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QUESTÕES SOBRE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL VI



1. (UFCG PB/2009)
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente”.
(Cortar o tempo. Carlos Drummond de Andrade)
No poema de Drummond de Andrade, têm-se pelo menos duas perspectivas a respeito do conceito de tempo. Identifique-as.
I. Tempo cronológico, fixando as unidades de medida em ano, mês, dia, conforme expressa a estrofe “Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial”.
II. Tempo das permanências, expresso por Carlos Drummond de Andrade em: “Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez”.
III. Tempo dos grandes eventos históricos, representado no poema através do trecho “Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão”.
IV. Tempo individual, vivido pelos sujeitos, expresso no trecho “(...) tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente”.
Estão corretas:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) I e IV.


2. (UFCG PB/2009) “Introjetar um relógio moral no coração de cada trabalhador foi a primeira vitória burguesa, e a fábrica pareceu desde logo como uma realidade estarrecedora onde esse tempo útil encontrou o seu ambiente natural, sem que qualquer modificação tecnológica tivesse sido necessária. Foi através da porta da fábrica que o homem pobre, a partir do século XVIII, foi introduzido ao mundo burguês”.
(Edgar de Decca. O Nascimento das fábricas. São Paulo: Brasiliense. 1985. p. 10)
Identifique o(s) comentário(s) adequado(s) a respeito da Revolução Industrial, levando em consideração o fragmento textual e os seus conhecimentos sobre a temática:
I. “Introjetar um relógio moral no coração de cada trabalhador foi a primeira vitória burguesa”.
Comentário: a introjeção de um relógio moral no corpo de cada trabalhador demarca os dispositivos criados pela burguesia em ascensão. Autodisciplina, controle de si e crítica à ociosidade são exigências da sociedade industrial.
II. “A fábrica pareceu desde logo como uma realidade estarrecedora”.
Comentário: a expressão “realidade estarrecedora” descreve a fábrica como um lugar hostil ao trabalhador, marcado pela imposição de normas e valores por um determinado setor da sociedade: a burguesia.
III. Na fábrica o “tempo útil encontrou o seu ambiente natural”.
Comentário: a noção de tempo útil, produzida pela ampliação do mercado consumidor, não só disciplina a classe burguesa, como também se faz presente no âmbito da gente trabalhadora.
IV. “Foi através da porta da fábrica que o homem pobre, a partir do século XVIII, foi introduzido ao mundo burguês”.
Comentário: no século XVIII, a Revolução Industrial proporcionou ao homem pobre as maravilhas do mundo burguês, tornando-o um grande consumidor dos produtos industrializados (automóveis, eletrodomésticos, roupas da alta-costura, etc).
Estão corretas:
a) I, II e IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e II.
e) II, III e IV.


3. (UNIMONTES MG/2009) Desde o início, sua arrancada foi tão repentina, e teve tantas consequências, que pôde ser comparada a uma revolução: muitas revoluções políticas foram, seguramente, menos profundas.
(MANTOUX, P. Apud CHASSOT. A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994, p. 127.)
O texto faz referência às/ao
a) movimento sociopolítico de ruptura com o Antigo Regime na França.
b) reformas administrativas efetuadas pelo Marquês de Pombal, no século XVIII.
c) nascimento da grande indústria moderna, na Inglaterra do século XVIII.
d) ciências médicas, estimuladas pelo experimentalismo, na Europa medieval.


4. (UNIMONTES MG/2009) O mundo está quase todo parcelado e o que dele resta está sendo dividido, conquistado, colonizado. (Cecil Rhodes, colonialista inglês)
Em síntese, a guerra de 1914-1918 tinha por objetivo a redistribuição do mundo entre dois grupos imperialistas principais, sendo seu motor fundamental o antagonismo anglo-germânico. (Lênin)
(FARIA, Ricardo de Moura. História 2. Belo Horizonte: Lê, 1995, p. 47, 62)
Os dois textos citados, produtos e descrição de um contexto histórico,
a) convergem quanto à interpretação da conjuntura imperialista entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, do mesmo modo que são compatíveis os projetos de sociedade de seus autores.
b) referem-se a um mundo próspero e pacífico, marcado pelo avanço tecnológico e expansão das instituições políticas liberais burguesas, especialmente no hemisfério Sul.
c) descrevem a economia internacional que emergiu da primeira revolução industrial, fenômeno que instituiu, na história, de forma clara e pioneira, a divisão e o parcelamento do trabalho.
d) são testemunhos de um tempo de hegemonia europeia, modernização japonesa, crescimento econômico e expansão territorial norte-americana.


5. (UERJ/2007) A Intel, líder mundial de inovações em silício, desenvolve tecnologias, produtos e iniciativas para melhorar continuadamente a forma como as pessoas trabalham e vivem.
(www.intel.com)
A Intel investirá mais de US$ 1 bilhão de dólares na Índia ao longo de cinco anos (...). A Intel está conversando com o governo indiano sobre a instalação de unidades de produção no país (...).
(Adaptado de Valor Econômico, 06/12/2005)
A Revolução Industrial iniciada no século XVIII na Europa, que resultou na reformulação do mapa econômico desse continente, e o atual processo de desenvolvimento industrial, exemplificado nos textos, têm mecanismos distintos de localização das atividades industriais. Em cada uma dessas fases, as fábricas com novas tecnologias foram atraídas, respectivamente, pela presença de:
a) rede de transporte – governo democrático
b) incentivo fiscal – abundante matéria-prima
c) mercado consumidor – legislação ambiental flexível
d) fonte de energia – mão-de-obra com qualificação


6. (UERJ/2006) O jovem operário entra então de vez na idade adulta? Seguramente não. Ele requer proteção e controle. Proteção: segundo a lei de 1841 (na Inglaterra), até os dezesseis anos é proibido fazê-lo trabalhar aos domingos e mais de doze horas por dia.
(PERROT, M. In: LEVI, G. & SCHMITT, J. C. História dos jovens. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.)
No Brasil, o artigo 67 do Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe a contratação de menores para trabalho noturno, perigoso, insalubre e penoso. O Estatuto também proíbe que os adolescentes trabalhem em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.
(MOTA, M. B. e BRAICK, P. R. História: das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 1997.)
Apesar da existência de leis e estatutos que impedem a exploração do trabalho de crianças e adolescentes, essa é ainda uma realidade do mundo contemporâneo.
O emprego das mãos-de-obra infantil e adolescente, tanto na época da Revolução Industrial inglesa como nos dias atuais, tem raízes comuns, como:
a) êxodo rural e industrialização tardia.
b) retraimento demográfico e baixa escolaridade.
c) desvalorização salarial e concentração fundiária.
d) excesso de leis trabalhistas e desigualdade socioeconômica.


7. (UERJ/2006) A General Motors classifica o complexo industrial de Gravataí (RS) como o mais moderno e eficiente do grupo em todo o mundo. Com todas as inovações tecnológicas, a produtividade da nova fábrica deve ser uma das mais altas. Até os líderes sindicais americanos foram conferir de perto se o novo conceito de produção pode provocar desemprego. De fato, o número de postos de trabalho é reduzido na fábrica, mas cresce na cadeia de fornecedores.
(Adaptado de Exame, 14/06/2000)
Nas últimas décadas do século XX, ocorreram mudanças na estrutura produtiva, inclusive no setor secundário.
Tais transformações, consideradas por muitos autores como a 3ª Revolução Industrial, produziram impactos na dinâmica do mercado de trabalho e, consequentemente, do movimento sindical.
A correta associação entre as transformações na estrutura produtiva e na organização sindical, no período referido, está descrita em:
a) automação – redução no número de sindicatos patronais.
b) flexibilização – desaparecimento dos interesses por categoria.
c) terceirização – enfraquecimento da articulação entre os trabalhadores.
d) desindustrialização – precariedade de legitimação das centrais sindicais.


8. (FUVEST SP/2010) No Ocidente, o período entre 1848 e 1875 “é primariamente o do maciço avanço da economia do capitalismo industrial, em escala mundial, da ordem social que o representa, das ideias e credos que pareciam legitimá-lo e ratificá-lo”.
E. J. Hobsbawm. A era do capital 1848-1875.
A “ordem social” e as “ideias e credos” a que se refere o autor caracterizam-se, respectivamente, como
a) aristocrática e conservadoras.
b) socialista e anarquistas.
c) popular e democráticas.
d) tradicional e positivistas.
e) burguesa e liberais.


9. (UEG GO/2010) “Após a onda milenária da era rural, após a onda bem mais breve do maquinismo industrial, mil novos sintomas anunciam o advento de uma terceira onda, de uma era pós-industrial capaz de exaltar a dimensão criativa das atividades humanas, privilegiando mais a cultura do que a estrutura. [...] A informação e o conhecimento oferecem muito mais oportunidade a quem os detém”.
TOFFLER, Alvin. A terceira onda. Rio de Janeiro, Record, 1998. In: OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 24. ed. São Paulo: Ática, 2002. p. 105. (Adaptado).
A análise do texto acima permite inferir a seguinte ideia:
a) na última década, a redução do analfabetismo e o crescimento médio da escolaridade no Brasil foram fatores determinantes para a redução do desemprego estrutural.
b) o desenvolvimento de novas tecnologias, aliado ao conhecimento e à informação, ampliou as condições de emprego, sobretudo nos países do Sul, onde atuam as empresas transnacionais.
c) por força das inovações tecnológicas, da crescente concorrência e de novos métodos de produção, o mercado de trabalho tornou-se mais exigente, reduzindo assim as condições de empregabilidade.
d) nos países subdesenvolvidos marcados por uma economia agroexportadora, o desemprego estrutural vem superando o desemprego conjuntural, uma vez que a tecnologia absorve a mão-de-obra excedente.


10. (UEL PR/2010) Sobre a revolução industrial, cultura e trabalho na Europa, nas colônias anglo-hispânicas e no Brasil, é correto afirmar:
I. A Revolução Industrial, fenômeno que marcou a passagem do sistema de produção agrário e artesanal para o industrial, transformou as formas de sobrevivência da sociedade inglesa. Grande parte dos trabalhadores foi destituída dos meios de produção, obrigada a vender sua força de trabalho e a receber salários que comumente eram insuficientes para a sobrevivência das famílias.
II. A era moderna teve início com a Revolução industrial na Inglaterra. Reflexo de tal modernidade está no fato de que no século XVIII, as mulheres, até então vinculadas ao lar e responsáveis pela criação dos filhos e cuidados com o marido, com a grande oferta de empregos, puderam sair daquele espaço que era privado para lançarem-se no espaço público, especializando-se e concorrendo com homens no setor têxtil e metalúrgico.
III. No século XIX, trezentos anos após o início da industrialização, viveu-se a chamada Segunda Era da Revolução Industrial, de caráter digital. Este período ficou marcado pela inclusão e tratamento igualitário entre homens e mulheres nas frentes de trabalho e o fim da utilização da mão de obra infantil nas indústrias.
IV. O empobrecimento e penúria causados pela dinâmica do capitalismo pós Revolução Industrial, levou mulheres e crianças para o trabalho nas fábricas. Esta categoria de trabalhadores cumpria as mesmas tarefas e quantidade de horas que os homens, mas, por sua condição marginal, recebiam salários inferiores a eles.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.


11. (UFF RJ/2010) Segundo o cientista social Celso Uemori, “A noção de ‘luta pela existência’ de Charles Darwin foi apropriada por diversas tendências intelectuais e serviu a vários propósitos políticos. Ela deu suporte para aqueles que queriam legitimar o capitalismo e fazer apologia do individualismo, do mercado, do fim dos monopólios e da competição. Ensejou concepções conservadoras como a prática da eugenia, a justificação do elitismo, da conquista e da colonização dos europeus sobre as populações asiáticas e africanas e o racismo”.
UEMORI, Celso. Darwin por Manoel Bomfim. In: Revista Brasileira História, vol. 28, no 56, São Paulo, 2008.
Assinale a opção que melhor sintetiza a proposta de Charles Darwin.
a) Coletivismo e o fim da propriedade privada são expressões legítimas da seleção natural das espécies e demonstram a validade da teoria hereditária das raças humanas.
b) Cada espécie tem uma trajetória de evolução, independente das condições da natureza, porque a ação determinante sobre o desenvolvimento é cultural.
c) A seleção natural é uma derivação complexa do criacionismo que combina ambiente, sociedade e relações sociais, admitindo que há dois caminhos para a evolução.
d) A inteligência é sempre hereditária, independente das condições socioeconômicas dos indivíduos e vincula-se aos arquétipos e ao ambiente cultural.
e) A cada geração, a seleção natural da espécie favorece a permanência de características adaptadas e constantemente aprimoradas em relação ao ambiente.


12. (UFG GO/2010) A fisiologia é o estudo das funções, do funcionamento e dos processos que ocorrem nos órgãos e sistemas dos seres vivos. O desenvolvimento dessa disciplina ao longo do século XVII possibilitou um conhecimento mais secular acerca do corpo humano, em oposição às ideias medievais. Esse conhecimento influenciou o pensamento social moderno, na medida em que
a) validou os procedimentos terapêuticos da sangria, ao demonstrar a conexão sistêmica entre os órgãos.
b) valorizou as comunidades claustrais, ao comparar sua experiência ao sistema circulatório fechado.
c) associou o equilíbrio dos órgãos do corpo humano à regulamentação estatal nas economias europeias.
d) criticou a concepção do coração como músculo oco em defesa da ideia cristã da alma como fonte da vida.
e) rompeu com as concepções hipocráticas, associando as descobertas aos princípios do experimentalismo.


13. (UFRN/2010) Refletindo sobre os resultados da Revolução Industrial inglesa do século XVIII, o historiador Eric Hobsbawm escreveu:]
“Saber se a Revolução Industrial deu à maioria dos britânicos mais ou melhor alimentação, vestuário e habitação, em termos absolutos ou relativos, interessa, naturalmente, a todo [estudioso]. Entretanto, ele terá deixado de apreender o que a Revolução Industrial teve de essencial, se esquecer que ela não representou um simples processo de adição ou subtração, mas sim uma mudança social fundamental”.
HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Industrial inglesa ao imperialismo. Rio de Janeiro: Editora Forense- Universitária, 1983. p. 74.
A mudança referida acima resultou na
a) crescente formação de sindicatos de orientação socialista, fundamentados nas aspirações políticas e sociais da classe média inglesa.
b) ruína dos grandes proprietários de terras, a partir do deslocamento do eixo econômico, do campo para a produção fabril de natureza urbana.
c) melhoria da ordem social existente, em virtude da significativa remuneração do trabalho feminino em relação à remuneração do homem adulto.
d) nova condição do proletariado, destituído de qualquer fonte de renda digna de menção além do salário em dinheiro que recebe por seu trabalho.


14. (UNIFOR CE/2010) A Europa passou por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção, no século XVIII, com a introdução da “Revolução Industrial”, iniciada na Inglaterra, fortalecendo o sistema capitalista e solidificando suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos.
Marque a alternativa correta em relação à evolução do capitalismo por impulso da Revolução Industrial:
a) A Revolução Industrial Inglesa foi disseminada, inicialmente, nos Estados Unidos, que nessa época já era a maior potência econômica do mundo.
b) O princípio da Revolução Industrial foi possível pelos avanços tecnológicos da invenção da máquina à vapor e caracterizou-se por um tripé da Indústria Têxtil, da Siderurgia e da Mineração.
c) O princípio fundamental para o sucesso da Revolução Industrial foi a estatização dos meios de produção.
d) As maiores invenções da Revolução Industrial no século XVIII foram o automóvel, a televisão, o telefone e a geladeira.
e) Com o surgimento das primeiras indústrias na Inglaterra, aconteceu uma forte migração de trabalhadores das cidades para o campo, onde estavam instaladas essas fábricas.


15. (UNIMONTES MG/2010) Uma assembleia de trabalhadores, em Saint Peter’s Field, nesta cidade que contava com mais de sessenta mil pessoas, foi sangrentamente reprimida por tropas do Exército comandadas pelo General Wellington. O saldo foi de mais de quatrocentos feridos e onze trabalhadores mortos em um confronto que passou a ser chamado, ironicamente, de “A matança de Peterloo”.
(Manchester, agosto de 1819) (VICENTINO, C. São Paulo: Scipione, 1994, p. 116 – Adaptado.)
A intervenção do poder público no campo das relações de trabalho capitalistas, naquele momento, na Inglaterra, está associada à/aos
a) necessidade do Estado, defensor dos interesses burgueses, de conter as lutas e experiências dos grupos operários e das camadas populares em reação às condições de exploração vigentes.
b) repulsa dos segmentos mais esclarecidos da população inglesa à ação organizada dos trabalhadores, sindicalizados e combativos, nas fábricas e no Parlamento.
c) necessidade de conter os riscos de epidemias e propagação de doenças, aumentados em momentos de ajuntamentos públicos nas cercanias das fábricas e alojamentos de trabalhadores.
d) interesses econômicos dos grandes conglomerados financeiros que monopolizavam o capital industrial e buscavam a substituição da mão de obra inglesa pela dos imigrantes, de custo menos elevado.


16. (UNIOESTE PR/2010) Depois da segunda metade do século XIX constituiu-se na Europa um processo socioeconômico gerado pelas novas tecnologias, denominado por historiadores como Segunda Revolução Industrial. Sobre esse período da Idade Contemporânea, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) A imprensa foi constituída nessa época graças à invenção da máquina de escrever, da linotipo e rotativa, que aceleraram a edição e a impressão dos jornais.
b) A industrialização, inicialmente restrita à Inglaterra, expandiu-se pela França, Alemanha, Rússia, Estados Unidos e Japão. A expansão se deve, dentre outras coisas, pela descoberta do processo de conversão do ferro em aço que abriu a era das usinas siderúrgicas, graças a produção em larga escala e preços baixos.
c) Depois de 1896, poderosos grupos capitalistas ampliaram seus negócios a partir da produção em série e do uso da propaganda para estimular o consumo. Foi a partir de então que alguns países europeus buscaram consolidar o domínio econômico-cultural sobre a Ásia, África e América Latina.
d) Por volta de 1900 houve um grande aumento da população nas cidades. O crescimento urbano foi surpreendente, em especial nas metrópoles de Londres, Paris, Berlim e Nova York, que chegaram a ultrapassar a marca de 2 milhões de habitantes.
e) As duras condições de trabalho, os baixos salários e a vida miserável levaram muitos trabalhadores a organizar greves, especialmente entre os anos 1880 e 1890. A greve de 1º de maio de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos, terminou com a prisão dos envolvidos e o enforcamento de quatro operários, e esse acontecimento levou a se comemorar nessa data o Dia Internacional do Trabalho.


17. (UEG GO/2010) Leia atentamente os itens abaixo.
1. Redução do papel do Estado, sobretudo na economia; política de privatizações; abertura econômica e protecionismo dos países centrais.
2. Mudanças tecnológicas de produção; automação industrial; crescentes investimentos em pesquisa científica; robótica e biotecnologia, entre outros.
3. Pontos de interconexão da rede mundial de conhecimentos; centros irradiadores das inovações e pesquisas; elos entre universidades, empresas e mercados.
Os itens acima caracterizam, respectivamente,
a) parques industriais, neoliberalismo e 3ª Revolução Industrial.
b) neoliberalismo, tecnopolos e 3ª Revolução Industrial.
c) neoliberalismo, 3ª Revolução Industrial e tecnopolos.
d) neoliberalismo, parques industriais, tecnopolos.


18. (UNESP SP/2010) Este considerável aumento de produção que, devido à divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes: primeiro, ao aumento da destreza de cada trabalhador; segundo, à economia de tempo, que antes era perdido ao passar de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande número de máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável para o realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos.
(Adam Smith. Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações (1776), in Adam Smith/Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.)
O texto, publicado originalmente em 1776, destaca três características da organização do trabalho no contexto da Revolução Industrial:
a) a introdução de máquinas, a valorização do artesanato e o aparecimento da figura do patrão.
b) o aumento do mercado consumidor, a liberdade no emprego do tempo e a diminuição na exigência de mão de obra.
c) a escassez de mão de obra qualificada, o esforço de importação e a disciplinarização do trabalhador.
d) o controle rigoroso de qualidade, a introdução do relógio de ponto e a melhoria do sistema de distribuição de mercadorias.
e) a especialização do trabalhador, o parcelamento de tarefas e a maquinização da produção.


19. (UNIFOR CE/2010) Sistema capitalista se caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção, trabalho livre assalariado e acumulação de capital (riqueza). É um sistema representado pelo mercado baseado na iniciativa privada, racionalização dos meios de produção e exploração de oportunidades de mercado para efeito de lucro. No século XVIII, a economia passou por mudanças significativas no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortaleceu o sistema capitalista e solidificou suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo.
Sobre o assunto, é correto afirmar:
a) O Início do capitalismo como sistema econômico só foi possível pela forte intervenção governamental na economia dos países desenvolvidos.
b) A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, com a nova forma de produção- a fabril, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos.
c) A Revolução Industrial surge na Inglaterra no século XVIII, mas os Estados Unidos já eram considerados, na época, a maior economia do mundo.
d) A base tecnológica da Revolução Industrial inglesa, no seu início, foi indústria automobilística desenvolvida pelos americanos e pelos ingleses, com a descoberta do petróleo com combustível.
e) Depois do surgimento da Revolução Industrial inglesa, todos os países da Europa e do continente americano apresentaram elevado crescimento econômico baseado na indústria.


20. (UFTM MG/2011) Leia o texto.
Em 1801, em todo o continente [europeu], não havia mais de 23 cidades com mais de 100 mil habitantes, agrupando menos de 2% da população da Europa. Em meados do século, seu número já se elevava para 42; em 1900 eram 135 e, em 1913, 15% dos europeus moravam em cidades. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes que, na época, pareciam monstros, só existiam duas no início do século XIX: Londres e Paris. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, elas já eram 149.
(René Rémond. Introdução à história do nosso tempo – O Século XIX, 1976.)
A situação descrita pode ser explicada
a) pela pressão dos senhores feudais, que substituíram os antigos servos por trabalhadores livres.
b) pela descoberta dos antibióticos, que contribuiu para erradicar doenças e aumentar a expectativa média de vida.
c) pelo crescimento da publicidade, que incentivava o deslocamento de populações por todo o continente.
d) pelo processo de industrialização, que concentrou a produção e a mão de obra nos centros urbanos.
e) pela política armamentista, que incentivava o serviço militar obrigatório e o crescimento do exército nas áreas urbanas.


21. (UNIFOR CE/2011) No século XX desenvolveu-se um sistema responsável pela produção em massa de mercadorias das mais diversas espécies. Sua principal característica era a fabricação em massa, baseado numa linha de montagem. O referido sistema de produção é:
a) o Fordismo, criado por Henry Ford para sua indústria de automóveis.
b) o Toyotismo, surgido no Japão, seguia um sistema enxuto de produção, aumentando a produção, reduzindo custos e garantindo melhor qualidade e eficiência no sistema produtivo.
c) o Taylorismo, idealizado pelo engenheiro Frederick Taylor, que propôs a intensificação da divisão do trabalho, ou melhor, o fracionamento das etapas do processo produtivo para que o trabalhador desenvolvesse tarefas especializadas e repetitivas.
d) o Capitalismo, que se caracteriza como modo de produção pelas relações assalariadas de produção (trabalho assalariado).
e) o Socialismo, no qual os meios de produção são públicos ou coletivos, não existindo empresas privadas.


22. (UECE/2011) As profundas transformações vividas pela sociedade inglesa no final do século XVIII desencadearam o processo de mudanças irreversíveis, configurando o marco final da fase de transição do feudalismo para o capitalismo. Sobre este recorte histórico, é correto afirmar que se trata da
a) Revolução Inglesa, também conhecida como Guerra Civil Inglesa.
b) Revolução Agrícola, com a difusão de novas técnicas agrícolas.
c) Revolução Industrial, com as inovações técnicas.
d) Revolução Política, com as alterações na estrutura social e econômica.


23. (UEFS BA/2011) Questões políticas relacionadas à ascensão da Revolução Industrial na Inglaterra, no início do século XIX, repercutiram no Brasil, resultando
a) na decadência da mineração do ouro e no crescimento dos movimentos nativistas na Colônia.
b) na organização do comércio triangular entre as colônias inglesas, o Brasil e a Europa.
c) na assinatura dos Tratados de 1810, entre a Inglaterra e Portugal, que estabeleceram as formas de intervenção inglesa no mercado brasileiro.
d) na organização da Companhia de Comércio Inglesa das Índias Ocidentais, para atuar no controle do comércio marítimo atlântico.
e) no processo de unificação da Alemanha, grande rival da Inglaterra no comércio português.

24. (UEFS BA/2010) No final do século XVIII, enquanto a revolução pela liberdade e igualdade disseminava-se pela França e se propagava em ondas por toda a Europa, um tipo diferente de revolução, a revolução na indústria, transformava a vida dos britânicos. (PERRY, 1999, p. 352).
De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre a Revolução Industrial, é correto afirmar:
a) A “revolução pela liberdade” era um ideal que se confrontava com as diretrizes da primeira Revolução Industrial.
b) O lema de igualdade pregado pela Revolução Francesa contribuiu para a socialização dos meios de produção entre capitalistas e operários.
c) A “revolução na indústria” que alcançou o século XIX, definiu nova forma de organizar a produção e a distribuição de mercadorias.
d) O progresso no setor agrícola dificultou a expansão da “revolução na indústria” pelos países da Europa Continental.
e) A “revolução na indústria” transformou a vida dos britânicos por permanecerem isolados em uma ilha.


25. (UEL PR/2011) Os pensadores – cientistas e filósofos da época moderna – fomentaram a crença no progresso humano e científico contra a superstição e a sociedade aristocrática, portanto
a) as revoluções burguesas não conseguiram derrubar a hegemonia da Igreja na pesquisa científica e tecnológica.
b) legaram uma metodologia que viabilizou os dogmas religiosos da Igreja Positivista, referência do mundo contemporâneo.
c) o século XIX foi marcado pelo cientificismo graças às transformações mentais desencadeadas pelo pensamento racional.
d) desencadearam o materialismo, construindo a sociedade de consumo de bens para compensar a ausência de referências cristãs.
e) adotaram as práticas econômicas coletivistas, com vistas a fundar o socialismo científico nos moldes da racionalidade tecnológica.


GABARITO

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