1.5 HIPÓTESE DE ESPALHAMENTO DO FUNDO DO MAR
A Segunda
Guerra Mundial deu aos cientistas as ferramentas para encontrar o mecanismo de
deriva continental que escapara a Wegener. Mapas e outros dados coletados
durante a guerra permitiram aos cientistas desenvolver a hipótese de expansão
do fundo do mar. Essa hipótese traça a crosta oceânica desde a sua origem em
uma cordilheira no meio do oceano até sua destruição em uma vala no fundo do mar
e é o mecanismo da deriva continental.
Durante a
Segunda Guerra Mundial, navios de guerra e submarinos carregavam sonda para
localizar submarinos inimigos. As sirenes produzem ondas sonoras que viajam
para fora em todas as direções, refletem o objeto mais próximo e depois
retornam ao navio. Ao conhecer a velocidade do som na água do mar, os
cientistas calculam a distância do objeto com base no tempo que leva para a
onda fazer uma viagem de ida e volta. Durante a guerra, a maioria das ondas
sonoras ricocheteou no fundo do oceano. Esta animação mostra como as ondas
sonoras são usadas para criar imagens do fundo do mar e da crosta oceânica.
Após a
guerra, os cientistas reuniram as profundezas do oceano para produzir mapas
batimétricos, que revelam as características do fundo do oceano como se a água
fosse retirada. Até os cientistas ficaram surpresos que o fundo do mar não
fosse completamente plano. O que foi descoberto foi uma grande cadeia de
montanhas ao longo do fundo do mar, chamada cordilheiras do meio do oceano. Os
cientistas também descobriram trincheiras do fundo do mar ao longo das margens
dos continentes ou no mar perto de cadeias de vulcões ativos. Finalmente,
encontramos grandes áreas planas chamadas planícies abissais. Quando observaram
esses mapas batimétricos, os cientistas se perguntaram o que havia formado
esses recursos.
Os
cientistas reuniram essas observações no início dos anos 60 para criar a
hipótese de expansão do fundo do mar. Nesta hipótese, o manto flutuante sobe
uma cordilheira no meio do oceano, fazendo com que a cordilheira suba. O magma
quente na cordilheira irrompe como lava que forma um novo fundo do mar. Quando
a lava esfria, os cristais de magnetita assumem a polaridade magnética atual e,
à medida que mais lava entra em erupção, empurra o fundo do mar horizontalmente
para longe do eixo da crista.
As faixas
magnéticas continuam através do fundo do mar. À medida que a crosta oceânica se
forma e se espalha, afastando-se da crista da crista, ela empurra o continente
para longe do eixo da crista. Se a crosta oceânica atinge uma vala no fundo do
mar, ela afunda na vala e é perdida no manto. Os cientistas agora sabem que a
crosta mais antiga é mais fria e está mais profunda no oceano, porque é menos
dinâmica do que a nova crosta quente.
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