1. (PUC SP/2013) As teorias sociais do século XIX surgiram num contexto de avanço da
industrialização e mobilização dos trabalhadores em defesa de direitos sociais.
Podemos dizer que grande parte das ações desses trabalhadores
a) eram
inspiradas nas ideias liberais, que rejeitavam a sociedade industrial e
defendiam a liberdade de ação e expressão.
b) reconheciam a
inevitabilidade da fábrica como sistema de organização da produção e defendiam
a mecanização da agricultura.
c) ocorriam
nas cidades e repudiavam as más condições de trabalho e as dificuldades
cotidianas de alimentação e moradia.
d)
fundamentavam-se em princípios religiosos, que afirmavam a necessidade de o
homem viver sempre junto à natureza.
e) buscavam a
destruição das fábricas e a valorização do sistema artesanal, mais rentável e
produtivo.
2. (PUCCamp SP/2013) O produtivismo desumano, referido no texto de Alcebíades Villares, foi
um dos resultados provocados pela Revolução Industrial.
Sobre os fatores que explicam o pioneirismo
inglês nessa revolução, destaca-se
a) a conquista e
colonização das colônias na América que, dispondo de matérias-primas e mão de
obra abundante, deu início ao desenvolvimento da industrialização britânica.
b) o processo
de cercamento dos campos, propiciando o surgimento de um contingente de
trabalhadores, que se transformaram em mão de obra barata para as indústrias.
c) a precoce
implantação de uma república parlamentarista que favoreceu o fortalecimento de
uma classe política interessada em desenvolver o comércio e a indústria de base
no país.
d) os tratados
de comércio e navegação realizados com as colônias que incentivaram a
importação de manufaturados e a exportação de matérias-primas e estimularam a
industrialização inglesa.
e) a
inexistência de uma política centralizadora que contribuiu para que as colônias
tivessem autonomia para produzirem bens de capitais e desenvolverem tecnologia
para as indústrias inglesas.
3. (UFAL/2013) “Desde o século XVI vinha-se operando na Inglaterra uma verdadeira
revolução agrária que consistia, sobretudo, na substituição da produção
fragmentada em pequenas unidades distribuídas entre proprietários ou
arrendatários camponeses por uma produção em larga escala concentrada em
grandes propriedades, controladas por um único senhor, que se tornava cada vez
mais um grande empresário. Essa alteração foi possibilitada principalmente
pelas leis de enclousures ou leis de cercamento dos campos comuns.” (NADAI,
Elza; NEVES, Joana. História Geral, Moderna e Contemporânea. Saraiva. 1984).
Levando em consideração o texto e o seu conhecimento, pode-se afirmar que
a) um dos
fatores que explica o pioneirismo inglês na Revolução Industrial foi a
abundância de mão de obra.
b) as Leis de
Cercamento permitiram o surgimento de novas práticas econômicas, chamadas
mercantilistas.
c) o trabalho em
série não garantiu uma maior produtividade.
d) os tratados
de comércio e navegação determinaram a importação de produtos manufaturados e a
exportação de matéria prima.
e) os
cercamentos não ofereciam a matéria prima para a indústria têxtil.
4. (Unicastelo/2013) O comércio colonial tinha criado a indústria algodoeira, e continuava a
alimentá-la. No século XVIII ela se desenvolvera perto dos maiores portos
coloniais: Bristol, Glasgow e, especialmente, Liverpool, o grande centro do
comércio de escravos. As plantações das Índias Ocidentais forneciam o grosso do
algodão para a indústria britânica e, em troca, os plantadores compravam
tecidos de algodão de Manchester em apreciáveis quantidades.
(Eric Hobsbawn. A era das revoluções, 1981.
Adaptado.)
O historiador Eric Hobsbawn descreve o
processo de industrialização da Inglaterra, ainda no século XVIII, referindo-se
à
a) utilização de
escravos nas fábricas inglesas.
b) absorção do
mercado português pela economia inglesa.
c) conquista
militar britânica da América.
d) expansão da
indústria de luxo na América e na Europa.
e) interação dos mercados consumidores e
fornecedores.
5. (ESCS DF/2014) No mundo ocidental, a contemporaneidade se inicia sob o impacto de uma
dupla revolução: na economia, a Revolução Industrial rompia radicalmente com os
padrões anteriores do sistema produtivo, trazendo mudanças profundas na vida
das sociedades; na política, as revoluções liberais burguesas, iniciadas com a
independência das 13 colônias inglesas da América do Norte, sepultavam o Antigo
Regime e inauguravam uma nova ordem política. No que concerne ao significado de
ambas as revoluções, assinale a opção correta.
a) O Antigo
Regime quedou-se ante a força avassaladora da Revolução Francesa e da Era
Napoleônica, encerrando-se sem oferecer resistência à nova ordem liberal
burguesa que procurava se instalar no mundo ocidental.
b) A Revolução
Americana, em 1776, representou o nascimento dos Estados Unidos da América do
Norte, mas irrelevante ou mesmo inexistente foi sua influência em movimentos de
independência nas colônias ibéricas da América.
c) Por maior que
tenha sido a importância da Revolução Industrial para a configuração do mundo
contemporâneo, sua força circunscreveu-se ao sistema produtivo, com as inúmeras
inovações tecnológicas.
d) Entre as
principais transformações advindas da Revolução Industrial, o fenômeno da
urbanização mostra-se irreversível e acompanha o processo de modernização
econômica que ocorre em escala global.
6. (FGV/2014) A nova entrada da pobreza indigente será não mais um fenômeno temporário
do desemprego ou como resistência ao trabalho dos pobres não moralizados, mas
como Criatura da própria sociedade industrial, como resíduo que, produzido por
ela, nela não tem lugar. É em Londres que o sistema de fábrica despeja sua
escória humana. Mais uma vez questiona-se o pensamento liberal em um dos seus
pressupostos básicos, o laissez-faire.
Uns pedem ao governo leis severas de controle
da superpopulação e medidas no sentido de se exportar o resíduo para as
colônias.
(Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no
século XIX. p. 104-7. Adaptado)
Segundo o texto,
a) a produção
do “resíduo” pelo sistema de fábrica torna a pobreza algo crônico, o que leva a
propostas intervencionistas que colocam em xeque a própria ação do Estado
liberal.
b) soluções para
o intervencionismo do Estado absolutista reforçam o laissez-faire, uma vez que
a miséria produzida pelo sistema fabril é pontual e não gera tensões sociais.
c) o
laissez-faire passa a ser questionado porque o sistema industrial produz a miséria,
ou seja, não acentua as diferenças sociais e garante ao Estado liberal todas as
formas de intervenção.
d) a miséria não
é produto do sistema de fábrica e sim do desemprego e da vagabundagem, o que
torna as propostas do controle do “resíduo” inviáveis para o Estado liberal.
e) a
industrialização produz o vagabundo e o desempregado, mas não a miséria, e,
portanto, soluções intervencionistas harmonizam-se com o Estado absolutista e
não com o Estado liberal.
7. (FMJ SP/2014) Com pequenas exceções, as principais invenções técnicas da primeira fase
industrial não exigiram conhecimento científico muito avançado. A partir da
metade do século XIX, as coisas se modificaram. O telégrafo estava ligado bem
de perto à ciência acadêmica. As tintas artificiais da indústria, um triunfo de
síntese de massa química, nasceram de um laboratório de uma fábrica. Como
testemunham as novelas de Júlio Verne (1828-1905), o professor tornou-se uma
figura industrial mais importante do que nunca: não foi ao grande Louis Pasteur
(1822-1895) que os produtores de vinho na França foram procurar para resolver
um difícil problema?
(Eric J. Hobsbawm. A era do capital, 1977.
Adaptado.)
No entender do historiador, as invenções de
tecnologia industrial, a partir da segunda metade do século XIX, derivaram da
a) sabedoria no
uso das máquinas adquirida pela massa dos operários.
b) atividade
de pesquisadores, com formação científica, em laboratórios.
c) preocupação
dos Estados em formar trabalhadores especializados.
d) expansão do
número de empresas controladas pelos sindicatos.
e) abundância de
matérias-primas nas nações industrializadas.
8. (UFSCAR SP/2013) O tamanho das unidades produtoras aumentou: as máquinas e a energia
exigiram e possibilitaram a concentração da fabricação, e as oficinas ou as
salas de trabalho domiciliares deram lugar às usinas e às fábricas. Ao mesmo
tempo, a fábrica passou a ser mais do que uma unidade de trabalho de maiores dimensões.
[...]
De um lado, havia o empregador, que não apenas contratava a mão de obra e
comercializava o produto acabado, mas também fornecia o equipamento fundamental
e supervisionava seu uso. De outro, havia o trabalhador, não mais capaz de
possuir e fornecer os meios de produção e reduzido à condição de operário.
(David S. Landes. Prometeu desacorrentado,
1994.)
A Revolução Industrial teve início na
Inglaterra no século XVIII, difundindo-se em seguida para os países da Europa
Continental e para algumas áreas de além-mar. O historiador David Landes, no
excerto acima, argumenta que a industrialização teve muitos aspectos, pois
a) valorizou o
trabalho artesanal e entregou o controle da produção aos trabalhadores.
b) isolou os trabalhadores
nas fábricas e favoreceu os ganhos monetários dos operários.
c) exigiu força
física na operação das máquinas e tornou mais lento o ritmo do trabalho.
d) melhorou a
vida dos trabalhadores e extinguiu os sofrimentos sociais.
e) modificou
o processo de trabalho e transformou profundamente a sociedade.
9. (UNIFOR CE/2014) Em torno da metade do século XIX, a economia mundial, particularmente
europeia e norte-americana, passou por profundas transformações tecnológicas e
organizacionais. Analise as afirmativas abaixo a respeito dessas
transformações:
I.
Multiplicaram-se as fábricas: na Inglaterra, Alemanha, Bélgica, USA, França e
China.
II. Aumento do
número de invenções e consequentemente de patentes.
III. Introdução da
administração científica.
IV. Principais
setores: energia elétrica, química, aço, petróleo e têxtil.
V. Houve a
concentração e a centralização do capital.
Somente estão CORRETAS as afirmativas:
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) I, II e IV.
10. (UNIFOR CE/2014) A indústria artesanal, na qual o artesão era dono da oficina e dos
instrumentos de trabalho foi substituída, já ao longo do século XVI, pelo
sistema manufatureiro doméstico (putting-out system). Sobre este assunto
pode-se afirmar que:
a) No primeiro
momento, o mercador capitalista fornecia a matéria-prima ao artesão que ainda
era dono do processo produtivo.
b) No segundo
momento, o mercador capitalista passou a ser o proprietário das máquinas e dos
equipamentos, mas não fornecia a matéria-prima.
c) No terceiro
momento, não fornecia a matéria-prima, passou a ser dono do prédio. Surgiu a
fábrica.
d) A partir do
terceiro momento, o trabalhador associou-se ao capitalista na participação nos
lucros da empresa.
e) O trabalho
que era assalariado no primeiro momento tornou-se um trabalho de semi-servidão.
11. (UNIRG TO/2014) Leia o texto a seguir.
Art. 2o: Fazer as chamadas ou saídas
pontualmente conforme lhe ordenar o mestre geral.
Art. 3o: Tomar nota no Livro de Pontos das
horas de trabalho de cada operário.
Art. 6o: Não consentir que se retirem do
repartimento sem licença por escrito do mestre de sua repartição.
REGULAMENTO, Portaria, arts. 2o, 3o, 6o. In:
GIROLETTI, Domingos. Fábrica: convento e disciplina. Brasília: Ed. da UnB,
2002. p. 193.
Compõem o fragmento apresentado alguns
artigos do regulamento de uma fábrica, os quais tratam do controle do tempo. A
partir da Revolução Industrial, a instalação de relógios, de sirenes e de
livros de ponto no ambiente das fábricas está associada ao processo de
a) consolidação
dos direitos trabalhistas, atendendo à reivindicação do movimento operário pela
jornada máxima de oito horas diárias de trabalho.
b) laicização
dos costumes, rompendo com a marcação do tempo realizada pelos sinos das
igrejas de acordo com as horas canônicas.
c) disciplinarização
do trabalhador, buscando delimitar o tempo do trabalho com o objetivo de
controlar e aumentar a produtividade.
d) intervenção
do Estado, implementando uma política pública que cronometrava a produção e
regulava a vida de patrões e empregados.
12. (IFGO/2014) Leia o texto a seguir:
“O que significa a frase ‘a revolução
industrial explodiu’? Significa que a certa altura da década de 1780, e pela
primeira vez na história da humanidade, foram retirados os grilhões do poder produtivo
das sociedades humanas, que daí em diante se tornaram capazes da multiplicação
rápida, constante, e até o presente ilimitada, de homens, mercadorias e
serviços.”
HOBSBAWM, E. A era das revoluções
(1789-1848). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. p. 50.
Sabe-se que o processo de revolução
industrial, iniciado no século XVIII, acarretou várias transformações em termos
econômicos, sociais e culturais. São mudanças relacionadas a esse processo,
exceto
a) a revolução
industrial, que ocasionou uma nova disciplinarização do trabalho que passava a
sujeitar o operário da fábrica a uma rotina produtiva marcada pelo tempo do
relógio.
b) o processo de
aceleração da produção, que veio acompanhado da reunião dos trabalhadores no
ambiente das fábricas, espaços esses extremamente insalubres.
c) a
incorporação de novas técnicas e tecnologias no ambiente da fábrica, tidas como
fundamentais para uma maior aceleração da produção, que resultou em mudanças
significativas nas relações de trabalho.
d) as
mudanças técnicas no período oitocentista, ocorridas no campo e na cidade, que
não podem ser entendidas como responsáveis pela migração dos camponeses para o
meio urbano.
e) a revolução
industrial, que não só modificou as relações de trabalho e as relações sociais,
como também produziu um abismo ainda maior entre ricos e pobres.
13. (IFSP/2014) A fabricação em massa foi uma técnica de produção colocada em prática, a
partir do início do século XX, nas fábricas de automóveis de Henry Ford.
A submissão do trabalho operário a essa forma
de produção visava
a) reduzir ao
máximo os custos de produção e, assim, baratear o produto, de modo a que sua
venda fosse estendida a um maior volume de consumidores.
b) dar ao
operário o conhecimento de todo o processo de produção, para que ele estivesse
apto a assumir várias funções.
c) colaborar
para a saúde dos operários, pois, através de movimentos repetitivos, os
músculos de todos permaneceriam fortes e rijos.
d) afastar as
mulheres do trabalho operário na indústria automobilística, pois elas não
suportariam o trabalho repetitivo.
e) incentivar a
criatividade dos operários, o que resultaria em uma grande linha de modelos
Ford que ainda hoje têm sucesso.
14. (UCS RS/2014) A invenção da máquina a vapor trouxe grandes transformações no processo
de produção de manufaturas no sistema fabril inglês no final do século XVIII e
parte do século XIX.
Considere as seguintes afirmativas sobre
algumas das consequências sociais desse processo.
I O crescimento
das cidades nas regiões industrializadas foi mais intenso. A falta de
habitações era enorme, os aluguéis elevadíssimos; os trabalhadores se
aglomeravam em habitações de um só quarto, com várias famílias morando juntas,
em total promiscuidade.
II A jornada de
trabalho chegava a ser de quatorze horas diárias, quase ininterruptas, porém
havia assistência aos desempregados ou enfermos.
III As crianças e
mulheres eram empregadas nas fábricas e usava-se o castigo corporal para
controlar a produtividade e a disciplina no trabalho. Nesse período, as
indústrias acumularam o capital com a exploração do trabalho.
Das afirmativas acima, pode-se dizer que
a) apenas I está
correta.
b) apenas II
está correta.
c) apenas I e
III estão corretas.
d) apenas II e
III estão corretas.
e) I, II e III
estão corretas.
15. (UEA AM/2013) A expansão da industrialização para fora da Inglaterra, no século XIX,
modificou, profundamente, o equilíbrio político estabelecido na Europa, desde o
Congresso de Viena (1814-1815). Entre as modificações produzidas pela
industrialização de certas regiões da Europa encontram-se as
a) unificações
políticas da Alemanha e da Itália.
b) anexações
políticas dos países americanos.
c)
independências das colônias africanas.
d) oposições dos
economistas ao liberalismo.
e) reduções
significativas das populações urbanas.
16. (UFT TO/2014) “O próprio nome de revolução industrial reflete seu impacto
relativamente tardio sobre a Europa. A coisa existia na Inglaterra antes do
termo. Os socialistas ingleses e franceses - eles próprios um grupo sem
antecessores - só o inventaram por volta da década de 1820, provavelmente por
analogia com a revolução política na França. Ainda assim, seria de bom alvitre
considerá-la primeiro, por duas razões. Primeiro, porque de fato ela
"explodiu" - usando a expressão como um axioma - antes que a Bastilha
fosse assaltada; e, segundo, porque sem ela não podemos entender o vulcão
impessoal da história sobre o qual nasceram os homens e acontecimentos mais
importantes de nosso período e a complexidade desigual de seu ritmo.”
Fonte: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007, p. 50.
Podemos destacar como um dos fatores
históricos, que favoreceu o desenvolvimento da Revolução Inglesa, no século
XVII, e que criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do
século XVIII:
a) as ampliações
lentas e graduais de um verdadeiro mercado interno e ativo
b) as formações
de pequenas propriedades e de um número reduzido de escravos
c) as
perseguições religiosas realizadas pela monarquia inglesa contra os protestantes
d) as
benfeitorias à burguesia pelas ações políticas empreendidas pela dinastia Tudor
e) as constantes
epidemias, como a peste negra, que bloquearam as viagens comerciais
17. (UERN/2014) “Como se pode encontrar uma expressão quantitativa para o fato, que hoje
em dia poucos poderiam negar, de que a Revolução Industrial criou o mundo mais
feio no qual o homem jamais vivera como testemunhavam as lúgubres, fétidas e
enevoadas vielas dos bairros baixos de Manchester [...] Ninguém podia negar que
havia uma pobreza espantosa. Muitos sustentavam que estava mesmo aumentando e
se aprofundando. E ainda assim, pelos eternos critérios que medem os triunfos
da indústria e da ciência, poderia até mesmo o mais lúgubre dos observadores
racionalistas sustentar que, em termos materiais, o mundo estava em condições
piores do que em qualquer época anterior (...)? Não poderia.
(Eric J. Hobsbawn. A era das revoluções
(1789-1848). Trad. Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel, Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 322-323.)
De acordo com as palavras do ilustre
historiador Eric Hobsbawn, pode-se inferir que
a) apesar dos
problemas, a industrialização superou numérica e qualitativamente os percalços
advindos de sua própria implantação.
b) embora os
benefícios materiais inerentes ao processo industrial fossem grandes, ainda
eram insatisfatórios aos olhos dos capitalistas.
c) diante dos
paradoxos do capitalismo, os problemas trazidos pela industrialização são
insignificantes, já que as desigualdades já existiam anteriormente.
d) ainda que
houvesse progresso, existia um imenso contraste, pois ao mesmo tempo que a
industrialização trouxe evolução, acelerou também as discrepâncias sociais.
18. (PUC RJ/2014) A Revolução Industrial representou uma profunda mudança nas relações
políticas e econômicas no ocidente e no mundo.
Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar:
a) que, em seus
inícios, a industrialização se deu em setores de baixo investimento tecnológico
e financeiro como, por exemplo, a indústria de tecidos e fibras.
b) que a Revolução
Industrial se desenvolveu com especial vigor na Inglaterra tornando-a a
principal potência industrial do século XIX.
c) que, com
novas tecnologias, como o uso industrial do vapor e do aço, os investimentos do
capitalismo nascente se voltaram para novos setores econômicos como transportes
e siderurgia.
d) que, em
meados do século XIX, parte do continente europeu, inclusive a Rússia, a
América do Norte e a Ásia, já apresentavam importantes núcleos industriais.
e) que a nova
forma da economia, o capitalismo industrial, exigiu uma reforma nos modelos de
administração do Estado e fez com que países desenvolvidos adotassem políticas
de regulação do mercado global.
19. (UEFS BA/2014) A primeira Revolução Industrial, apesar de não se basear em ciência,
apoiava-se em um amplo uso de informações, aplicando e desenvolvendo os
conhecimentos preexistentes. E a segunda Revolução Industrial, depois de 1850,
foi caracterizada pelo papel decisivo da ciência ao promover a inovação. De
fato, laboratórios de P&D [Pesquisa e Desenvolvimento] apareceram pela
primeira vez na indústria química alemã nas últimas décadas do século XIX.
(CASTELLS, 1999, p. 50).
CASTELLS, M. Tradução de Roneide V. Majer. A
sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra S.A., v. 1, 1999.
Segundo o que preconiza o texto, é possível
reconhecer uma Terceira Revolução Industrial, a partir da segunda metade do
século XX, caracterizada por
a) ser de baixo
custo, facilitando a rápida substituição de equipamentos e o reaproveitamento
dos produtos usados.
b) estar diretamente
associada à concentração da riqueza por aqueles que dispõem de recursos para
dominá-la.
c) garantir o
controle do meio ambiente, evitando o desperdício e a contaminação da natureza
por produtos descartados.
d) assegurar o
acesso a todos, independentemente do nível de renda ou de instrução, promovendo
a distribuição igualitária de seus benefícios.
e) aplicar
conhecimentos científicos e tecnológicos que beneficiam a rapidez da
informação, o armazenamento e o cruzamento de dados e a criação de novas tecnologias.
20. (UESPI/2014) "O fato relevante do período entre 1790 e 1830 é a formação da
classe operária". "Os vinte e cinco anos após 1795 podem ser
considerados como os anos da contrarrevolução". [Durante esse período]
"o povo foi submetido, simultaneamente, à intensificação de duas formas
intoleráveis de relação: a exploração econômica e a opressão política."
Essas afirmações, extraídas de A Formação da Classe Operária Inglesa, do
historiador E. P. Thompson, relacionam-se ao quadro histórico decisivo na
formação do mundo contemporâneo, no qual se situam:
a) a revolução
comercial e a reforma protestante.
b) o feudalismo
e o liberalismo.
c) a
revolução industrial e a revolução francesa.
d) o capitalismo
e a contrarreforma.
e) o socialismo
e a revolução russa.
21. (ESCS DF/2015) A partir de meados do século XIX, o Ocidente conheceu notável
desenvolvimento científico, assinalado pelo avanço do conhecimento nas mais
diversas áreas, como a biologia e a química. Essa realidade assentava-se em
transformações estruturais que ultrapassavam os limites da economia para
envolver os mais diversos aspectos da vida social. O referido período é
comumente chamado de
a) nacionalismo
radical.
b) Segunda
Guerra Mundial.
c) Segunda
Revolução Industrial.
d) Romantismo literário.
22. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2015) Suas mais sérias consequências foram sociais: a transição da nova
economia criou a miséria e o descontentamento, os ingredientes da revolução
social. E, de fato, a revolução social eclodiu na forma de levantes espontâneos
dos trabalhadores da indústria e das populações pobres das cidades, produzindo
as revoluções de 1848 no continente e os amplos movimentos cartistas na
Grã-Bretanha.
(Eric Hobsbawm, A era das revoluções: Europa
1789-1848)
O historiador refere-se
a) aos
desdobramentos da Revolução Francesa, que difundiu pela Europa os valores da
burguesia em oposição ao liberalismo da nobreza.
b) às
consequências das guerras napoleônicas, que espalharam a fome e, com isso,
despertaram o sentimento nacional.
c) aos efeitos
da industrialização sobre o meio ambiente, uma vez que esse processo alterou a
paisagem rural e urbana.
d) à expansão do
marxismo na Europa, que criou o desejo de mudança social por influência dos
movimentos ocorridos antes na América.
e) aos resultados
da Revolução Industrial, que aumentou a pobreza e gerou diferentes formas de
revolta das camadas populares.
23. (FATEC SP/2015) No século XIX, assistiu-se ao desenvolvimento e à consolidação do
capitalismo industrial, sustentado por uma tecnologia fabril ainda incipiente e
por grandes contingentes de trabalhadores submetidos a regras impostas pelos
donos das fábricas — no geral, sem a intervenção do Estado.
O século XX, por sua vez, foi palco de
rápidos e intensos avanços tecnológicos. Como exemplos desses avanços, podemos
citar o surgimento de modelos de gestão do trabalho e da acumulação, que
possibilitaram a produção e o consumo em larga escala. Destacam-se ainda as
importantes conquistas sociais e trabalhistas e uma profunda crise que forçou uma
reestruturação produtiva, principalmente a partir da década de 1970, atingindo
o mundo do trabalho em termos globais.
(http://tinyurl.com/pl53wdn Acesso em:
30.06.2014. Adaptado)
Refletindo sobre as formas de organização do
trabalho descritas no texto, é correto concluir que,
a) durante o
século XIX, o capitalismo industrial garantia todos os direitos aos
trabalhadores.
b) durante o
século XIX, ocorreu uma crise produtiva devido à profunda intervenção do
Estado.
c) durante o
século XX, o modelo de organização do trabalho manteve-se como era no XIX.
d) a partir da
década de 1970, são retomados os direitos trabalhistas vigentes no século XIX.
e) a partir
do século XX, os modelos de gestão do trabalho estão ligados aos avanços
tecnológicos.
24. (IFPE/2015) Com a revolução Industrial, a Europa assistiu a mudanças significativas
nos processos produtivos e nas relações de trabalho. Analise as proposições e
assinale a única verdadeira.
a) A política de
cercamento das propriedades rurais, que gerou a expulsão de muitos camponeses
das terras onde trabalhavam, atrasou o processo de industrialização, devido à
permanência destes camponeses nas zonas rurais
b) Num primeiro
momento, as inovações tecnológicas advindas com a Revolução Industrial
modificaram apenas a vida no campo, pois aceleraram a produção agrícola.
c) As
recém-criadas fábricas, que se amontoaram nas cidades inglesas e logo se
espalharam para o continente, careciam de mão de obra especializada, tendo em
vista que a operação das máquinas exigia um amplo conhecimento técnico.
d) O trabalho
nas fábricas era executado, principalmente, por homens, tendo em vista a sua
capacidade em aguentar longas jornadas. Por isso, para mulheres e crianças
estavam destinadas as atividades domésticas e agrícolas.
e) A industrialização promoveu uma migração
de camponeses às cidades em busca de emprego, o que gerou um amento
populacional no meio urbano. Porém, encontraram péssimas condições de trabalho,
como longas jornadas de até 16 horas diárias.
25. (IFSP/2015) O movimento Cartista surgiu na Inglaterra entre as décadas de 30 e 40 do
século XIX e reivindicava melhores condições de vida e de trabalho a nova
classe operária. Antes dele, ocorreu o Ludismo, o qual
a) pretendia
reformar a legislação, promovendo a passagem das fábricas para as mãos dos
operários.
b) organizou as
primeiras manifestações do marxismo na Inglaterra.
c) apoiou a
criação dos falanstérios, nos moldes executados na França.
d) promovia a destruição das máquinas e um
retorno ao trabalho manual.
e) almejava a criação
de uma sociedade socialista em que todos os meios de produção pertenceriam ao
corpo da população.
GABARITO
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