1. (UEL PR/2011) A primeira Revolução Industrial caracterizou-se por realizar profundas
mudanças socioeconômicas, entre as quais se destacam:
I. A expulsão do
homem do campo e de sua vida comunitária, lançando-o no anonimato das cidades
industriais.
II. O fomento da
educação escolar dos trabalhadores, pois a tecnologia requeria conhecimento
para lidar com as máquinas.
III. O
estabelecimento de jornadas de trabalho de até 16 horas e do trabalho infantil,
desencadeando desemprego entre os homens.
IV. A diminuição
ao mínimo do uso da mão de obra devido à produção eletrônica, que permitiu ao
trabalhador mais tempo de lazer.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as
afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são
corretas.
c) Somente as
afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as
afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as
afirmativas II, III e IV são corretas.
2. (UERJ/2012) Quando os auditores do Ministério do Trabalho entraram na casa de
paredes descascadas num bairro residencial da capital paulista, parecia improvável
que dali sairiam peças costuradas para uma das maiores redes de varejo do país.
Não fossem as etiquetas da loja coladas aos casacos, seria difícil acreditar
que, através de uma empresa terceirizada, a rede pagava 20 centavos por peça a
imigrantes bolivianos que costuravam das 8 da manhã às 10 da noite. Os 16
trabalhadores suavam em dois cômodos sem janelas de 6 metros quadrados cada um.
Costurando casacos da marca da rede, havia dois menores de idade e dois jovens
que completaram 18 anos na oficina.
Adaptado de Época, 04/04/2011
A comparação entre modelos produtivos permite
compreender a organização do modo de produção capitalista a cada momento de sua
história. Contudo, é comum verificar a coexistência de características de
modelos produtivos de épocas diferentes.
Na situação descrita na reportagem,
identifica-se o seguinte par de características de modelos distintos do
capitalismo:
a) organização
fabril do taylorismo – legislação social fordista
b) nível de
tecnologia do neofordismo – perfil artesanal manchesteriano
c) estratégia
empresarial do toyotismo – relação de trabalho pré-fordista
d) regulação
estatal do pós-fordismo – padrão técnico sistêmico-flexível
3. (UFU MG/2011) Da forma pela qual a fabricação de alfinetes é hoje executada, um operário
desenrola o arame, outro o endireita, um terceiro corta, um quarto faz as
pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete e
assim por diante. Dessa forma, a importante atividade de fabricar um alfinete
está dividida em aproximadamente dezoito operações distintas. Trabalhando desta
maneira, dez pessoas conseguiam produzir entre elas mais de quarenta e oito mil
alfinetes por dia. Assim, pode-se considerar que cada uma produzia 4.800
alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do
outro, sem que nenhum tivesse sido treinado para este ramo de atividade,
certamente cada um deles não teria conseguido fabricar vinte alfinetes por dia,
e talvez nem mesmo um.
SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo:
Abril Cultural,1996, p. 65.
Sobre a divisão do trabalho instituída a
partir da Revolução Industrial e seus desdobramentos, é correto afirmar que:
a) o toyotismo é
uma forma de gerenciamento de estoque das indústrias, que proporcionou melhores
meios de lidar com o meio ambiente e o controle de matérias-primas.
b) o fordismo é
uma forma de gerenciamento científico que serviu para os trabalhadores
exercitarem suas melhores habilidades em atividades específicas.
c) a redução
da exigência do desenvolvimento das habilidades do trabalhador teve impacto
sobre o processo produtivo e restringiu o conhecimento integral do trabalhador
sobre seu ofício.
d) a
especialização do trabalhador obrigou que somente homens, bem treinados e com
instrução sólida, fossem absorvidos pelas vagas de trabalho geradas com o
processo de industrialização.
4. (UNCISAL AL/2011) E tanto a Grã-Bretanha quanto o mundo sabiam que a revolução industrial
lançada nestas ilhas não só pelos comerciantes e empresários como através
deles, cuja única lei era comprar no mercado mais barato e vender sem restrição
no mais caro, estava transformando o mundo. Nada poderia detê-la. Os deuses e
os reis do passado eram impotentes diante dos homens de negócios e das máquinas
a vapor do presente.
(Eric Hobsbawm. A Era das Revoluções)
O pioneirismo britânico na revolução citada
pelo autor teve relação com
a) o uso de
escravos nas fábricas e o desenvolvimento do artesanato.
b) a existência
de ferrovias e a implantação de fábricas de aço.
c) a
acumulação primitiva do capital e a disponibilidade de mão de obra.
d) a instalação
dos telégrafos e a manutenção dos campos comuns.
e) a hegemonia
do absolutismo monárquico e a economia agroexportadora.
5. (FGV/2012) A chamada Segunda Revolução Industrial, ocorrida nas últimas décadas do
século XIX, foi caracterizada:
a) pela
concentração do processo de industrialização na Inglaterra e pela montagem do
império colonial britânico.
b) pelo
desenvolvimento da eletricidade e da siderurgia e pela expansão da
industrialização para além do continente europeu.
c) pela
industrialização e pela formação de Estados nacionais no continente africano, a
partir das suas antigas fronteiras culturais e linguísticas.
d) pelo
equilíbrio de forças entre as antigas colônias europeias e os Estados europeus
devido à difusão da industrialização.
e) pela retração
da economia mundial devido à mecanização da produção e à diminuição da oferta
de produtos industrializados.
6. (UEL PR/2012) A Revolução Industrial, no século XVIII, implicou a utilização e a transformação
intensiva dos elementos naturais, por intermédio das máquinas que substituíram,
em parte, o trabalho humano e manual. Dentre essas novas máquinas e
equipamentos, destacaram-se aqueles que surgiram a partir da invenção de James
Watt, em 1768.
Com base no enunciado e nos conhecimentos
sobre a Primeira Revolução Industrial, assinale a alternativa correta.
a) A mão de obra
fabril excluiu as crianças e as mulheres da linha de montagem industrial.
b) Criaram-se
equipamentos domésticos movidos a eletricidade, como as primeiras máquinas de
lavar roupas.
c) Desenvolveram-se
transportes terrestres e marítimos, como o trem e o navio, movidos a vapor.
d) O controle da
produção na fábrica era realizado pelo ajuste dos mecanismos aos relógios
biológicos dos trabalhadores.
e) Substituiu-se
a tração animal por aquela movida a gasogênio, impulsionando o transporte
público.
7. (UNIFOR CE/2012) A Segunda Revolução Industrial ocorrida, fundamentalmente, a partir da
terceira década do século XIX, provocou profundas transformações no Sistema
Capitalista de Produção. Sobre este fato histórico é incorreto afirmar:
a) A Segunda
Revolução Industrial foi baseada no profundo avanço da Ciência Moderna e da
Tecnologia.
b) A Segunda
Revolução Industrial provocou a concentração e a centralização do Capital.
c) A Segunda
Revolução Industrial levou ao Imperialismo.
d) Os
principais setores da Segunda Revolução Industrial foram o têxtil e o
metalúrgico.
e) Durante a
Segunda Revolução Industrial, a Inglaterra perdeu o domínio da produção de bens
industrializados.
8. (PUC RJ/2012) Entre 1837 e 1839, o escritor inglês Charles Dickens publicou o romance
“Oliver Twist”. Abaixo, estão reproduzidos os primeiros parágrafos desse texto
de Dickens:
“Dentre os vários monumentos públicos que enobrecem
uma cidade de Inglaterra, cujo nome tenho a prudência de não dizer, e à qual
não quero dar um nome imaginário, um existe comum à maior parte das cidades
grandes ou pequenas: é o asilo da mendicidade.
Lá em certo dia, cuja data não é necessário
indicar, tanto mais que nenhuma importância tem, nasceu o pequeno mortal que dá
nome a este livro.
Muito tempo depois de ter o cirurgião dos
pobres da paróquia introduzido o pequeno Oliver neste vale de lágrimas, ainda
se duvidava se a pobre criança viveria ou não; se sucumbisse, é mais que
provável que estas memórias nunca aparecessem, ou então ocupariam poucas
páginas, e deste modo teriam o inapreciável mérito de ser o modelo de biografia
mais curioso e exato que nenhum país em nenhuma época jamais produziu.”
(Charles Dickens, Oliver Twist, Tradução de
Machado de Assis e Ricardo Lísias, 1ª. Ed., São Paulo, Hedra, 2002.)
Considerando a passagem acima, assinale a
alternativa que indica corretamente as características do período a que Dickens
se refere.
a) Crescimento
urbano e pobreza que acompanharam o desenvolvimento material da revolução
industrial.
b) Revolução
comercial, reforma protestante e surgimento de uma nova ética de trabalho.
c) Crise
econômica do feudalismo e ascensão das ideias científicas do liberalismo.
d) Espírito
regenerador dos valores cristãos praticados pela Contra Reforma na Inglaterra.
e) Exaltação da
classe operária inglesa e suas propensões naturais para o socialismo e a
revolução.
9. (Fac. Santa Marcelina SP/2012) “Naquele tempo, não havia doenças, nem febres, nem doenças dos ossos ou
da cabeça... Naquele tempo, tudo estava em ordem. Os estrangeiros mudaram tudo
quando chegaram.” De fato, por mais saudosismo que possa expressar esse
lamento, parece mesmo que as doenças do Velho Mundo foram mais frequentemente
mortais nas Américas do que na Europa. [...] os europeus levavam o sarampo, a
gripe, a varíola e o tifo, mas eram menos vulneráveis a tais doenças.
[...]Com o triunfo dos pasteurianos, desde o
finalzinho do século XIX, a medicina nas colônias passa por uma verdadeira
transformação. [...]
O objetivo dessa medicina é proteger a
sociedade contra os atores invisíveis que são os micróbios e os vírus. Só os
especialistas podem lutar contra esses personagens, afinal identificados. E são
as doenças enquanto tais, bem isoladas umas das outras, que constituem o objeto
da medicina no hospital; este se substitui à catedral ou ao quartel como
símbolo da presença estrangeira. Era quando eliminava a malária ou a doença do
sono que a civilização europeia tinha melhor aceitação.
(Marc Ferro. Histórias das Colonizações,
1999.)
De acordo com o texto, é correto afirmar que,
a) nos dois
processos de colonização europeia, a guerra biológica foi eficiente arma de
domínio, sendo os médicos utilizados para espalhar vírus e bactérias e, depois,
curar os nativos.
b) na
colonização da América, a falta de resistência dos nativos às doenças facilitou
seu domínio pelos europeus; já no neocolonialismo, foram os avanços da medicina
que favoreceram a aceitação desse domínio.
c) em ambos os
colonialismos, a conquista militar e a catequese foram essenciais ao sucesso da
missão civilizadora dos europeus, embora o desenvolvimento científico fosse
maior no continente americano.
d) na conquista
da América, a invulnerabilidade dos europeus às doenças constituiu um fator
psicológico que lhes trouxe vantagem, enquanto que na África e Ásia o mecanismo
de dominação foi predominantemente militar.
e) nos dois
processos de colonização europeia, a conversão ao catolicismo ocorreu depois da
atuação de profissionais que cuidavam da preservação da saúde dos colonizadores
e colonizados.
10. (Fac. Santa Marcelina SP/2013) O modus operandi é o seguinte: a Boeing contrata diversas companhias de
aviação russas, que lhe fornecem engenheiros. Usando um software francês
especializado, os engenheiros russos colaboram com seus colegas da Boeing América
– localizados em Seattle, Kansas – em projetos de aeronaves auxiliados por
computador. A combinação de cabos de fibra óptica, tecnologias avançadas de
compressão e software de fluxo de trabalho lhes permite transmitir os desenhos
de um lado para o outro, entre Moscou e os Estados Unidos.
(Thomas Friedman. O Mundo é Plano, 2005.
Adaptado.)
O conteúdo do texto sintetiza algumas das
principais forças que produziram a globalização atual. São elas:
a) o movimento
ambientalista global e a conferência ECO 92.
b) o
nacionalismo e a abundância de mão de obra desqualificada.
c) a
industrialização por substituição de importações e o protecionismo.
d) a ONU e a
formação dos blocos econômicos regionais.
e) o fim da
Guerra Fria e a Terceira Revolução Industrial.
11. (FATEC SP/2013) Leia o texto a seguir.
Como fazíamos sem botão
Uma estatística curiosa: a gente aperta por
dia, em média, 125 botões. Isso apenas nas geringonças que carregamos conosco:
celular, laptop, iPod. Essa história do convívio humano com o botão começou por
volta de 1893, quando a Central Electric Company, de Chicago, lançou o primeiro
interruptor de luz, com dois botõezinhos: um branco para ligar e um preto para
desligar.
Até então, apertar uma tecla não era
atividade desconhecida – já a utilizávamos em pianos, telégrafos e, a partir de
1888, nas máquinas fotográficas da Kodak. Mas foi só no fim do século XIX que
ferramentas manuais consagradas, como sinos e manivelas, começaram a ser
substituídas por similares movidos a eletricidade. E de utilização fácil: no
século XX, para usar qualquer coisa, bastava apertar o botão. Em vez de tocar
um sino, apertava-se a campainha.
O preço disso? Quase ninguém sabe hoje fazer
nada sem apertar um botão. Acender um lampião a gás ou manusear um elevador
hidráulico, por exemplo, são tarefas consideradas dificílimas. Para comprovar
essa situação, na Califórnia, em 2001, foi feita uma pesquisa em escolas de
segundo grau. Resultado: constatou-se que quase 30% dos alunos não faziam ideia
de como usar um telefone de disco.
(Álvaro Oppermann, revista Aventuras na
História, maio de 2007. Adaptado)
Com base nas informações do texto, é correto
afirmar que a
a) Central
Electric Company, no final do século XIX, lançou os primeiros botões para
acionar sofisticadas máquinas industriais.
b) pesquisa
aplicada em escolas públicas de segundo grau comprovou que 30% dos alunos
jamais haviam visto um telefone de disco.
c) estatística,
citada no início do texto, é curiosa e surpreendente por constatar que, no dia
a dia, esporadicamente apertamos botões.
d) falta de
conhecimento no manuseio de equipamentos sem botão pode ser considerada um
aspecto negativo da inovação trazida pela empresa americana.
e) substituição
de sinos e manivelas por similares movidos a eletricidade ocorreu pela
necessidade das empresas de baixar os altos custos de produção.
12. (FM Petrópolis RJ/2012) Um dos fatores que potencializaram a Revolução Industrial, na Inglaterra
do século XVIII, foi o desenvolvimento da indústria têxtil. Com respeito ao
desenvolvimento dessa indústria, analise as afirmativas a seguir.
I. A indústria
do algodão suplantou em importância a manufatura da lã.
II. A conquista
de novas áreas coloniais, como a Índia, possibilitou a expansão do mercado.
III. O comércio de
escravos africanos estava atrelado à possibilidade de maiores lucros na
indústria de tecidos.
É explicação para o desenvolvimento da
indústria têxtil o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II,
apenas.
c) I e III,
apenas.
d) II e III,
apenas.
e) I, II e
III.
13. (FUVEST SP/2013) Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele
instante, a centelha de vida que você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O
desespero ainda não se apoderara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e
vingança. Quando a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...)
Oh! Que noite miserável passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e desejava
despedaçar as árvores, devastar e assolar tudo o que me cercava, para depois
sentar-me e contemplar satisfeito a destruição. Declarei uma guerra sem quartel
à espécie humana e, acima de tudo, contra aquele que me havia criado e me
lançara a esta insuportável desgraça!
Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed. Porto
Alegre: LPM, 1985.
O trecho acima, extraído de uma obra
literária publicada pela primeira vez em 1818, pode ser lido corretamente como
uma
a) apologia à
guerra imperialista, incorporando o desenvolvimento tecnológico do período.
b) crítica à
condição humana em uma sociedade industrializada e de grandes avanços
científicos.
c) defesa do
clericalismo em meio à crescente laicização do mundo ocidental.
d) recusa do
evolucionismo, bastante em voga no período.
e) adesão a
ideias e formulações humanistas de igualdade social.
14. (Mackenzie SP/2013) Segundo Wallerstein (1991), o capitalismo “... foi, desde o início, um
elemento da economia mundial e não dos estados-nação. O capital nunca permitiu
que suas aspirações fossem determinadas por fronteiras nacionais.” Considere as
afirmações a respeito do modo de produção capitalista abaixo.
I. O capitalismo
comercial marca o período dos estados absolutos e do intervencionismo estatal
na economia, o que denominamos de mercantilismo.
II. O capitalismo
financeiro globalizado acelera a concentração de capitais, gerando grandes
conglomerados econômicos; mas, em contrapartida ao avanço capitalista mundial,
ampliou-se a exclusão social e a marginalização dos países periféricos.
III. Tanto o
capitalismo comercial quanto o capitalismo financeiro aplicam as diretrizes do
liberalismo econômico, especialmente no que diz respeito ao livre comércio e ao
fim dos monopólios comerciais.
É correto assinalar que
a) somente a
afirmativa I está correta.
b) somente a afirmativa
III está correta.
c) somente as
afirmativas II e III estão corretas.
d) somente as
afirmativas I e III estão corretas.
e) somente as
afirmativas I e II estão corretas.
15. (UDESC SC/2013) Segundo o historiador Eric Hobsbawn, a Revolução Industrial “sob
qualquer aspecto [este] foi provavelmente o mais importante acontecimento na
história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E
foi iniciado pela Grã-Bretanha”.
Com relação ao excerto acima, assinale a
alternativa incorreta.
a) Não
ocorreram movimentos de resistência dos trabalhadores às novas formas de
trabalho estabelecidas pela Revolução Industrial.
b) A Revolução
Industrial propiciou o surgimento de novas formas de organização da produção de
bens, sendo que o sistema de fábricas tornou-se o preponderante, difundindo-se
para outros países e continentes, no decorrer dos séculos XIX e XX.
c) Possibilitou
o estabelecimento de uma nova forma de controle do tempo, que passou a ser
marcado pelo relógio e não mais pela natureza.
d) O sistema de
fábricas, no qual os trabalhadores estão concentrados em um mesmo espaço,
possibilitou que o dono da fábrica controlasse também a mão de obra, além da
matéria prima.
e) Entre as
principais inovações tecnológicas advindas com a Revolução Industrial, pode-se
citar a substituição das máquinas movidas à tração animal ou à força da água
pelas máquinas a vapor.
16. (UNESP SP/2013) No final do século XVIII, a Inglaterra mantinha relações comerciais
regulares com várias regiões do continente africano. O interesse de ingleses
nesse comércio derivava, entre outras coisas, da necessidade de
a) mercado
consumidor para os tecidos, produzidos em escala industrial nas fábricas
inglesas e francesas.
b) especiarias e
sal, utilizados na conservação de alimentos consumidos nas grandes cidades
europeias.
c) petróleo,
utilizado como fonte principal de energia nas fábricas instaladas em torno das
grandes cidades inglesas.
d) matérias-primas,
como o algodão e os óleos vegetais, que eram utilizadas pelas fábricas inglesas.
e) mão de obra a
ser empregada nas manufaturas e fábricas que proliferavam na Inglaterra e na
França.
17. (UNESP SP/2013) Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque
envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele
ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um
sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi
a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza
humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser
considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça
dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e
não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não
foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que
cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho.
(Edward P. Thompson. A formação da classe
operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.)
O texto afirma que a Revolução Industrial
a) aumentou os
lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário criar
mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores.
b) provocou
forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e
apoio plenos de todos os segmentos da população.
c) representou
mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-os
num duro processo de produção.
d) piorou as
condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de
consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem.
e) preservou as
formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e
facilitou o alastramento de epidemias.
18. (UFRN/2013) Segundo o historiador David Landes, a Revolução Industrial
[...] começou na Inglaterra no século XVIII e
expandiu-se de forma distinta nos países da Europa continental e em algumas
áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas gerações, transformou a vida
do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu relacionamento com outros
povos do mundo.
LANDES, David S. Prometeu desacorrentado:
transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental,
desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 1.
A Revolução Industrial significou mudanças
radicais, promovendo
a) avanços
técnicos, oposição entre a burguesia e o proletariado, e revalorização mundial
dos princípios mercantilistas.
b) alteração
no processo de produção, sujeição do proletariado ao capital e divisão
internacional do trabalho.
c) aumento da
produtividade, acelerada urbanização e equilíbrio geopolítico entre as nações
europeias.
d) exploração de
nova fonte de energia, modificações de estilos de vida e rejeição às práticas
políticas imperialistas.
19. (UNIFOR CE/2013) A economista norte-americana Deirdre McCloskey afirma que as inovações
tecnológicas, baseadas na criatividade, inventividade e liberdade, provocaram o
inigualável crescimento da renda média em diversos países, especialmente a
partir do século XIX, continuando durante o século XX. Sobre inovações, criatividade
e inventividade, podemos afirmar que
a) em meados do
século XVIII, a primeira Revolução Industrial teve como principais invenções: a
máquina a vapor e a lâmpada elétrica.
b) em meados
do século XIX, a segunda Revolução Industrial desenvolveu a indústria química e
o uso da eletricidade.
c) a segunda
revolução Industrial desenvolveu o uso de computadores, tanto nos processos
industriais quanto no uso pessoal.
d) a primeira
revolução Industrial aconteceu em vários países simultaneamente: Inglaterra,
França, Holanda, Espanha e Portugal, além de introduzir a organização da
produção na fábrica.
e) as inovações
tecnológicas nos últimos vinte e cinco anos aumentaram a percentagem de
trabalhadores no setor industrial em detrimento do setor de serviços.
20. (PUCCamp SP/2012) A Revolução Industrial teve início no século XVIII e, hoje, pode-se
afirmar com segurança que o mundo vive a Terceira Revolução Industrial que
a) acelerou o
aumento da produtividade ao mesmo tempo que reduziu o emprego de mão de obra,
além de fortalecer o processo de expansão das grandes corporações
transnacionais.
b) ampliou os
impactos ambientais porque permaneceu privilegiando a matriz energética baseada
em combustíveis fósseis e manteve a siderúrgica como indústria-chave.
c) modernizou a
linha de montagem através da revalorização da divisão técnica do trabalho e
reduziu sensivelmente o desemprego estrutural.
d) aprofundou a
divisão internacional do trabalho porque, os países que foram impossibilitados
de avançar com a industrialização retomaram as exportações de matérias-primas.
e) desenvolveu
um modelo de crescimento urbano industrial que, após atingir os países ricos
chegou aos países emergentes e, provavelmente, atinja os países pobres nas
próximas décadas.
21. (PUC RJ/2012) Sobre a Revolução Industrial inglesa no século XIX, é CORRETO afirmar
que:
a) a exploração
industrial aumentou os índices de mortalidade e provocou a diminuição da população
de trabalhadores, levando a uma constante situação de crise econômica ao longo
de todo o século.
b) devido ao
deslocamento de populações rurais, as cidades associadas ao desenvolvimento
industrial passaram por um crescimento acelerado e as condições de vida da
classe trabalhadora tornaram-se ainda mais precárias.
c) o Estado foi
um agente fundamental ao longo de todo o processo de industrialização inglês,
controlando o mercado interno e também o mercado colonial com medidas de
incentivo ao consumo e restrição à pirataria e à especulação financeira.
d) a
industrialização deu origem a um forte mercado interno, composto por operários
e agricultores, que foi o principal sustentáculo do processo de
industrialização inglês.
e) a presença de
mulheres na mineração de carvão, na organização sindical e nas movimentações
grevistas permitiu o desenvolvimento de movimentos feministas que defendiam
propostas de igualdade entre homens e mulheres.
22. (PUC SP/2012) A introdução de máquinas no sistema de produção inglês, no decorrer do
século XVIII,
a) acarretou a
redução do número de empregos e da jornada de trabalho.
b) impediu a
concentração dos trabalhadores no mesmo espaço.
c) ampliou o
conhecimento dos operários acerca do processo produtivo.
d) permitiu a
preservação de formas tradicionais de vida e sociabilidade.
e) acelerou o
ritmo da produção e aumentou a produtividade.
23. (UCS RS/2012) Um cientista, membro da aristocracia europeia, reúne partes de cadáveres
de diversas pessoas, para formar uma criatura e a traz à vida com a ajuda da
energia elétrica. Essa é a sinopse da obra clássica Frankenstein: ou o moderno
Prometeu, da inglesa Mary Shelley, escrita em 1813. O livro é um dos expoentes
do gênero literário gótico, mas sua abrangência pode ser considerada maior,
pois, dependendo do ponto de vista, sua leitura gera inúmeras interpretações.
Por exemplo,
a) a obra
remete, de forma simbólica, à importância da energia elétrica em muitas das
transformações sociais que o progresso tecnológico trouxe a partir do século
XIX.
b) o cientista
simboliza o domínio dos valores econômicos sobre a natureza, como defende o
movimento literário parnasiano.
c) a criação da
vida em laboratório representa a teoria criacionista, já presente no século
XVIII, e plenamente aceita hoje, de que a vida pode ser gerada espontaneamente,
desde que haja investimento financeiro adequado.
d) o processo de
construção da criatura simboliza indiretamente os resultados das experiências
com células-tronco feitas no início do século XIX, que usaram como cobaias
representantes de diferentes classes da sociedade e provaram que é possível a
completa regeneração de órgãos e membros extirpados.
e) o fato de a
criatura ter sido feita por um cientista e não por um alquimista antecipa o
foco na relação homem/ciência, marcante no Marxismo, movimento literário
burguês.
24. (FATEC SP/2013) A máquina a vapor desenvolvida por James Watt (1736-1819) não só
revolucionou o mundo da indústria, mas também o do transporte, pois permitiu o
desenvolvimento das estradas de ferro e de navios a vapor mais velozes. Em
1775, com o apoio financeiro de um industrial, Watt iniciou a fabricação de
suas máquinas, aperfeiçoando-as e adaptando-as a todo tipo de uso. A indústria
têxtil inglesa começava a mecanizar-se e, graças a novas invenções, inclusive
às máquinas de Watt, a produção inglesa cresceu consideravelmente.
(sapientia.pucsp.br Acesso em: 15.03.2013.
Adaptado)
É correto afirmar que o desenvolvimento da
tecnologia mencionada no texto
a) levou à
redução da escala produtiva nas indústrias e diminuiu as jornadas de trabalho.
b) ampliou o
conhecimento científico, mas trouxe prejuízos econômicos para a Inglaterra.
c) ficou
restrito às áreas das fábricas, tendo pouca influência no cotidiano das
populações.
d) agilizou
as redes de comunicação e de transporte, contribuindo com outros setores
industriais.
e) foi um
fenômeno isolado numa época em que houve baixos índices de inovação
tecnológica.
25. (IFSC/2013) Os primeiros indícios de atividade semelhante ao futebol moderno são de
cerca de 2500 a.C., (...) Mas é no século XII, na Inglaterra, que aparece como
uma prática esportiva chamada mob football, no qual os jogadores deviam levar
uma bola até os extremos da cidade. [...] O futebol moderno surge, também, na
Inglaterra, por volta do final do século XIX, em plena Revolução Industrial.
Assim como os ideais do capitalismo, o futebol invade a Europa continental por
entre os portos e as ferrovias.
Revista de Geopolítica, Ponta Grossa, PR.
v.1, nº 2. p.116-128. jun/dez. 2010. Adaptado.
Leia e analise as afirmações abaixo:
I. A nação
inglesa atingiu a condição de berço da chamada Revolução Industrial. Contando
com tecnologia e apoio governamental, a Inglaterra se transformou em uma das
mais influentes potências econômicas de toda a História.
II. No século
XIX, a expansão da economia planificada (socialista) instigou os ingleses a
promover a colonização de territórios espalhados pela África e pela Ásia, no
chamado neoliberalismo ou neocolonialismo.
III. Na
Inglaterra, uma das consequências da Revolução Industrial foi a substituição da
produção em série pelo trabalho artesanal e manufatureiro.
IV. Depreende-se do
enunciado que a Inglaterra foi responsável não só pela globalização das
tecnologias da indústria moderna, mas também de uma prática desportiva que,
atualmente desperta paixões em quase todo mundo.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Apenas as
afirmações I, II e IV são verdadeiras.
b) Apenas as
afirmações II e III são verdadeiras.
c) Apenas a
afirmação III é verdadeira.
d) Apenas as
afirmações I e IV são verdadeiras.
e) Todas as
afirmações são verdadeiras.
GABARITO
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