1. (UFF
RJ/2001) Quando comparada à revolução chinesa, a
independência indiana adquire uma singularidade que, ainda hoje, desperta a
atenção dos estudiosos. Ao contrário de uma revolução comunista, a Índia
adquiriu sua independência pela via pacífica.
Identifique o comentário que se refere,
corretamente, à política implementada por Gandhi para obter a independência.
a) A política de desobediência civil, cujo
exemplo foi a chamada Marcha do Sal, fundamentava-se no princípio da
resistência pela violência.
b) O sistema hindu, fundado na igualdade social
e no sistema de castas, representou um obstáculo à independência indiana.
c) Parte
significativa da burguesia indiana apoiou a política de Gandhi, pois, o seu
programa de defesa do produto nacional ajudava a combater a concorrência dos
materiais ingleses.
d) A doutrina da dignidade do trabalho
defendida por Gandhi implicava a defesa intransigente de greves de cunho
político.
e) O principal impulso do programa de Gandhi
era a proposta de reformulação da aldeia tradicional com a introdução da
mecanização no campo.
2. (EFOA
MG/2007) Mohandas Ghandi, também conhecido como
Mahatma (grande alma), nasceu na Índia em 1869. Após formar-se advogado em
Londres, Ghandi trabalhou na África do Sul até 1914, quando retornou ao seu
país.
A partir daí, tornou-se o grande líder do
movimento de emancipação da Índia em relação ao domínio inglês, que viria a se
concretizar em 1947.
Sobre a luta pela independência e a
construção da soberania indiana, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) O
movimento de emancipação da Índia terminou com a recusa do país em integrar a
Comunidade Britânica e, consequentemente, o seu alinhamento com a União
Soviética.
b) A estratégia de luta utilizada por Ghandi e
seus seguidores baseava-se em dois princípios: o da não violência e o da
desobediência civil.
c) A divisão entre hindus e muçulmanos foi um
pretexto utilizado pelo governo inglês para dividir o território de sua
ex-colônia em dois países: Índia e Paquistão.
d) O boicote aos produtos ingleses também foi
uma das práticas adotadas por Ghandi, que se vestia com roupas indianas
tradicionais.
e) A Inglaterra permitia a atuação de partidos
contrários ao seu domínio na Índia, como o Partido do Congresso, desde que
legalizados.
3. (UFPEL
RS/2007) “A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a
vós mesmos: ‘Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens
como tais, mas desobedecerei quando estiverem em conflito com minha
consciência’. O assim chamado patrão poderá surrar-vos e tentar forçar-vos a
servi-lo. Direis: ‘Não, não vos servirei por vosso dinheiro ou sob ameaça’.
Isso poderá implicar sofrimentos. Vossa prontidão em sofrer acenderá a tocha da
liberdade, que não pode jamais ser apagada”.
PAZZINATO, Alceu L. e SENISE, Maria Helena V.
História Moderna e Contemporânea, São Paulo: Ática, 2002.
O texto caracteriza a política de
Desobediência Civil defendida por
a) Mahatma
Gandhi, como estratégia para a independência da Índia.
b) Nelson Mandela, no processo de
descolonização e independência da África do Sul.
c) Agostinho Neto, na luta pela independência
de Angola.
d) Patrice Lumumba, líder nacionalista do Congo
Belga.
e) Abdel Nasser, na luta pela libertação do
Egito.
4. (UNESP
SP/2008) Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948) iria
acabar conseguindo mobilizar as aldeias e bazares da Índia, às dezenas de
milhões, em grande parte com o mesmo apelo ao nacionalismo da espiritualidade
hindu, embora tendo o cuidado de não romper a frente comum com os
modernizadores (dos quais num sentido real, ele fazia parte) e de evitar o
antagonismo à Índia maometana, sempre implícito na visão militantemente hindu
do nacionalismo.
(Eric Hobsbawm, Era dos Extremos.)
Acerca do processo de independência da Índia
britânica, é correto afirmar que
a) as relações entre hindus e maometanos
permaneceram harmoniosas no subcontinente.
b) o fundamentalismo hindu tornou-se hegemônico
na Índia, eliminando a liberdade religiosa.
c) houve
uma divisão entre as forças que Gandhi tentou manter unidas na luta de
libertação.
d) os valores tradicionais foram abandonados em
nome da ocidentalização e da aproximação dos EUA.
e) Gandhi tornou-se um herói nacional e assumiu
a direção política e religiosa do subcontinente.
5. (ESCS
DF/2010) Após o término da 2ª Guerra Mundial
(1939/1945), o sistema imperialista começou a ser desmontado através de uma
série de conflitos que marcaram o mundo com a chamada descolonização da África
e da Ásia. O processo de independência da Índia acabou sendo totalmente
diferente dos demais países asiáticos e africanos. A singularidade do movimento
de independência indiano pode ser explicada pelo seguinte aspecto:
a) a presença de vários grupos religiosos na
Índia dando origem a um processo de fragmentação territorial que não foi
visualizada em outras nações;
b) a eclosão de uma violenta guerra entre
indianos e a metrópole inglesa que obrigou a intervenção da ONU para garantir a
liberdade da Índia;
c) a
presença da liderança de Gandhi que desencadeou campanhas pacifistas de
desobediência civil ao poder inglês sobre a Índia;
d) a eclosão de conflitos locais entre a
maioria hindu e as minorias religiosas indianas facilitando a negociação da
independência com os ingleses;
e) a presença do governo francês dando apoio a
independência indiana para diminuir o poder inglês no continente asiático.
6. (UNIMONTES
MG/2010) Acerca do movimento relacionado ao processo de
independência da Índia, é INCORRETO afirmar que
a) o meio pelo qual os indianos defenderam a
legitimidade da independência do país foi a chamada Resistência Pacífica, com a
promoção de greves, passeatas e boicotes.
b) se intensificaram os conflitos étnico-religiosos
entre muçulmanos e hindus, a partir do ano de 1947, produzindo a divisão do
país e grande quantidade de perdas humanas.
c) o território indiano foi ocupado por tropas soviéticas que apoiaram
as guerrilhas nacionalistas em suas pretensões de autonomia, a contrapelo das
convicções religiosas dos líderes hinduístas.
d) o território, antes sob domínio britânico,
deu origem, no imediato pós-independência, a dois países: União Indiana, de
maioria hinduísta, e o Paquistão, de maioria muçulmana.
7. (UNIMONTES
MG/2010) A honra da Índia foi simbolizada por um
punhado de sal na mão de um homem da não violência. O punho que contém o sal
pode ser cortado, mas não largará o sal.
(GANDHI, Mohandas. Citado por ARRUDA, J.J. A.
; PILETTI, N. Toda a história. São Paulo: Ática, 1997, p. 339.)
Acerca do processo histórico que culminou com
a independência da Índia, considere as afirmativas seguintes:
I. A luta pela independência incluía, entre
outros fatores, a recusa em consumir produtos de origem inglesa.
II . A “filosofia” pacifista de Gandhi fazia
concessões ao uso da violência quando esta era usada como legítima defesa.
III. A execução de Gandhi pelos colonizadores,
mesmo após a independência, mostra o limite da eficácia da sua estratégia
pacifista.
IV. As divisões internas entre muçulmanos e hindus foi um dos obstáculos à
mobilização nacional e resultaram na divisão entre Índia e Paquistão, após a
saída dos ingleses.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s)
a) I, apenas.
b) I e
IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
8. (IBMEC RJ/2011) A História do que atualmente chamamos Índia é milenar. Porém, foi a
partir do século XIX que ela ganhou uma importância significativa para o
ocidente, em função da presença inglesa em seu território.
Sobre o processo de independência da Índia,
assinale a afirmativa INCORRETA:
a) uma das mais importantes lideranças no
processo de independência foi Mahatma Gandhi, defensor do princípio conhecido
como não-violência;
b) em função dos problemas de natureza
religiosa existentes na região, a independência marcou o surgimento inicial de
dois países: Índia e Paquistão;
c) apesar de sua população ser de maioria
muçulmana, a maior parte do território da Caxemira ficou sob o controle da
Índia, desagradando ao Paquistão, que reivindica o controle sobre a região;
d) desde a independência a Índia optou pelo
sistema democrático republicano, adotando um modelo parlamentarista de governo;
e) a
extinção das castas, ocorrida logo após a independência do país, aumenta ainda
mais o caráter democrático da Índia.
9. (UniCESUMAR
SP/2015) "Todos os homens reconhecem o direito de
revolução, isto é, o direito de recusar obediência ao governo, e resistir-lhe,
quando ele se revele despótico ou sua ineficiência seja grande e intolerável.
(...) Leis injustas existem: devemos contentar-nos em obedecer-lhes ou
empenhar-nos em corrigi-las; obedecer-lhes até o momento em que tenhamos êxito
ou transgredi-las desde logo? (...) Se mil homens se recusassem a pagar seus
impostos este ano, isso não seria uma medida violenta e sangrenta, como seria
pagá-los e capacitar o Estado a cometer violências e derramar sangue inocente.
Esta é, na realidade, a definição de uma revolução pacífica, se tal for
possível. Se o cobrador de impostos, ou qualquer outro servidor público,
perguntar-me, como um já perguntou, 'Mas que farei eu?', minha resposta será:
'Se quer realmente fazer algo, peça demissão do cargo.' Quando o vassalo
recusar sujeição e o servidor público resignar ao cargo, então a revolução
estará feita."
Henry David Thoreau. A desobediência civil e
outros ensaios. São Paulo: Cultrix, 1987, p. 21, 27 e 31.
O princípio exposto no texto foi formulado
originalmente por Henry David Thoreau, em 1849. É possível afirmar que ele
inspirou, entre outros,
a) a reação vietcong ao colonialismo francês na
Indochina.
b) o republicanismo de Simón Bolívar, contra a
colonização espanhola da América.
c) a revolução cultural, liderada por Mao
Tsé-Tung na China.
d) a
resistência de Mahatma Ghandi, contra o domínio britânico na Índia.
e) o indigenismo de Emiliano Zapata, contra a
ditadura porfirista no México.
10. (FGV/2013)
Não é absurdo pensar que o único tipo de
transgressão que o governo nunca previu foi a negação deliberada e prática de
sua autoridade [...].
Sob um governo que prende qualquer homem
injustamente, o único lugar digno para um homem justo é também a prisão.
THOREAU, H. Desobedecendo. A desobediência
civil e outros ensaios. Trad., Rio de Janeiro: Rocco, 1984, p. 36 e 38.
Henry Thoreau foi um ativista estadunidense
do século XIX que influenciou, com suas ideias, diversos movimentos políticos
posteriores. Entre eles, podemos identificar
a) o nazismo, exemplificado pela prisão de
Hitler, quando escreveu o livro Mein Kampf.
b) a revolução cubana, marcada pela intensa
movimentação da sociedade civil.
c) o peronismo e a sua proposta de organização
social e política, baseada nos sindicatos.
d) o franquismo e sua perspectiva de separação
entre Igreja e Estado na Espanha.
e) a
resistência pacífica liderada por Mahatma Gandhi, pela independência da Índia.
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