1. (UFMS/2009) Em dezembro de 1978, a capital do Irã, Teerã, foi invadida por dois milhões
de iranianos, que saíram às ruas em protesto contra o governo do xá Reza
Pahlevi. Era o auge de uma crise que mudaria radicalmente o cenário político do
país. No início de 1979, um mês depois dos grandes protestos de Teerã, incapaz
de resistir à pressão popular, o xá Reza Pahlevi fugiu do país. A queda da
monarquia e a tomada do poder pelos fundamentalistas xiitas ficaram conhecidas
como Revolução Islâmica. Em plebiscito, os iranianos optaram pelo sistema
presidencialista de governo e, com a aprovação da nova Constituição, em abril
de 1979, o Irã foi oficialmente declarado uma República Islâmica. Sobre o
processo político iraniano antes e depois da Revolução Islâmica, assinale a
alternativa correta.
a) A República Islâmica iraniana baseia-se num
regime de governo presidencialista, dividido entre: o poder secular, exercido
por um presidente eleito pelo voto universal, que, além de comandar os assuntos
estratégicos, controla as Forças Armadas, o Poder Judiciário e parte do
Legislativo; e o poder religioso, exercido por um aiatolá, que, submetido ao
presidente eleito, é responsável pela coordenação das políticas governamentais
e pelo controle da hierarquia religiosa do país.
b) Além de mudanças profundas na estrutura
política interna, a Revolução Islâmica iraniana trouxe transformações radicais
nas relações internacionais do país, uma vez que a ascensão dos
fundamentalistas xiitas ao poder permitiu um melhor contato cultural do Irã com
países islâmicos do Oriente Médio, a exemplo de seu tradicional aliado, o Iraque,
além de permitir uma abertura maior do país em relação ao Ocidente, dificultada
durante todo o período da monarquia de caráter ultranacionalista do xá Reza
Pahlevi.
c) A Revolução Islâmica iraniana foi resultado
de um longo processo histórico iniciado em 1921, quando, por meio de um golpe
de Estado que derrubou o então presidente Mahmoud Ahmadinejad, ascendeu ao
poder o aiatolá Ruhollah Khomeini, que implantou uma prática política
nacionalista e ocidentalizante, caracterizada, entre outras medidas, pela
mudança do nome do país de Irã para Pérsia, pela retomada dos antigos contratos
de exploração petrolífera firmados com empresas inglesas e pela abolição do uso
obrigatório do véu pelas mulheres.
d) A Revolução Islâmica no Irã constituiu-se em
fator preponderante para a redefinição das estratégias econômicas e
geopolíticas norte-americanas no Oriente Médio, uma vez que, ao contrário da
monarquia do xá Reza Pahlevi, tradicional aliada da União Soviética na região,
o regime teocrático pró-ocidental iraniano, controlado pelos fundamentalistas
xiitas, apoiou e continua a dar apoio à invasão dos Estados Unidos no Iraque,
país que desde a ascensão do sunita Sadam Hussein ao poder, em 1980, disputava
com o Irã o controle da produção de petróleo no Golfo Pérsico.
e) No
modelo de República Islâmica, instaurado no Irã com a revolução de 1979, o
governo é dividido entre o poder laico, exercido por um presidente eleito pelo
voto universal e que é o responsável pela coordenação das políticas
governamentais, e o poder religioso, exercido por um aiatolá, ou seja, um alto
sacerdote da religião muçulmana, que, sobrepondo-se ao presidente, como líder
supremo, comanda os assuntos estratégicos, controla as Forças Armadas, o Poder
Judiciário, parte do Legislativo e a hierarquia religiosa do país.
2. (UNESP SP/2009) Num momento em que o
Império Romano do Ocidente havia desmoronado e os Impérios Bizantino e Persa se
esfacelavam, os árabes expandiram consideravelmente seus domínios. Em menos de
100 anos o Islã era a religião de toda a costa sul e leste do Mediterrâneo,
além de ter se espalhado para a Pérsia, até o vale do Indo, e para a Península
Ibérica.
(Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo,
História para o Ensino Médio)
No contexto de tantas conquistas, a
civilização árabe
a) sintetizou
criativamente as tradições culturais árabe, bizantina, persa, indiana e grega.
b) rejeitou as contribuições culturais
originadas de povos que professassem outras crenças.
c) submeteu pelas armas os povos conquistados e
impôs o deslocamento forçado das populações escravizadas.
d) perseguiu implacavelmente os judeus, levando
à sua dispersão pelos territórios da Europa do leste.
e) desprezou os ofícios ligados às artes, às
ciências e à filosofia relegados aos povos conquistados.
3. (Mackenzie SP/2009) A guerra contra o Iraque detonou outra: a guerra de notícias na mídia
global. Agências anglo-americanas divulgaram para o mundo frases e imagens
produzidas por repórteres a serviço do governo norte-americano. As agências
árabes ou de países contrários à guerra veiculavam a morte de civis e o
bombardeio de escolas, hospitais, museus e residências, de tal forma que um
estudioso afirmou em um artigo publicado no quarto dia da guerra:
“Olhe para as imagens como uma seleção
parcial da realidade. Desconfie de todas as notícias. (...) A ofensiva da
informação está em curso.”
(Magnoli, Demétrio. “Desconfie das notícias;
elas também são teleguiadas”. In: Folha de S. Paulo – Mundo, 24 de março de
2003, p.A19.)
A partir do texto, podemos inferir que:
a) a mídia não colabora para a solução dos
conflitos internacionais, uma vez que, ao retratar a verdade sobre as guerras,
impede o diálogo entre os países em luta.
b) a mídia, nos permite conhecer a verdade
acerca das guerras, o que facilita nossa compreensão a respeito das motivações
dos conflitos.
c) a imparcialidade na produção jornalística na
cobertura de conflitos internacionais cria dificuldades para sua compreensão
por parte do público leigo.
d) a
manipulação das informações também faz parte da estratégia das partes em
guerra, uma vez que pode garantir o importante aval da comunidade
internacional.
e) não cabe ao leitor descobrir a verdade
presente em conflitos internacionais, uma vez que a opinião da sociedade civil
em nada interfere para o desfecho dos mesmos.
4. (UERJ/2005) Ou estão do nosso lado ou do lado dos terroristas.
George W. Bush
Com um fervor patriótico e união nacional
nunca vistos desde a II Guerra Mundial, os Estados Unidos vão ao contra-ataque
ao terror.
(Veja, 26/09/2001)
As relações internacionais vêm, nos últimos
anos, dando cada vez mais destaque à discussão sobre o terrorismo.
Neste sentido, as atuais ações
norte-americanas no espaço político do Oriente Médio têm por objetivo:
a) inserir sociedades periféricas nos fluxos
globais de produção e informação.
b) alterar
as diretrizes das políticas interna e externa dos países dessa região.
c) democratizar as monarquias totalitárias e
fomentadoras do terrorismo internacional.
d) neutralizar os movimentos favoráveis à
ocidentalização das instituições políticas e jurídicas.
5. (UERJ/2005) No dia 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu à destruição do World
Trade Center, em Nova Iorque, e ao ataque ao Pentágono, em Washington,
intensificando o medo em relação ao terrorismo.
No dia 11 de março de 2004, novos atentados
terroristas foram realizados, dessa vez em Madri. A ameaça de ações terroristas
que paira sobre os Estados-nação gera, entre outras, a seguinte consequência:
a) agravamento
dos conflitos étnicos e culturais.
b) fim do próprio Estado-nação e da
bipolaridade.
c) enfraquecimento dos nacionalismos de direita
e de esquerda.
d) incorporação dos movimentos sociais e
políticos às forças armadas.
6. (UFMG/2010) Sob pressão do cartel de produtores de petróleo, a OPEP, o preço do
produto, então baixo e, em termos reais, caindo desde a guerra, mais ou menos quadruplicou
em 1973 [...] Na verdade, a gama real de flutuações foi ainda mais sensacional:
em 1970 o petróleo era vendido a um preço médio de 2,53 dólares o barril, mas
no fim da década de 1980 o barril valia 41 dólares.
HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos. O breve
século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 459.
Considerando-se a chamada Crise do Petróleo
de 1973 e seus impactos, é INCORRETO afirmar que
a) a
origem da crise foi o embargo da OPEP à exportação de petróleo, cuja intenção
era a de pressionar pela desocupação do Canal de Suez.
b) essa crise é um dos fatores que explicam a
recessão econômica e o aumento do desemprego nos países centrais, em meados da
década de 1970.
c) o incremento nos preços gerou o
enriquecimento súbito dos exportadores árabes e o excesso de recursos nas mãos
desse grupo resultou no fenômeno dos petrodólares.
d) os países prejudicados pela encarecimento do
petróleo responderam com várias medidas, que abrangeram do racionamento de
combustíveis à pesquisa de fontes energéticas alternativas.
7. (UFPR/2010) A respeito do islamismo e dos países preponderantemente islâmicos,
considere as afirmativas abaixo.
1. O mundo islâmico, além dos povos árabes, é
constituído também por sociedades africanas, da Ásia Central e do Sudeste
Asiático.
2. A revolução xiita de 1979, que depôs o
ditador Reza Pahlevi, ocorreu no Irã.
3. Na guerra Irã-Iraque, o ditador Saddam
Hussein contou com o apoio dos Estados Unidos e da União Soviética.
4. Em virtude do universalismo do Islã, não existem mais diferenças
étnicas ou religiosas dentro da comunidade muçulmana.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são
verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são
verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são
verdadeiras.
e) Somente
as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
8. (UNESP
SP/2010) O petróleo não é uma matéria-prima renovável
e precisou de milhões de anos para sua criação. A maioria dos poços encontra-se
no Oriente Médio, na antiga União Soviética e nos EUA. Sua importância aumentou
desde meados do século XIX, quando era usado na indústria e hoje é um dos
grandes fatores de conflitos no Oriente Médio. Aponte as três primeiras grandes
crises do petróleo nos últimos anos.
a) A primeira foi em 1973, quando os EUA
tentaram invadir Israel para dominar os poços petrolíferos desse país; a
segunda foi em 1979, quando foi criado o Estado da Palestina e eclodiu o
conflito com a Arábia Saudita; a terceira foi em 1991, quando começou a guerra
do Iraque.
b) A primeira foi em 1973, quando houve uma
crise de produção no Oriente Médio, levando ao aumento do preço dos barris de
petróleo no mundo todo; a segunda foi em 1979, quando o Kuwait se recusou a
vender petróleo para os EUA; a terceira foi em 1991, quando começou a guerra
dos EUA contra o Afeganistão.
c) A
primeira foi em 1973, devido ao conflito árabe-israelense; a segunda em 1979,
quando os árabes diminuíram a produção de barris; a terceira em 1991, que
acabou gerando a Guerra do Golfo, quando o Iraque invadiu o Kuwait.
d) A primeira foi em 1973, quando o Iraque
invadiu a Palestina; a segunda foi em 1979, período de baixa produção de petróleo
no Oriente Médio; a terceira foi em 1991, devido à Guerra do Golfo.
e) A primeira foi em 1973, quando vários países
do mundo exigiram a fundação da OPEP para controlar os preços dos barris de
petróleo; a segunda foi em 1979, quando se deu o conflito árabe-israelense; a
terceira foi em 1991, quando teve início a guerra da Palestina.
9. (ESPM/2010)
Em relação ao país abaixo, podemos aferir:
a) é o mais populoso país do mundo árabe.
b) seu atual poderio nuclear é uma ameaça ao
ocidente.
c) situa-se
entre duas importantes zonas petrolíferas.
d) o regime vigente é a monarquia islâmica.
e) desvinculou-se da ONU por divergência com os
Estados Unidos.
10. (ESPM/2010) Observe a matéria:
A decisão anunciada por Eli Yishai, ministro
do interior israelense, coincidiu com a visita do vice-presidente americano Joe
Biden a Israel e região, produzindo enorme malestar. Biden, a mais alta
autoridade americana a visitar Israel e os territórios palestinos, desde a
eleição do presidente Barack Obama, buscava dar um impulso a retomada das
negociações de paz no Oriente Médio.
A atitude israelense produziu enérgica reação
da secretária de Estado Hillary Clinton que chamou o comportamento israelense
de insultuoso.
(Jornal Expresso, 10/03/2010.)
O anúncio israelense que originou tamanho
mal-estar entre Estados Unidos e Israel foi:
a) sobre a continuação da construção do muro
que separa Israel de territórios palestinos na Cisjordânia;
b) de aprovação da construção de colônias
(assentamentos) israelenses em Gaza;
c) sobre
a aprovação da construção de 1.600 novas moradias em Jerusalém oriental;
d) sobre a decisão de refutar relatório da ONU
relativo ao massacre de civis palestinos quando da intervenção israelense em
Gaza;
e) sobre a decisão de impedir que Joe Biden
fizesse discurso no Knesset, o Parlamento Israelense.
11. (UDESC
SC/2010) Analise as proposições relacionadas aos
conflitos envolvendo a região do Oriente Médio.
I. Sendo pró-ocidente, Israel, mesmo situado naquela
região, mantém uma tradicional política de neutralidade com o mundo árabe.
II. Iraque (árabe) e Irã (persa) viveram um
sangrento conflito entre 1980 e 1988.
III. A Revolução Xiita no Irã, no final da década
de 1970, ainda hoje tem forte repercussão entre as
nações islâmicas.
IV. Durante a Guerra do Golfo em 1991, não foram
medidos esforços, dos dois lados, para que as
jazidas de petróleo e o meio ambiente fossem preservados.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas III e IV são
verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e III são
verdadeiras.
c) Somente
as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II e IV são
verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
12. (FGV/2010) Leia com atenção o texto abaixo.
Esquerdas desprevenidas
“(...) Depois dos ataques ocorridos em
setembro, quando George W. Bush, sem especificar o inimigo
nacional, declarou os Estados Unidos em
guerra contra o mal, não se inaugura um novo tipo de conflito, que passa por
cima de todas as convenções firmadas para afirmar a irracionalidade da própria
guerra? Isso acontece paradigmaticamente no Oriente Médio, quando leis e
tratados valem apenas como instrumentos da violência. A guerra deixa de se processar
entre Estados-nação para se converter numa luta entre nações cujos respectivos
Estados, ou Estados em formação, passam a ficar sob a ameaça de um inimigo sem
rosto, que pode até mesmo habitar o interior de seu próprio território. É de
notar ainda como esse tipo de conflito está longe da guerra civil, quando um
grupo trata de tomar o poder para reformar o Estado, ou da guerra
revolucionária, cujo objetivo final seria a abolição do próprio Estado. O
Estado-nação ameaçado abre mão daqueles ordenamentos jurídicos que legitimariam
a violência exercida para se transformar ele mesmo num grupo terrorista. Em vez
de se legitimar, agindo segundo a lei, passa a agir em nome da moral, como se
existisse a moral universal. Cada parte, ao ver-se acuada, identifica-se com o
Bem em luta contra o Mal.”
José Arthur Giannotti, Folha de S. Paulo,
Caderno Mais, 12/05/2002
Como se pode constatar no trecho do artigo, o
terrorismo tem merecido especial atenção devido a transformações significativas
que esse tipo de ação vem apresentando, sobretudo após os atentados de 11 de
setembro de 2001, nos Estados Unidos.
Considerando esse fenômeno em seus vários
sentidos e formas de atuação, assinale a alternativa correta.
a) O terrorismo do século XXI caracteriza-se
por estar circunscrito ao âmbito de um Estado Nacional, no qual um grupo luta
por uma causa específica, como é o caso do IRA, o grupo separatista católico
que reivindica a independência da República da Irlanda.
b) Dois
fatores caracterizam mais fortemente as organizações terroristas atuais: o uso
sistemático da violência como forma de atuação política e a sua estrutura em
redes cujos centros de operação encontram-se dispersos nos mais diversos
Estados.
c) Grupo terrorista característico do século
XXI, a Al Qaeda, comandada por Osama Bin Laden, surgiu no Afeganistão como uma
organização nacional e manteve sua atuação limitada à região do Oriente Médio.
d) Enquanto Chávez é acusado pelos EUA de
apoiar os rebeldes marxistas da FARC, considerados terroristas por Washington,
o líder líbio Muammar Kadafi, do Hezbollah, está se tornando um dos maiores
defensores das ações terroristas praticadas no Oriente Médio.
e) Uma forma de terror pouco divulgada
refere-se ao terrorismo de Estado, que, embora não admitido oficialmente, é
adotado por organizações totalitárias como a OLP (Palestina), que utiliza
métodos de tortura e execução para impedir a deserção de seus membros.
13. (FUVEST
SP/2011) A burca não é um símbolo religioso, é um
símbolo da subjugação, da subjugação das mulheres. Quero dizer solenemente que
não será bem-recebida em nosso território.
Nicolas Sarkozy, presidente da França,
22/6/2009, Estadão.com.br, 22/6/2009.
Deputados que integram a Comissão Parlamentar
encarregada de analisar o uso da burca na França propuseram a proibição de
todos os tipos de véus islâmicos integrais nos serviços públicos. (…) A
resolução prevê a proibição do uso de tais vestimentas nos serviços públicos —
hospitais, transportes, escolas públicas e outras instalações do governo.
Folha Online, 26/1/2010.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u684757.shtml. Acessado em
10/6/2010.
Com base nos textos acima e em seus
conhecimentos, assinale a afirmação correta sobre o assunto.
a) O governo francês proibiu as práticas
rituais islâmicas em todo o território nacional.
b) Apesar da obrigatoriedade de o uso da burca
se originar de preocupações morais, o presidente francês a considera um traje
religioso.
c) A maioria dos Estados nacionais do Ocidente,
inclusive a França, optou pela adoção de políticas de repressão à diversidade
religiosa.
d) As
tensões políticas e culturais na França cresceram nas últimas décadas com o
aumento do fluxo imigratório de populações islâmicas.
e) A intolerância religiosa dos franceses,
fruto da Revolução de 1789, impede a aceitação do islamismo e do judaísmo na
França.
14. (IBMEC RJ/2011) “Ponto de cruzamento de
diferentes povos e crenças há milênios, o Oriente Próximo entra no século XXI
como grande foco de tensão mundial: lá se desenvolvem intrincados e importantes
conflitos desta nossa época. Suas raízes são históricas, pois, desde a Idade
Média — quando os cruzados cristãos lutavam para retomar sua Terra Santa dos
muçulmanos — o território sofre com disputas ferozes, regando o solo do deserto
com um desmedido derramamento de sangue.
[...] Estamos falando de um cenário
particular, em grande parte desértico, que valoriza os cursos de água e as
terras férteis, e de uma riqueza histórica sem igual, que oculta ruínas de
civilizações milenares. [...] Muita coisa disso, hoje, está sob intensa
artilharia, abrigando povos que se perguntam: quando esses conflitos terão fim?
”
HENRIQUES JR.; L. Mar de sangue no deserto –
2006 – p.50-51
Várias foram as guerras travadas entre árabes
e israelenses ao longo dos últimos sessenta e dois anos. Sobre esses conflitos,
assinale a afirmativa FALSA:
a) o primeiro grande conflito foi a Guerra de
Independência, ocorrida em 1948, uma demonstração bastante evidente da não
aceitação, pelos árabes, da criação do Estado de Israel;
b) a chamada Guerra de Suez, do ano de 1956,
foi motivada pela decisão do presidente egípcio Gamal Abdel Nasser de
nacionalizar o canal, impedindo o acesso de Israel;
c) A Guerra dos Seis Dias, de 1967, foi a mais
importante vitória militar dos israelenses, que anexaram diversas regiões ao
seu território como, as Colinas de Golã e a Cisjordânia;
d) em termos globais, a Guerra do Yom Kippur
foi extremamente grave em suas consequências, na medida em que gerou a primeira
grande crise do petróleo;
e) hoje
continuam sob a direção de Israel algumas áreas anexadas na guerra de 1967,
tais como a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, razão suficiente para manter
um clima extremamente tenso em toda a região.
15. (UDESC
SC/2011) O Irã é oficialmente uma República Islâmica,
conhecido até a primeira metade do século XX apenas como Pérsia. Em 1979 houve
uma revolução que fez aquele país sair da condição de Monarquia Autocrática
para República Islâmica.
Sobre o Irã e a condição de República
Islâmica, é incorreto afirmar que:
a) o Aiatolá Khomeini foi o grande promotor da
Revolução Islâmica, que visivelmente começava a se opor à ocidentalização pela
qual o Irã passava.
b) a Revolução Iraniana que derrubou o Xá
Mohammad Reza Pahlevi contou com apoio de amplos setores sociais num primeiro
momento, para em seguida fazer chegar ao poder os aiatolás.
c) o Irã
Persa é árabe e, por extensão, islâmico, pois todos os islâmicos são árabes e
vice-versa.
d) entre 1980 e 1988, o Irã entrou em sangrento
conflito com o Iraque, pouco tempo depois de ter passado pela Revolução.
e) recentemente o Irã foi acusado pela
comunidade internacional de possuir armas nucleares.
16.
(UEPB/2011) Em maio de 1948, o Estado de Israel foi
estabelecido e reconhecido por vários membros da ONU. Desde então a tensão
entre árabes e judeus no Oriente Médio explode periodicamente em conflitos
armados. Enumere a coluna da direita com a da esquerda:
(1) Segunda Guerra Árabe-Israelense
(2) Guerra dos Seis Dias
(3) Guerra do Yom Kippur
(__) Em 1956, o Egito estatizou a Companhia do
Canal de Suez, acabando com o controle de ingleses e franceses. Como Egito e
Israel não se entendiam sobre a questão da Faixa de Gaza, França, Inglaterra e
Israel invadiram o Egito, gerando este conflito.
(__) Em 1973, Egito e Síria atacaram Israel no
Dia do Perdão Judaico por saberem que seu exército participava das celebrações.
Conseguiram avançar pelo território israelense até que foram forçados a
recuarem para a linha de cessar fogo de 1967.
(__) Temendo a concentração de forças árabes em suas fronteiras, Israel
atacou Egito, Jordânia e Síria em 1967. Após combates, houve cessar fogo e o
acerto de que Israel controlaria a Faixa de Gaza, parte da península do Sinai,
Cisjordânia, Jerusalém e as Colinas de Gola – os chamados territórios ocupados.
Assinale a alternativa correta:
a) 3, 1, 2
b) 1, 2, 3
c) 2, 1, 3
d) 1, 3,
2
e) 3, 2, 1
17.
(UFAC/2011) “O grupo palestino Hamas disse que lutará até
que Israel atenda suas exigências para um cessarfogo.”
BOWEN, Jeremy. Cessar-fogo não deve pôr fim à guerra na Faixa de Gaza.
BBCBrasil.com. Disponível em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/ 090118_gazatregua_analise_fp.shtml.
O texto do site da BBCBrasil.com trata dos
conflitos armados entre palestinos e o Estado de Israel, que teve seu início
quando:
a) A
ONU, no ano de 1947, fez a divisão entre os territórios da Palestina e Israel.
Ação que desencadeou um ataque da Liga Árabe ao Estado de Israel.
b) No movimento sionista, criado no séc. XIX,
por Theodor Herzl, que tinha como propósito a formação de um estado judaico com
reconhecimento internacional da Palestina.
c) Na assinatura dos Acordos de Camp David,
pelos quais se estabelecia a concordância na negociação para a devolução do
Sinai ao Egito e a autonomia restrita aos palestinos que habitavam Gaza.
d) Na Intifada e no Haganah.
e) Na Declaração de Balfour, em que foi
concedido apoio britânico para a criação de uma pátria judaica na Palestina.
18.
(UFAL/2011) A religião islâmica:
a) tem
por base o monoteísmo absoluto que impunha ao crente a sujeição à vontade
divina, segundo o que está expresso no Corão.
b) é original; nela não se percebem marcas ou
influências de quaisquer outras religiões monoteístas.
c) rejeitava qualquer tipo de exposição pública
de fé, mais especificamente aquelas coletivas, pelo que proibia a construção de
templos.
d) obrigava a todos os convertidos o pagamento
de um tributo para ajuda aos pobres, o que contribuiu para o aumento do poder
dos chefes tribais.
e) obteve imediata acolhida dos grupos mais
abastados da sociedade árabe, pois Maomé era de origem aristocrática.
19.
(UFPR/2011) A presença islâmica na Península Ibérica
estende-se desde 711, data da Batalha de Guadalete, quando os visigodos são
vencidos pelos invasores árabes, até o século XV, quando, em 1492, os reis
católicos da Espanha conquistam o reino de Granada, último núcleo muçulmano na
Península. Tal convivência entre as culturas ocidental e árabe num mesmo espaço
geográfico, durante cerca de sete séculos, teve como consequência principal:
a) a realização de uma síntese cultural que
gera, nos séculos medievais, uma cultura peninsular mais pobre do que em
qualquer outra parte da cristandade ocidental.
b) a
interpretação e atualização da cultura clássica na cristandade ocidental
através das contribuições dos árabes.
c) uma simpatia permanente entre cristãos e
árabes que limitou o movimento das Cruzadas na Terra Santa.
d) o atraso da Península Ibérica nas ciências
ditas experimentais – medicina, astronomia, matemática, cartografia e
geografia.
e) o desenvolvimento de um estilo artístico nas
mesquitas que privilegia as representações de figuras humanas.
20. (UFRN/2011)
A Religião Islâmica, pregada por Maomé,
promoveu a unificação das populações da Península Arábica. Os princípios
religiosos contidos no Alcorão, seu livro sagrado, serviram de base para a
estruturação da sociedade árabe e influenciaram todas as sociedades em que
havia forte presença muçulmana.
Alguns trechos do Alcorão fazem referência às
mulheres:
“Em nome de Alá, o clemente, o
misericordioso.
Ó vós, homens, temei a vosso Senhor que nos
criou de um único ser; deste lhe criou a companheira e de ambos deixou
multiplicarem-se muitos homens e mulheres. Temei a Alá, em cujo nome vós pedis
um ao outro, e temei-o especialmente no cuidado dos laços de parentesco. Em
verdade, Alá vela por vós. [...]
E se algumas de vossas mulheres cometerem
algo de inconveniente, então conclamai quatro de vós como testemunhas contra
elas; se eles o testemunharem, então encerrai-as nas casas até que a morte as
alcance ou Alá abra uma saída. [...]
Ó vós que sois crentes, não vos é permitido
herdar das mulheres contra a sua vontade. Nem deveis segurá-las ilegalmente,
para lhes tirar parte daquilo que lhes destes, a não ser que tenham cometido
publicamente atos vergonhosos; e tratai-as com bondade. Se sentirdes aversão a
elas, quem sabe se sentireis aversão contra algo em que Alá, porém, depositou
muita coisa boa.”
FRISCHAUER, Paul. Está escrito: documentos
que assinalaram épocas. São Paulo: Melhoramentos, 1972. p. 179-181.
Várias sociedades atuais se organizam sob a
influência da Religião Islâmica e têm o Alcorão como seu livro sagrado. Quando
se analisa a situação atual das mulheres nas sociedades em que o Islamismo é a
religião predominante, pode-se corretamente afirmar que
a) os preceitos da Religião Islâmica serviram
de base para a luta das mulheres, que conseguiram abolir as restrições do
fundamentalismo religioso nos países muçulmanos.
b) os princípios do Alcorão, embora tenham
libertado as mulheres das condições da época pré-islâmica, criaram um modelo
político de hegemonia masculina presente em todos os países em que a religião
oficial é o Islamismo.
c) as determinações do Alcorão, consideradas
revelações divinas, deram a base para que as regras referentes às mulheres
fossem idênticas em todos os países islâmicos.
d) as
interpretações dos princípios do Alcorão são variadas, criando uma grande
diversidade no que diz respeito à condição das mulheres, com regras que
possibilitam sua maior ou menor participação na vida pública.
21. (UPE/2011) O Islamismo – religião pregada por Maomé e seus seguidores – tem hoje
mais de 1 bilhão de fiéis espalhados pelo mundo, sendo ainda predominante no
Oriente Médio, região onde surgiu. Um dos principais fundamentos da expansão
muçulmana é a Guerra Santa. A respeito dos muçulmanos, é CORRETO afirmar que
a) a expansão árabe-muçulmana acabou por islamizar
uma série de povos, exclusivamente árabes.
b) o povo árabe palestino, atuando na revolução
armada palestina, rejeita qualquer solução que não a libertação total do Estado
de Israel.
c) em Medina, a religião criada por Maomé,
embora tenha crescido rapidamente e tenha criado a Guerra Santa – Gihad – não
teve caráter expansionista.
d) a história do Líbano contemporâneo esteve
sempre ligada à busca de um certo equilíbrio entre várias comunidades que
compõem o país, especialmente as duas mais importantes: xiitas e cristãos.
e) a facção dos fundamentalistas islâmicos pertence à corrente xiita,
sendo que os mais radicais repudiam os valores do mundo ocidental moderno.
22. (UCS
RS/2010) O Oriente Médio localiza-se no Oeste da Ásia
e abriga, em seus 6,8 milhões de quilômetros quadrados, uma população de
aproximadamente 260 milhões de habitantes. A sociedade se caracteriza pela
diversidade étnica e cultural, que é um dos fatores responsáveis pelos
conflitos naquela região. A religião constitui um desses elementos de conflito:
além da presença de diferentes crenças, há várias disputas por territórios
considerados sagrados.
Sobre a religião no Oriente Médio, é correto
afirmar que, na região,
a) surgiram o Judaísmo e o Islamismo, como
religiões monoteístas, dando início à construção dos zigurates, espécie de
altar que servia de depósito às oferendas dos fiéis.
b) o Agnosticismo e o Islamismo apregoavam
sistemas filosóficos politeístas, que contemplavam a existência de seres
superiores, capazes de influenciar o destino humano.
c) nasceram as três principais religiões monoteístas: o Islamismo, o
Cristianismo e o Judaísmo.
d) ocorreu o advento do politeísmo, que
proporcionou a um grande número de pessoas ficarem sob a liderança de um
patriarca como representante da oposição entre o bem e o mal.
e) o antropomorfismo, religião politeísta, tem
como prática a adoração a ídolos zoomórficos, e o Judaísmo, a um único deus.
23. (UCS
RS/2010) Em 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu
perplexo a um dos mais impressionantes ataques terroristas da história, com a
destruição das torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, e do
Pentágono, em Washington, por aviões da American Airlines e da United Airlines,
que foram pilotados por pessoas não identificadas.
Considere as seguintes afirmativas sobre o
atentado de 11 de setembro à nação americana.
I. O episódio atingiu as lideranças americanas,
que investem na criação da imagem de que o povo americano atua em nome da
liberdade e da soberania da democracia em todo o mundo.
II. Para a cidade de Nova Iorque, uma das áreas
urbanas mais populosas do mundo, que sedia a ONU (Organização das Nações
Unidas) e o Wall Street, centro financeiro global, após o ataque foram
aprovadas leis aumentando o poder da polícia, que agora pode prender e
interrogar pessoas suspeitas sem provas ou mandado judicial.
III. O Pentágono, para a sociedade americana,
significa segurança por ser o centro do aparato bélico e da capacidade
estratégica e tecnológica das forças armadas do país. Como meio de segurança,
os EUA possuem uma base militar dentro do território cubano, Guantánamo, onde
mantêm presas e incomunicáveis as pessoas suspeitas de terem ligações com a
Al-Qaeda, grupo acusado pelo atentado de 11 de setembro.
Das afirmativas acima, pode-se dizer que
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) I, II, e III estão corretas.
24. (Mackenzie
SP/2011) No conturbado período após a Segunda Grande
Guerra, a causa imediata que levou à invasão anglo-francesa no Egito, em 1956,
foi
a) a
nacionalização do Canal de Suez, pelo governo egípcio, contrariando aos
interesses ingleses e franceses para a região.
b) o embargo realizado pelo governo egípcio,
impedindo a passagem de petroleiros franceses, ingleses e norte-americanos pelo
Canal de Suez.
c) a deposição do Rei Farouk e a subida ao
poder de uma junta militar ligados à ala radical do movimento islâmico.
d) o auxílio militar egípcio dado aos
movimentos de libertação da Argélia e do Marrocos.
e) a nacionalização de companhias de comércio
estrangeiras localizadas em território egípcio.
25. (UCS
RS/2011) Considere as seguintes afirmativas sobre os
princípios do Islamismo – religião fundada pelo profeta Maomé, no início do
século VII, na Arábia – e seus seguidores, os muçulmanos.
I. A ideia da guerra santa está presente entre
os muçulmanos. Denominada jihad, ela teve um papel decisivo como fundamentação
ideológica na expansão do mundo árabe.
II. Creem na vida após a morte, aceitam a ideia
de alma e compreendem que a salvação está condicionada às boas ações e à
obediência cega a Alá.
III. São defensores da indissolubilidade do casamento monogâmico, em função
da sua herança judaico-cristã.
Das afirmativas acima, pode-se dizer que
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.
GABARITO
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