1. (UFJF MG/2010) Entre fins do século XIX e as primeiras décadas do século XX, os trabalhadores
se organizavam na defesa de seus interesses. Com base em seus conhecimentos
sobre o tema, marque a alternativa INCORRETA.
a) A Comuna de
Paris foi um movimento social ocorrido ao final do século XIX, que resultou na
organização de um governo popular na França, inspirado sobretudo pelos ideais
anarquistas e socialistas.
b) A I
Internacional, fundada em Londres em 1864, expressou uma das estratégias de
luta dos trabalhadores, que consistia na organização de associações nacionais e
internacionais.
c) As greves de
1918 e 1919, ocorridas no Brasil, constituíram-se em exemplos de resistência
operária, na maior parte das vezes, duramente reprimidas pelas autoridades
policiais.
d) Entre as
conquistas obtidas pela luta dos trabalhadores podemos destacar o fordismo nos
Estados Unidos e o corporativismo sindical no Brasil.
e) Em geral, o
movimento operário ocorrido neste período foi inspirado pelas ideias
anarquistas e socialistas, que remontavam às teses de Bakunin e Marx,
respectivamente.
2. (UFPB/2010) O conceito de história é
bastante complexo. Na verdade, não se pode falar em um conceito único, mas em
conceitos de história, os quais, com suas aplicações, variam de acordo com as
concepções de mundo e de sociedade adotadas pelo historiador.
Considerando o
exposto, analise as afirmativas a seguir.
• A história de uma sociedade é regulada por leis naturais, ou por leis
com todas as características das leis dos fenômenos naturais, invariáveis,
constantes, independentes da vontade e da ação humanas.
• A história
de uma sociedade não ocorre apenas nos campos de batalha ou nas ações dos reis
e presidentes, mas também nas ruas, residências, colégios, igrejas,
prostíbulos, pela ação de pessoas comuns.
As afirmativas
acima correspondem, respectivamente, às seguintes concepções historiográficas:
a) Marxismo e Positivismo
b) Epicurismo e Historicismo
c) História das Mentalidades e Estoicismo
d) Historicismo e Marxismo
e) Positivismo e História do Cotidiano
3. (UESPI/2010) A implantação do Capitalismo na Inglaterra teve influência das ideias
dos economistas clássicos, que:
a) ressaltavam o
valor das atividades mercantis, fonte de enriquecimento da Europa e das suas
colônias.
b) defendiam uma
ampla reforma agrária, para mudar as relações de desigualdade política na
Inglaterra.
c) criticavam
o mercantilismo, estabelecendo que o trabalho produtivo era a fonte da riqueza
social.
d) consolidaram
os princípios dos fisiocratas, lançando as bases de uma economia solidária e
descentralizada.
e) confirmaram a
força da propriedade privada para produzir riqueza e retomar princípios
mercantilistas.
4. (UESPI/2010) As expectativas de mudanças na sociedade, para que a vida se torne mais
pacífica e as pessoas tenham melhores condições de acesso à riqueza social
estão enfraquecendo-se. Há muitas incertezas e dificuldades. O capitalismo
dominante tem:
a) ajudado a
fortalecer desconfianças com a busca de lucro e o seu individualismo.
b) feito
reformas sociais tentando democratizar o mundo e acabar a desigualdade.
c) conseguido
superar as crises sem grandes perdas e com conquistas sociais.
d) se debilitado
com as críticas socialistas, vivendo uma situação de decadência irreversível.
e) mostrado sua
capacidade de reforma em suas ações, pouco se abalando com as crises políticas.
5. (UEG GO/2010) No que diz respeito aos pensadores clássicos da Sociologia, é CORRETO
afirmar:
a) Marx
argumentava que a sociedade capitalista é ruim porque é extremamente
racionalizada. Para ele, uma das características marcantes das sociedades
modernas é sua tendência a fazer com que as atividades humanas sejam fruto de
um planejamento prévio. Estabelecem-se os fins que se quer atingir e
determinam-se quais os meios mais eficazes para atingi-los.
b) Durkheim não
conseguia dissociar o estudo da sociedade de sua transformação; criticava a
nascente sociedade capitalista, acusando-a de basear-se na exploração do
operariado, de cercear a liberdade e impedir a realização da essência humana.
Propunha sua destruição e a construção do socialismo.
c) coube a Weber
o mérito de ter realizado a primeira pesquisa tipicamente sociológica. Ele via
a sociedade como sendo externa e exercendo um grande poder sobre os indivíduos.
A ordem social se mantém porque as pessoas respeitam e aceitam as normas
impostas.
d) Karl Marx
diz que as ideias da classe dominante são as ideias de cada época, ou seja, a
classe que exercer o poder material dominante na sociedade é, ao mesmo tempo,
seu poder espiritual dominante.
6. (UNESP SP/2010) Em algum remoto rincão do sistema solar cintilante em que se derrama um
sem-número de sistemas solares, havia uma vez um astro em que animais
inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais
mentiroso da história universal: mas também foi somente um minuto. Passados
poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram
de morrer. – Assim poderia alguém inventar uma fábula e nem por isso teria
ilustrado suficientemente quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão
sem finalidade e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza. Houve
eternidades em que ele não estava; quando de novo ele tiver passado, nada terá
acontecido. Ao contrário, ele é humano, e somente seu possuidor e genitor o
toma tão pateticamente, como se os gonzos do mundo girassem nele. Mas se
pudéssemos entender-nos com a mosca, perceberíamos então que também ela boia no
ar (...) e sente em si o centro voante desse mundo.
(Nietzsche. O Livro das Citações, 2008.)
Sobre este texto, é correto afirmar que:
a) Seu teor
acerca do lugar da humanidade na história do universo é antropocêntrico.
b) O autor revela
uma visão de mundo cristã.
c) O autor
apresenta uma visão cética acerca da importância da humanidade na história do
universo.
d) Ao comparar a
vida humana com a vida de uma mosca, Nietzsche corrobora os fundamentos de
diversas teologias, não se limitando ao ponto de vista cristão.
e) Para o
filósofo, a vida humana é eterna.
7. (UECE/2010) Leia com atenção o texto a seguir.
“Os homens fazem sua própria história, mas
não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim
sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo
passado”
MARX, Karl. O Dezoito Brumário de Louis
Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006.
Baseado no texto, assinale a afirmação
verdadeira.
a) A história
não é construída pelos homens porque ela é pré-definida pelo destino.
b) A história
permite perceber que a realidade depende unicamente das escolhas dos homens.
c) A história
é feita pelos homens dentro de condicionamentos herdados do passado.
d) A história
não é feita pelo passado e sim pelas circunstâncias das escolhas.
8. (UFU MG/2010) Leia o texto abaixo.
O trabalho, como as outras coisas que se
compram e se vendem e cuja quantidade pode aumentar ou diminuir, tem o seu
preço natural e o seu preço de mercado. [...] O preço natural do trabalho
depende do preço dos produtos alimentares, bens de primeira necessidade e
outros artigos necessários para o sustento dos trabalhadores e de sua família
[...] O preço de mercado do trabalho é o preço realmente pago por ele com base
na relação natural entre a oferta e a procura.
RICARDO, D. Princípios de economia política e
de tributação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1965, p. 103-104.
As ideias defendidas pelo autor integram o
contexto de industrialização e urbanização na Europa ocidental na primeira
metade do século XIX. Sobre este período, analise as seguintes afirmativas:
I. O postulado
do liberalismo econômico se sustenta na defesa da propriedade privada e na
economia de mercado, baseada na liberdade de comércio e de produção.
II. O incentivo à
superpopulação era garantia de plena oferta de força de trabalho a baixos
custos.
III. O nível dos
salários dos trabalhadores corresponde sempre ao mínimo imprescindível para
mantê-los vivos, permitindo-lhes perpetuar a espécie.
IV. Os
trabalhadores conquistariam o controle do Estado e implantariam uma nova forma
de governo, extinguindo a propriedade privada dos meios de produção.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas II e
III estão corretas.
b) Apenas I e IV
estão corretas.
c) Apenas I e
III estão corretas.
d) Apenas III e
IV estão corretas.
9. (ESPM/2011) Em conjunto com as grandes transformações econômicas, políticas e
sociais do século XIX, surgiram doutrinas e correntes ideológicas. Uma delas
foi o Anarquismo que pregava:
a) o respeito à
propriedade privada, o controle demográfico e a observância da lei natural da
oferta e da procura;
b) a revolução
socialista, o controle do Estado pela ditadura do proletariado, o comunismo;
c) a
erradicação do Estado, das classes, das instituições e tradições visando à
imediata instalação do comunismo;
d) a necessidade
de um contrato entre os governados e o Estado, o imperativo da moral e do bem
comum como fundamentos do poder político;
e) a religião
como instrumento de reforma e justiça social, além da formação de comunidades
coletivistas.
10. (FGV/2011) Leia os dois fragmentos dos periódicos – o primeiro, de orientação
comunista e o segundo, de orientação anarquista.
I. Viva o
Esporte Proletário!
A necessidade do esporte para a juventude é
um fato incontestável. A burguesia se aproveita desse fato para canalizar todos
os jovens das fábricas para os seus clubes. Que fazem os jovens nos clubes
burgueses?
Defendem as cores desses clubes. Se o clube é
de uma fábrica, é o nome e a cor da fábrica que defendem; a burguesia cultiva
neles a paixão e a luta contra a juventude das outras empresas. (...)
Todo operário footballer deve ingressar nos
clubes proletários.
Já existem alguns, outros entretanto devem
ser criados.
(O
trabalhador gráfico, 1928. Apud Maria Auxiliadora Guzzo de Decca. Indústria,
trabalho e cotidiano: Brasil – 1889-1930, 1991.)
II. Eu sou um dos
sócios do Grupo Germinal – seu feito principal: instruir e cultivar o cérebro
dos operários.
Na mesma rua da sede do Grupo existe também
uma poderosa fábrica de fósforos. Ao lado dessa fábrica há um grande terreno
baldio transformado em um campo de futebol, com o maior dos entusiasmos
imagináveis.
Vendo o Grupo Germinal às moscas e o campo de
futebol vibrante de entusiasmo, naquela tarde quente de domingo, eu me lembrei,
piedoso, das palavras do carnavalesco ilustre e intendente, que é o sr. Ribeiro
Leite: “Senhores... enquanto o povo se diverte, não conspira...”.
(A Voz do Trabalhador, n.o 53-4, 1.º de maio,
1914. Adaptado.)
Baseando-se nesses fragmentos, pode-se
concluir que
a) a prática do
futebol, para os militantes sindicais comunistas, inibia a iniciativa
revolucionária do proletariado, ao contrário da análise dos anarquistas,
defensores da organização operária por meio dos clubes esportivos e culturais.
b) a concepção
acerca do valor das atividades esportivas para o proletariado urbano era muito
semelhante para comunistas e anarquistas, ainda que os anarquistas defendessem
os outros esportes, como a pelota basca, e não o futebol.
c) os
anarquistas atacavam a prática do futebol, pois entendiam que esse esporte
incentivava práticas individualistas, ao contrário dos esportes cooperativos;
já os comunistas defendiam o futebol como o alicerce central da consciência
revolucionária.
d) os comunistas
e os anarquistas acreditavam que as práticas esportivas desviavam os
trabalhadores do inevitável caminho da revolução, porém, essa situação poderia
ser consertada com o estabelecimento de esportes proletários.
e) para os
anarquistas, a prática do futebol atrapalhava o processo de conscientização
política dos trabalhadores, enquanto que, para os comunistas, a organização dos
trabalhadores podia utilizar-se dessa mesma prática esportiva.
11. (UEG GO/2011) O comunismo rondava a
Europa. Em meados do século XIX, o Manifesto Comunista é publicado. As lutas
entre as forças conservadoras da nobreza e do clero contra a burguesia se
acirram. Aumenta também a tensão entre liberais e socialistas. É neste contexto
que Karl Marx ganha força com seu
a) espiritualismo histórico dialético.
b) materialismo histórico dialético.
c) positivismo histórico dialético.
d) criticismo histórico dialético.
12. (UEPB/2011) Mesmo não se podendo
decretar a extinção do marxismo e do socialismo, podemos analisá-los pelo
prisma da história e pelo papel que desempenharam nos séculos XIX e XX.
Assinale a única alternativa INCORRETA.
a) O marxismo e o socialismo surgem quando o desenvolvimento industrial
permitia uma acumulação de capitais jamais vista pela humanidade. Os efeitos
colaterais disso se viam na pobreza, nas péssimas condições de trabalho, em
jornadas intermináveis e nos míseros salários da classe operária.
b) O socialismo de tipo chinês e soviético, do século XX, possui um
Estado forte, centralizador, baseado na ditadura do proletariado. Já a fórmula
gestada por Marx e Engels - testada nos movimentos de trabalhadores europeus -
defendia a autogestão da produção numa perspectiva anarquista e democrática.
c) O socialismo científico é fruto da análise que Marx e Engels fizeram de
correntes do pensamento (da economia política, do socialismo utópico e da
dialética). Para eles, a exploração do trabalhador só acabaria com a
estatização, e posterior coletivização, dos bens e meios de produção.
d) O socialismo e o marxismo contribuíram nas lutas por direitos e
melhores condições de vida. O sufrágio universal e a participação política da
mulher faziam parte do rol de reivindicações de partidos, sindicatos e
movimentos socialistas da Europa no século XIX.
e) Marx e Engels acreditavam que tudo que existe tende a acabar por conta
de suas contradições. Eles propugnaram, no Manifesto Comunista (1848), que o
capitalismo ruiria pelo seu próprio veneno e que os trabalhadores subiriam ao
poder para instaurar a propriedade coletiva dos meios de produção.
13. (UESPI/2011) O capitalismo ganhou
espaços no mercado europeu com a industrialização de várias regiões. Mesmo com
a divulgação das suas conquistas, recebia críticas de muitos teóricos. Por
exemplo, os marxistas:
a) acusavam o capitalismo de explorar os trabalhadores e provocar
desigualdades sociais.
b) defendiam o fim imediato das relações capitalistas, com a implantação
de um governo anarquista.
c) queriam o fim das monarquias constitucionais para que o capitalismo se
humanizasse.
d) propunham a supremacia dos ideais iluministas e das ideias da filosofia
idealista de Hegel.
e) criticavam os governos democráticos e liberais, sem pensar em fundar
partidos políticos.
14. (UFRN/2011) As ideias de diversas
correntes marxistas deram as bases teóricas das grandes revoluções políticas no
século XX: a Revolução Russa de 1917, a Revolução Chinesa de 1949 e a Revolução
Cubana de 1959.
Nos três
exemplos citados, a inspiração marxista pode ser identificada
a) no Anarquismo, que propunha a destruição da propriedade privada e a
abolição das hierarquias dentro do Estado, e que serviu de base norteadora para
essas revoluções.
b) no combate ao Capitalismo, visando à formação de um mundo novo, que
aboliria a desigualdade social e integraria o proletariado no cenário da
política.
c) na forte vinculação existente entre as propostas dos revolucionários e
aquelas defendidas pelo Liberalismo, sobretudo a defesa dos interesses dos
trabalhadores.
d) na condução do processo revolucionário por um conjunto de partidos
políticos defensores do Socialismo, sob lideranças camponesas, mas com frágil
repercussão no proletariado.
15.
(UNICAMP SP/2011) A história de todas as sociedades tem sido a história das lutas de
classe. Classe oprimida pelo despotismo feudal, a burguesia conquistou a
soberania política no Estado moderno, no qual uma exploração aberta e direta
substituiu a exploração velada por ilusões religiosas.
A estrutura
econômica da sociedade condiciona as suas formas jurídicas, políticas,
religiosas, artísticas ou filosóficas. Não é a consciência do homem que
determina o seu ser, mas, ao contrário, são as relações de produção que ele
contrai que determinam a sua consciência.
(Adaptado de
K. Marx e F. Engels, Obras escolhidas. São Paulo: Alfa-Ômega, s./d., vol 1, p.
21-23, 301-302.0)
As proposições
dos enunciados acima podem ser associadas ao pensamento conhecido como
a) materialismo histórico, que compreende as sociedades humanas a partir
de ideias universais independentes da realidade histórica e social.
b) materialismo histórico, que concebe a história a partir da luta de
classes e da determinação das formas ideológicas pelas relações de produção.
c) socialismo utópico, que propõe a destruição do capitalismo por meio de
uma revolução e a implantação de uma ditadura do proletariado.
d) socialismo utópico, que defende a reforma do capitalismo, com o fim da
exploração econômica e a abolição do Estado por meio da ação direta.
16. (ACAFE SC/2011) Karl Marx, mediante
análise dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo, criou uma série de
conceitos econômicos, políticos e sociais que foram a base da ideologia
socialista.
Acerca do
Marxismo, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
a) O Marxismo defende que os meios de produção sejam controlados pela
iniciativa privada, deixando ao Estado a administração das empresas públicas.
b) Para Marx, a exploração do operariado ficava evidente no conceito de
mais-valia.
c) O Socialismo Científico de Marx defendia uma proposta revolucionária
para o proletariado.
d) Para a Revolução Socialista, o comunismo representaria o fim das
desigualdades econômicas e sociais.
17. (PUCCamp SP/2011) No campo das principais doutrinas filosóficas do tempo, nem o
positivismo nem o evolucionismo atraíram Machado de Assis. Pelo contrário, a
concepção progressiva e progressista da história da humanidade, partilhada
pelos discípulos de Comte e de Spencer, parecia-lhe um contrassenso digno de
irrisão.
Com raríssimas exceções, não há imagem de
futuro nem pensamentos esperançosos na chamada segunda fase da narrativa
machadiana. Os personagens e os narradores em primeira pessoa fazem o percurso
do presente para o passado, voltando desenganados pelos reinos da memória. Brás
Cubas, Bento-Casmurro e o Conselheiro Aires que o digam.
(Alfredo Bosi. Ideologia e contra ideologia.
S. Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 414)
A teoria do evolucionismo, uma das bases do
pensamento de Charles Darwin, teve significativa influência das ideias de
Thomas Malthus, economista britânico que, no início do século XIX,
a) salientou
a desproporção entre o crescimento demográfico e a disponibilidade de recursos,
sugerindo que desastres como a fome, a epidemia e a guerra eram benéficas no
sentido de serem um controle para o crescimento populacional.
b) inspirou a
ideologia nazifascista, propondo que o extermínio de certas minorias
populacionais cientificamente consideradas raças inferiores, era uma estratégia
legítima de controle das massas e garantia da evolução da Humanidade.
c) sustentou,
com suas teses, ser desnecessária a ocupação e colonização da África para o
avanço da civilização ocidental, uma vez que as guerras intertribais, a
desnutrição e a propagação de pandemias acabariam por dizimar naturalmente os
povos considerados “primitivos”.
d) cunhou a
noção de progressão geométrica nas Ciências Humanas, demonstrando ser esse o
ritmo das transformações históricas e do desenvolvimento tecnológico,
diferentemente das catástrofes naturais e sociais, que aconteciam em progressão
aritmética.
e) refletiu
sobre os fatores que causavam a diminuição das populações nos países
recém-industrializados, constatando que a insalubridade nas fábricas, as
aglomerações no meio urbano e a mortalidade causada pelo trabalho extenuante
tendiam a aumentar progressivamente, exigindo intervenção do Estado.
18. (ESCS DF/2012) No decorrer do século XIX, em meio às crises políticas e revoluções, os
trabalhadores conquistaram o seguinte direito político:
a) avanço
progressivo dos regimes baseados no sufrágio universal;
b) direito do
cidadão comum à posse de escravos;
c) extinção dos
regimes republicanos;
d) avanço dos
regimes baseados na união entre Igreja Católica e o Estado;
e) consolidação
das monarquias absolutistas.
19. (FATEC SP/2012) Em 1848, dois jovens revolucionários alemães escreveram:
“Assim, o desenvolvimento da grande indústria
mina sob os pés da burguesia as bases sobre as quais ela estabeleceu o seu
sistema de produção e de apropriação. A burguesia produz, antes de mais nada,
os seus próprios coveiros. A sua queda e a vitória do proletariado são
igualmente inevitáveis.”
(Cf. K. Marx-F. Engels. Obras Escolhidas em
três tomos. Lisboa-Moscovo: Edições “Avante!”/Edições Progresso, 1982.)
Esse texto expressa princípios da ideologia
a) fascista.
b) capitalista.
c) comunista.
d) iluminista.
e) darwinista.
20. (UEG GO/2012) Uma pesquisa publicada em
março de 2011 informa que o sentimento religioso está diminuindo nos países
ricos e que, em algumas décadas, o ateísmo pode se tornar majoritário nessas
regiões. Independentemente de concordar ou não com as conclusões da pesquisa,
filosoficamente, tal perspectiva pode ser relacionada a
a) Descartes e sua noção de que Deus existe na medida em que existe a ideia
de Deus e ela está no homem, mas não veio do homem.
b) Marx, que definiu a religião como o “ópio do povo”, considerando que
as condições materiais interferem nas crenças.
c) Sartre e a noção existencialista de que todo homem é livre e deve se
responsabilizar por essa liberdade.
d) Spinoza e sua perspectiva de um deus panteísta, um deus que seria as
próprias leis da natureza.
21. (UFPR/2012) Considerando os conhecimentos sobre os movimentos de esquerda política
na Europa ao longo do século XIX, é correto afirmar:
a) A esquerda
foi importante para a implantação definitiva do comunismo na França, por meio
da Comuna de Paris, trazendo os sovietes para homens e mulheres, além de
condições igualitárias de acesso ao trabalho e à educação. Mas a sua atuação
não foi favorável à democracia, pois, após a I Internacional Comunista, a
esquerda desvirtuou-se e passou a favorecer governos aristocráticos.
b) A esquerda
abrangeu um amplo espectro de ideais, partidos, sindicatos e organizações
(jacobinismo, socialismos utópico e científico, anarquismo, partidos e
sindicatos de massa). De forma geral, ela exerceu uma pressão fundamental para
a instituição de direitos democráticos em muitos países da Europa ocidental ao
final do século XIX, tais como legislação trabalhista e sufrágio universal
masculino, que foram incorporados por Estados aristocráticos e burgueses
temerosos pelo “medo vermelho” (comunista/socialista).
c) Os movimentos
de esquerda fizeram uma grande pressão para que governos monárquicos adotassem
constituições, mas os socialistas utópicos recusavam-se a participar de
qualquer forma de governo burguesa. Isso frustrou o projeto de uma revolução
internacionalista, articulada pela I e II Internacional Comunista.
d) Os movimentos
de esquerda foram um dos fatores decisivos no encerramento do Império alemão,
instituindo o regime socialista na Alemanha no início do século XX, por meio da
organização dos anarquistas. As forças de esquerda naquele país desejavam se
articular com as revoluções socialistas em curso no restante da Europa.
e) A esquerda
dividiu-se em muitas vertentes entre o final do século XIX e início do século
XX, o que permitiu que somente os anarco-socialistas se tornassem uma força
política crucial no cenário europeu, em especial na Itália e na Espanha. Até
então, as forças de esquerda foram irrelevantes naquele continente, ficando à
margem da política de massas.
22. (UEMA/2012) O Positivismo, corrente
cientifica que influenciou demasiadamente os estudos historiográficos no Brasil
ao longo do século XX, tinha como premissa o estabelecimento da verdade sobre o
passado, a partir da investigação das fontes históricas. Sobre essa corrente,
considere as afirmações a seguir.
I. A bandeira brasileira traz ao centro a inscrição: “ordem e progresso”,
em referência a uma das concepções basilares dessa corrente, que considera a
evolução de uma sociedade dependente, primeiro, do seu ordenamento sem o qual
não há evolução.
II. Essa corrente, enquanto concepção metodológica de pesquisa histórica,
apropriou-se dos princípios da Escola Romântica alemã, notadamente das ideias
de Humboldt e Leopold Von Ranke. Portanto, entre o Historicismo e o Positivismo
não há diferenças conceituais.
III. A ideia de que o historiador não poderia analisar criticamente a
história, apenas descrever os fatos tais e quais se passaram, resultou na
exaltação de personagens “ilustres”, “datas” e “lugares”, já que esses
explicavam a história por si própria.
IV. Na divisão das ciências, a história ocupava o lugar mais importante,
pois era o carro-chefe na compreensão das relações sociais e o historiador era
o cientista que se encarregaria de aplicar a física social, ou seja, conduzir a
sociedade.
V. Se a nação brasileira aplicasse integralmente os princípios
positivistas, rapidamente se
transformaria
numa nação rica e evoluída, pois aliaria o cientificismo dessa corrente com as
ideias românticas de Ranke, como a valorização da cultura e dos sentimentos dos
povos.
Estão corretas
apenas as afirmações
a) II, IV e V.
b) I, II e III.
c) II e IV.
d) I e III.
e) IV e V.
23. (Fac. de Ciências da
Saúde de Barretos SP/2013) A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido
a história das lutas de classes.
Homem livre e
escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e oficial,
numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa
guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou
sempre, ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela
destruição das duas classes em luta.
(Karl Marx e
Friedrich Engels. Manifesto do Partido Comunista. www.histedbr.fae.unicamp.br.
Adaptado.)
As ideias
expostas no fragmento do Manifesto, de 1848, dizem respeito
a) ao movimento anarco-sindicalista, cujos líderes pregavam a
transformação da sociedade por meio da ação direta dos trabalhadores
organizados em sindicatos.
b) aos princípios da burguesia revolucionária que, em sua ação de derrubada
do Antigo Regime, salientou a luta de classes para atrair as massas urbanas e
campesinas.
c) ao movimento conhecido como socialismo utópico, cujos defensores
acreditavam na transformação da sociedade de forma pacífica e por iniciativa da
classe burguesa.
d) ao socialismo científico, que acreditava na existência de
contradições internas em todos os sistemas de produção desenvolvidos
historicamente pela humanidade.
e) às teorias anarquistas, que rejeitavam qualquer autoridade, com base na
crença em uma sociedade fundada na gestão comunitária e cooperativa de seus
membros.
24. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2013) O pensamento liberal volta-se contra as interferências da legislação e
das práticas exclusivistas que restringem a operação benéfica da lei natural na
esfera das relações econômicas.
(Winston Fritsch. In: SMITH, Adam. A Riqueza
das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983. v. 1. p. XVIII. Os economistas.
Adaptado)
Os princípios que caracterizam o conjunto de
práticas econômicas ao qual se opõe o pensamento liberal são:
a) os atos de
navegação, o pacto colonial, a redução da margem de lucro e a ausência de
legislação econômica.
b) a redução dos
impostos, o incentivo às navegações, o exclusivo metropolitano e o monopólio
comercial.
c) o
metalismo, a balança comercial favorável, o protecionismo, o incentivo às
manufaturas e o colonialismo.
d) o
desenvolvimentismo, o livre comércio, a privatização, o controle cambial e o
superávit primário.
e) o
endividamento externo, a flutuação cambial, a taxa de juros variável, a
ausência de barreiras alfandegárias e a redução da carga tributária.
25. (Fac. Santa Marcelina SP/2013) [...] O modo de produção não se restringe apenas ao âmbito econômico,
mas estende-se a toda relação social estabelecida a partir da vinculação da
pessoa ao trabalho. Uma característica básica desse modo de produção é que nele
os homens encarregados de despender os esforços físicos, não são os mesmos que
têm a propriedade das ferramentas e das matérias-primas (posteriormente também
das máquinas), denominados “meios de produção”. Esta separação proporciona
outro aspecto essencial do capitalismo, que é a transformação da “força de
trabalho” em uma mercadoria, que, portanto pode ser levada ao mercado e trocada
livremente (basta lembrar que no modo de produção escravista o objeto da troca
é o escravo inteiro, e não só a sua força, enquanto que no feudalismo
praticamente não havia trocas econômicas).
(http://lupiglauco.vilabol.uol.com.br/capitalismo.htm)
A posição contida no texto está apoiada na
interpretação do funcionamento da economia e da sociedade capitalista conhecida
como
a) positivismo.
b) socialdemocracia.
c) liberalismo.
d) marxismo.
e) anarquismo.
e) anarquismo.
GABARITO
1 Comentários
Me ajudou muito, obrigada
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