiro
Estado na França do século XVIII correspondia à/aos
a) nobres empobrecidos pelas guerras europeias,
mas altamente considerados pelos seus pares e governo absolutista.
b) membros do baixo clero, muito considerados
pelas populações urbanas e rurais, por agirem constantemente em seu favor.
c) burguesia, classes médias, povo e
trabalhadores rurais, obrigados a pagar impostos e sem prestígio político.
d) nobreza togada, por estar constantemente
reelaborando as leis, visando aos interesses reais e senhoriais.
18. (ACAFE SC/2014) Classificada pela história
como modelo clássico de Revolução Burguesa, a Revolução Francesa deu sua
contribuição para o Ocidente, seja no vocabulário político ou na influência das
constituições que adotaram alguns princípios da Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão.
Sobre a
revolução francesa é correto afirmar, exceto:
a) No período do Terror, os excessos de
Robespierre fizeram-no perder o apoio político. Posteriormente, o próprio
Robespierre foi guilhotinado.
b) Monarquias como a Prússia e a Áustria
assinaram a declaração de Pillnitz e anunciaram a intenção de intervir
militarmente na França e deter o processo revolucionário.
c) A Assembleia Nacional aboliu as taxas e
impostos que recaiam sobre o campesinato, acabando com os vestígios do
feudalismo que ainda perdurava em várias regiões francesas.
d) Os jacobinos defendiam posições moderadas
e representavam, sobretudo, os interesses da alta burguesia e do primeiro
Estado.
19. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2014) Luís XVI continua sendo
rei à frente de uma monarquia. No entanto, ele não é mais soberano absoluto
“pela graça de Deus”, e sim “rei dos franceses”, que lhe confiam esse cargo em
nome da soberania nacional, isto é, do povo; os súditos se tornaram cidadãos.
(Michel Vovelle. A Revolução Francesa
explicada à minha neta, 2007.)
Essa mudança da condição do rei, ocorrida
durante a Revolução Francesa, corresponde
a) ao Consulado, que
representou a chegada dos militares franceses ao poder.
b) à guerra contra os países
vizinhos, que levou os franceses a apoiar seu monarca.
c) ao período do Terror, que
iniciou a perseguição aos nobres e eliminou os resquícios feudais.
d) à instalação da
monarquia constitucional, que substituiu o Antigo Regime.
e) ao Diretório, que
encerrou as perseguições à nobreza e restabeleceu a monarquia.
20. (PUC SP/2014) "O Terror, que se tornou oficial durante certo tempo, é o
instrumento usado para reprimir a contrarrevolução. É a parte sombria e mesmo
terrível desse período da Revolução [Francesa], mas é preciso levar em conta o
outro lado dessa política.”
Michel Vovelle. A revolução francesa
explicada a minha neta. São Paulo: Unesp, 2007, p. 74
São exemplos dos “dois lados” da política
revolucionária desenvolvida na França, durante o período do Terror,
a) o julgamento e a
execução de cidadãos suspeitos e o tabelamento do preço do pão.
b) a prisão do rei e da
rainha e a conquista e colonização de territórios no Norte da África.
c) a vitória na guerra
contra a Áustria e a Prússia e o fim do controle sobre os salários dos
operários.
d) a ascensão política dos
principais comandantes militares e a implantação da DIRETÓRIOl.
e) o início da perseguição e
da repressão contra religiosos e a convocação dos Estados Gerais.
21. (UECE/2014) “Quem era a burguesia?
Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os juízes, os
funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os
banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais. Acima
de tudo, queriam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal
numa sociedade que realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o
apertado gibão feudal e substituí-lo pelo folgado paletó capitalista.
Encontraram a expressão de suas necessidades no campo econômico, nos escritos
dos fisiocratas de Adam Smith; e a expressão de suas necessidades, no campo
social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O
laissez-faire no comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domínio da
razão’ na religião e na ciência.”
HUBERMAN,
Leo. História da Riqueza do Homem. 21ª ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara,
1986, p. 149.
Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi responsável por uma das
principais transformações
políticas
e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde ocorreu e,
mais amplamente, em todo o continente europeu. Essa Burguesia está ligada à
a) Revolução Gloriosa, de 1688 a 1689.
b) Revolução Francesa, de 1789 a 1799.
c) Revolução Russa, de 1917.
d) Revolução de Avis, de 1383 a 1385.
22. (UECE/2014) Atente para as seguintes
citações:
I. "Os reis, aristocratas e tiranos,
independentemente da nação a que pertençam, são escravos que se revoltam contra
o soberano da Terra, isto é, a humanidade, e contra o legislador do universo, a
natureza."
(Maximilien
Robespierre, líder e comandante do terror Jacobino, defensor de ideias revolucionárias
para aquele tempo, como voto universal, eleições diretas, educação gratuita e
obrigatória, e imposto progressivo, segundo a renda.)
II. "[…] garantir a propriedade do rico, a
existência do pobre, o usufruto do industrial e a segurança de todos."
(Boissy
d'Anglas, sobre o objetivo da Constituição de 1795, da qual foi o relator,
promulgada pela Convenção após a queda do regime de terror implantado pelos
jacobinos sob liderança de Robespierre.)
Analisando
as citações acima, pode-se afirmar corretamente que
a) representam, respectivamente, os momentos
de maior radicalização popular e de acomodação burguesa dentro do movimento
revolucionário que derrubou o Antigo Regime na França em 1789.
b) caracterizam o processo de reação da nobreza
que, liderada por Robespierre, atacou os interesses da burguesia que a
escravizava.
c) significam o fim do Estado Burguês, pois
tanto Robespierre quanto d’Anglas desejavam a segurança de todos os franceses
indistintamente.
d) ambas reproduzem a preponderância dos princípios
burgueses de supremacia da liberdade individual e da fraternidade entre as
classes sociais.
23. (Unicastelo/2014) No período de
1815 a 1848, as forças desencadeadas pela Revolução Francesa entraram em choque
com a concepção tradicional do Antigo Regime. O período iniciou-se com o
Congresso de Viena, que preparou um acordo de paz após a derrota de Napoleão, e
terminou com as revoluções que assolaram a maior parte da Europa em 1848.
(Marvin
Perry. Civilização ocidental: uma história concisa, 1999.)
A
partir de seus conhecimentos sobre o período, é correto afirmar que
a) Napoleão Bonaparte restaurou o absolutismo e
os privilégios dos estamentos.
b) o Congresso de Viena combateu a base
política e social do Antigo Regime.
c) o Antigo Regime europeu estava alicerçado no
liberalismo e no socialismo.
d) a Revolução Francesa propagou os
princípios liberais para além da Europa.
e) as Revoluções de 1848 marcaram a estreia do
marxismo nas lutas operárias.
24. (UDESC SC/2014) “Na manhã de sexta-feira,
observa-se um grande número de guardas nacionais, que pareciam dispostos a
defender o rei. Mas, ao contrário, por volta das 9h45, o povo, misturado com
outros destacamentos da Guarda Nacional e com os federados, preparava-se para entrar
à força no palácio. Então todas as portas foram abertas, os canhoneiros giraram
seus canhões contra o palácio e a Guarda Nacional, que parecia estar ali para
impedir o acesso, tomou de súbito o partido do povo e da outra fração da
Guarda. (...) Os suíços foram todos massacrados e saqueados, e parece
impossível dar uma explicação plausível para a barbárie e os insultos de que
foram objeto seus cadáveres. Alguns dos suíços que se dirigiram à Guarda
Nacional e pediram misericórdia foram decapitados pela fúria popular e seus
corpos foram jogados pelas janelas. O número de mortos oscila entre 2 mil e 2,5
mil. Felizmente, o rei, a rainha, o delfim e toda a família real foram por
volta das 8 horas, antes que o assalto começasse, à Assembleia Nacional e ali ficaram
sãos e salvos durante todo o dia. Mas que terror e desolação não devem ter
sentido! Todas as pessoas da criadagem e ligadas ao serviço da família real
foram massacradas.”
(Arquivos
de Gênova, Correspondance de Spinola. Apud: VOVELLE, Michel. A Revolução
Francesa 1789-1799. São Paulo: Unesp, 2012. pp. 36-37.)
O
relato do embaixador de Gênova, a respeito da jornada de 10 de agosto de 1792,
aponta para a nova fase que se inaugurava na Revolução Francesa. Analise as
proposições em relação à ruptura iniciada em 1789.
I. A exigência de maior participação política
da burguesia se devia aos burgueses serem proibidos de assumir posições na
administração do Estado francês.
II. O episódio da tomada do palácio das
Tulherias, acima narrado, constituiu-se em uma exceção no processo
revolucionário que, à parte a execução do rei Luís XVI e da rainha Maria
Antonieta, foi pacífico e contou com a união geral da população para quebrar os
privilégios.
III. A tomada da Bastilha assinalou a libertação
de milhares de presos políticos, vítimas de um sistema judiciário ineficiente,
o qual impedia o acesso a advogados.
IV. A Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão apresenta uma síntese da filosofia das Luzes, destacando-se o direito à
liberdade individual, à igualdade e à propriedade. Sendo assim,
fundamentalmente rejeitados o sistema hierárquico e a censura do Antigo Regime.
Assinale
a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são
verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e II são
verdadeiras.
c) Somente a afirmativa IV é verdadeira.
d) Somente as afirmativas I e III são
verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
25. (UERN/2013) Felizmente, a Revolução
Francesa ainda está viva. Pois a Liberdade, a Igualdade, a Fraternidade, os
valores da Razão e do Iluminismo – os valores que construíram a civilização
moderna (...) – são mais necessários do que nunca, na medida em que o
irracionalismo, a religião fundamentalista, o obscurantismo e a barbárie estão,
mais uma vez, avançando sobre nós. É, portanto, uma boa coisa que, no ano de
seu bicentenário (1989), tenhamos a ocasião de pensar novamente sobre os
acontecimentos históricos que há dois séculos transformaram o mundo. Para
melhor.
(Hobsbawm,
Eric. Ecos da Marselhesa: Dois séculos reveem a Revolução Francesa. São Paulo:
Companhia da etras, 1996. p. 127. In: Marques, Adhemar. Pelos caminhos da
história. Ensino médio. Curitiba: Positivo, 2006. p. 254.)
Na visão
do autor do texto, um dos mais conceituados historiadores de nosso tempo, a
“Revolução Francesa ainda está viva”. Acerca do pensamento de Hobsbawm e os
acontecimentos que permeiam o cotidiano atual, é correto afirmar que
a) é possível estabelecer relações de
semelhança entre os atores sociais, que protagonizaram a revolução burguesa em
questão, e os embates, que ainda permanecem presentes em nossa sociedade.
b) a presença de sinais de conflito, tais como
o “irracionalismo” e o “obscurantismo”, citados pelo historiador comprovam a
total ineficácia do processo revolucionário empreendido em 1789.
c) percebe-se, nos dias atuais, que os entraves
feudais, os quais foram os grandes causadores da Revolução Francesa, permanecem
como uma constante na realidade de toda a Europa Ocidental.
d) como ainda existem, na atualidade, as mesmas
classes sociais do período moderno, palco da Revolução Francesa, a história
permanece a mesma, sem alterações que possam ser consideradas válidas.
GABARITO
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