1. (ESCS DF/2005) “Agora estamos enterrando o liberalismo econômico”
(Benito Mussolini, 1933. Apud Mazower, Mark. Continente sombrio: a Europa no século XX. São Paulo, Companhia das Letras, 2001)
A declaração de Mussolini representa um dos ideários do pensamento da extrema direita europeia.
Assinale a opção que expressa as ideais políticas do fascismo europeu nos anos 20 e 30:
a) anticomunismo e democracia;
b) tolerância racial e militarismo;
c) totalitarismo e anticomunismo;
d) nacionalismo e pluripartidarismo;
e) fundamentalismo religioso e coletivismo.

2. (Mackenzie SP/2009) “O fascismo não é apenas fundador de instituições. É também educador. Pretende reconstruir o homem, seu caráter, sua fé. Para atingir esse objetivo, o fascismo conta com a autoridade e disciplina capazes de penetrar no espírito das pessoas e aí reinar completamente.”
Benito Mussolini
O governo fascista italiano empenhou-se em fazer da educação pública um instrumento capaz de impor sua doutrina para toda a sociedade. O ideal básico da doutrina fascista era
a) submeter o indivíduo à total obediência ao Estado, começando com a educação infantil e com a militarização da vida escolar.
b) promover, para os jovens, competições esportivas e desfiles paramilitares, visando exaltar a capacidade intelectual dos indivíduos.
c) a transformação das instituições educacionais, voltadas para a excelência do conhecimento acadêmico e intelectual.
d) propagar a educação física e a preparação militar, capazes de dotar o indivíduo de uma mente analítica.
e) exaltar a inteligência crítica e o bom desempenho acadêmico dos indivíduos, futuros construtores da nação.


3. (UNESP SP/2013)
A Itália deseja a paz, mas não teme a guerra.
A justiça sem a força é uma palavra sem sentido.
Nós sonhamos com a Itália romana.
Os três lemas acima foram amplamente divulgados durante o governo de Benito Mussolini (1922-1943) e revelam características centrais do fascismo italiano:
a) a perseguição aos judeus, a liberdade de expressão e a valorização do direito romano.
b) o culto ao corpo, o pacificismo e a ânsia de voltar ao passado.
c) o nacionalismo, a valorização do espírito clássico e o materialismo.
d) a beligerância, o culto à ação e o esforço expansionista.
e) o revanchismo, a socialização da economia industrial e a perseguição aos estrangeiros.


4. (Fac. Direito de Franca SP/2014)  “Ou bem eles nos entregam o governo ou nós haveremos de tomá-lo, ocupando Roma. É uma questão de dias, talvez de horas (...) Voltem para suas cidades e esperem nosso chamado. Se necessário, serão dadas ordens. Enquanto isso, podem se dispersar e manifestar sua solidariedade com as Forças Armadas: Viva o Exército! Viva o fascismo! Viva a Itália! (...) Nós, fascistas, não queremos entrar no governo pela porta dos fundos. No fim das contas, tudo pode ser decidido pela força, pois na história é a força que decide tudo.”
Benito Mussolini, outubro de 1922. Apud: Donald Sassoon. Mussolini e a ascensão do fascismo. Rio de Janeiro: Agir, 2009, p. 137.
O texto, um discurso de Mussolini, expõe duas das mais conhecidas características do fascismo italiano:
a) a valorização dos princípios democráticos e da fraternidade.
b) o nacionalismo e a descrença no uso das armas.
c) a forte hierarquia partidária e a valorização do aparato militar.
d) o igualitarismo e a desconfiança diante dos movimentos de massa.
e) a valorização da política institucional e o respeito à legalidade.


5. (UFMG 2008) Leia este trecho:
“Camisas negras de Milão, camaradas operários! Há cinco anos, as colunas de um templo que parecia desafiar os séculos desabaram. O que havia debaixo destas ruínas? O fim de um período da história contemporânea, o fim da economia liberal e capitalista [...] Diante deste declínio constatado e irrevogável, duas soluções aparecem: a primeira seria estatizar toda a economia da Nação. Afastamo-la, pois não queremos multiplicar por dez o número dos funcionários do Estado. Outra impõe-se pela lógica: é o corporativismo englobando os elementos produtores da Nação e, quando digo produtores, não me refiro somente aos industriais mas também aos operários. O fascismo estabeleceu a igualdade de todos diante do trabalho. A diferença existe somente na escala das diversas responsabilidades. [...] O Estado deve resolver o problema da repartição de maneira que não mais seja visto o fato paradoxal e cruel da miséria no meio da opulência.”
(Discurso de Mussolini dirigido aos operários milaneses, em 7 de outubro de 1934. In: MATTOSO, Kátia M. de Queirós. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963). São Paulo: Hucitec: Edusp, 1977. p. 175-177.)
A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar que o fascismo italiano:
a) era anticapitalista e se propunha instalar uma nova ordem social coletivista, sem classes.
b) fazia uma defesa veemente do trabalho, destacando-o como elemento unificador das forças sociais.
c) propunha a união do capital e do trabalho, mediada pelo Estado e baseada no corporativismo.
d) se considerava criador de um tempo e de um homem novos, no que rivalizava com o discurso socialista.


GABARITO