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QUESTÕES SOBRE ORIENTE MÉDIO E ISLAMISMO VI



1. (UDESC SC/2011) Desde o início de 2011, houve um acirramento de forças e um considerável aumento de protestos nos países árabes, começando pelo Magreb (Tunísia, Marrocos e Argélia), passando pela Península Arábica e chegando à Síria.
Leia as proposições abaixo.
I. Israel foi responsável pela saída do poder do ditador na Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, que estava há 23 anos no governo.
II. Kadafi conseguiu formar um grupo de rebeldes e, em resposta aos protestos no Mundo Árabe, criou a República Democrática da Líbia.
III. Muitos dos países árabes, onde ocorreram os protestos, eram chefiados por governantes com ações ditatoriais e imersos em corrupção e descaso com suas populações.
IV. Houve protestos e quedas do poder porque, apesar da postura antinorte-americana e israelita, não foram articuladas reformas econômicas e mecanismos de participação política da população, principais reivindicações encontradas nas ruas dos países citados.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.


2. (UNICAMP SP/2012) Em discurso proferido em 20 de maio de 2011, o presidente dos EUA, Barack Obama, pronunciou-se sobre as negociações relativas ao conflito entre palestinos e israelenses, propondo o retorno à configuração territorial anterior à Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967.
Sobre o contexto relacionado ao conflito mencionado é correto afirmar que:
a) A criação do Estado de Israel, em 1948, marcou o início de um período de instabilidade no Oriente Médio, pois significou o confisco dos territórios do Estado da Palestina que existia até então e desagradou o mundo árabe.
b) A Guerra dos Seis Dias insere-se no contexto de outras disputas entre árabes e israelenses, por causa das reservas de petróleo localizadas naquela região do Oriente Médio.
c) A Guerra dos Seis Dias significou a ampliação territorial de Israel, com a anexação de territórios, justificada pelos israelenses como medida preventiva para garantir sua segurança contra ações árabes.
d) O discurso de Obama representa a postura tradicional da diplomacia norte-americana, que defende a existência dos Estados de Israel e da Palestina, e diverge da diplomacia europeia, que condena a existência dos dois Estados.


3. (Mackenzie SP/2012) “Atacar não significa apenas assaltar cidades muradas ou golpear um exército em ordem de batalha, deve também incluir o ato de assaltar o inimigo no seu equilíbrio mental.”
Sun Tzu-Ping-fa, A Arte da Guerra, séc.IV a. C.
Terrorismo: 1. Modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror; 2. Forma de ação política que combate o poder estabelecido mediante o emprego da violência.
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
A respeito do atentado terrorista, ocorrido em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, e as consequências desse episódio para as relações geopolíticas internacionais no século XXI, é correto afirmar que
a) foi mais uma ação liderada pelos grupos extremistas Hamas e do Hezbollah, contra a política norte-americana no Oriente Médio, utilizando, para tais ações suicidas, somente jovens de baixa renda e de pouca instrução, que acreditavam que tais atos lhes garantiriam o direito de ingressar no paraíso celestial.
b) a resposta americana ao ataque de 11 de setembro foi a perseguição sistemática ao milionário saudita Osama bin Laden que, em transmissões realizadas pela mídia na época, assumiu publicamente a autoria do atentado, provocando o aumento do sentimento xenofobista do povo norte-americano aos imigrantes de origem árabe residentes no país.
c) formou-se uma coalização internacional contando, principalmente, com o apoio da Inglaterra junto aos Estados Unidos, a fim de combater os focos terroristas no Oriente Médio, dando início à Guerra do Golfo e a um esforço, perante as agências internacionais de notícia, de combater o islamismo fundamendalista.
d) o ataque sofrido pelos EUA em 2001 tem relação direta com a atuação política norte-americana no Oriente Médio, que sempre visou atender aos interesses econômicos americanos na região, e resultou no aumento da insegurança junto à sociedade americana, jamais atacada anteriormente em seu próprio território.
e) a partir desse episódio, os EUA cortaram relações diplomáticas com o Paquistão, pois houve relutância, por parte da liderança religiosa paquistanesa, em indicar o local exato do esconderijo de bin Laden, o que possibilitaria a sua prisão imediatamente após o atentado de 11 de setembro.


4. (UECE/2012) O ano de 2011, além de completar dez anos do atentado terrorista aos Estados Unidos, tem visto vários conflitos no mundo árabe: a queda dos regimes tunisiano e egípcio e, em seguida, a derrubada de Muammar Gaddafi, na Líbia, e a insurreição na Síria.
Sobre os atuais conflitos no mundo árabe, é correto afirmar–se que
a) as revoltas da Tunísia e do Egito foram geradas pela indignação diante da riqueza e da corrupção da elite governante.
b) reivindicam a política de bem-estar social que garante educação, segurança e saúde gratuitas, bem como uma renda digna para todos.
c) foram gerados pela queda do preço do petróleo e pela indignação com a falta de oportunidades para os jovens.
d) os casos sírio e líbio decorrem da aceitação da desigualdade como preço a ser pago em troca do crescimento econômico.


5. (ESPCEX/2011) “Em 1980, o Iraque, aproveitando-se da instabilidade do Irã, invadiu-o (...). O Conflito resultou em elevado número de mortos e em consequências desastrosas para ambos os países”.
A invasão iraquiana objetivava
a) dominar a região do Chatt-el-Arab, na confluência dos rios Tigre e Eufrates.
b) derrubar o Xá Reza Pahlevi, que dominava o Irã havia mais de 50 anos.
c) impor o islamismo ao Irã, tradicional reduto cristão na Ásia.
d) reconquistar a Península do Sinai, perdida nos conflitos entre ambos, no ano de 1967.
e) liberar o canal de Suez, para facilitar o escoamento da produção petrolífera do Iraque.


6. (ESPM/2012) Do ponto de vista paquistanês, o Afeganistão apresenta um duplo interesse. De um lado, a influência sobre o país vizinho permitiria que o Paquistão se tornasse o corredor principal entre os hidrocarbonetos do Cáspio e o mercado mundial. De outro, o controle sobre o regime de Cabul conferiria ao Paquistão a profundidade estratégica necessária para sustentar um prolongado conflito contra a Índia. Depois de uma década de guerra com a União Soviética, com a retirada soviética, o Estado afegão entrou em virtual dissolução, como resultado da guerra entre facções rivais. Nesse ambiente, sob o patrocínio paquistanês, surgiu o grupo Talebã, que assumiu o poder em 1997.
(Demétrio Magnoli, Relações Internacionais: Teoria e História)
Quanto ao Afeganistão, é correto afirmar que o Talebã, mencionado no texto, pode ser considerado:
a) um grupo cristão.
b) um grupo muçulmano xiita.
c) um grupo muçulmano druso.
d) um grupo muçulmano alauita.
e) um grupo muçulmano sunita.


7. (UCS RS/2012) Atualmente, o islamismo é a religião com maior número de seguidores no mundo. Seus preceitos pregam a paz, a justiça e a generosidade entre as pessoas. No entanto, os jornais veiculam com frequência notícias sobre muçulmanos, como também são chamados os adeptos do islamismo, envolvidos em conflitos e situações relacionadas à violência e à intolerância religiosa.
(PELLEGRINI, Marco Cesar (Org.). Novo olhar história. São Paulo: FTD, 2010. p. 169.)
Sobre o islamismo, é correto afirmar que
a) surgiu na Arábia e, hoje, é possível afirmar que todos os árabes são muçulmanos, seguindo os valores e os ideais pregados por Maomé.
b) muitas pessoas, com a expansão islâmica, foram convertidas ao islamismo; desse modo, nem todos os árabes são muçulmanos e nem todos os muçulmanos são árabes.
c) a conversão ao islamismo foi um fenômeno ligado à expansão muçulmana nos séculos VII e VIII, pois os árabes impunham sua religião aos povos dominados, inclusive de forma violenta.
d) o movimento islâmico não teve como se expandir para a África subsaariana, uma vez que sua doutrina prega a superioridade racial árabe sobre as demais.
e) a tomada de lugares santos do islamismo, localizados na Palestina, deu aos califas motivos suficientes para a pregação da guerra santa, a hégira.


8. (PUC RJ/2012) Gamal Abdel Nasser foi um militar egípcio que liderou um grupo político denominado Movimento dos Oficiais Livres que, em 1952, derrubou o rei Faruk I e, no ano seguinte, assumiu o governo do país. Governou de 1953 a 1970, quando morreu. Suas políticas externa e interna foram um divisor de águas para o Oriente Médio e para todas as nações árabes.
Assinale a opção que apresenta as principais características do governo Nasser.
a) Orientação nacionalista, militarismo, pan-arabismo e alinhamento com os países do 3º Mundo.
b) Estado democrático, desenvolvimentismo agrário e alinhamento à política externa americana.
c) Pan-arabismo, anticomunismo e internacionalismo.
d) Alinhamento à política externa soviética, proibição de partidos religiosos e apoio a Israel.
e) Estado democrático, desenvolvimentismo nacionalista e pan-arabismo.


9. (ESPM/2013) Leia os textos e responda:
Em visita a Israel, o candidato republicano Mitt Romney afirmou que Jerusalém é a capital do Estado judeu.
A declaração de Romney de que Jerusalém é a capital de Israel está alinhada à afirmação feita pelos governos israelenses, ainda que os Estados Unidos e outras nações tenham suas embaixadas em Tel Aviv.
(http//www.valor.com.br/internacional)
Os palestinos acusaram o candidato republicano à presidência dos EUA, Mitt Romney, de minar as perspectivas de paz, pois segundo o próprio chefe negociador palestino, Saeb Erekat, não pode haver Es-tado palestino sem Jerusalém Oriental.
(http//www.g1.globo.com/mundo/notícias/2012/07)
A ocupação de Jerusalém Oriental pelo exército de Israel e o domínio de toda a cidade pelos israelenses ocorreu:
a) durante a Guerra da Fundação de Israel, em 1949;
b) na Guerra de Suez, em 1956;
c) na Guerra dos 6 Dias, em 1967;
d) na Guerra do Golfo, em 1991;
e) depois do 11 de Setembro, em 2001.


10. (IFGO/2012) Segundo o historiador Alexandre A. E. Roche,
“Para compreender o alcance dos movimentos de reivindicações das populações árabe-muçulmanas sunitas do Marrocos, da Argélia, da Tunísia, da Líbia, do Egito, do Sudão (Norte), dos territórios palestinos, da Jordânia, do Líbano, da Síria, do Iraque, de Omã, do Iêmen, dos Emirados e da Arábia Saudita, é importante partir da constatação de que o mundo árabe-muçulmano sunita evoluiu muito nos últimos 20 anos, tanto no plano do pensamento político jurídico-religioso quanto nas práticas sociais, políticas e religiosas, assim como nas referências aos defensores da sunna (tradição)”.
ROCHE, Alexandre A. E. A Primavera do Mundo Árabe-Sunita: o Islã árabe-sunita entre o Wahhabismo conservador e o espírito crítico, entre a política do petróleo e a independência econômica.
Disponível em: . Acesso em: 03 dez. 2011.
Sobre a civilização islâmica, marque a alternativa incorreta.
a) O islamismo teve seu início no século VII d.C, com Maomé. Afirmando-se profeta, Maomé criou uma religião que condenava o politeísmo e apresentava um sincretismo dos dogmas cristãos e judaicos, tendo Alá como o único Deus.
b) Na religião islâmica, além do Corão ou Alcorão (Al Quran), existe outra fonte de revelação feita por Alá, a Sunna ou “tradição”. Os seguidores da Sunna e do Alcorão recebem o nome de sunitas, já os xiitas seguem exclusivamente o Alcorão.
c) No Islamismo, criado por Maomé, não há na verdade muita diferença entre sunitas e xiitas, pois ambos os grupos são a favor das “tradições” islâmicas e contrários a qualquer influência do ocidente.
d) O Islã, ao mesmo tempo em que tem como um de seus preceitos a prática da caridade, também possibilitou que os Califas criassem a Djihad (guerra santa) para impulsionar o expansionismo árabe.
e) A ruína do Império Islâmico tem suas origens na perda da unidade religiosa, quando facções começaram a ganhar força. Nessas, destacaram-se os sunitas e xiitas. O primeiro grupo era seguidor da Sunna (tradição), já o segundo, mais radical, originou-se no tempo do Cafifa Ali ibn Abi Talib, primo e genro de Maomé.


11. (UNIFICADO RJ/2012) No continente asiático, um conflito histórico-geográfico bastante peculiar envolve uma população que se encontra distribuída por seis países. Trata-se da região chamada Curdistão. Os curdos constituem a maior nação do mundo sem Estado, contando com mais de 30 milhões de indivíduos.
LUCCI, E. et al. Geografia a geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva. 2003. p. 240.
O fator geopolítico que provocou historicamente o conflito curdo foi o
a) regionalismo voltado à integração econômica.
b) regionalismo baseado em diferenças culturais.
c) neocolonialismo devido a fronteiras imprecisas.
d) nacionalismo marcado por nítido separatismo.
e) internacionalismo apoiado por multiculturalismo.


12. (UFRN/2013) Os países localizados na região denominada África do Norte apresentam características que os diferenciam dos países situados na África Subsaariana.
Entre as características dos países da África do Norte, destaca-se a
a) existência dos mais baixos indicadores socioeconômicos do continente.
b) economia em que prevalece a exportação de produtos agrícolas.
c) diversidade étnica e predomínio de religiões que cultuam a natureza.
d) predominância da população árabe e adepta da religião islâmica.


13. (UDESC SC/2012) Sobre os problemas relacionados ao Oriente Médio, é correto afirmar.
a) Sem consultar os árabes palestinos, as Nações Unidas em 1947 dividiram o território da Palestina formando Estados independentes e uma zona neutra em Jerusalém, ação essa que desencadearia a chamada “Questão Palestina” em aberto até os dias de hoje.
b) Os palestinos tiveram recentemente seu reconhecimento efetivado e recuperaram as terras perdidas antes de 1947.
c) Os sucessivos governos ligados à corrupção e ao autoritarismo de longa duração, caso de Kadafi na Líbia, mostraram capacidade de resolver a crise no Oriente Médio.
d) O Egito não se integrou às nações árabes, e Nasser passou o controle do Canal de Suez aos americanos em 1956.
e) Após a Guerra dos seis dias em 1967, Israel retirou suas tropas dos territórios ocupados e reconheceu o Estado Palestino.


14. (FCM MG/2013) A maioria das mulheres dos países islâmicos veste-se de acordo com os ensinamentos do Alcorão e as tradições de Maomé. Vestimentas precisam cobrir o corpo inteiro, o tecido não deve ser muito fino e não ser justo e marcar o corpo; nada pode lembrar uma vestimenta masculina. Uma delas cobre o corpo inteiro da mulher, que enxerga apenas por meio de uma tela, e chama-se:
a) Khimar.
b) Chador.
c) Burca.
d) Hijab.


15. (FCM MG/2013) "Ofensiva das forças do ditador Bashar Al-Assad em Daraya e Mouadamiya matou ao menos trezentas pessoas nos últimos dias" (EM, 26 de agosto 2012). As principais causas dessa guerra civil e o país em que ela ocorre são, respectivamente:
a) causas exclusivamente políticas, ocorrendo no Paquistão e às vezes em Israel.
b) causas exclusivamente étnicas e históricas, ocorrendo no Irã.
c) causas religiosas, étnicas e políticas, ocorrendo na Síria.
d) causas exclusivamente religiosas, ocorrendo na Síria.


16. (PUC MG/2013) Há 40 anos, o grupo extremista conhecido como “Setembro Negro”, braço armado do grupo Fatah dos anos 1970, invadiu a vila olímpica durante os jogos das Olimpíadas de Munique (Alemanha) e rendeu onze atletas da delegação israelense, que acabaram mortos. Marcaram-se assim as Olimpíadas daquele ano por um dos mais violentos atentados terroristas da História Mundial. Sempre em pauta, o terrorismo internacional coloca o mundo em alerta; no caso de Munique, a questão central estava no reconhecimento da Organização pela Libertação da Palestina (OLP) como representação política pela comunidade internacional e um revanchismo ao Estado israelense.
Em relação ao contexto histórico desse episódio internacional, é CORRETO afirmar:
a) Pode ser traduzido como uma afronta aos Estados Unidos, o grande aliado de Israel na luta contra Alemanha e URSS.
b) Constituiu-se num golpe ao Estado de Israel que acabara de conquistar sua independência da Inglaterra e de estabelecer-se na região.
c) É resultado do avanço de Israel, após a Guerra dos seis dias (1967), sobre a Faixa de Gaza, em seu combate ao terrorismo palestiniano.
d) Compõe a ideologia do fundamentalismo islâmico, que empreende uma guerra santa contra aqueles que considera infiéis.


17. (UEFS BA/2013) O ataque do grupo palestino “Setembro Negro” a um grupo de atletas israelenses, nas Olimpíadas de Munique em 1972, pode ser interpretado como
a) uma forma de luta usada preferencialmente por grupos terroristas norte-coreanos estabelecidos na Palestina.
b) o resultado dos conflitos entre produtores de drogas sintéticas, de origem judaica, da Alemanha, e seus concorrentes palestinos.
c) uma estratégia organizada pelos países dependentes, para enfraquecer a economia capitalista, destruindo seu sistema de produção e de comércio.
d) o fortalecimento de um novo tipo de luta que, sem a declaração de guerra formal, leva um grupo político armado a investir contra o que considera inimigo, atingindo, geralmente, a população civil.
e) o início de uma série de ataques contra centros urbanos europeus, com o objetivo de promover a desordem e chamar a atenção para a crise do petróleo que, nessa década, se espalhava por todo o Oriente Médio.


18. (UEG GO/2013) Numa região altamente conflituosa, um novo foco de tensão foi aberto em 1979, quando uma insurreição popular derrubou o xá Reza Pahlevi do Irã.
ARRUDA, José J.; PILETTI, Nelson. Toda a História: história geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2000. p. 497.
O texto citado aborda a chamada Revolução Iraniana de 1979, que alterou a geopolítica do Irã no cenário internacional. Nesse sentido, a consequência da revolução para o Irã foi
a) o aumento da influência socialista no país, que ingressou no bloco dos países liderados pela União Soviética.
b) o domínio político pelos aiatolás, que romperam com os EUA e transformaram o país numa república teocrática.
c) a adoção de preceitos políticos do liberalismo ocidental, especialmente o reforço da secularização do Estado.
d) a criação de um bloco econômico no Oriente Médio, a partir da superação das divergências com o Iraque.


19. (ACAFE SC/2014) A Guerra Civil da Síria trouxe novas discussões na comunidade internacional: utilização de armas químicas, direitos humanos, intervenção da ONU (Organização das Nações Unidas) no conflito. O islamismo também está em evidência em relação as suas duas principais correntes: os Sunitas e os Xiitas.
Acerca dos Sunitas e Xiitas e da própria Síria é correto afirmar, exceto:
a) Em escala mundial, os sunitas são a facção islâmica mais numerosa.
b) O Irã, de maioria Xiita, defende o governo Sírio, sendo contrário a uma intervenção armada na região.
c) As divergências entre sunitas e xiitas remontam as disputas pela hegemonia do islamismo após a morte do profeta Maomé.
d) A Arábia Saudita, país de maioria Xiita, apoia incondicionalmente o governo de Bashar al-Assad.


20. (ESPM/2014) No momento em que Israel e palestinos retomaram negociações de paz, após quase três anos de interrupção, cabe lembrar um momento referencial para essa questão. Encerrada a Segunda Guerra Mundial e sob o impacto da revelação dos horrores dos campos de concentração nazistas na Europa, na sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas de 1947 foi aprovada a resolução no. 181 que recomendava:
a) a confirmação mandato de ocupação britânica em toda a Palestina, onde deveriam viver como súditos britânicos tanto judeus como palestinos;
b) a partilha da Palestina em dois Estados, um árabe e um judeu;
c) a concessão de todo o território da Palestina para a criação de um Estado judeu;
d) o reconhecimento do direito dos árabes muçulmanos ao território da Palestina, negando qualquer direito aos judeus;
e) o estabelecimento de um mandato da ONU sobre o território da Palestina a partir daquela data.


21. (UERJ/2014) A Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) conta hoje com a adesão da maioria dos estados-nacionais. O conteúdo desse documento, no entanto, permanece como um ideal a ser alcançado. Observe o que está disposto em seu artigo XV:
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
portal.mj.gov.br
Desde a década de 1960, em virtude de conflitos, o direito expresso nesse artigo vem sendo sonegado à maior parte da população pertencente ao seguinte povo e respectivo recorte espacial:
a) árabe – regiões ocupadas pela Índia
b) esloveno – distritos anexados pela Sérvia
c) palestino – territórios controlados por Israel
d) afegão – províncias dominadas pelo Paquistão


22. (UFPR/2014) O filme “Argo” (EUA, 2012) ganhou o Oscar de melhor filme de 2013, e teve como pano de fundo a Revolução Iraniana, ocorrida em 1979. Esse evento histórico
a) foi uma reação da esquerda comunista iraniana contra o governo de Reza Pahlevi, que era aliado ao bloco capitalista na Guerra Fria, e que impôs uma teocracia islâmica xiita, causando concentração de renda e perseguição política a opositores e líderes sunitas.
b) foi um golpe militar de direita contra o governo do Aiatolá Khomeini, que era aliado ao bloco capitalista na Guerra Fria, e que promoveu uma modernização islâmica, causando concentração de renda e perseguição política a opositores políticos e líderes religiosos cristãos.
c) foi uma reação de diversos setores da população iraniana contra o governo de Reza Pahlevi, que era aliado ao bloco capitalista na Guerra Fria, e que impôs uma modernização ocidentalizante, causando concentração de renda e perseguição política a opositores e líderes religiosos.
d) foi um golpe militar de esquerda dado contra o governo do Aiatolá Khomeini, que era aliado ao bloco soviético na Guerra Fria, e que promoveu uma modernização forçada, causando concentração de renda e perseguição política a opositores e líderes religiosos xiitas.
e) foi um golpe militar de direita apoiado pelos Estados Unidos contra o governo de Mohammed Mosaddegh, que detinha postura de não alinhamento durante a Guerra Fria, e que promoveu a nacionalização das companhias de petróleo e a aproximação com as esquerdas e os líderes religiosos islâmicos.


23. (ESPM/2014) Nós não queremos nem inundar Israel com milhões de refugiados, nem mudar sua composição social.
(O Estado de São Paulo; 17/02/2014)
A declaração acima foi dada por Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestina, em palestra para cerca de 300 jovens estudantes israelenses e se refere:
a) à devolução de Jerusalém aos palestinos;
b) a uma flexibilização dos negociadores palestinos sobre o chamado “direito de retorno”;
c) ao projeto de abrigar refugiados palestinos, fugidos da Síria, em território israelense;
d) à decisão unânime entre os palestinos de renunciar ao chamado “direito de retorno” para alcançar a paz com Israel;
e) à reafirmação, por parte do presidente da Autoridade Palestina, da intransigente exigência do direito de retorno dos milhares de palestinos desalojados pelas guerras com Israel.

24. (Fac. Direito de Franca SP/2014) “Após se recusar a usar uniforme de réu, [Mohamed] Morsi compareceu à primeira audiência do julgamento vestindo terno e aparentando boa saúde. Isolado numa jaula e acompanhado de outros 14 membros da Irmandade, também acusados, o presidente deposto falou aos juízes em tom de desafio. 'Sou o presidente da república e esse tribunal é ilegal', afirmou Morsi.”
Jamil Chade. “Morsi rejeita uniforme de réu e juízo é suspenso”, O Estado de S. Paulo, 05.11.2013.
As tensões provocadas pelo julgamento de Mohamed Morsi, presidente deposto do Egito, agravam
a) as críticas de setores islâmicos a Morsi, que é acusado de abrir o país ao capital e aos interesses norte-americanos.
b) os conflitos políticos e religiosos internos, já manifestos no momento do golpe e na repressão ao grupo muçulmano que apoia Morsi.
c) as relações diplomáticas dentro do mundo árabe, pois Morsi sempre contou com apoio incondicional dos governos dos países vizinhos.
d) as reações negativas da comunidade internacional, que apoiava incondicionalmente o Estado militar implantado por Morsi.
e) os protestos populares, que defendem a plena democratização nacional comandada por Morsi, durante seu governo.


25. (UDESC SC/2014) O grupo de manifestações que ficou conhecido como “Primavera Árabe” teve o seu estopim na África, mais especificamente na Tunísia, no final de 2010. Essas manifestações se inserem em uma longa tradição de lutas pela liberdade no continente africano, seja contra líderes despóticos, seja contra invasores e dominadores estrangeiros. Em relação a esses conflitos, analise as proposições abaixo.
I. O exemplo mais conhecido de luta pelos direitos dos africanos é aquela liderada por Nelson Mandela, na África do Sul, contra o regime de segregação racial do apartheid. A resistência interna, que levou Mandela a ser preso e condenado na década de 1960, foi seguida por uma pressão externa, liderada pela ONU. Apesar dos esforços, o regime ainda se sustentou por décadas até entrar em colapso no final da década de 1980. Mandela foi solto, as acusações contra ele foram retiradas e ele se tornou o primeiro presidente sul-africano da era pós-apartheid.
II. Na década de 1950, irrompe na Argélia a guerra pela independência contra o domínio francês. A luta, liderada pela Frente de Libertação Nacional (FLN), durou de 1954 a 1962, quando são assinados os Acordos de Évian que determinam cessar-fogo.
III. A grande maioria dos países africanos conquistou sua independência dos invasores europeus na segunda metade do século XX. Após a independência, os países africanos conseguiram, apesar do caos econômico que se instalou em todos eles, manter governos fortes, centralizados e democráticos, superando qualquer disputa intranacional de caráter étnico ou político.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
b) Somente a afirmativa III é verdadeira.
c) Somente a afirmativa I é verdadeira.
d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.



GABARITO


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