1. (UFC CE/2002) A respeito do anarquismo, é correto afirmar que:
a) como
doutrina, defendia a necessidade de eliminar qualquer forma de intervenção
estatal.
b) seus teóricos
defendiam a intervenção do Estado na economia com o apoio do operariado.
c) condenava a
violência como meio de ação, angariando, assim, o apoio da Igreja Católica.
d) a sua difusão
representou a primeira ruptura surgida no partido comunista da Rússia.
e) o movimento
restringiu-se aos países da América do Sul.
2. (UFMG/1996) Todas as alternativas apresentam princípios do anarquismo, EXCETO:
a) A afirmação
das cooperativas coletivas em detrimento da propriedade privada.
b) A desnutrição
do Estado europeu e de seu aparato burocrático e repressivo.
c) A supressão
dos partidos políticos e a defesa da liberdade individual.
d) O gerenciamento da sociedade pelas várias
organizações de classe.
3. (UFRN/2006) Nas primeiras décadas do século XX, o socialismo e o anarquismo foram as
duas tendências políticas que se destacaram no movimento operário brasileiro.
Embora tivessem um ideal comum – a defesa do proletariado –, socialistas e
anarquistas apresentavam profundas divergências.
Entre essas divergências, está o seguinte
fato:
a) os
socialistas defendiam a participação dos trabalhadores em campanhas políticas
visando superar o capitalismo, enquanto os anarquistas defendiam que a
superação do capitalismo viria pela instauração do caos na sociedade.
b) os socialistas
defendiam a existência de um só partido, que unificasse as lutas dos
trabalhadores, enquanto os anarquistas eram a favor da existência do
pluripartidarismo.
c) os
socialistas defendiam a organização da classe em um partido político, enquanto
os anarquistas se recusavam a participar de qualquer organismo que estes
considerassem burguês.
d) os
socialistas defendiam eleições livres e tinham o parlamento como espaço
principal para o debate das suas estratégias de luta, enquanto os anarquistas
tomavam suas decisões em assembleias.
4. (UFPEL RS/2006)
As ideias de Proudhon (1809-1865)
– A propriedade é um roubo e a mãe da
tirania;
– Quem quer que ponha as mãos em mim com a
intenção de governar-me é um usurpador e um tirano;
caracterizam o
a) Comunismo.
b) Materialismo
Histórico.
c) Liberalismo.
d) Socialismo.
e) Anarquismo.
5. (UFU MG/2009) “Com que direito impõem aos operários e aos camponeses uma forma
determinada de governo ou de organização econômica? Com o direito da revolução,
dizem. Mas a revolução quando age despoticamente, em lugar de provocar a
liberdade nas massas, provoca nelas a reação”.
BAKUNIN Apud GALLO, Sílvio. Anarquismo: uma
introdução filosófica e política. Rio de Janeiro: Achiamé, 2006. p. 74.
Sabendo que Bakunin é um líder anarquista da
segunda metade do século XIX, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Durante a
1ª Internacional (AIT), o anarquismo foi consensualmente reconhecido por seus
princípios e proposições de libertação das sociedades, diferenciando-se de
noções vulgares de desordem e desarticulação.
c) As ações
anarquistas no Brasil, sobretudo nas atividades políticas, até a década de
1930, foram combatidas com atos imperativos do governo, como a decisão de
expulsão de estrangeiros ligados a mobilizações de trabalhadores.
c) Discordâncias
sobre práticas e fundamentos políticos distintos levaram a conflitos entre líderes
da chamada “esquerda” e, ainda no século XIX, causaram impactos decisivos nos
movimentos socialistas e anarquistas internacionais.
d) Entre os
princípios libertários básicos, de teoria e ação do anarquismo, estão: a
autonomia individual, a autogestão social, o internacionalismo, a greve geral e
a ação direta.
6. (ESPM/2011) Em conjunto com as grandes transformações econômicas, políticas e
sociais do século XIX, surgiram doutrinas e correntes ideológicas. Uma delas
foi o Anarquismo que pregava:
a) o respeito à
propriedade privada, o controle demográfico e a observância da lei natural da
oferta e da procura;
b) a revolução
socialista, o controle do Estado pela ditadura do proletariado, o comunismo;
c) a
erradicação do Estado, das classes, das instituições e tradições visando à
imediata instalação do comunismo;
d) a necessidade
de um contrato entre os governados e o Estado, o imperativo da moral e do bem
comum como fundamentos do poder político;
e) a religião
como instrumento de reforma e justiça social, além da formação de comunidades
coletivistas.
7. (UCS RS/2013) O anarquismo é uma doutrina política que, a partir da segunda metade do
século XIX, teve presença marcante no movimento operário internacional.
Sobre os pensadores anarquistas, é correto
afirmar que
a) acreditavam
ser possível reformar o capitalismo por meio da ação do Estado ou da associação
dos trabalhadores em cooperativas autogeridas, onde não existiria um poder
centralizado, nem leis e polícia.
b) propunham a
criação de uma sociedade ideal, por meio da extinção da propriedade privada dos
meios de produção e da implantação do comunismo.
c) defendiam
que só havia uma forma de extinguir a sociedade capitalista: abolir de um só
golpe o Estado burguês e a propriedade privada, instaurando uma sociedade
desprovida de qualquer tipo de poder e constituída por pequenas comunidades
autônomas.
d) argumentavam
que só a luta político-eleitoral e parlamentar das classes trabalhadoras
poderia conduzir a uma reforma da sociedade capitalista e à instauração do
socialismo, para, posteriormente, chegar ao comunismo.
e) acreditavam
que, antes de a sociedade chegar ao comunismo, deveria passar pela fase de
transição, que seria o socialismo. Nele, haveria Estado e, portanto, leis,
polícia, prisões; porém não existiria mais a relação patrão e empregado.
8. (FM Petrópolis RJ/2014) [...] o traço mais evidente [dos cem anos entre 1814 e 1914] é a
frequência de choques revolucionários. Esse século, por direito, pode ser
chamado o século das revoluções [...]. Contudo, todos esses movimentos
revolucionários não se reduzem — talvez nenhum se reduza de modo total — a
sequelas da Revolução de 1789. À medida que o século se aproxima do fim, outras
características se afirmam, passando pouco a pouco à frente da herança da
Revolução Francesa.
RÉMOND, René. O século XIX: 1815-1914. São Paulo:
Cultrix, 1974. p. 13. Adaptado.
De acordo com o texto, novas caraterísticas
da realidade histórica europeia entre 1814 e 1914 resultaram num “novo tipo de
revolução”.
Uma ideologia política que inspirou tais
movimentos revolucionários e difundiu-se com intensidade inédita nessa nova
conjuntura foi o
a) guevarismo
b) dadaísmo
c) getulismo
d) anarquismo
e) absolutismo
9. (Famerp SP/2015) A futura organização social deve ser feita somente de baixo para cima,
pela livre associação ou federação dos trabalhadores, nas associações
primeiramente, depois nas comunas, nas regiões, nas nações e, finalmente, em
uma grande federação internacional e universal. É somente então que se
realizará a verdadeira e vivificadora ordem da liberdade e da felicidade geral,
a qual, longe de renegar, afirma o contrário e concilia os interesses dos
indivíduos e da sociedade.
(Mikhail Bakunin. Textos escolhidos, 1980.)
O texto pode ser associado às ideias
a) comunistas,
que propõem a ditadura do proletariado como caminho para a construção de uma
sociedade justa e igualitária.
b) liberais, que
criticam as interferências do Estado na economia e defendem a importância das
ações individuais.
c) socialistas,
que identificam a união dos trabalhadores como forma possível de confrontar e
derrubar o sistema capitalista.
d) fascistas,
que insistem na prioridade da vontade coletiva e dos interesses nacionais.
e) anarquistas,
que contestam as diversas expressões da autoridade e defendem a supressão dos
Estados.
10. (PUC SP/2006) “Para nós, a autoridade não é necessária à organização social; ao
contrário, acreditamos que ela é sua parasita, que impede sua evolução e
utiliza seu poder em proveito próprio de uma certa classe que explora e oprime
as outras. Enquanto houver harmonia de interesses em uma coletividade, enquanto
ninguém quiser ou puder explorar os outros, não haverá marcas de autoridade;
mas, quando surgirem lutas internas e a coletividade se dividir em vencedores e
vencidos, então a autoridade aparecerá, autoridade que, naturalmente, estará a
serviço dos interesses dos mais fortes e servirá para confirmar, perpetuar e
reforçar sua vitória.”
(Enrico Malatesta. Textos escolhidos. Porto
Alegre: LPM, 1984, p. 25)
O fragmento acima defende postura:
a) humanista:
acredita na harmonia entre os homens e opõe-se a qualquer tipo de conflito
social.
b) anarquista: rejeita a necessidade da
autoridade e a vê como instrumento de poder e de dominação.
c) autoritária:
concebe a autoridade como natural e exclui qualquer tentativa de utilizá-la na
vida em comunidade.
d) socialista:
critica a autoridade exercida pela classe dominante e defende o poder nas mãos
dos trabalhadores.
e) liberal:
celebra o valor universal da liberdade e recusa a imposição da vontade de uns
sobre outros.
11. (UNIMONTES MG/2007) Caracteriza a Doutrina Anarquista, de modo geral,
a) o repúdio
a qualquer forma de poder estatal.
b) a aliança com
o partido comunista na Rússia, durante o governo Lênin.
c) a parceria
com o Vaticano na luta em favor do proletariado.
d) a localização
do movimento apenas em territórios europeus.
12. (ESCS DF/2008) “O anarquista imagina uma
sociedade na qual as relações mútuas seriam regidas não por leis ou por
autoridades auto impostas ou eleitas, mas por mútuas concordâncias de todos os
seus interesses e pela soma de usos e costumes sociais – não imobilizados por
leis, pela rotina ou por superstições – mas em contínuo desenvolvimento,
sofrendo constantes reajustes para que pudessem satisfazer as exigências sempre
crescentes de uma vida livre, estimulada pelos progressos da ciência, por novos
inventos e pela evolução ininterrupta de ideais cada vez mais elevados. Não
haveria, portanto, autoridades para governá-la. Nenhum homem governaria outro
homem; nem cristalização nem imobilidade, mas contínua evolução – tal como a
que vemos na Natureza”.
(Woodcock, George. História das ideias e
movimentos anarquistas)
A partir da leitura do documento anarquista é
correto afirmar que:
a) defende o
regime constitucional, fundamento para a construção de uma sociedade
democrática;
b) há uma defesa
da hierarquização social, uma vez que a sociedade é composta de indivíduos
dotados de diferentes capacidades produtivas;
c) propõe um
estado proletário capaz de garantir uma evolução harmoniosa rumo à igualdade
social;
d) defende
uma sociedade sem estado, fundada na liberdade humana e em sua evolução
harmoniosa;
e) propõe uma
república positivista, fundada no conhecimento científico e nas leis do
progresso humano.
13. (UNINOVE SP/2009) Analise os textos.
É anarquista, por definição, aquele que não
quer ser nem oprimido, nem opressor, aquele que quer o máximo de bem-estar, o
máximo de liberdade, o maior desenvolvimento possível a todos os seres humanos.
(Malatesta, anarquista italiano, 1899)
A exploração é o corpo visível e o Estado é a
alma do regime burguês.
(Bakúnin, anarquista russo, 1871)
Os textos permitem afirmar que era ideia
defendida pelos anarquistas:
a) tese de que a
inexistência do Estado só seria possível mediante a criação de um partido
encarregado de dirigir o operariado.
b) luta em prol
da melhoria de vida do operariado e proposta de emancipação social por meio do
Estado socialista.
c) luta contra o
Estado opressor e formação de uma nova sociedade governada pelos partidos de
trabalhadores.
d) luta
contra a opressão capitalista e proposta de uma sociedade sem propriedade
privada e nem Estado.
e) defesa da
tese de que os Estados eram as bases de uma organização econômica e social mais
justa e igualitária.
14. (FGV/2010) (…) a luta contra o capitalismo e a burguesia é inseparável da luta
contra o Estado. Acabar com a classe que detém os meios de produção sem
liquidar ao mesmo tempo com o Estado é deixar aberto o caminho para a
reconstrução da sociedade de classes e para um novo tipo de exploração social.
(Angel J. Capelletti, apud Adhemar Marques et
alli, História contemporânea através de textos)
O fragmento define parte do ideário
a) liberal.
b) anarquista.
c)
corporativista.
d) socialista
cristão.
e)
marxista-leninista.
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