Naturalismo
O
romance naturalista, por sua vez, foi cultivado no Brasil por Aluísio Azevedo e
Júlio Ribeiro. Aqui, Raul Pompéia também pode ser incluído, mas seu caso é
muito particular, pois seu romance "O Ateneu" ora apresenta
características naturalistas, ora realistas, ora impressionistas. A narrativa
naturalista é marcada pela forte análise social, a partir de grupos humanos
marginalizados, valorizando o coletivo. Os títulos das obras naturalistas
apresentam quase sempre a mesma preocupação: "O mulato", "O
cortiço", "Casa de pensão", "O Ateneu".
O
Naturalismo apresenta romances experimentais. A influência de Charles Darwin se
faz sentir na máxima segundo a qual o homem é um animal; portanto antes de usar
a razão deixa-se levar pelos instintos naturais, não podendo ser reprimido em
suas manifestações instintivas, como o sexo, pela moral da classe dominante. A
constante repressão leva às taras patológicas, tão ao gosto do Naturalismo. Em
consequência, esses romances são mais ousados e erroneamente tachados, por
alguns, de pornográficos, apresentando descrições minuciosas de atos sexuais,
tocando, inclusive, em temas então proibidos como o homossexualismo - tanto o
masculino (O Ateneu), quanto o feminino (O cortiço).
Fonte: Domínio
Público
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