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CAMADAS FÍSICAS DA TERRA


1.9 CAMADAS FÍSICAS
A Terra também pode ser dividida em cinco camadas físicas distintas, com base em como cada camada responde ao estresse. Embora exista alguma sobreposição nas designações químicas e físicas das camadas, especificamente no limite entre o núcleo e o manto, existem diferenças significativas entre os dois sistemas.
LITOSFERA
A litosfera, com "lito" que significa rocha, é a camada física mais externa da Terra. Incluindo a crosta, possui um componente oceânico e um componente continental. A litosfera oceânica, variando de uma espessura de zero (na formação de novas placas na cordilheira do oceano) a 140 km, é fina e relativamente rígida. Litosfera continental possui uma natureza consideravelmente mais plástica (especialmente com profundidade) e é geralmente mais espessa, de 40 a 280 km de espessura. Mais importante ainda, a litosfera não é contínua. É dividido em vários segmentos que os geólogos chamam de placas. Um limite de placa é o local onde duas placas se encontram e se movem uma em relação à outra. É nos limites e próximo a placas onde se vê a ação real das placas tectônicas, incluindo construção de montanhas, terremotos e vulcanismo.
ASTENOSFERA
A astenosfera, com significado de 'asteno', é a camada abaixo da litosfera. A propriedade mais distintiva da astenosfera é o movimento. É nessa camada que o movimento, parcialmente impulsionado pela convecção de intenso calor interior, permite que as placas litosféricas se movam. Como certos tipos de ondas sísmicas passam pela astenosfera, sabemos que ela é sólida, pelo menos nas escalas de tempo muito curtas da passagem das ondas sísmicas. A profundidade e a ocorrência da astenosfera dependem do calor e podem ser muito rasas nas cordilheiras do meio do oceano e muito profundas no interior das placas e sob as montanhas.
MESOSFERA
A mesosfera, ou manto inferior como às vezes é chamado, é mais rígida e imóvel do que a astenosfera, embora ainda quente. Isso pode ser atribuído ao aumento da pressão com profundidade. Entre aproximadamente 410 e 660 km de profundidade, o manto encontra-se em estado de transição, pois os minerais com a mesma composição são alterados para várias formas, ditadas pelas condições de aumento da pressão. Mudanças na velocidade sísmica mostram isso, e essa zona também pode ser uma barreira física ao movimento. Abaixo desta zona, o manto é relativamente uniforme e homogêneo, pois não ocorrem grandes alterações até que o núcleo seja atingido.
NÚCLEO EXTERNO
O núcleo externo é a única camada líquida encontrada na Terra. Começa a 2.890 km (1.795 milhas) de profundidade e se estende a 5.150 km (3.200 milhas). Inge Lehmann, um geofísico dinamarquês, em 1936, foi o primeiro a provar que havia um núcleo interno sólido dentro do núcleo externo líquido com base na análise de dados sísmicos. O núcleo interno sólido tem cerca de 1.220 km (758 milhas) de espessura e o núcleo externo tem cerca de 2.300 km (1.429 milhas) de espessura.
NÚCLEO INTERNO
Parece uma contradição que a parte mais quente da Terra seja sólida, pois as altas temperaturas geralmente levam ao derretimento ou à ebulição. O núcleo interno sólido pode ser explicado pelo entendimento de que a imensa pressão inibe o derretimento, embora à medida que a Terra esfria pelo calor que flui para fora, o núcleo interno cresce um pouco mais com o tempo. À medida que o ferro líquido e o níquel no núcleo externo se movem e convectam, ele se torna a fonte mais provável do campo magnético da Terra. Isso é extremamente importante para manter a atmosfera e as condições na Terra que a tornam favorável à vida. A perda de convecção do núcleo externo e o campo magnético da Terra pode remover da atmosfera a maioria dos gases essenciais à vida e secar o planeta; muito parecido com o que aconteceu com Marte.

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