1. (UESPI/2009) Rousseau construiu uma obra que se apresentou significativa para a
afirmação do mundo moderno. Historicamente, contribui para refletir sobre a
educação quando escreveu a obra Emílio.
No seu livro, Rousseau propõe:
a) a manutenção
das tradições cristãs, enfatizando a disciplina religiosa.
b) o fim de
muitos preconceitos, ressaltando a bondade humana.
c) a prevalência
do mando dos homens, pela sua capacidade de disciplinar.
d) o cuidado com
a ética, pois os humanos são egoístas e vaidosos.
e) a ruptura com
todas as religiões, cheias de superstições e preconceitos.
2. (UEG GO/2009) Entendia o filósofo Jean-Jacques Rousseau que a sociedade civil é
resultado das transformações que a espécie humana sofreu ao longo de sua
história, sobretudo da condição de selvagem para a condição de homem
civilizado.
O que permitiu essa transformação, segundo
este filósofo, é a perfectibilidade. Selecione, nos itens a seguir, aquele que
expressa o sentido de perfectibilidade em Rousseau, ou seja, a capacidade que o
homem tem de
a) aperfeiçoar-se.
b) encontrar
soluções para seus problemas.
c) enfrentar
seus medos.
d) escapar dos
perigos.
3. (FGV/2003) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se
crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...) A ordem
social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito,
no entanto, não se origina da natureza: funda- se, portanto, em convenções.”
J.J. Rousseau, Do Contrato Social, in Os
Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1978, p. 22
A respeito da citação de Rousseau, é correto
afirmar:
a) Aproxima-se
do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a
ordem social.
b) Filia-se ao
pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de submissão
semelhante à escravatura.
c) Filia-se ao
pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão praticada na América, ao
longo do século XIX.
d) Aproxima-se
do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve ser abolido e a
sociedade, governada por autogestão.
e) Aproxima-se
do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito sagrado
que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.
4. (FEI SP/2008) Leia o texto abaixo:
“A passagem do estado de natureza para o
estado civil determina no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua
conduta o instinto pela justiça e dando às suas ações a moralidade que antes
lhe faltava. É só então que, tomando a voz do dever o lugar do impulso físico,
e o direito o lugar do apetite, o homem, até aí levando em consideração apenas
a sua pessoa, vê-se forçado a agir baseando-se em outros princípios e a
consultar a razão antes de ouvir suas inclinações. Embora nesse estado se prive
de muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras de igual monta: suas
faculdades se exercem e se desenvolvem, suas ideias se alargam, seus
sentimentos se enobrecem, toda a sua alma se eleva a tal ponto, que, se os
abusos dessa nova condição não o degradassem frequentemente a uma condição
inferior àquela donde saiu, deveria sem cessar bendizer o instante feliz que
dela o arrancou para sempre e fez, de um animal estúpido e limitado, um ser
inteligente e um homem.”
(Rousseau, J.J. Do Contrato Social, São Paulo:
Abril Cultural, 1978, p. 36)
Segundo Rousseau,
a) a sociedade é
responsável pela decadência humana, daí a necessidade de voltarmos ao Estado de
Natureza.
b) apenas a
organização política é capaz de imprimir moralidade às ações humanas.
c) o homem no
Estado Civil é um animal estúpido e limitado e, ao abandoná-lo e “voltar” ao
Estado de Natureza, recupera seu caráter humano.
d) no Estado
Civil os sentimentos humanos se enobrecem, daí a necessidade de se abolir o
Estado para que o homem possa se realizar numa sociedade sem Estado.
e) a justiça e a
moral são elementos nascidos no Estado de Natureza.
5. (Mackenzie SP/2007) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um dos grandes expoentes do movimento
de ideias que se forjaram ao longo do século XVIII. Embora recusado por grande
parte dos membros da alta burguesia, seu pensamento acabou por influenciar
tanto os revolucionários franceses de 1789 quanto os pensadores clássicos do
liberalismo econômico.
Considere os trechos abaixo:
I. Afirmo, pois,
que a soberania, não sendo senão o exercício da vontade geral, jamais pode
alienar-se, e que o soberano, que nada é senão um ser coletivo, só pode ser
representado por si mesmo. O poder pode transmitir-se; não, porém, a vontade.
(Do contrato social)
II. O verdadeiro
fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno,
lembrou-
se de dizer: Isto é meu!, e encontrou pessoas
suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios,
misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as
estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: Defendei-vos
de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de
todos, e que a terra não pertence a ninguém! (Discurso sobre a desigualdade
entre os homens)
III. Nasce daí
esta questão debatida: se será melhor ser amado que temido ou vice-versa.
Responder-se-á que se desejaria ser uma e outra coisa; mas como é difícil
reunir ao mesmo tempo as qualidades que dão aqueles resultados, é muito mais
seguro ser temido que amado, quando se tenha que falhar numa das duas. (O
príncipe)
IV. Por outro
lado, os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros (e sim, pelo
contrário, um enorme desprazer), quando não existe um poder capaz de manter a
todos em respeito. Porque cada um pretende que seu companheiro lhe atribua o
mesmo valor que ele se atribui a si próprio e, na presença de todos os sinais
de desprezo ou de subestimação, naturalmente se esforça, na medida em que a tal
se atreva (o que, entre os que não têm um poder comum capaz de os submeter a
todos, vai suficientemente longe para leva-los a destruir-se uns aos outros),
por arrancar de seus contendores a atribuição de maior valor, causando-lhes
dano, e dos outros também, através do exemplo. (Leviatã)
Pertencem a obras desse filósofo:
a) apenas I e
II.
b) apenas II e
III.
c) apenas I e
IV.
d) apenas I, II
e IV.
e) I, II, III e
IV.
6. (UFMG/2008) Leia este trecho:
“[As] camadas sociais elevadas, que se
pretendem úteis às outras, são de fato úteis a si mesmas, à custa das outras
[...] Saiba ele [o jovem Emílio] que o homem é naturalmente bom [...], mas veja
ele como a sociedade deprava e perverte os homens, descubra no preconceito a
fonte de todos os vícios dos homens; seja levado a estimar cada indivíduo, mas
despreze a multidão; veja que todos os homens carregam mais ou menos a mesma
máscara, mas saiba também que existem rostos mais belos do que a máscara que os
cobre.”
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou Da
educação. São Paulo: Martins Fontes, 1985. p. 311.
A partir dessa leitura e considerando-se
outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que o autor
a) compreende
que os preconceitos do homem são inatos e responsáveis pelos infortúnios
sociais e pelas máscaras de que este se reveste.
b) considera
a sociedade responsável pela corrupção do homem, pois cria uma ordem em que uns
vivem às custas dos outros e gera vícios.
c) deseja que
seu discípulo seja como os homens do seu tempo e, abraçando as máscaras e os
preconceitos, contribua para a coesão da sociedade.
d) faz uma
defesa do homem e da sociedade do seu tempo, em que, graças à Revolução
Francesa, se promoveu uma igualdade social ímpar.
7. (UNIFOR CE/2010) Apesar de Rousseau trazer à tona a democracia direta ateniense, ele
próprio convenceu-se da impossibilidade de tal modelo, em face das grandes
extensões territoriais dos Estados, das grandes concentrações populacionais,
(devemos levar em conta que as metrópoles estavam em pleno crescimento na época
de Rousseau), da complexidade da sociedade, e da falta de consenso social
cultural.
Disponível em: http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas
Acesso em: 13/05/2010. (com adaptações)
Segundo a hipótese levantada, é correto
afirmar que Rousseau
a) trouxe
polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal burguesa, que em
suas ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
b) trouxe
polêmicas que conflitavam com a recente democracia social da burguesia, que em
suas ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias comunistas.
c) trouxe
polêmicas que conflitavam com a recente democracia censitária burguesa, que em
suas ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias liberais.
d) trouxe
polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal moderna, que em suas
ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
e) trouxe
polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal representativa, que
em suas ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
8. (UEG GO/2011) No século XIX, influenciados pelo Romantismo, muitos intelectuais
brasileiros idealizaram a cultura indígena, considerando-a como autêntica
representante do nacionalismo brasileiro. Em termos filosóficos, essa
valorização do indígena foi influenciada pelo pensamento do filósofo
a) Thomas
Hobbes, autor da frase “o homem é o lobo do homem”, que valorizava o
comportamento típico de tribos selvagens.
b) Santo Agostinho,
que, por meio do “livre arbítrio”, acreditava que as sociedades selvagens eram
capazes de alcançar a graça divina.
c) Montesquieu,
que se inspirou na organização social dos indígenas para elaborar a famosa
teoria dos “três poderes”.
d) Jacques
Rousseau, que elaborou a teoria do “bom selvagem”, defendendo a pureza das
sociedades primitivas.
9. (IFGO/2012) Leia com atenção o texto a seguir:
“O homem nasce livre, e por toda parte
encontra-se a ferros. O que se crer senhor dos demais, não deixa de ser mais
escravo do que eles (...). A ordem social é um direito sagrado que serve de
base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza:
funda-se, portanto, em convenções.”
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social.
São Paulo: Editora Abril Cultural, 1978. p. 22.
Com base no texto de Rousseau, marque a
alternativa correta.
a) Há na
afirmação de Rousseau uma forte crítica à justificativa do poder do rei
absolutista, próprios da antiguidade clássica greco-romana.
b) A afirmativa
de Rousseau aproxima-se ao pensamento absolutista, que atribuía aos reis o
direito divino de manter a ordem social.
c) A afirmativa
de Rousseau filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma
condição de livre-arbítrio e superação da escravatura colonial.
d) A
afirmativa de Rousseau é própria do pensamento iluminista, ao conceber a ordem
social como um direito que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.
e) A afirmação
de Rousseau filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão
praticada na América ao longo do século XIX.
10. (UPE/2013) O pensamento de Jean-Jacques Rousseau, fruto do Iluminismo do século
XVIII, serve de base, até hoje, para a estrutura política de vários países
democráticos ocidentais.
Sobre essa realidade, assinale a alternativa
CORRETA.
a) No
pensamento de Rousseau, gesta-se a teoria do Estado Contratualista.
b) Os atuais
regimes socialistas do ocidente condenam a propriedade privada com base nos
textos de Rousseau.
c) A teoria da
tripartição do poder é herança do pensamento de Rousseau.
d) A teoria
contratualista foi desenvolvida por Rousseau na obra Origem da desigualdade
social entre os homens.
e) Na obra Do
contrato social, Rousseau defende a propriedade privada.
GABARITO
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