1. (FUVEST
SP/2001) Portugal foi o país que mais resistiu ao
processo de descolonização na África, sendo Angola, Moçambique e Guiné-Bissau
os últimos países daquele continente a se tornarem independentes.
Isto se explica:
a) pela ausência de movimentos de libertação
nacional naquelas colônias.
b) pelo pacifismo dos líderes Agostinho Neto,
Samora Machel e Amílcar Cabral.
c) pela suavidade da dominação lusitana baseada
no paternalismo e na benevolência.
d) pelos acordos políticos entre Portugal e
África do Sul para manter a dominação.
e) pela
intransigência do salazarismo somente eliminada com a Revolução de Abril de
1974.
2. (UEL
PR/2001) “Assim, a luta pela independência libertou
os povos da África (…) da dominação política europeia, mas deixou surgir um
novo sujeito histórico sobre a cena política: o Estado Nacional. Resposta
radical à colonização, forma para se atingir a identidade nacional (…), [ele
representou] a passagem de uma sociedade dominada a uma sociedade não menos
dominada onde o dirigismo do Estado, parlamentar ou totalitário, encontrou
possibilidades de aplicação inéditas.”
(CANÊDO, Letícia B. A descolonização da
África e da Ásia. 6.ed São Paulo: Atual; Campinas: Editora da Unicamp. 1986. p.
5–6. Coleção Discutindo a História.)
“A meu ver a pobreza e as lutas políticas são
o resultado da colonização estrangeira que desordenou a economia africana
pré-colonial e estabeleceu limites entre os Estados que não respeitavam as
tradições e as diferenças étnicas entre os povos africanos. (…) A desunião que
domina os jovens estados africanos é, em grande parte, fomentada pelas
potências colonizadoras (…). O grande mal é que à descolonização seguiu-se a
neocolonização.”
(ANDRADE, Manuel C. de. Imperialismo e
fragmentação do espaço. 2.ed São Paulo: Contexto, 1989. p. 8. Coleção
Repensando a Geografia.)
Considerando os textos acima, assinale a
alternativa correta.
a) Ao tratar do tema da descolonização, os
textos reproduzem análises contraditórias e chegam a conclusões opostas.
b) Ambos
constituem análises complementares, sendo que o primeiro aborda a formação dos
Estados africanos e o segundo analisa as influências da colonização estrangeira
na África contemporânea.
c) Os dois textos constituem abordagens
independentes, já que os problemas e conflitos contemporâneos da África
independem da forma como se deu a consolidação dos Estados Nacionais naquele
continente.
d) O primeiro e o segundo textos apresentam
explicações sobre a participação do Estado na construção da democracia na África
contemporânea.
e) O segundo texto, também como o primeiro,
caracteriza a autonomia dos jovens Estados africanos como responsáveis pelos
problemas atuais da África.
3. (UFMG/1996)
Todas as alternativas apresentam afirmativas
corretas sobre o processo de descolonização da África, EXCETO:
a) A grande maioria dos países africanos se
tornou independente após o término da 2ª Guerra Mundial.
b) A
opção pela luta armada foi responsável pela independência de quase todas as
colônias.
c) As ex-colônias portuguesas foram as últimas
a se tornarem independentes.
d) As independências foram acompanhadas de
projetos socialistas a partir da década de 1970.
4. (UNIFICADO
RJ/1995) “Morre um homem por minuto em Ruanda. Um
homem morre por minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens surgiu há
um milhão de anos...Para o ano 2000 só faltam seis, mas a humanidade não
ingressará no terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz”.
(Augusto Nunes, in : jornal O Globo, 6.8.94).
A situação atual de instabilidade no
continente africano é o resultado de diversos fatores históricos, dentre os
quais destacamos o (a):
a) Fortalecimento políticos dos antigos
impérios coloniais na região, apoiada pela Conferência de Baudung.
b) Declínio dos nacionalismos africanos
causados pelo fina da Guerra Fria.
c) Acirramento
das guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as
características culturais do continente.
d) Fim da dependência econômica ocorrida com as
independências políticas dos países africanos, após a década de 50.
e) Difusão da industrialização no continente
africano, que provocou suas grandes desigualdades sociais.
5. (FGV/2006) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em
curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no
Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de
coisas deve-se, em parte:
a) às diferenças ideológicas que perpassam as
sociedades africanas, divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos
do planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a
consolidação dos estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras
denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves problemas ambientais que produzem
catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a
miséria em todo o continente.
d) à
herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem
considerar as características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam
mantendo uma política assistencialista, o que faz com que os governos locais
beneficiem-se do caos.
6. (UFTM
MG/2004) O acontecimento decisivo para o império
africano francês foi a guerra argelina de independência, transcorrida entre
1954 e 1962 com extremo vigor e violência. A Argélia era, constitucionalmente,
uma parte da França, e os quase um milhão de franceses que lá viviam tinham
relações com seu país natal, que, em sua maior parte, os apoiava em sua causa.
A Argélia não podia ser abandonada sem que ocorresse uma luta final, com o
completo comprometimento do exército francês.
(Roland Oliver, A experiência africana)
É correto afirmar, no contexto histórico
citado no texto, que os acontecimentos desencadearam na África
a) a
descolonização.
b) a centralização econômica.
c) a desnacionalização.
d) a colonização.
e) o domínio imperialista.
7. (FUVEST
SP/2004) A Segunda Guerra Mundial fez emergir
interesses e aspirações conflitantes que culminaram em relevantes mudanças nos
quinze anos posteriores (1945-1960).
Entre esses novos acontecimentos, é possível
citar:
a) o
início dos movimentos pela libertação colonial na África e a divisão do mundo
em dois blocos.
b) a balcanização do sudeste da Europa e o
recrudescimento das ditaduras na América Latina.
c) a criação do Mercosul e a expansão dos
comunistas no Oriente Médio.
d) os conflitos entre palestinos e judeus e o
desaparecimento do império austro-húngaro.
e) o desmantelamento da União Soviética e a
dominação econômica dos Estados Unidos.
8. (UFMG/2007)
“Na história da África jamais se sucederam
tantas e tão rápidas mudanças como durante o período entre 1880 e 1935. Na
verdade, as mudanças mais importantes, mais espetaculares – e também mais
trágicas –, ocorreram num lapso de tempo bem mais curto, de 1880 a 1910,
marcado pela conquista e ocupação de quase todo o continente africano pelas
potências imperialistas e, depois, pela instauração do sistema colonial. A fase
posterior a 1910 caracterizou-se essencialmente pela consolidação e exploração
do sistema.”
BOAHEN, Albert Adu. História geral da África.
VII. A África sob dominação colonial, 1880-1935. São Paulo: Ática/Unesco, 1991.
p. 25.
Considerando-se o contexto da colonização
europeia da África, é CORRETO afirmar que
a) a demarcação das fronteiras entre as
diferentes colônias respeitou as divisões territoriais previamente existentes
entre as etnias africanas.
b) a derrota da Alemanha na Primeira Guerra
implicou a concessão de independência aos territórios por ela colonizados, sob
a proteção da ONU.
c) essa colonização resultou em decréscimo da
população africana, devido à intensa exploração dos recursos humanos e
materiais.
d) os
Estados europeus, embora negassem oficialmente a escravidão, adotavam trabalho
compulsório em alguns territórios coloniais.
9. (UFPEL
RS/2007) Durante a Guerra Fria, a estratégia da Casa
Branca tinha como horizonte mudar a aparência da dominação colonial para na
verdade não mudar nada: as novas nações manteriam o vínculo de dependência
econômica e sofreriam um certo grau de ingerência política por parte das
antigas metrópoles. Eventualmente, as metrópoles apoiariam a formação de
ditaduras que lhes fossem “fiéis”. Assim, nos anos 50 e 60, a África conheceu
intensamente um processo hoje chamado “descolonização”. Apenas no ano de 1960,
dezessete colônias da França e da Inglaterra conquistaram o status de nações
autônomas.
ARBEX JR., José. Guerra Fria: terror de
Estado, política e cultura. São Paulo: Moderna, 1997 [adapt.].
Contrariando essa estratégia dos Estados
Unidos da América, através da qual os processos colonizatórios haviam sido
reforçados, ocorreram na segunda metade do século XX, na África, movimentos com
características revolucionárias e emancipações políticas com o apoio da União
Soviética. Entre os países que vivenciaram este último processo transformador
no período referido, estão
a) Argélia, Congo e África do Sul.
b) Sudão, Etiópia e Marrocos.
c) Sudão, Argélia e Gabão.
d) Angola,
Moçambique e Guiné Bissau.
e) Costa do Marfim, Uganda e Senegal.
10.
(ESPM/2008) Leia o texto e assinale a alternativa
correta:
Na Batalha de Argel, em 1957, as forças
francesas, que chegaram a contar com quinhentos mil soldados, conseguiram
desmantelar a organização clandestina da Frente de Libertação Nacional (FLN),
na capital do país. Uma sangrenta repressão à população civil árabe, no
entanto, consumou a divisão entre a minoria francesa e a maioria muçulmana. A
Guerra da Argélia produziu uma crise no governo francês e levou à queda da IV
República.
(Leonel Itaussu. História Moderna e
Contemporânea)
a) O texto aborda problemas enfrentados pela
França na África, antes da Segunda Guerra Mundial.
b) O
texto aborda a Guerra de Independência da Argélia, em plena descolonização da
África, onde foram adotadas táticas de guerrilha rural e urbana contra o
colonialismo europeu.
c) A queda da IV República francesa significou
o afastamento definitivo do poder do general Charles de Gaulle.
d) A Argélia havia se tornado uma colônia
francesa após a Segunda Guerra Mundial em meio às tensões da Guerra Fria.
e) A Argélia tinha sido uma colônia alemã, mas
passou ao domínio da França como resultado dos tratados que se seguiram à
Primeira Guerra Mundial.
11. (FFFCMPA
RS/2008) Em 1994, Ruanda foi palco de um terrível
genocídio que vitimou mais de um milhão de pessoas no confronto entre tutsis e
hutus e teve um saldo de cerca de dois milhões de refugiados em países
vizinhos. O conflito é desencadeado a partir do atentado aéreo que matou o
presidente de Ruanda, o hutu Juvenal Habyarimana. As raízes históricas desse
acontecimento estão
a) na
Partilha da África, que dividiu o continente segundo os interesses dos europeus
sem que fossem levadas em consideração as diferenças tribais, separando etnias
irmãs e reunindo em um mesmo país etnias rivais.
b) nas diferenças étnico-culturais entre a
África branca muçulmana, ao norte, e a África negra, subsaariana, ao sul.
c) na política segregacionista do apartheid que,
a partir da primeira metade do século XX, submeteu
a maioria negra a uma minoria branca, os
africâneres, privando-os de direitos políticos, cidadania e posse de terras no
centro-sul da África.
d) no contexto da Guerra Fria, quando EUA e
URSS incentivaram as diferenças étnicas no continente africano para impedir que
as guerras de independência tivessem êxito, buscando com isso aumentar suas
respectivas áreas de influência na região.
e) nas lutas partidárias desencadeadas após a
Segunda Guerra Mundial que colocaram em lados opostos grupos que defendiam o
desenvolvimento do continente a partir do modelo capitalista e os que pregavam
a revolução comunista como forma de superação das principais dificuldades
econômicas e possibilidade de uma distribuição de riquezas mais equitativa.
12. (UDESC
SC/2008) No decorrer do século XIX, as grandes
potências europeias lançaram-se à conquista colonial da África e da Ásia. Sobre
a ocupação da África e suas consequências, é incorreto afirmar:
a) A violência
em que se deu a colonização provocou grandes distorções nas estruturas
econômicas, sociais e culturais dos territórios dominados. Intrigas entre
etnias foram estimuladas e antigos reinos destruídos, vencidos pela
superioridade militar dos colonizadores.
b) Os europeus demarcaram fronteiras,
confiscaram terras, forçaram grupos nômades a fixar-se em territórios
específicos. Em consequência disso, os Estados africanos atuais, na sua
maioria, não têm a mesma unidade cultural, linguística e social.
c) A ocupação do território africano destruiu
estruturas tradicionais; a economia comunitária ou de subsistência foi
totalmente desorganizada, pela introdução de cultivos e outras atividades,
destinadas a atender exclusivamente às necessidades das metrópoles.
d) A ocupação europeia beneficiou o continente
africano, pois possibilitou a inserção da África na economia capitalista
mundial. Antes da colonização europeia, a economia africana restringia-se a
suprir as necessidades básicas de sua população; assim, os africanos viviam sob
condições de vida bastante atrasadas.
e) A ocupação das colônias criou sérios
problemas (muitos ainda não resolvidos, mesmo na atualidade). Pode-se dizer que
muitos dos conflitos étnicos que existem hoje na região são consequências da dominação
colonial da África.
13. (UFSCAR
SP/2009) Entre 1957 e 1964, quase todos os territórios
africanos tornaram-se livres do domínio europeu, com exceção dos que estavam
sob o controle dos
a) portugueses,
que só se tornaram independentes a partir de 1974, depois de lutas contra os
exércitos coloniais e da queda da ditadura salazarista.
b) ingleses, que mantiveram o regime de
apartheid nas regiões da África do sul, e só se tornaram independentes na
década de 1990.
c) franceses, que permaneceram sob o regime
colonial até as guerras da Argélia e do Congo na década de 1970.
d) belgas, cujos colonizadores permaneceram por
longos anos na África no controle do processo de mudança política, saindo do
continente após a guerra em Ruanda.
e) holandeses, que só conseguiram autonomia
depois da revolta dos Zulus na década de 1970.
14.
(UFMT/2008) Sobre os processos de colonização e
descolonização do continente africano, marque V para as afirmativas verdadeiras
e F para as falsas.
(__) Após o processo de descolonização, vários
grupos étnicos foram forçados a conviver em um mesmo Estado, intensificando os
conflitos armados como o ocorrido entre as etnias Tutsi e Hutus, em Ruanda.
(__) O critério de regionalização do continente
africano mais utilizado pós-descolonização, com base em elementos étnicos e
culturais, classifica-o em África Branca ou Setentrional e África Negra ou
Subsaariana.
(__) As potências imperialistas europeias reunidas na Conferência de Berlim
dividiram o espaço da África entre si, criando fronteiras sem respeitar a
antiga organização tribal e a distribuição geográfica das etnias no continente.
Assinale a sequência correta.
a) VFV
b) VVF
c) VVV
d) FFV
e) FFF
15.
(UFMT/2008) Na descolonização da África, encontram-se
casos em que a independência foi conquistada com grande violência, assim como
situações em que a libertação da colônia ocorreu de modo mais pacífico. No
entanto, em todos os processos, pode-se afirmar a existência de uma relação
entre a situação interna da colônia e realidades mais amplas. Sobre a
independência de Angola, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as
falsas.
(__) Aconteceu no âmbito da Guerra Fria como
demonstra a guerra civil ocorrida após a independência entre o MPLA, apoiado
pela União Soviética, e a UNITA, apoiada pelos Estados Unidos da América.
(__) Deve ser compreendida no contexto da
desagregação do Império Português após a independência do Brasil e o fim do
tráfico negreiro, a grande fonte de renda do estado lusitano.
(__) Foi resultado da globalização que, ao
permitir o maior fluxo comercial e de ideias, fez surgir no povo angolano o
sentimento de liberdade e o desejo de autodeterminação.
(__) Foi impulsionada pelo fim da ditadura salazarista, marcado pela
Revolução dos Cravos, que significou o abandono da guerra colonial e da
política imperialista portuguesa.
Assinale a sequência correta.
a) VFVF
b) VFFV
c) FVFV
d) FFFV
16. (UFRN/2011) Na
Copa do Mundo de Futebol de 2010, realizada na África do Sul, muitos
brasileiros ficaram surpresos ao saberem que várias nações do continente
africano, como Costa do Marfim, Nigéria, Gana e o próprio país sede do evento,
apresentavam influências linguísticas europeias. Isso ficava evidente, por exemplo,
nos nomes dos jogadores estampados nas camisetas e nos hinos nacionais,
cantados em inglês ou francês.
Essas influências da Inglaterra e da França
na África são resultantes
a) da expansão do Cristianismo, estimulado
pelos propósitos das Cruzadas.
b) do
neocolonialismo do século XIX, no contexto da Segunda Revolução Industrial.
c) da Globalização, que promoveu o intercâmbio
cultural mundial no século XX.
d) do tráfico negreiro, que implantou colônias
europeias no continente africano.
17. (IBMEC
RJ/2012) A África vive, ainda hoje, uma sequência
impressionante de golpes militares e guerras civis, sendo o recente caso da
Guiné-Bissau um típico exemplo de como esse processo continua a ocorrer. Vários
são os fatores que explicam tal fenômeno, sendo um dos mais importantes:
a) a manutenção de uma política
assistencialista por parte das antigas potências coloniais, o que estimula o
caos;
b) uma disputa entre grupos políticos
divergentes, favoráveis ou não ao liberalismo econômico;
c) os resquícios da Guerra Fria, ainda
evidentes, especialmente na África do Sul e na região central do continente;
d) a ausência de políticas ambientais que
minimizem os efeitos devastadores da fome e da violência;
e) a
execução de uma política colonialista que impôs o conceito de Estado-Nação sem
levar em conta as características locais da sociedade.
18. (UEPA/2015)
A Conferência de Berlim, realizada na
Alemanha em 1885, sacralizou o processo de partilha da África. Dela fizeram
parte a Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. A
geopolítica imposta ao Continente Africano gerou, nas décadas posteriores, o
sentimento anticolonialista, pois:
a) a situação de supremacia europeia definiu-se
diplomaticamente, garantindo a prerrogativa de defesa dos direitos civis dos
países que negassem o princípio de protetorado que as potências do Norte
queriam implantar nas colônias do Atlântico Sul, assegurando aos africanos a
liberdade de expressão.
b) os territórios afro-asiáticos a serem
explorados formaram a Aliança Nacional Libertadora e apoiados pelos Estados
Islâmicos resistiram ao domínio europeu transformando o Norte da África em um
campo intercultural, onde cristãos e muçulmanos buscavam a supremacia.
c) a
luta pela independência das colônias africanas transformou-se posteriormente em
objeto de debate local e global, ora de orientação capitalista, ora de
orientação socialista, mesclados aos discursos locais nacionalistas,
representados por diferentes projetos políticos.
d) o nível de atraso no desenvolvimento
tecnológico, industrial e econômico africano em comparação aos outros
continentes deixou de existir graças aos empreendimentos dos países capitalistas
nas áreas de dominação, assinalando o avanço bem-sucedido do capitalismo em
relação ao socialismo.
e) o processo de independência das colônias em
relação às metrópoles europeias foi assegurado através das reedições da
Conferência, que a cada ano estabelecia um plano de metas de desenvolvimento
local garantindo para as partes envolvidas igual partilha dos recursos
naturais.
19. (UNESP
SP/2015) Não há livro didático, prova de vestibular ou
resposta correta do Enem que não atribua a miséria e os conflitos internos da
África a um fator principal: a partilha do continente africano pelos europeus.
Essas fronteiras teriam acotovelado no mesmo território diversas nações e
grupos étnicos, fazendo o caos imperar na África. Porém, guerras entre nações
rivais e disputas pela sucessão de tronos existiam muito antes de os europeus
atingirem o interior da África. Graves conflitos étnicos aconteceram também em
países que tiveram suas fronteiras mantidas pelos governos europeus. É incrível
que uma teoria tão frágil e generalista tenha durado tanto – provavelmente isso
acontece porque ela serve para alimentar a condescendência de quem toma os
africanos como “bons selvagens” e tenta isentá-los da responsabilidade por seus
problemas.
(Leandro Narloch. Guia politicamente incorreto
da história do mundo, 2013. Adaptado.)
A partir da leitura do texto, é correto
afirmar que:
a) as desigualdades sociais e econômicas no
mundo atual originam-se exclusivamente das contradições materiais do
capitalismo.
b) o conhecimento histórico que privilegia a
“óptica dos vencidos” apresenta um grau superior de objetividade científica.
c) na relação entre diferentes etnias, o
etnocentrismo é um fenômeno antropológico exclusivo dos países ocidentais
modernos.
d) para explicar a existência dos atuais
conflitos étnicos na África, é necessário resgatar os pressupostos da ideologia
colonialista.
e) a
tese filosófica sobre um “estado de natureza” livre e pacífico é insuficiente
para explicar os conflitos étnicos atuais na África.
20. (Fac.
Direito de Sorocaba SP/2015) Leia os
textos.
A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós
mesmos: Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens como
tais, mas desobedecerei quando estiverem em conflito com a minha consciência.
(…) Isso poderá implicar sofrimentos. Vossa prontidão em sofrer acenderá a
tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada.
(Mahatma Gandhi)
É preciso afirmar publicamente a vontade da
França de não deixar tocar a sua soberania francesa na Argélia. É preciso tomar
as medidas necessárias para reprimir todos os comportamentos antifranceses por
parte de uma minoria de agitadores. É preciso afirmar que a França confia nas
massas francesas muçulmanas da Argélia.
(Charles de Gaulle)
(Apud
Carlos Serrano e Kabengele Munanga, A Revolta dos Colonizados)
A partir de seus conhecimentos e das
afirmações, é correto afirmar que o processo de independência das colônias na
Ásia e na África
a) apresentou
tanto a via pacífica quanto a violenta, dependendo das relações coloniais.
b) revelou o apoio dos países não alinhados à
libertação dos povos oprimidos.
c) caracterizou-se pelo nacionalismo
exacerbado, com teor anti-imperialista e racista.
d) vinculou-se diretamente aos interesses das
superpotências no fim da Guerra Fria.
e) expressou o descontentamento das elites
europeias com os rumos da globalização.
2 Comentários
Obrigada ajudou muito
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