1. (PUC-RS) Na figura de
____________, Monteiro Lobato criou o símbolo do brasileiro abandonado ao seu
atraso e miséria pelos poderes públicos.
a)
O Cabeleira
b)
Jeca Tatu
c)
João Miramar
d)
Blau Nunes
e)
Augusto Matraga
2. (FAUS-SP) Criador da literatura
infantil brasileira. Criticado por seu agnosticismo, pois era influenciado pelo
evolucionismo, positivismo e materialismo de fins do século passado.
a)
Monteiro Lobato
b)
Jorge de Lima
c)
Rui Barbosa
d)
José de Anchieta
e)
José Lins do Rego
3. (UFR-RJ) "Crítico
feroz do Modernismo, grande incentivador da disseminação da cultura, defensor
dos valores e riquezas nacionais; conhecido, particularmente, pela sua grande
obra infantil, em que se destacam os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo."
O nome do autor a que se refere a afirmativa acima
é:
a)
Lima Barreto
b)
José Lins do Rego
c)
Monteiro Lobato
d)
Mário de Andrade
e)
Cassiano Ricardo
4. (UNESP) Volume
contendo doze histórias tiradas do sertão paulista, foi citado por Rui Barbosa,
em discurso no Senado, apontando o personagem Jeca Tatu como o protótipo do
camponês brasileiro.
Aponte o autor e sua obra:
a)
Monteiro Lobato – Urupês.
b)
Lima Barreto – Cemitério dos vivos.
c)
Monteiro Lobato – Cidades mortas.
d)
Coelho Neto – Fogo fátuo.
e)
Euclides da Cunha – Contrastes e confrontos.
5. (UNIFOA-MG) Além da obra
infantil, extremamente conhecida, Monteiro Lobato deixou contos em que trata de
temática ligada ao homem do interior paulista, suas características e
pensamentos. Tal obra costuma ser encaixada num período literário conhecido
como:
a)
Pré-modernismo
b)
Realismo
c)
Naturalismo
d)
Modernismo
e)
Romantismo
6. (UFPR 2010) A respeito do
livro Urupês (1918), de Monteiro Lobato, é correto afirmar:
a)
É nos artigos “Velha Praga” e “Urupês” que se desenvolve a caracterização do
personagem Jeca Tatu, caboclo preguiçoso e soturno. Nos textos ficcionais, Jeca
Tatu não é personagem e os personagens não se assemelham a ele.
b) Vê-se
no caboclo Jeca Tatu e nos demais caipiras um prenúncio das personagens
infantis de Monteiro Lobato, especialmente de Emília, a Marquesa de Rabicó, que
surge pela primeira vez no livro Reinações de Narizinho.
c)
O espaço dos contos é a fictícia Itaoca, exemplo de cidadezinha afastada de
centros urbanos, de vida monótona, criticada pelo narrador como região atrasada
e tradicionalista. Sua caracterização é detalhada especialmente no conto “Os
Faroleiros”, o primeiro texto ficcional do livro.
d)
Espaço, personagens e ação estão integrados nos contos e artigos de Urupês:
as descrições da natureza muitas vezes estão diretamente relacionadas com a
caracterização de personagens ou com o enredo, como nos contos “Bocatorta”, “O
Matapau”, “Bucólica” e “O Estigma”.
e)
A referência a escritores da literatura mundial (como Shakespeare, Maupassant e
Kipling) é um recurso intertextual frequente nos contos de Urupês, denotando a
ampla cultura das personagens do meio rural.
7. (PUC-RS 2008) __________ autor de
___________ ,está situado na geração que se convencionou chamar __________ e
apresenta uma literatura voltada para as questões sociais do Brasil, compondo
retratos dos problemas das cidades.
Os
dados que completam as lacunas estão reunidos em:
a) Monteiro Lobato - Cidades
mortas - Pré-modernismo.
b) Jorge Amado - Menino de
engenho - Modernismo.
c) Manuel Antônio de Almeida -
Memórias de um Sargento de Milícias - Pré-modernismo.
d) Graciliano Ramos -
Recordações do escrivão Isaías Caminha - Modernismo.
e) Euclides da Cunha - Canaã -
Pré-modernismo.
8. (UFRGS 2001) Assinale a alternativa
INCORRETA sobre a obra de Monteiro Lobato.
a) A obra literária de Lobato,
um dos intelectuais mais importantes da sua época, se insere no Regionalismo
Pré-Modernista.
b) O conto "Urupês",
que dá título ao primeiro livro do autor, nasceu de um panfleto em que Lobato
criou a figura típica do "Jeca Tatu".
c) As denúncias de Lobato sobre
as queimadas nos campos e sobre o caboclo miserável, indiferente e preguiçoso
ajudaram a projetá-Io como ficcionista.
d) Além de contos, crônicas e
ensaios variados, a obra de Lobato compreende vários textos de literatura
infantil.
e) A prosa de Lobato é
marcada pelo gosto documental naturalista e pelo uso de uma linguagem
ornamentada, como pode ser comprovado nas obras "Fruto Proibido", de
1895, "Sertão", de 1896, e "Canaã", de 1902.
9. (UFRGS 2005) Considere as seguintes
afirmações sobre obras de Monteiro Lobato.
I. Em "Urupês",
"Cidades Mortas" e "Negrinha", ele produz uma literatura
comprometida predominantemente com os problemas socioeconômicos do Brasil.
II. Em "Urupês", ele
atribui a culpa pelo atraso do Brasil ao caboclo, por ele ser acomodado e
inadaptável às mudanças necessárias ao desenvolvimento.
III. O título "Cidades
Mortas" alude as cidadezinhas do interior de São Paulo, que perderam a sua
importância económica face à Capital.
Quais
estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e)
I, Il e III.
10. (ENEM 2010)
Negrinha
Negrinha
era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de
cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera
na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos
escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que
a patroa não gostava de crianças.
Excelente
senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar
certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no
trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as
amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora
em suma - “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da
moral”, dizia o reverendo.
Ótima,
a dona Inácia.
Mas
não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. [...]
A
excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da
escravidão, fora senhora de escravos – e daquelas ferozes, amigas de ouvir
cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo – essa
indecência de negro igual.
LOBATO,
M. Negrinha. In: MORICONE, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento).
A
narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa
contradição insere-se, no contexto, pela
a) falta de aproximação entre a
menina e a senhora, preocupada com as amigas.
b) receptividade da senhora para
com os padres, mas deselegante para com as beatas.
c) ironia do padre a respeito da
senhora, que era perversa com as crianças.
d)
resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final
do texto.
e) rejeição aos criados por
parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos.
11. (MACKENZIE
2015)
Morreu
Peri, incomparável idealização dum homem natural como o sonhava Rousseau,
protótipo de tantas perfeições humanas que no romance, ombro a ombro com altos
tipos civilizados, a todos sobreleva em beleza d’alma e corpo.
Contrapôs-lhe
a cruel etnologia dos sertanistas modernos um selvagem real, feio e brutesco,
anguloso e desinteressante, tão incapaz, muscularmente, de arrancar uma
palmeira, como incapaz, moralmente, de amar Ceci.
[...]
Não
morreu, todavia.
Evoluiu.
O
indianismo está de novo a deitar copa, de nome mudado. Crismouse de
“caboclismo”. O cocar de penas de arara passou a chapéu de palha rebatido à
testa; a ocara virou rancho de sapé; o tacape afilou, criou gatilho, deitou
ouvido e é hoje espingarda trochada; o boré descaiu lamentavelmente para pio de
inambu; a tanga ascendeu a camisa aberta ao peito.
Mas
o substrato psíquico não mudou: orgulho indomável, independência, fidalguia,
coragem, virilidade heroica, todo o recheio, em suma, sem faltar uma azeitona,
dos Peris e Ubirajaras.
Este
setembrino rebrotar duma arte morta inda se não desbagoou de todos os frutos.
Terá o seu “I Juca Pirama”, o seu “Canto do Piaga” e talvez dê ópera lírica.
[...]
Porque
a verdade nua manda dizer que entre as raças de variado matiz, formadoras da
nacionalidade e metidas entre o estrangeiro recente e o aborígene de tabuinha
do beiço, uma existe a vegetar de cócoras, incapaz de evolução, impenetrável ao
progresso. Feia e sorna, nada a põe de pé.
Monteiro
Lobato, “Urupês”.
Vocabulário:
boré:
trombeta de bambu usada pelos índios.
inambu:
ave desprovida completamente ou quase completamente de cauda.
ocara:
choupana de índios do Brasil.
sorna:
indolente, inerte.
trochada:
cano de espingarda que foi torcido para tornar-se reforçado.
Assinale
a alternativa INCORRETA a respeito da produção literária de Monteiro Lobato:
a) traços de suas crenças, de sua indignação e de
sua ideologia são apresentados em sua produção literária tanto adulta quanto
infantil.
b) por meio da figura do
caipira, “um Piraquara do Paraíba”, pretendeu retratar o atraso da região
interiorana paulista do Vale do Paraíba.
c) em sua obra infantil existe o convívio de
personagens tipicamente brasileiros com personagens advindos da mitologia e da
literatura universal.
d) a situação enfrentada pelos negros no período
pós-escravidão brasileira também faz parte de sua temática.
e) só passou a ser
considerado um grande literato a partir da publicação do artigo “Paranóia ou
mistificação”, em que critica a exposição de Anita Malfatti.
12. (FCMMG 2015) Em "Pollice verso",
conto de Urupês, Monteiro Lobato traça a caricatura de um médico. Assinale,
entre as passagens extraídas desse conto, aquela em que melhor se exemplifica a
característica negativa do protagonista:
a)
"-
É tão mosca-morta o Galena. gemeu o doente com cara de desconsolo. Andou anos a
tratar o Faria do Hotel como diabético, e já o dava por morto quando um
curandeiro da roça o pôs saníssimo com um coco da bahia comido em jejum."
b) "No queixo trazia barba
de médico francês, coisa que muito avulta a ciência do proprietário. Doentes há
que entre um doutor barbudo e um glabro, ambos desconhecidos, pegam sem tir-te
no peludo, convictos de que pegam no melhor."
c) "Como desadorasse a
medicina, não vendo nela mais que um meio rápido de enriquecer, nem sequer lhe
interessava o "caso clínico" em si, como a muitos."
d) "- Descobri a vocação do
Nico, disse o arguto sujeito à mulher. Dá um ótimo esculápio. Inda agorinha o
vi lá fora dessecando um sanhaço vivo."
13. (FASEH 2015) Considerando a leitura da
obra literária Urupês, de Monteiro Lobato, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A obra traz, no conto
intitulado “Urupês”, a figura de Jeca Tatu, o caboclo lasso, mortiço e
indolente apto a retratar as pessoas que sofriam os efeitos de certos problemas
sociais do Brasil da época.
b) Escritor de um estilo mais
simples, prático, direto, sem grandes volteios linguísticos, Monteiro Lobato,
na obra, abrange e emprega o andamento coloquial brasileiro dentro de sua
narrativa.
c) Fruto de um sentimento de
indignação, de irritação e mesmo de certa intransigência ao observar as
dificuldades que marcam o ser brasileiro, Lobato utiliza constantemente a
ironia.
d)
A obra não contém uma única história, mas vários contos passados na cidade de
São Paulo, enfocando o brasileiro como agente de mudanças políticas e sociais e
vítima do progresso desenfreado.
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