1. (VUNESP) "Descendente de senhores de engenho, o romancista soube fundir,
numa linguagem de forte e poética oralidade, as recordações da infância e da
adolescência com o registro intenso da vida nordestina colhida por dentro,
através dos processos mentais de homens e mulheres que representam a gama
étnica e social da região".
O trecho acima refere-se ao autor de
a) Vidas Secas
b) Fogo
Morto
c) Grande Sertão: veredas
d) A Hora da Estrela
e) Tempo e o Vento
2. (VUNESP) "E estas três partes correspondem ainda ao movimento rítmico da
sonata: um alegro inicial que é a zanga destabocada de mestre José Amaro, um
andante central que é o mais repousado Lula de Holanda na sua pasmaceira cheia
de interioridade não dita, e finalmente o presto brilhante e genial do Capitão
Vitorino Carneiro da Cunha."
a) Fogo
morto e José Lins do Rego.
b) São Bernardo e Graciliano Ramos
c) A bagaceira e José Américo de Almeida.
d) Vidas secas e Graciliano Ramos.
e) Usina e José Lins do Rego.
3. (PUC-RS) No ciclo inicial da obra de José Lins do Rego, o processo construtivo
do romance é a narrativa:
a) introspectiva.
b) crítica.
c) analítica.
d) psicológica.
e) memorialista
4. (FUVEST-SP) Numa espécie de projeção utópica, sua personagem, um tipo de idealista
bobo e desacreditado, alude a mudanças na estrutura social do Nordeste, com o
advento de outra ordem em que o privilégio ceda ao princípio da justiça. Daí a
crítica falar em figura quixotesca.
Dentre as personagens de Fogo morto, qual se
enquadra nesta definição?
a) Lula de Holanda.
b) Coronel Zé Paulino.
c) Antônio Silvino.
d) Mestre Zé Amaro.
e) Vitorino
Carneiro da Cunha.
5. (UEL-PR) Refere-se a José Lins do Rego a seguinte afirmação:
a) Tão
próximo do estilo oral, ele nos narra o que viu e o que sabe da vida do
Nordeste, sobretudo da agonia dos engenhos e das personagens que não se livram
do peso do passado.
b) Suas personagens podem parecer secas como a
natureza da caatinga, mas isso não lhes elimina a complexidade psicológica, que
este autor faz ver com seu estilo duro, preciso, objetivo.
c) Ninguém o superou em sua forma de ironizar,
em sua capacidade de tratar dos assuntos mais graves com um humor impiedoso,
fruto da inteligência e da melancolia.
d) Em seus contos de estreia já se podia prever
o grande romancista, podia-se pressentir o fôlego maior de uma linguagem
revolucionária, aberta à invenção e ao falar sertanejo das suas Gerais.
e) Seu regionalismo é saboroso e arrebatador,
transportando-nos para o tempo heroico das sagas gaúchas e fazendo-nos viver as
histórias violentas das famílias em conflito.
6. (VUNESP) "E estas três partes correspondem ainda ao movimento rítmico da
sonata: um alegro inicial que é a zanga destabocada de mestre José Amaro, um
andante central que é o mais repousado Lula de Holanda na sua pasmaceira cheia
de interioridade não dita, e finalmente o presto brilhante e genial do Capitão
Vitorino Carneiro da Cunha."
O trecho faz parte de uma apreciação crítica
feita por Mário de Andrade a respeito de um romance de autor nordestino. O
romance e autor analisados são:
a) Fogo
morto e José Lins do Rego
b) São Bernardo e Graciliano Ramos
c) A bagaceira e José Américo de Almeida.
d) Vidas secas e Graciliano Ramos.
e) Usina e José Lins do Rego.
7. (PUC-RS) Na obra de José Lins do Rego, o memorialismo da infância e da
adolescência é apresentado numa linguagem de:
a) forte
e poética oralidade.
b) límpida e perfeita correção gramatical.
c) pesada e imitativa fala regional.
d) fiel e disciplinada sintaxe tradicional.
e) original e reinventada expressão prosaica.
8. (FMU-SP) Dentro da temática regionalista brasileira que focaliza o ciclo
econômico da cana-de-açúcar, destaca-se a obra-prima:
a) O coronel e o lobisomem, de José Candido de
Carvalho.
b) Fogo morto,
de José Lins do Rego.
c) Vidas secas, de Graciliano Ramos.
d) Perto do coração selvagem, de Clarice
Lispector.
e) Terras do sem-fim, de Jorge Amado.
9. (PUC-RS) "Pode deixar o menino sem cuidado. Aqui eles se endireitam, saem
gente, dizia um valho alto e magro para o meu tio Juca, que me levara para o
colégio de Itabaiana."
Assim começa __________, de José Lins do
Rego, narrado pelo personagem Carlos, romance que se passa praticamente num
internato.
a) Menino de engenho
b) O moleque Ricardo
c) Pureza
d) Doidinho
e) Eurídice
10. (PUC) Sobre José Lins do Rego, é correto afirmar que:
a) se definiu, certa vez, como "apenas um
baiano romântico e sensual", assumindo-se como contador de histórias de
pescadores e marinheiros de sua terra.
b) retratou
em suas obras a dura relação entre o homem e o meio, em especial a condição
subumana do nordestino retirante.
c) sempre se declarou escritor espontâneo e
instintivo, consciente de que sua obra continha muito de sua experiência
pessoal em regiões da Paraíba e de Pernambuco.
d) escreve a saga da pequena burguesia depois
de 1930, num tom leve e descontraído de crônica de costumes.
e) é considerado mais por ter publicado a obra
marco da literatura social nordestina, A Bagaceira, do que pelos méritos de
grande escritor.
11. (E.A.
LAVRAS) Todas as afirmativas são corretas em relação
ao romance Fogo Morto, de José Lins do Rego, exceto:
a) O
protagonista é o menino Carlos Melo, o "sinhozinho" da casa grande,
que perdeu a mãe, assassinada pelo pai, e que é criado pela tia, no engenho do
avô materno.
b) Se Fogo Morto ainda é por sua natureza
substancialmente memorialista e primitivista, já se apresenta com qualidades
literárias indiscutíveis, dando a medida exata das possibilidades do
romancista.
c) Mestre José Amaro é o artesão que afoga seu
orgulho e sua raiva contra a própria sorte e quer o apoio do cangaceiro Antônio
Silvino.
d) Lula de Holanda é o patriarca, também
orgulhoso, embora cercado de um mundo em decadência, que é o próprio engenho
Santa fé.
e) Capitão Vitorino é o único homem da Várzea
com sentimento e consciência das necessidades sociais e dos problemas
políticos, porque não se aproximou dos humildes com a bruteza dos chefes nem
com a malícia habilidosa dos políticos, mas com a direta ingenuidade dos puros.
12. (F.C.
CHAGAS) "A influência que o meio rude exerce no
espírito infantil, como preparo para a vida, lhe dá uma lição de coisas que ele
não esquece mais. Largado no mundo rural, sem pai e sem mãe, o herói deste belo
romance vive na infância toda a experiência do Nordeste sertanejo. Nem lhe
falta o contato com o cangaceiro."
No trecho acima está-se considerando uma das
obras-primas do regionalismo modernista:
a) Capitães de Areia, de Jorge Amado.
b) Os Sertões, de Euclides da Cunha.
c) São Bernardo, de Graciliano Ramos.
d) Menino de Engenho, de José Lins do Rego.
e) Menino Antigo, de Carlos Drummond de
Andrade.
13.
(PUC-CAMPINAS 2015) Atente para este trecho do romance Pureza,
de José Lins do Rego:
Às vezes, quando eu chegava mais tarde, quando
um colega me chamava para estudarmos juntos, encontrava meu pai na sala me
esperando, lendo qualquer coisa, como pretexto. Eu sabia que era por minha
causa. E uma espécie de remorso começou a existir para mim. Eu estava matando
meu pai, eu era culpado daquela sua palidez, das suas enxaquecas periódicas.
Muitas vezes me chegava a vontade de ir a ele e de ser franco, pedir-lhe que me
deixasse de mão.
Estão presentes nesse trecho
I. marcas de uma autêntica narrativa,
representadas pela atuação de personagens e ações por elas desencadeadas no
tempo de uma história: quando eu chegava, encontrava meu pai, por exemplo.
II. elementos que indicam uma narração em
primeira pessoa, como as formas verbais sabia, estava matando, entre outras, e
formas pronominais como me, meu, minha.
III. índices da psicologia do narrador/protagonista, como uma espécie de
remorso, eu era culpado.
Atende ao enunciado o que se afirma em
a) I, II
e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II, apenas.
14. (UP 2015) Assim como Graciliano Ramos e Jorge Amado, José Lins do Rego é um dos
principais representantes do Romance de 30. Sua obra Fogo morto foi publicada
em 1943.
Sobre essa obra, considere as seguintes
afirmativas:
1. Ao contrário do realismo constante nas obras
de Graciliano Ramos e de Jorge Amado, em Fogo morto predominam o saudosismo e
as visões idílicas da infância.
2. Em Fogo morto, José Lins do Rego trata da
decadência das formas tradicionais de produção de cana-de-açúcar, enfatizando
as consequências desse processo nas relações sociais.
3. Os três protagonistas de Fogo morto – Mestre José Amaro, Seu Lula e
Capitão Vitorino – condenam as ações do bando de cangaceiros de Antônio
Silvino, que ameaçam suas propriedades.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente
a afirmativa 2 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são
verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1 e 3 são
verdadeiras.
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