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QUESTÕES SOBRE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL VIII



1. (PUC SP/2013) As teorias sociais do século XIX surgiram num contexto de avanço da industrialização e mobilização dos trabalhadores em defesa de direitos sociais. Podemos dizer que grande parte das ações desses trabalhadores
a) eram inspiradas nas ideias liberais, que rejeitavam a sociedade industrial e defendiam a liberdade de ação e expressão.
b) reconheciam a inevitabilidade da fábrica como sistema de organização da produção e defendiam a mecanização da agricultura.
c) ocorriam nas cidades e repudiavam as más condições de trabalho e as dificuldades cotidianas de alimentação e moradia.
d) fundamentavam-se em princípios religiosos, que afirmavam a necessidade de o homem viver sempre junto à natureza.
e) buscavam a destruição das fábricas e a valorização do sistema artesanal, mais rentável e produtivo.


2. (PUCCamp SP/2013) O produtivismo desumano, referido no texto de Alcebíades Villares, foi um dos resultados provocados pela Revolução Industrial.
Sobre os fatores que explicam o pioneirismo inglês nessa revolução, destaca-se
a) a conquista e colonização das colônias na América que, dispondo de matérias-primas e mão de obra abundante, deu início ao desenvolvimento da industrialização britânica.
b) o processo de cercamento dos campos, propiciando o surgimento de um contingente de trabalhadores, que se transformaram em mão de obra barata para as indústrias.
c) a precoce implantação de uma república parlamentarista que favoreceu o fortalecimento de uma classe política interessada em desenvolver o comércio e a indústria de base no país.
d) os tratados de comércio e navegação realizados com as colônias que incentivaram a importação de manufaturados e a exportação de matérias-primas e estimularam a industrialização inglesa.
e) a inexistência de uma política centralizadora que contribuiu para que as colônias tivessem autonomia para produzirem bens de capitais e desenvolverem tecnologia para as indústrias inglesas.


3. (UFAL/2013) “Desde o século XVI vinha-se operando na Inglaterra uma verdadeira revolução agrária que consistia, sobretudo, na substituição da produção fragmentada em pequenas unidades distribuídas entre proprietários ou arrendatários camponeses por uma produção em larga escala concentrada em grandes propriedades, controladas por um único senhor, que se tornava cada vez mais um grande empresário. Essa alteração foi possibilitada principalmente pelas leis de enclousures ou leis de cercamento dos campos comuns.” (NADAI, Elza; NEVES, Joana. História Geral, Moderna e Contemporânea. Saraiva. 1984). Levando em consideração o texto e o seu conhecimento, pode-se afirmar que
a) um dos fatores que explica o pioneirismo inglês na Revolução Industrial foi a abundância de mão de obra.
b) as Leis de Cercamento permitiram o surgimento de novas práticas econômicas, chamadas mercantilistas.
c) o trabalho em série não garantiu uma maior produtividade.
d) os tratados de comércio e navegação determinaram a importação de produtos manufaturados e a exportação de matéria prima.
e) os cercamentos não ofereciam a matéria prima para a indústria têxtil.


4. (Unicastelo/2013) O comércio colonial tinha criado a indústria algodoeira, e continuava a alimentá-la. No século XVIII ela se desenvolvera perto dos maiores portos coloniais: Bristol, Glasgow e, especialmente, Liverpool, o grande centro do comércio de escravos. As plantações das Índias Ocidentais forneciam o grosso do algodão para a indústria britânica e, em troca, os plantadores compravam tecidos de algodão de Manchester em apreciáveis quantidades.
(Eric Hobsbawn. A era das revoluções, 1981. Adaptado.)
O historiador Eric Hobsbawn descreve o processo de industrialização da Inglaterra, ainda no século XVIII, referindo-se à
a) utilização de escravos nas fábricas inglesas.
b) absorção do mercado português pela economia inglesa.
c) conquista militar britânica da América.
d) expansão da indústria de luxo na América e na Europa.
e) interação dos mercados consumidores e fornecedores.


5. (ESCS DF/2014) No mundo ocidental, a contemporaneidade se inicia sob o impacto de uma dupla revolução: na economia, a Revolução Industrial rompia radicalmente com os padrões anteriores do sistema produtivo, trazendo mudanças profundas na vida das sociedades; na política, as revoluções liberais burguesas, iniciadas com a independência das 13 colônias inglesas da América do Norte, sepultavam o Antigo Regime e inauguravam uma nova ordem política. No que concerne ao significado de ambas as revoluções, assinale a opção correta.
a) O Antigo Regime quedou-se ante a força avassaladora da Revolução Francesa e da Era Napoleônica, encerrando-se sem oferecer resistência à nova ordem liberal burguesa que procurava se instalar no mundo ocidental.
b) A Revolução Americana, em 1776, representou o nascimento dos Estados Unidos da América do Norte, mas irrelevante ou mesmo inexistente foi sua influência em movimentos de independência nas colônias ibéricas da América.
c) Por maior que tenha sido a importância da Revolução Industrial para a configuração do mundo contemporâneo, sua força circunscreveu-se ao sistema produtivo, com as inúmeras inovações tecnológicas.
d) Entre as principais transformações advindas da Revolução Industrial, o fenômeno da urbanização mostra-se irreversível e acompanha o processo de modernização econômica que ocorre em escala global.


6. (FGV/2014) A nova entrada da pobreza indigente será não mais um fenômeno temporário do desemprego ou como resistência ao trabalho dos pobres não moralizados, mas como Criatura da própria sociedade industrial, como resíduo que, produzido por ela, nela não tem lugar. É em Londres que o sistema de fábrica despeja sua escória humana. Mais uma vez questiona-se o pensamento liberal em um dos seus pressupostos básicos, o laissez-faire.
Uns pedem ao governo leis severas de controle da superpopulação e medidas no sentido de se exportar o resíduo para as colônias.
(Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no século XIX. p. 104-7. Adaptado)
Segundo o texto,
a) a produção do “resíduo” pelo sistema de fábrica torna a pobreza algo crônico, o que leva a propostas intervencionistas que colocam em xeque a própria ação do Estado liberal.
b) soluções para o intervencionismo do Estado absolutista reforçam o laissez-faire, uma vez que a miséria produzida pelo sistema fabril é pontual e não gera tensões sociais.
c) o laissez-faire passa a ser questionado porque o sistema industrial produz a miséria, ou seja, não acentua as diferenças sociais e garante ao Estado liberal todas as formas de intervenção.
d) a miséria não é produto do sistema de fábrica e sim do desemprego e da vagabundagem, o que torna as propostas do controle do “resíduo” inviáveis para o Estado liberal.
e) a industrialização produz o vagabundo e o desempregado, mas não a miséria, e, portanto, soluções intervencionistas harmonizam-se com o Estado absolutista e não com o Estado liberal.


7. (FMJ SP/2014) Com pequenas exceções, as principais invenções técnicas da primeira fase industrial não exigiram conhecimento científico muito avançado. A partir da metade do século XIX, as coisas se modificaram. O telégrafo estava ligado bem de perto à ciência acadêmica. As tintas artificiais da indústria, um triunfo de síntese de massa química, nasceram de um laboratório de uma fábrica. Como testemunham as novelas de Júlio Verne (1828-1905), o professor tornou-se uma figura industrial mais importante do que nunca: não foi ao grande Louis Pasteur (1822-1895) que os produtores de vinho na França foram procurar para resolver um difícil problema?
(Eric J. Hobsbawm. A era do capital, 1977. Adaptado.)
No entender do historiador, as invenções de tecnologia industrial, a partir da segunda metade do século XIX, derivaram da
a) sabedoria no uso das máquinas adquirida pela massa dos operários.
b) atividade de pesquisadores, com formação científica, em laboratórios.
c) preocupação dos Estados em formar trabalhadores especializados.
d) expansão do número de empresas controladas pelos sindicatos.
e) abundância de matérias-primas nas nações industrializadas.


8. (UFSCAR SP/2013) O tamanho das unidades produtoras aumentou: as máquinas e a energia exigiram e possibilitaram a concentração da fabricação, e as oficinas ou as salas de trabalho domiciliares deram lugar às usinas e às fábricas. Ao mesmo tempo, a fábrica passou a ser mais do que uma unidade de trabalho de maiores dimensões.
 [...] De um lado, havia o empregador, que não apenas contratava a mão de obra e comercializava o produto acabado, mas também fornecia o equipamento fundamental e supervisionava seu uso. De outro, havia o trabalhador, não mais capaz de possuir e fornecer os meios de produção e reduzido à condição de operário.
(David S. Landes. Prometeu desacorrentado, 1994.)
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra no século XVIII, difundindo-se em seguida para os países da Europa Continental e para algumas áreas de além-mar. O historiador David Landes, no excerto acima, argumenta que a industrialização teve muitos aspectos, pois
a) valorizou o trabalho artesanal e entregou o controle da produção aos trabalhadores.
b) isolou os trabalhadores nas fábricas e favoreceu os ganhos monetários dos operários.
c) exigiu força física na operação das máquinas e tornou mais lento o ritmo do trabalho.
d) melhorou a vida dos trabalhadores e extinguiu os sofrimentos sociais.
e) modificou o processo de trabalho e transformou profundamente a sociedade.


9. (UNIFOR CE/2014) Em torno da metade do século XIX, a economia mundial, particularmente europeia e norte-americana, passou por profundas transformações tecnológicas e organizacionais. Analise as afirmativas abaixo a respeito dessas transformações:
I. Multiplicaram-se as fábricas: na Inglaterra, Alemanha, Bélgica, USA, França e China.
II. Aumento do número de invenções e consequentemente de patentes.
III. Introdução da administração científica.
IV. Principais setores: energia elétrica, química, aço, petróleo e têxtil.
V. Houve a concentração e a centralização do capital.
Somente estão CORRETAS as afirmativas:
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) I, II e IV.


10. (UNIFOR CE/2014) A indústria artesanal, na qual o artesão era dono da oficina e dos instrumentos de trabalho foi substituída, já ao longo do século XVI, pelo sistema manufatureiro doméstico (putting-out system). Sobre este assunto pode-se afirmar que:
a) No primeiro momento, o mercador capitalista fornecia a matéria-prima ao artesão que ainda era dono do processo produtivo.
b) No segundo momento, o mercador capitalista passou a ser o proprietário das máquinas e dos equipamentos, mas não fornecia a matéria-prima.
c) No terceiro momento, não fornecia a matéria-prima, passou a ser dono do prédio. Surgiu a fábrica.
d) A partir do terceiro momento, o trabalhador associou-se ao capitalista na participação nos lucros da empresa.
e) O trabalho que era assalariado no primeiro momento tornou-se um trabalho de semi-servidão.


11. (UNIRG TO/2014) Leia o texto a seguir.
Art. 2o: Fazer as chamadas ou saídas pontualmente conforme lhe ordenar o mestre geral.
Art. 3o: Tomar nota no Livro de Pontos das horas de trabalho de cada operário.
Art. 6o: Não consentir que se retirem do repartimento sem licença por escrito do mestre de sua repartição.
REGULAMENTO, Portaria, arts. 2o, 3o, 6o. In: GIROLETTI, Domingos. Fábrica: convento e disciplina. Brasília: Ed. da UnB, 2002. p. 193.
Compõem o fragmento apresentado alguns artigos do regulamento de uma fábrica, os quais tratam do controle do tempo. A partir da Revolução Industrial, a instalação de relógios, de sirenes e de livros de ponto no ambiente das fábricas está associada ao processo de
a) consolidação dos direitos trabalhistas, atendendo à reivindicação do movimento operário pela jornada máxima de oito horas diárias de trabalho.
b) laicização dos costumes, rompendo com a marcação do tempo realizada pelos sinos das igrejas de acordo com as horas canônicas.
c) disciplinarização do trabalhador, buscando delimitar o tempo do trabalho com o objetivo de controlar e aumentar a produtividade.
d) intervenção do Estado, implementando uma política pública que cronometrava a produção e regulava a vida de patrões e empregados.


12. (IFGO/2014) Leia o texto a seguir:
“O que significa a frase ‘a revolução industrial explodiu’? Significa que a certa altura da década de 1780, e pela primeira vez na história da humanidade, foram retirados os grilhões do poder produtivo das sociedades humanas, que daí em diante se tornaram capazes da multiplicação rápida, constante, e até o presente ilimitada, de homens, mercadorias e serviços.”
HOBSBAWM, E. A era das revoluções (1789-1848). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. p. 50.
Sabe-se que o processo de revolução industrial, iniciado no século XVIII, acarretou várias transformações em termos econômicos, sociais e culturais. São mudanças relacionadas a esse processo, exceto
a) a revolução industrial, que ocasionou uma nova disciplinarização do trabalho que passava a sujeitar o operário da fábrica a uma rotina produtiva marcada pelo tempo do relógio.
b) o processo de aceleração da produção, que veio acompanhado da reunião dos trabalhadores no ambiente das fábricas, espaços esses extremamente insalubres.
c) a incorporação de novas técnicas e tecnologias no ambiente da fábrica, tidas como fundamentais para uma maior aceleração da produção, que resultou em mudanças significativas nas relações de trabalho.
d) as mudanças técnicas no período oitocentista, ocorridas no campo e na cidade, que não podem ser entendidas como responsáveis pela migração dos camponeses para o meio urbano.
e) a revolução industrial, que não só modificou as relações de trabalho e as relações sociais, como também produziu um abismo ainda maior entre ricos e pobres.


13. (IFSP/2014) A fabricação em massa foi uma técnica de produção colocada em prática, a partir do início do século XX, nas fábricas de automóveis de Henry Ford.
A submissão do trabalho operário a essa forma de produção visava
a) reduzir ao máximo os custos de produção e, assim, baratear o produto, de modo a que sua venda fosse estendida a um maior volume de consumidores.
b) dar ao operário o conhecimento de todo o processo de produção, para que ele estivesse apto a assumir várias funções.
c) colaborar para a saúde dos operários, pois, através de movimentos repetitivos, os músculos de todos permaneceriam fortes e rijos.
d) afastar as mulheres do trabalho operário na indústria automobilística, pois elas não suportariam o trabalho repetitivo.
e) incentivar a criatividade dos operários, o que resultaria em uma grande linha de modelos Ford que ainda hoje têm sucesso.


14. (UCS RS/2014) A invenção da máquina a vapor trouxe grandes transformações no processo de produção de manufaturas no sistema fabril inglês no final do século XVIII e parte do século XIX.
Considere as seguintes afirmativas sobre algumas das consequências sociais desse processo.
I O crescimento das cidades nas regiões industrializadas foi mais intenso. A falta de habitações era enorme, os aluguéis elevadíssimos; os trabalhadores se aglomeravam em habitações de um só quarto, com várias famílias morando juntas, em total promiscuidade.
II A jornada de trabalho chegava a ser de quatorze horas diárias, quase ininterruptas, porém havia assistência aos desempregados ou enfermos.
III As crianças e mulheres eram empregadas nas fábricas e usava-se o castigo corporal para controlar a produtividade e a disciplina no trabalho. Nesse período, as indústrias acumularam o capital com a exploração do trabalho.
Das afirmativas acima, pode-se dizer que
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas I e III estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.


15. (UEA AM/2013) A expansão da industrialização para fora da Inglaterra, no século XIX, modificou, profundamente, o equilíbrio político estabelecido na Europa, desde o Congresso de Viena (1814-1815). Entre as modificações produzidas pela industrialização de certas regiões da Europa encontram-se as
a) unificações políticas da Alemanha e da Itália.
b) anexações políticas dos países americanos.
c) independências das colônias africanas.
d) oposições dos economistas ao liberalismo.
e) reduções significativas das populações urbanas.


16. (UFT TO/2014) “O próprio nome de revolução industrial reflete seu impacto relativamente tardio sobre a Europa. A coisa existia na Inglaterra antes do termo. Os socialistas ingleses e franceses - eles próprios um grupo sem antecessores - só o inventaram por volta da década de 1820, provavelmente por analogia com a revolução política na França. Ainda assim, seria de bom alvitre considerá-la primeiro, por duas razões. Primeiro, porque de fato ela "explodiu" - usando a expressão como um axioma - antes que a Bastilha fosse assaltada; e, segundo, porque sem ela não podemos entender o vulcão impessoal da história sobre o qual nasceram os homens e acontecimentos mais importantes de nosso período e a complexidade desigual de seu ritmo.”
Fonte: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007, p. 50.
Podemos destacar como um dos fatores históricos, que favoreceu o desenvolvimento da Revolução Inglesa, no século XVII, e que criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do século XVIII:
a) as ampliações lentas e graduais de um verdadeiro mercado interno e ativo
b) as formações de pequenas propriedades e de um número reduzido de escravos
c) as perseguições religiosas realizadas pela monarquia inglesa contra os protestantes
d) as benfeitorias à burguesia pelas ações políticas empreendidas pela dinastia Tudor
e) as constantes epidemias, como a peste negra, que bloquearam as viagens comerciais


17. (UERN/2014) “Como se pode encontrar uma expressão quantitativa para o fato, que hoje em dia poucos poderiam negar, de que a Revolução Industrial criou o mundo mais feio no qual o homem jamais vivera como testemunhavam as lúgubres, fétidas e enevoadas vielas dos bairros baixos de Manchester [...] Ninguém podia negar que havia uma pobreza espantosa. Muitos sustentavam que estava mesmo aumentando e se aprofundando. E ainda assim, pelos eternos critérios que medem os triunfos da indústria e da ciência, poderia até mesmo o mais lúgubre dos observadores racionalistas sustentar que, em termos materiais, o mundo estava em condições piores do que em qualquer época anterior (...)? Não poderia.
(Eric J. Hobsbawn. A era das revoluções (1789-1848). Trad. Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 322-323.)
De acordo com as palavras do ilustre historiador Eric Hobsbawn, pode-se inferir que
a) apesar dos problemas, a industrialização superou numérica e qualitativamente os percalços advindos de sua própria implantação.
b) embora os benefícios materiais inerentes ao processo industrial fossem grandes, ainda eram insatisfatórios aos olhos dos capitalistas.
c) diante dos paradoxos do capitalismo, os problemas trazidos pela industrialização são insignificantes, já que as desigualdades já existiam anteriormente.
d) ainda que houvesse progresso, existia um imenso contraste, pois ao mesmo tempo que a industrialização trouxe evolução, acelerou também as discrepâncias sociais.


18. (PUC RJ/2014) A Revolução Industrial representou uma profunda mudança nas relações políticas e econômicas no ocidente e no mundo.
Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar:
a) que, em seus inícios, a industrialização se deu em setores de baixo investimento tecnológico e financeiro como, por exemplo, a indústria de tecidos e fibras.
b) que a Revolução Industrial se desenvolveu com especial vigor na Inglaterra tornando-a a principal potência industrial do século XIX.
c) que, com novas tecnologias, como o uso industrial do vapor e do aço, os investimentos do capitalismo nascente se voltaram para novos setores econômicos como transportes e siderurgia.
d) que, em meados do século XIX, parte do continente europeu, inclusive a Rússia, a América do Norte e a Ásia, já apresentavam importantes núcleos industriais.
e) que a nova forma da economia, o capitalismo industrial, exigiu uma reforma nos modelos de administração do Estado e fez com que países desenvolvidos adotassem políticas de regulação do mercado global.


19. (UEFS BA/2014) A primeira Revolução Industrial, apesar de não se basear em ciência, apoiava-se em um amplo uso de informações, aplicando e desenvolvendo os conhecimentos preexistentes. E a segunda Revolução Industrial, depois de 1850, foi caracterizada pelo papel decisivo da ciência ao promover a inovação. De fato, laboratórios de P&D [Pesquisa e Desenvolvimento] apareceram pela primeira vez na indústria química alemã nas últimas décadas do século XIX. (CASTELLS, 1999, p. 50).
CASTELLS, M. Tradução de Roneide V. Majer. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra S.A., v. 1, 1999.
Segundo o que preconiza o texto, é possível reconhecer uma Terceira Revolução Industrial, a partir da segunda metade do século XX, caracterizada por
a) ser de baixo custo, facilitando a rápida substituição de equipamentos e o reaproveitamento dos produtos usados.
b) estar diretamente associada à concentração da riqueza por aqueles que dispõem de recursos para dominá-la.
c) garantir o controle do meio ambiente, evitando o desperdício e a contaminação da natureza por produtos descartados.
d) assegurar o acesso a todos, independentemente do nível de renda ou de instrução, promovendo a distribuição igualitária de seus benefícios.
e) aplicar conhecimentos científicos e tecnológicos que beneficiam a rapidez da informação, o armazenamento e o cruzamento de dados e a criação de novas tecnologias.


20. (UESPI/2014) "O fato relevante do período entre 1790 e 1830 é a formação da classe operária". "Os vinte e cinco anos após 1795 podem ser considerados como os anos da contrarrevolução". [Durante esse período] "o povo foi submetido, simultaneamente, à intensificação de duas formas intoleráveis de relação: a exploração econômica e a opressão política." Essas afirmações, extraídas de A Formação da Classe Operária Inglesa, do historiador E. P. Thompson, relacionam-se ao quadro histórico decisivo na formação do mundo contemporâneo, no qual se situam:
a) a revolução comercial e a reforma protestante.
b) o feudalismo e o liberalismo.
c) a revolução industrial e a revolução francesa.
d) o capitalismo e a contrarreforma.
e) o socialismo e a revolução russa.


21. (ESCS DF/2015) A partir de meados do século XIX, o Ocidente conheceu notável desenvolvimento científico, assinalado pelo avanço do conhecimento nas mais diversas áreas, como a biologia e a química. Essa realidade assentava-se em transformações estruturais que ultrapassavam os limites da economia para envolver os mais diversos aspectos da vida social. O referido período é comumente chamado de
a) nacionalismo radical.
b) Segunda Guerra Mundial.
c) Segunda Revolução Industrial.
d) Romantismo literário.


22. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2015) Suas mais sérias consequências foram sociais: a transição da nova economia criou a miséria e o descontentamento, os ingredientes da revolução social. E, de fato, a revolução social eclodiu na forma de levantes espontâneos dos trabalhadores da indústria e das populações pobres das cidades, produzindo as revoluções de 1848 no continente e os amplos movimentos cartistas na Grã-Bretanha.
(Eric Hobsbawm, A era das revoluções: Europa 1789-1848)
O historiador refere-se
a) aos desdobramentos da Revolução Francesa, que difundiu pela Europa os valores da burguesia em oposição ao liberalismo da nobreza.
b) às consequências das guerras napoleônicas, que espalharam a fome e, com isso, despertaram o sentimento nacional.
c) aos efeitos da industrialização sobre o meio ambiente, uma vez que esse processo alterou a paisagem rural e urbana.
d) à expansão do marxismo na Europa, que criou o desejo de mudança social por influência dos movimentos ocorridos antes na América.
e) aos resultados da Revolução Industrial, que aumentou a pobreza e gerou diferentes formas de revolta das camadas populares.


23. (FATEC SP/2015) No século XIX, assistiu-se ao desenvolvimento e à consolidação do capitalismo industrial, sustentado por uma tecnologia fabril ainda incipiente e por grandes contingentes de trabalhadores submetidos a regras impostas pelos donos das fábricas — no geral, sem a intervenção do Estado.
O século XX, por sua vez, foi palco de rápidos e intensos avanços tecnológicos. Como exemplos desses avanços, podemos citar o surgimento de modelos de gestão do trabalho e da acumulação, que possibilitaram a produção e o consumo em larga escala. Destacam-se ainda as importantes conquistas sociais e trabalhistas e uma profunda crise que forçou uma reestruturação produtiva, principalmente a partir da década de 1970, atingindo o mundo do trabalho em termos globais.
(http://tinyurl.com/pl53wdn Acesso em: 30.06.2014. Adaptado)
Refletindo sobre as formas de organização do trabalho descritas no texto, é correto concluir que,
a) durante o século XIX, o capitalismo industrial garantia todos os direitos aos trabalhadores.
b) durante o século XIX, ocorreu uma crise produtiva devido à profunda intervenção do Estado.
c) durante o século XX, o modelo de organização do trabalho manteve-se como era no XIX.
d) a partir da década de 1970, são retomados os direitos trabalhistas vigentes no século XIX.
e) a partir do século XX, os modelos de gestão do trabalho estão ligados aos avanços tecnológicos.


24. (IFPE/2015) Com a revolução Industrial, a Europa assistiu a mudanças significativas nos processos produtivos e nas relações de trabalho. Analise as proposições e assinale a única verdadeira.
a) A política de cercamento das propriedades rurais, que gerou a expulsão de muitos camponeses das terras onde trabalhavam, atrasou o processo de industrialização, devido à permanência destes camponeses nas zonas rurais
b) Num primeiro momento, as inovações tecnológicas advindas com a Revolução Industrial modificaram apenas a vida no campo, pois aceleraram a produção agrícola.
c) As recém-criadas fábricas, que se amontoaram nas cidades inglesas e logo se espalharam para o continente, careciam de mão de obra especializada, tendo em vista que a operação das máquinas exigia um amplo conhecimento técnico.
d) O trabalho nas fábricas era executado, principalmente, por homens, tendo em vista a sua capacidade em aguentar longas jornadas. Por isso, para mulheres e crianças estavam destinadas as atividades domésticas e agrícolas.
e) A industrialização promoveu uma migração de camponeses às cidades em busca de emprego, o que gerou um amento populacional no meio urbano. Porém, encontraram péssimas condições de trabalho, como longas jornadas de até 16 horas diárias.


25. (IFSP/2015) O movimento Cartista surgiu na Inglaterra entre as décadas de 30 e 40 do século XIX e reivindicava melhores condições de vida e de trabalho a nova classe operária. Antes dele, ocorreu o Ludismo, o qual
a) pretendia reformar a legislação, promovendo a passagem das fábricas para as mãos dos operários.
b) organizou as primeiras manifestações do marxismo na Inglaterra.
c) apoiou a criação dos falanstérios, nos moldes executados na França.
d) promovia a destruição das máquinas e um retorno ao trabalho manual.
e) almejava a criação de uma sociedade socialista em que todos os meios de produção pertenceriam ao corpo da população.



GABARITO

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