1. (UNIMONTES MG/2008) “Afinal, nem todos os homens se renderam diante das forças irresistíveis
do novo mundo fabril, e a experiência do movimento de quebradores de máquinas
demonstra uma inequívoca capacidade dos trabalhadores para desencadear uma luta
aberta contra o sistema de fábrica. (...) Se, por um lado, esse movimento de
resistência visava investir contra as novas relações hierárquicas e
autoritárias introduzidas no interior do processo de trabalho fabril, e nessa
medida a destruição das máquinas funcionava como mecanismo de pressão contra a
nova direção organizativa das empresas, de outro lado, inúmeras atividades de
destruição carregavam implicitamente uma profunda hostilidade contra as novas
máquinas e contra o marco organizador da produção que essa tecnologia impunha.”
(DE DECCA, Edgar. O nascimento das fábricas.
3.ed. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 30–31. Citado por FARIA, Ricardo de
Moura. História. Belo Horizonte: Lê, 1993, vol. 3, p. 157)
O texto acima se refere à/ao(s)
a) movimento
conhecido como Ludismo que, segundo o autor, caracterizou-se pela ingenuidade
dos trabalhadores que enxergavam, nas novas máquinas, o inimigo a ser
enfrentado.
b) Cartismo e às
Trade-Unions, estratégias de luta que representam, conforme interpretação do
autor, as correntes políticas do movimento de destruição das máquinas.
c) primórdios
da organização e resistência dos trabalhadores à nova ordem social, marcada
pelo uso das máquinas na rotina de trabalho, configurando a chamada Revolução
Industrial.
d) influência
anarquista junto aos operários fabris, aspecto evidenciado na recusa da ação
parlamentar e na opção por uma luta direta contra as máquinas e seus
proprietários.
2. (UNIFEI SP/2008) No século XX, a partir dos anos 60, o sistema capitalista entrou em uma
nova fase de desenvolvimento, caracterizada por uma produtividade bastante
eficaz, aliada a uma sofisticada tecnologia. As principais bases desse
desenvolvimento foram:
a) a
microeletrônica, a biotecnologia e a física quântica.
b) a
microeletrônica, a biotecnologia e a química fina.
c) a
microeletrônica, a robótica e a química fina.
d) a
microeletrônica, a física nuclear e a química quântica.
3. (UNIOESTE PR/2008) Sobre o processo de mudanças a que denominamos Revolução Industrial, é
INCORRETO afirmar:
a) As sociedades
capitalistas transformaram a noção de trabalho, privilegiando-o na forma de
trabalho assalariado.
b) A conquista
progressiva da natureza pelo homem através dos avanços da técnica fez do
progresso uma das ideologias mais mobilizadoras do século XIX.
c) Constituem
elementos do sistema de fábrica, entre outros: a mais-valia como fundamento do
processo de produção, o condicionamento do trabalhador à máquina, a apropriação
do saber produzir, a aplicação de multas, o controle excessivo do tempo.
d) A
vigilância e a disciplinarização para o trabalho, nos espaços de produção,
contrastava com o laissez-faire das ruas e dos inúmeros espaços de
sociabilidades frequentados pelas populações pobres das grandes cidades
industriais, de nenhuma forma sujeitas a mecanismos de controle.
e) A introdução
da máquina no processo de produção facilitou a introdução da mão-de-obra
feminina e infantil e, dessa forma, o acúmulo de capital.
4. (UEG GO/2008) Acerca da relação entre homem e natureza ao longo da história, é CORRETO
afirmar:
a) Até o século
XVIII, a relação entre homem e natureza dava-se de forma harmônica em virtude
das sanções morais impostas pela Igreja Católica.
b) A partir
da Revolução Industrial, o processo de degradação do meio ambiente pelo homem
acelerou-se.
c) Na Idade
Média, as florestas eram compreendidas como locais de inocência e pureza ética
em virtude de sua associação com o Paraíso bíblico.
d) A histórica
vocação agrária da economia brasileira resultou na preservação de grandes
biomas no País, tais como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica.
5. (UERGS/2008) A Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do século XVIII, na
Inglaterra, provocou uma série de transformações socioeconômicas no continente
europeu, tais como:
a) retração do
mercado – produção em larga escala.
b) transferência
do centro econômico das áreas rurais para os centros urbanos – consolidação do
capitalismo como sistema dominante.
c) aumento da
intervenção do Estado nas atividades econômicas – afirmação da propriedade
privada dos meios de produção.
d) relações de
produção assalariada – fortalecimento das monarquias absolutistas.
e) padronização
da produção – liberação de contingentes de mão-de-obra das zonas urbanas para
as rurais.
6. (UFU MG/2007) Em 1889, mostraremos aos nossos filhos o que seus pais fizeram, em um
século, pelo progresso da instrução, amor ao trabalho e respeito à liberdade;
nós os faremos ver, do alto, a encosta abrupta que foi escalada desde as trevas
do passado...
BERGER, Georges. A Exposição de Paris, 1889,
Apud BARBUY, H. A Exposição Universal de 1889 em Paris. São Paulo: Loyola-USP,
1999, p.51.
Ah! A ciência! [...] Sim, foi essa mesma ciência
de que te mostras tão ufano, que constitui tua glória, foi essa mesma ciência
que te perdeu.
Jornal Cidade do Rio, 31/12/1900. Apud
SCHWARCZ, L.M., COSTA, A.M. 1890-1914: no tempo das certezas. São Paulo:
Companhia das Letras, 2000.
Considere os trechos acima e o contexto em
que foram escritos e marque a alternativa INCORRETA.
a) No século
XIX e início do XX, consolidou-se a convicção na superação de problemas do
passado por meio dos progressos das ciências. Os governos da França, Irlanda e
Alemanha se engajaram nesse movimento civilizador, difundido igualmente e
percebido como positivo e desejável.
b) O otimismo
científico marcou um período da história ocidental conhecido como Belle Époque.
Materializado nos avanços técnicos e inventos cotidianos (como locomotivas,
telégrafo, navios a vapor, pilhas, luz elétrica etc.), esse otimismo foi
sintetizado e muito difundido por meio das exposições universais.
c) No decorrer
do século XIX, os conhecimentos científicos se difundiram como elementos
fundamentais na busca de compreensão para a maior parte das questões humanas. A
medicina e a engenharia, outras áreas, tornaram-se saberes indispensáveis na
solução de problemas, até os mais cotidianos.
d) O otimismo
científico predominante, mesmo durante a Belle Époque, não impediu algumas
críticas a essa euforia pelo progresso. O engenheiro e escritor brasileiro
Euclides da Cunha, por exemplo, questionava a imposição da civilização
como um caminho sem volta e lamentava:
“estamos condenados ao progresso”.
7. (UFU MG/2007) Considere o texto abaixo e as afirmativas seguintes.
O lançamento do automóvel Ford modelo T, em
1908, nos Estados Unidos da América, assinala o futuro da produção industrial
como fruto da estandartização e do consumo de massa. Henry Ford, seu
idealizador, pretendia criar um automóvel barato e, por isso, apoiou-se nos
princípios do taylorismo que visava otimizar a cadência e os gestos do
trabalho, unidos aos princípios da padronização de peças intercambiáveis. O
modelo T foi um sucesso: em 1910 vinte mil automóveis foram fabricados ao preço
unitário de U$ 850,00 e, em 1916, seiscentos mil ao preço unitário de U$
360,00. Até que a produção se encerrasse em 1927, aproximadamente quinze
milhões de exemplares saíram da linha de montagem.
I. O sistema de
produção do Ford T baseava-se na utilização de máquinas-ferramentas, na
diminuição do uso de mão-de-obra qualificada, no fluxo contínuo de produção, na
fixação da jornada de trabalho de oito horas, no aumento dos salários.
II. A introdução
do Ford T no mercado ajudou a gerar não apenas um novo modelo de produção, mas
também, novos padrões de operários capazes de adquirir o produto do próprio
trabalho, tornando-se modelos para a sociedade americana.
III. O sucesso do
Ford T marca um momento de prosperidade e crescimento para uma sociedade que
aceitou as normas impostas pelos interesses da indústria: consumo restrito e
seletivo, trabalho cadenciado e em ritmo leve, com deslocamento do operário no
interior da fábrica.
IV. O Ford T foi
um símbolo da transformação no trabalho industrial. Os trabalhadores facilmente
adaptaram-se ao seu novo ritmo e natureza. Esse carro foi, também, símbolo dos
produtos industriais baseados em uma produção seletiva e padronizada que visava
atender uma única parcela da sociedade.
Dentre as alternativas abaixo:
a) apenas I e
II são corretas.
b) apenas I e
III são corretas.
c) apenas II e
IV são corretas.
d) apenas III e
IV são corretas.
8. (UFU MG/2008) “Há nele [morro do Castelo, no Rio de Janeiro] um formigueiro humano.
São milhares de casas e casinhas em que se empilham homens, mulheres e
crianças.”
Relatório do Ministério de Justiça e Negócios
Interiores do Brasil, 1905 e 1906. p.302.
“Quase a totalidade dos 350 mil operários de
Manchester e dos seus arredores habita em casas em mau estado, úmidas e sujas;
que as ruas por onde têm de passar estão na maior parte das vezes no mais
deplorável estado e extremamente sujas e que foram construídas sem o menor
cuidado de arejamento, com a única preocupação do maior lucro possível para o
construtor.”
ENGELS, Friedrich. A Situação da Classe
Trabalhadora em Inglaterra. Porto: Afrontamento, 1975. p.99. [primeira edição:
1892]
Considere as citações e o contexto urbano a
que se referem e marque a alternativa INCORRETA.
a) Apesar da precariedade
das moradias dos trabalhadores em algumas cidades entre o século XIX e XX, só
recentemente o estado deplorável da vida dos pobres nas grandes cidades
tornou-se um problema e passou a exigir um programa de reformas, a partir da
existência das favelas.
b) Além de
literatos como Victor Hugo e Charles Dickens, autores como Friedrich Engels
apontaram as consequências dos progressos técnicos do capitalismo sobre a vida
cotidiana das grandes cidades europeias. Esses escritores enfatizaram a
deterioração e a exploração, notáveis na paisagem, a partir do século XIX.
c) Ao longo do
século XIX e início do XX, vários profissionais atentaram-se para a situação
dos centros urbanos, como médicos e engenheiros, relacionando as condições
sanitárias às epidemias, à insalubridade e à desordem. Essa observação deu
origem a programas de reformas, que atingiram também o habitat do trabalhador.
d) As questões
de salubridade associadas às cidades tornaram-se ainda mais urgentes no final
do século XIX, devido à expansão do capitalismo industrial mundialmente, que
proporcionava contato entre portos de todos os continentes e, assim, tornava-os
mais vulneráveis às doenças.
9. (CEFET PR/2008) Movimento operário inglês, organizado no início do século XIX para
destruir máquinas, responsabilizadas pelo desemprego, que teve seu momento
culminante no assalto noturno à manufatura de William Cartwright, no condado de
York, em abril de 1812. No ano seguinte, na mesma cidade, teve lugar o maior
processo contra os participantes: dos 64 acusados de terem atentado contra a
manufatura de Cartwright, 13 foram condenados à morte e 2 à deportação para as
colônias.
Apesar da dureza das penas, esse movimento
foi uma das primeiras grandes críticas às péssimas condições de vida da classe
operária, decorrentes da Revolução Industrial, trata-se do:
a) Cartismo.
b) Ludismo.
c) Anarquismo.
d) Marxismo.
e)
Tradeunionismo.
10. (UDESC SC/2008) As questões abaixo referem-se aos movimentos operários, no contexto da
Revolução Industrial do século XIX.
I. Ao longo do
século XIX a consolidação do capitalismo tornaria as condições de vida e de
trabalho do nascente proletariado extremamente precárias.
II. O ludismo
traduz as primeiras manifestações de resistência da nascente classe operária
que ocupou os últimos anos do século XVIII e os primeiros do século XIX.
III. Em meados do
século XIX a greve geral dos trabalhadores na Europa, organizada pelo sindicato
que representava a classe operária, provocou importantes mudanças na legislação
trabalhista da época.
IV. O movimento
cartista, movimento operário que surgiu na primeira metade do século XIX, não
se constituiu um fato isolado, pois foi precedido de greves, motins,
insurreições e outras manifestações da classe operária.
V. Na segunda
metade do século XIX, e principalmente com a formação das associações
internacionais dos trabalhadores, percebeu-se uma estreita relação entre o
marxismo e o movimento operário europeu.
Assinale a alternativa correta.
a) somente as
afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.
b) somente as
afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.
c) somente as
afirmativas IV e V são verdadeiras.
d) somente as
afirmativas II e III são verdadeiras.
e) todas as
afirmativas são verdadeiras.
11. (UNIMONTES MG/2008) A burguesia anglo-saxônica, em meados de 1890, após conviver com três
décadas sucessivas de depressão, começou a repudiar o mercado não regulamentado
em todos os setores econômicos.
(MOURA, Gerson de; FALCON, Francisco. Fundamentos
do Mundo Moderno. Rio de Janeiro: Record, 1988, p. 88)
A partir da leitura do texto e dos seus
conhecimentos, pode-se afirmar que essa burguesia passou a defender e a
praticar o capitalismo
a) primitivo.
b) globalizado.
c) estatal.
d) monopolista.
12. (UFF RJ/2009) A Revolução Industrial ocorrida ao longo do século XVIII está vinculada
à história da Inglaterra no seu nascedouro.
Entretanto, à medida que o capitalismo foi-se
consolidando, a ideia de Revolução Industrial começou a ser associada a um
conceito universal e ganhou vários sinônimos, dentre os quais:
a)
republicanização, que orientava os novos processos de organização da política,
a intervenção no mercado e a Revolução Francesa;
b) modernização,
que indicava a manutenção da economia mercantilista, a centralização do Estado
e o crescimento das camadas médias;
c) industrialização,
que significava a alteração nos processos de produção, a concretização da
economia de mercado e a ascensão da burguesia;
d) maquinização,
que mostrava a crescente expansão do artesanato, da agricultura e da
fisiocracia como modelos de crescimento;
e) tecnificação,
que definia o processo industrial como dependente das modificações na
agricultura e também do agrarismo, sendo controlado politicamente pela nobreza
urbana.
13. (UFF RJ/2009) “Por meio de tudo isto – pela divisão do trabalho, supervisão do
trabalho, multas, sinos e relógios, incentivos em dinheiro, pregações e ensino,
supressão das feiras e dos esportes – formaram-se novos hábitos de trabalho e
impôs-se uma nova disciplina do tempo.”
Thompson, E. P. Costumes em comum: estudos sobre
a cultura popular tradicional.
A passagem acima indica como, através do
desenvolvimento da industrialização e do capitalismo, o trabalhador foi levado
a construir uma nova relação com o tempo, incorporando o tempo marcado pelo
relógio na atividade produtiva e na sua própria vida. Ao mesmo tempo, buscou-se
um controle e um direcionamento para o período em que não estivesse
trabalhando, de modo a orientar “positivamente” a utilização de seu “tempo
ocioso”.
Pode-se considerar que o apogeu desse
processo se deu com:
a) o
stakhanovismo, porque implementava maior produção na indústria, a partir da
extensão da jornada de trabalho, diminuindo o “tempo ocioso” do operário, e
organizando-o em grandes vilas;
b) o taylorismo,
porque preconizava a concorrência entre as diversas tarefas desempenhadas pelos
trabalhadores, reproduzindo, no interior da fábrica, os ideais de competição do
capitalismo liberal;
c) o toyotismo,
porque, ao se basear na extrema especialização das tarefas, nos estoques
abundantes das mercadorias produzidas e na rígida disciplina e hierarquia,
introduziu no Japão os valores da sociedade capitalista;
d) o
fordismo, porque, além de implementar a produção em série, aumentando a
produtividade, trouxe um conjunto de preceitos morais que deveriam ser seguidos
pelos trabalhadores fora da fábrica;
e) o fayolismo,
porque tinha como princípio a completa indiferenciação entre tempo de trabalho
e tempo de diversão, definindo que a tarefa fundamental dos operários era o
trabalho industrial capitalista.
14. (UFPE/2009) A Revolução Industrial foi importante marco da história contemporânea no
Ocidente, representando a consolidação das mudanças sugeridas pelos economistas
clássicos. Essa revolução:
a) na Inglaterra,
teve como uma de suas razões as importantes mudanças na organização da produção
agrícola.
b) efetivou-se
com a contribuição de capitais franceses e holandeses atuantes na Inglaterra.
c)
concentrou-se, em seus vários períodos, em território inglês, sem maiores
repercussões para o restante da Europa.
d) resultou do
financiamento de capitais oriundos exclusivamente da escravidão colonial.
e) possibilitou
a afirmação do ideário iluminista, consagrando a liberdade do operariado.
15. (UDESC SC/2009) Assinale a alternativa incorreta, sobre a industrialização.
a) Nunca
houve na história um tipo de sociedade industrial que não fosse nomeada e
produtivamente capitalista, ou seja, não há indústria em uma sociedade que não
seja capitalista.
b) A
industrialização se caracteriza pela produção em larga escala, localizada em
estabelecimentos fabris, com uso de maquinaria e grande quantidade de
mão-de-obra, com o objetivo de atingir um mercado consumidor.
c) A
industrialização é um processo, nesse sentido se relacionam as etapas
anteriores de produção, como nas manufaturas dos séculos XV, XVI e XVII, nas
quais já era possível notar algumas das características da industrialização.
d) A Inglaterra
é considerada uma das nações pioneiras no processo de industrialização.
e) O conceito de
industrialização implica uma série de elementos específicos, como: as
descobertas científicas e seu emprego nas atividades produtivas; uma combinação
entre as atividades de produção e de consumo; o mercado; o contrato; a moeda
como instituições que norteiam a troca entre produtores e consumidores, etc.
16. (UFC CE/2009) Leia o texto a seguir.
A cada 1º de maio, lembramos de Parsons,
Spies e seus companheiros de patíbulo. Mas poucos lembram do nome de James
Towle, que foi, em 1816, o último “destruidor de máquinas” enforcado. Caiu pelo
poço da forca gritando um hino luddita [sic] até que suas cordas vocais se
fecharam num só nó.
FERRER, Christian. Os destruidores de
máquinas. In Libertárias, n. 4, dez/1998, São Paulo, p. 5.
Sobre os destruidores de máquinas, de que
trata o texto acima, assinale a alternativa correta.
a) Foram trabalhadores
ingleses que combateram com ações diretas a mecanização dos teares durante a
Revolução Industrial.
b) Eram grupos
de rebeldes irlandeses liderados pelos radicais jacobinos insatisfeitos com a
restauração da monarquia dos Bourbon na França.
c) Eram
integrantes das vanguardas das trade unions, os primeiros sindicatos de
trabalhadores da Inglaterra, que elaboraram a “Carta do Povo”.
d) Foram
trabalhadores anarquistas que morreram enforcados por terem lutado pela jornada
de oito horas durante a greve geral de Haymarket Riot, em Chicago.
e) Eram grupos
de indígenas do meio oeste dos EUA, entre eles os sioux, que atacavam os trens
(cavalos de aço) que dividiam as manadas de búfalos dentro de seus territórios.
17. (UNCISAL AL/2009) A criação de um proletariado despossuído de qualquer propriedade, (...)
cultivadores vítimas de expropriações violentas repetidas, foi necessariamente
mais rápida que sua absorção pelas nascentes manufaturas. (...) Forma-se uma
massa de mendigos, ladrões e vagabundos. Desde o final do século XV e durante
todo o século XVI na Europa Ocidental foi criada uma legislação sanguinária
contra o ócio. Os pais da atual classe operária foram castigados por terem sido
reduzidos à situação de vagabundos e pobres. A legislação os tratava como
criminosos voluntários; ela pressupunha que dependia de seu livre arbítrio
continuar a trabalhar como antes.
(Karl Marx, O Capital. 1969)
A situação apontada por Marx refere-se ao
processo histórico
a) das
revoluções anticapitalistas, ocorridas na Europa, contra as quais a burguesia
determinou severa repressão.
b) das revoltas
operárias, como o ludismo, voltadas à destruição das máquinas e à exploração
por elas causada.
c) da Revolução
Francesa, na qual os trabalhadores foram transformados em massa de manobra dos
interesses burgueses.
d) do
cercamento dos campos, com o deslocamento de um grande contingente de
despossuídos da sua área rural de origem para os centros industriais.
e) da Revolução
Industrial, quando os criminosos eram expulsos das fábricas e proibidos de
trabalhar em outra ocupação, pela legislação vigente.
18. (UNIOESTE PR/2009) No final do século XIX e no decorrer do XX surgiram teorias com o
objetivo de controlar o tempo e o trabalhador para atingir a maior
produtividade com menor custo. Sobre estas teorias, assinale a afirmação
INCORRETA.
a) O
toyotismo é um modelo produtivo amplamente empregado pelos países capitalistas
centrais e periféricos latino-americanos.
b) O toyotismo
surgiu da necessidade da empresa adaptar suas teorias de gestão aos avanços
tecnológicos que ocorreram a partir da década de 1970, impulsionado pelo
desenvolvimento científico ligado à informática, à robótica e à
microeletrônica.
c) Frederick W.
Taylor (1856-1915) revolucionou o mundo do trabalho com o seu livro Princípios
da Administração Científica, em que analisou matematicamente a função dos
trabalhadores, calculou número de passos, movimentos, repetição e gestos para
demonstrar a tese de que para maior produtividade, deveria existir planejamento
das tarefas e aproveitamento do tempo.
d) Henry Ford
(1863-1947) foi o idealizador de um sistema de controle que racionalizou o
processo de produção, criando, em 1909, a linha de montagem, onde uma esteira
conduzia os veículos e as ferramentas até os trabalhadores.
e) No filme
Tempos Modernos, Charles Chaplin interpretou o empregado de uma fábrica moderna
que entra em crise na depressão americana. Com humor, ele evidencia o drama dos
operários transformados apenas em executores de tarefas nas linhas de produção
da grande indústria.
19. (UNIOESTE PR/2009) O toyotismo surgiu no Japão após a Segunda Guerra Mundial, elaborado
pelo engenheiro da montadora de automóvel Toyota, Taiichi Ohno. Sobre as características
do toyotismo, assinale as afirmações corretas.
I. A
incorporação de tecnologia (automação, robótica e microeletrônica) na produção
industrial, com novas formas de gestão da força de trabalho, proporcionou à
indústria japonesa um processo ágil e lucrativo de produção de mercadorias.
II. Os modelos
produtivos toyotismo e taylorismo tem como elemento principal, a flexibilização
da produção, adequada às vendas sem grandes estoques.
III. Terceirização
de alguns setores da produção.
IV. Número amplo
de trabalhadores, sendo estes pouco especializados na tecnologia empregada.
V. Destaca-se
pela introdução de estratégias colaborativas como controle de qualidade e
utilização de cartões para orientar a comunicação visual sobre falta de peças,
atraso ou adiantamento da produção.
a) I, IV e V
b) II, III e IV
c) I, III e V
d) I e II
e) I, II, III,
IV e V
20. (UFMA/2009) “As mulheres são metidas num trabalho inteiramente maquinal, no qual só
se lhes pede rapidez. Quando digo maquinal, nem imagine que seja possível
sonhar com outra coisa enquanto se trabalha e muito menos refletir. Não. O
trágico dessa situação é que o trabalho é maquinal demais para fornecer assunto
ao pensamento, e, além disso, impede qualquer outro pensamento. Pensar é ir
menos depressa, ora há normas de rapidez estabelecidas por burocratas sem
piedade e que é preciso cumprir, para não ser despedido.”
(trechos de WEIL, Simon. A condição operária
e outros estudos sobre a opressão. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p.68.)
Sobre a condição dos trabalhadores no início
da Revolução Industrial e correto afirmar que:
a) realizavam
trabalho em condições subumanas, com jornadas de 15 ou mais horas diárias.
b) tinham
conquistado direito a jornada de trabalho de 8 horas diárias e férias
remuneradas.
c) gozavam de
tempo para o estudo, a reflexão e o lazer.
d) não sofriam
acidentes de trabalho, visto a segurança e a disciplina fabril.
e) gozavam de
condições dignas de trabalho e de espaços salubres para exercer suas tarefas.
21. (UFPA/2009) Ao comentar a mudança de atitude em relação à natureza, na Inglaterra do
tempo da Revolução Industrial, o historiador Keith Thomas faz a seguinte
afirmação:
“O triunfo da nova atitude esteve
estreitamente vinculado ao crescimento das cidades e à emergência de uma ordem
industrial em que os animais se tornaram cada vez mais marginais ao processo de
produção”.
(Keith THOMAS. O homem e o mundo natural:
mudanças de atitude em relação às plantas e aos animais (1500-1800). São Paulo:
Companhia das Letras, 1996, p. 217.)
Com base nessa afirmação e no conhecimento
sobre esse assunto, é correto afirmar que:
a) os animais
foram cada vez menos importantes no processo de produção industrial, o que
ensejou um aumento da violência contra eles e implicou o desaparecimento de espécies
animais inteiras da Europa, fruto da popularização da caça profissional e
industrializada.
b) as cidades do
mundo industrial, principalmente na Inglaterra, eram marcadas pela presença
maciça de animais, fundamentais para alavancar o esforço da industrialização,
até a descoberta da máquina a vapor, no início do século XX; por isso os
animais sempre foram tão bem tratados na Inglaterra.
c) a urbanização
do campo inglês, principalmente a das grandes propriedades de terra, significou
o estabelecimento de novas relações com o mundo animal, já que o crescimento da
população levou a um aumento da matança de animais para alimentar cidades cada
vez mais populosas.
d) a
industrialização e a consequente urbanização levaram ao crescimento do número
de animais abandonados, fato que se verifica em qualquer grande cidade do mundo
hoje em dia, especialmente em Tóquio, que tem tradição de abandonar os gatos
durante a estação primaveril.
e) o
crescente processo de urbanização alterou as sensibilidades dos cidadãos em relação
aos animais, que se tornaram cada vez menos importantes para a produção
econômica. Tal processo ensejou o surgimento de novos sentimentos para com o
mundo animal, como, por exemplo, o que caracteriza a relação entre os
habitantes da cidade e seus animais de estimação.
22. (UPE/2009) Wilson Taylor (1856 – 1915) foi um engenheiro obcecado por eficiência
industrial, que defendeu o princípio da separação entre o trabalho de
planejamento, realizado pelos gerentes, e o trabalho de execução, realizado
pelos trabalhadores. A partir do ano 1980, tiveram início, no Reino Unido e nos
Estados Unidos, as chamadas políticas neoliberais, que passaram a ser vistas
como melhor resposta aos desafios da globalização. (Thomaz Wood), A vida como
extensão da empresa, em Carta Capital, n. 500. 2008. Adaptado). Com esse novo
modelo de política, seus valores e técnicas migraram, rapidamente, para outros
países desenvolvidos e, então, para Europa do Leste, Ásia e América Latina.
Essa nova conjuntura garantiu que o(a)
a) Brasil, ao
assumir a política neoliberal, diminuísse sua dívida social.
b) informação
digital e a genética passassem a ser estatizadas.
c) maioria das
empresas passasse a controlar o acesso ao desenvolvimento dos softwares.
d) uso cada vez
maior da informática garantisse a privacidade e as informações dos usuários.
e) acumulação
de conhecimentos se tornasse sinônimo de acumulação de riquezas.
23. (CEFET PR/2009) A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do
século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo e a
preponderância do capital mercantil sobre a produção. A substituição das
ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de
produção doméstico pelo sistema fabril constituiu um processo de transformação
acompanhado pelo desenvolvimento tecnológico. Com base nesse entendimento,
analise as afirmações abaixo:
I) Até a
primeira metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a de tecelagem
de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima
colonial.
II) A
Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro e de carvão mineral em seu
subsolo, principais matérias-primas utilizadas neste período. Dispunham de
mão-de-obra em abundância desde a Lei dos Cercamentos de Terras, que provocou o
êxodo rural. Os trabalhadores dirigiram-se para os centros urbanos em busca de
trabalho nas manufaturas.
III) A
Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um
desses acordos foi o Tratado de Methuen, celebrado com a decadência da
monarquia absoluta portuguesa, em 1703, por meio do qual conseguiu taxas
preferenciais para os seus produtos no mercado português.
IV) Desde seus
primórdios, a Revolução Industrial despertou a preocupação das autoridades
inglesas para que as fábricas constituíssem bons ambientes de trabalho, além da
proibição do emprego do trabalho infantil e feminino e estabelecimento de
política salarial, férias, auxílio doença e descanso semanal remunerado.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) I, II e
III.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.
24. (FGV/2009) Em 27 de setembro de 1908, em Detroit (EUA), começava a produção do Ford
Modelo T, o carro que deu início à era do automóvel e cujo centenário de lançamento
está sendo comemorado em 2008. De mecânica simples, fácil de dirigir e barato,
era a concretização da visão de seu fabricante, Henry Ford I, sobre o
automóvel. O Modelo T vendeu 15 milhões de unidades, até sair de linha, em
1927. Chegou a representar metade da frota mundial de veículos.
Assinale, dentre as alternativas seguintes, a
única que apresenta termos que estão associados ao sistema produtivo utilizado
por Henry Ford I na industrialização desse automóvel:
a) produção
flexível – industrialização customizada.
b) toyotismo –
produção flexível.
c) taylorismo –
industrialização customizada.
d) toyotismo –
industrialização customizada.
e) linha de
montagem - industrialização em massa.
25. (Mackenzie SP/2009) “Implantadas primeiramente na indústria automobilística Ford, nos
Estados Unidos, as esteiras levavam o chassi do carro a percorrer toda a
fábrica. Os operários distribuíam-se lateralmente e montavam o carro com peças
que chegavam a suas mãos em outras esteiras rolantes. Esse método de racionalização
da produção em massa foi chamado de fordismo(...)O fordismo integrou-se às
teorias do engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor, o taylorismo,
que visava ao aumento da produtividade, controlando os movimentos das máquinas
e dos homens no processo de produção.”
(Cláudio Vicentino)
O empresário Henry Ford era, durante a década
de 1920, o homem mais rico do mundo e o maior industrial do novo século. Além
da reorganização das bases do sistema de produção de automóveis, ele fixou a
jornada de trabalho de seus funcionários, em 1913, em 8 horas e o salário em
US$ 2,34 por dia. Em janeiro de 1914, elevou para US$ 5,00 por dia o salário
mínimo em suas empresas. Tal política adotada por Henry Ford, de expressivo
aumento salarial a seus funcionários, deveu-se
a) à certeza de
que, com melhores salários, seriam contratados somente os mais capacitados
operários americanos, não necessitando recorrer à força de trabalho de
imigrantes e minorias.
b) a uma
estratégia de marketing inovadora e impactante que atrairia, de forma positiva,
a atenção da imprensa e do público a favor do trabalho coletivista.
c) à
determinação, por parte desse empresário, de manter relações cordiais com os
sindicatos e de aumentar o seu prestígio junto às lideranças políticas e
religiosas do seu país.
d) à vantagem
da permanência dos operários que conseguissem garantir o elevado ritmo de
produtividade, além de permitir que os mesmos se tornassem futuros consumidores
dos automóveis da empresa.
e) ao ideal
político adotado por Henry Ford de que, somente com um novo modelo de operário
fiel à empresa, eficiente e solidário, poderiam ser lançadas as bases que,
futuramente, originariam as relações socialistas no país.
GABARITO
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