1. (UEM
PR/2006) A respeito dos conflitos do Oriente Médio,
assinale a alternativa incorreta.
a) A Organização das Nações Unidas (ONU)
reconheceu, no final da década de 1940, o Estado de Israel, propiciando ao povo
judeu o direito a uma nação soberana e independente.
b) A chamada Guerra dos Seis Dias, ocorrida em
1967, possibilitou a ocupação israelense de uma vasta área de terra, incluindo
a Faixa de Gaza e as Colinas de Golã.
c) Mesmo
com toda pressão internacional contra Israel, Ariel Sharon mantém sua política
de ocupação, permitindo que milhares de famílias de colonos judeus façam novos
assentamentos na Faixa de Gaza.
d) O conflito entre israelenses e palestinos,
que já ceifou milhares de vidas, é marcado frequentemente por atentados
realizados por terroristas suicidas, conhecidos como homens bomba.
e) Jerusalém é tida como cidade sagrada por
cristãos, judeus e muçulmanos. Por causa disso, constitui-se também em uma
fonte de tensão daquela região.
2. (UFCG
PB/2006) “A hostilidade para com os Bizantinos não
ia, para os cristãos medievais que estavam em contato com eles, sem uma crise
de consciência. Perante os muçulmanos, porém, não parecia haver problemas. O
muçulmano era o infiel, o inimigo de eleição com quem se não podia pactuar.”
LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente
medieval. Lisboa: Editorial Estampa, 1995, v. I, p. 183.
Considerando as ideias abordadas no texto, é
INCORRETO afirmar que
a) o intercâmbio cultural e econômico entre
cristãos e muçulmanos permaneceu, apesar das tensões religiosas.
b) o soberano bizantino era considerado
legítimo representante de Deus na terra, ideia que o aproximava da condição de
sacerdote.
c) a
expansão muçulmana fortaleceu a intolerância sobre cristãos e judeus nos
territórios conquistados.
d) Maomé foi representado como espantalho e
anticristo no medievo, o que contribuiu, em parte, para a ocorrência de guerras
entre cristãos e muçulmanos.
e) a IV Cruzada, ocorrida em 1203, teve como
objetivo a tomada de Constantinopla, justificada pela compreensão de que os
bizantinos foram responsáveis pelo cisma cristão.
3. (UFPI/2006)
Sobre os conflitos entre árabes e israelenses
pelo controle da palestina, podemos afirmar:
I. A criação do Estado de Israel deu-se, após a
Segunda Guerra Mundial, em território da Palestina.
II. O Estado de Israel não foi reconhecido pela
Liga Árabe, provocando choques entre os Judeus e a população árabe-palestina.
III. O conflito entre Árabes e Judeus agravou-se
com a criação da OLP (Organização para a Libertação da Palestina).
IV. Os acordos de paz, assinados em 1993 por Yitzhak Rabin e Yasser Arafat,
foram importantes para pôr fim aos conflitos entre israelenses e egípcios.
Dentre as alternativas acima, podemos dizer
que são corretas:
a) as
afirmações I, II e III estão corretas.
b) Somente as afirmações I e II estão corretas.
c) Todas as afirmações estão corretas.
d) Somente as afirmações II, III e IV estão
corretas.
e) Somente as afirmações I e III estão
corretas.
4. (UFPI/2006)
O mundo, na contemporaneidade, passa por uma
fase de tensões políticas e de ameaças de violência constantes. Diferentemente
de períodos anteriores, a ameaça não parte de uma nação específica, não tem
fronteiras definidas, não ataca a um país especifico. Sobre essa configuração e
sobre a eclosão dos recentes movimentos terroristas, podemos afirmar:
a) Que tem como único alvo o povo Judeu.
b) Que procura atingir única e exclusivamente
os símbolos do sistema capitalista, dando continuidade às disputas entre
capitalistas e socialistas, no mundo contemporâneo.
c) Que
se caracteriza pela ocorrência de movimentos terroristas, os quais atuam em
diferentes partes do mundo, tendo como alvos preferenciais americanos e judeus.
d) Caracteriza-se, única e exclusivamente, como
uma nova forma de luta pela criação do Estado Palestino.
e) Procura atingir alvos ligados aos povos que
professam a fé Islâmica.
5. (UFAL/2006)
Arábia é uma região na qual o sol é tórrido
de rachar o chão, como no Nordeste brasileiro. Apesar das condições geográficas
adversas, os árabes desenvolveram, no século VII do calendário cristão, uma
intensa atividade comercial, inclusive transportando mercadorias em caravanas
que atravessavam os desertos. Nesse contexto histórico, os árabes criaram e
passaram a divulgar o islamismo que, dentre outros aspectos,
a) defendia a separação do poder político e
espiritual, com a argumentação de que a fé deve estar dissociada da razão.
b) condenava os cristãos por acreditarem na ideia
de um Deus único, inspirados nos fundamentos do politeísmo judaico.
c) condenava
a adoração de ídolos e imagens e afirmava a existência de um Deus único,
inspirados na fé cristã e judaica.
d) defendia a unidade das Igrejas cristã e
judaica como forma de consagrar a paz e o respeito entre os povos de diferentes
religiões.
e) condenava as práticas religiosas dos
profetas hebreus que eram hostilizados por serem seguidores de Jesus Cristo.
6. (UFPR/2005)
Norberto Bobbio define terrorismo da seguinte
maneira: “O terrorismo, que não pode consistir em um ou mais atos isolados, é a
estratégia escolhida por um grupo ideologicamente homogêneo, que desenvolve sua
luta clandestinamente entre o povo para convencê-lo a recorrer a ações
demonstrativas que têm, em primeiro lugar, o papel de ‘vingar’ as vítimas do
terror exercido pela autoridade e, em segundo lugar, aterrorizar esta última.”
(BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política,
1996. p. 1242.)
Com base nessa definição, leia o seguinte
comentário: “As fotos de tortura na prisão de Bagdá ilustram, de forma
dramática, o que vem se tornando claro para quem guarda na memória a América
Latina dos anos 60 e 70: quanto mais os governos americano e britânico aplicam
suas diretrizes antiterroristas, mais parecidas elas ficam com a velha Doutrina
da Segurança Nacional (...). Subversão comunista era o pretexto daquela época
para adotar medidas arbitrárias em defesa da segurança nacional; agora, o
inimigo é o terrorismo.” (BOCCANERA, Sílio, Primeira Leitura, jun. 2004, n. 28,
p. 67.)
Com base nessas citações sobre o terrorismo e
nos conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar:
a) O
terrorismo lança mão de estratégias políticas incompatíveis com a paz e a
democracia, por desrespeitar as leis e os princípios fundamentais dos direitos
humanos.
b) O terrorismo praticado por ativistas
muçulmanos não condiz com a definição de Norberto Bobbio porque mantém-se fiel
à autoridade dos governantes dos Estados árabes.
c) O ataque ao Iraque, realizado pelos Estados
Unidos, Inglaterra e Alemanha, é consequência do conflito entre palestinos e o
Estado de Israel.
d) O terrorismo é um movimento político da
atualidade que defende o retorno do socialismo soviético.
e) Os acontecimentos mencionados por Sílio
Boccanera são resultantes da globalização, a qual aprofundou desigualdades
sociais e levou ao surgimento de novos movimentos de esquerda, como IRA
(Exército Republicano Irlandês) e Al Qaida (movimento internacional liderado
por Osama bin Laden).
7. (UNESP
SP/2006) A crise se iniciou em julho de 1956 (...)
temerosos do nacionalismo pan-árabe defendido por Nasser. França e Grã-Bretanha
decidiram fazer uma intervenção militar punitiva na região, contando para tanto
com a ajuda de Israel. Assim, em outubro de 1956, Israel invadiu o Sinai,
península pertencente ao Egito, e em novembro tropas britânicas e francesas
ocuparam a região (...) Contudo, a manobra, que possuía clara motivação
colonialista, repercutiu muito mal junto à opinião pública mundial,
particularmente junto aos EUA.
(Alexandra de Mello e Silva.
www.cpdoc.fgv.br, acessado em 18.05.2006.)
O fragmento faz referência
a) ao início da Guerra do Yom Kippur.
b) ao início da Guerra dos Seis Dias.
c) à revolução islâmica do Egito.
d) à estatização do petróleo egípcio.
e) ao
processo de nacionalização do canal de Suez.
8. (ESCS
DF/2007) “Foi a derrubada do Xá do Irã em 1979, de
longe a maior de todas as revoluções da década de 1970, e que entrará na
história como uma das grandes revoluções sociais do século XX”.
(Eric J. Hobsbawn. Era dos Extremos: o breve
século XX: 1914-1991,p. 440).
A opção a seguir que melhor explicita a
originalidade da revolução iraniana no século XX é:
a) inspirou-se nos ideários do iluminismo
francês;
b) criou
um Estado teocrático como base para a organização da sociedade civil;
c) foi o primeiro movimento revolucionário no
Golfo Pérsico de inspiração nasserista;
d) foi um movimento de inspiração terceiro
mundista que propunha a construção de um estado socialista;
e) destacou-se por construir um estado laico.
9. (Mackenzie
SP/2007) Foi nesse terreno de cerca de 3,5 milhões de
km2 e predominantemente desértico que, na primeira quadra do século VII, se
constituiu (...) a religião (...), a qual, num espaço de tempo relativamente
exíguo, o empolgaria por inteiro, e foi também a partir dele que, na quadra
seguinte, os conversos saíram para fazer a sua entrada decisiva no palco da
história universal, construindo um dos mais poderosos impérios da face da Terra
e ampliando de maneira considerável o número de adeptos da nova fé.
Adaptado de Mamede M. Jarouche, Revista Entre
Livros, nº 3
O texto acima faz menção a uma religião
a) que abriga a crença na existência de vários
deuses, todos eles personificações dos astros (sobretudo o Sol) e de fenômenos
da natureza (como o raio e o trovão).
b) cuja
denominação (Islã) indica um de seus mais importantes princípios, ou seja, a
submissão do fiel à vontade de Alá, “único Deus”.
c) que possui entre seus dogmas a absoluta
intolerância em relação a povos de religiões diversas, ineptos para a conversão
e para os quais resta, apenas, o extermínio pela guerra.
d) cujos fiéis devem praticar a antropofagia
ritual, considerada fonte de virilidade e bravura guerreira.
e) que suprimiu completamente a crença em
profetas (“os anunciadores da vontade de Deus”) e em anjos (“os protetores dos
homens”).
10. (UFTM
MG/2007) Os árabes iniciaram sua expansão territorial
no século VII e, em menos de um século, formaram um império que abrangia a
Pérsia, a Síria, a Palestina, o Norte da África e parte da Península Ibérica.
Alguns dos fatores responsáveis por essa rápida expansão foram
a) a recompensa do paraíso e a precariedade da
defesa militar do Império Romano do Ocidente.
b) a atração por terras e saques e a divisão da
comunidade muçulmana em xiitas e sunitas.
c) a vitória sobre os cruzados e o consequente
controle das rotas comerciais no Mediterrâneo.
d) a
unidade política garantida pelo Islamismo e o dever de espalhar a crença em
Alá.
e) os interesses comerciais e a desorganização
dos Impérios Bizantino e Persa devido aos ataques vikings.
11. (UNIFESP
SP/2007) As diferenças sutis, mas cruciais, entre
Hamas, Hizbollah e Al Qaeda são ignoradas quando se designa o terrorismo como o
inimigo. Israel é vista como a base avançada da civilização ocidental em luta
contra a ameaça existencial lançada pelo islã radical. (Lorde Wallace de Saltaire,
em discurso na Câmara dos Lordes em julho de 2006.)
Do texto depreende-se que o autor está, com
relação ao Estado de Israel e ao terrorismo,
a) apoiando a política independente do governo
de Tony Blair.
b) elogiando a política intervencionista proposta
pela ONU.
c) defendendo a política intransigente da
Comunidade Europeia.
d) alertando para a política cada vez mais
beligerante por parte do Irã.
e) criticando
a política fundamentalista do presidente Bush.
12. (UEG
GO/2007) O mundo islâmico, cotidianamente presente nos
noticiários internacionais, possui um rico passado que remonta à Idade Média.
Acerca da trajetória dessa civilização naquele período, julgue a validade das
sentenças a seguir.
I. Em virtude das divergências religiosas e
culturais entre muçulmanos e cristãos, poucas foram as influências da
civilização islâmica sobre o mundo Ocidental até o final do século XV.
II. Originalmente nômades, os povos árabes
possuíam uma forte tendência para a atividade comercial, altamente lucrativa em
virtude de, até o século XV, o Oriente Médio ser a única rota comercial ligando
a Europa às Índias.
III. A religião islâmica, tendo como figura central o profeta Maomé, fundiu
elementos judaicos e cristãos em uma mesma fé, espalhando-se rapidamente por
todo o Oriente Médio e pelo Norte da África, a partir do século VII.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) As sentenças I e II são verdadeiras.
b) As sentenças I e III são verdadeiras.
c) As
sentenças II e III são verdadeiras.
d) Todas as sentenças são verdadeiras.
13. (UEL
PR/2007) Israel, em 1967, ao defender-se dos países
inimigos na “Guerra dos Seis Dias”, ocupou importantes áreas estratégicas e,
desde então, estas terras não mais foram devolvidas.
Sobre os constantes conflitos na região do
Oriente Médio, pode-se afirmar:
I. Yasser Arafat, Líder da OLP, Yitzhak Rabin,
Primeiro Ministro de Israel, realizaram em 1993 um acordo de paz incentivados
por Bill Clinton, presidente dos EUA. Alguns Judeus discordaram desta
aproximação e um deles assassinou Rabin em 1995.
II. Os países que têm suas terras ocupadas por
Israel são Síria, Turquia, Jordânia e Líbano. No caso do Líbano, as terras
ocupadas são um importante manancial aquífero, denominado de Colinas de Gola,
provedor de águas para a região do deserto.
III. A guerra na região, além de ser um fato sociopolítico,
é também expressão de um conflito religioso de três religiões monoteístas,
abraâmicas: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. No Irã, muçulmanos
depuseram o Xá Reza Pahlevi por intermédio da “Revolução Islâmica”.
IV. Na região chamada “Berço da Civilização”, edificou-se o Império da
Babilônia, famoso pelos seus “Jardins Suspensos”. Atualmente esta região
encontra-se dominada por um país Ocidental que apoiou militarmente Saddam
Hussein em sua guerra contra Khomeini.
A alternativa que contém todas as afirmativas
corretas é:
a) I e II.
b) II e III.
c) II, III e IV.
d) I, II e IV.
e) I,
III e IV.
14.
(UEPB/2007) “Há um mês, o apoio à ofensiva de Israel
contra o Hezbollah – que tinha cruzado a fronteira, matando três soldados
israelitas e sequestrado dois – era amplo e incluía até alguns países árabes. O
número crescente de civis libaneses mortos pelos ataques aéreos acirra a
intolerância mundial em relação à reação militar de Israel”
(VEJA, 9 de agosto de 2006).
O texto acima referencia
a) uma forma trágica de se chamar atenção, por
parte de Israel, para que sejam resolvidas todas as questões da Palestina.
b) os ataques de milícias a Beirute, na
tentativa de resgatar os soldados israelenses.
c) os
ataques aéreos das tropas israelenses aos territórios do Líbano, na tentativa
desastrada de extinguir, ao menos, o arsenal do Hezbollah.
d) a ofensiva de Israel contra a resistência
iraquiana, que insiste em não aceitar o caminho democrático imposto pelos EUA.
e) parte da prática norte-americana de invasão
do Oriente Médio.
15.
(UFMS/2007) Em fevereiro de 2006, uma explosão destruiu a Mesquita Dourada, em
Samarra, templo reverenciado pela população xiita. Embora não tenha causado
mortes no momento, o atentado serviu para acirrar conflitos entre as
comunidades locais. Nas semanas seguintes, bombas e chacinas mataram centenas
de pessoas, tanto entre a maioria xiita quanto entre sunitas, as duas vertentes
do islamismo presentes nesse país que, ocupado desde março de 2003 pelas forças
da coalizão formada pelos Estados Unidos e Reino Unido, vive situação próxima à
de uma guerra civil. Assinale a alternativa que corresponde ao país do qual
trata o texto.
a) Afeganistão.
b) Palestina.
c) Líbano.
d) Irã.
e) Iraque.
16.
(UFRN/2007) No final da década de 1970, o xá Reza
Pahlevi, ditador pró-Ocidente, foi destituído do poder pela Revolução do Irã,
levando às ruas uma multidão que agiu com violência. Imediatamente após a
Revolução, assumiu o poder no país
a) uma
liderança religiosa e política xiita, que prendeu os seus opositores, censurou
os meios de comunicação e proibiu manifestações da cultura ocidental.
b) uma facção religiosa fundamentalista, que,
inspirada na revolução socialista russa, nacionalizou as companhias de petróleo
e defendeu a ocidentalização da cultura nacional.
c) um partido nacionalista sunita, que
estreitou as ligações com o mundo oriental e contou com o apoio de países
árabes interessados no petróleo da região.
d) um grupo de califas pan-islâmicos, que
expulsou os ocidentais do país e lançou uma fatwa (decreto religioso)
determinando que os muçulmanos deveriam matar os norte-americanos e seus
aliados.
17. (UFRN/2007)
A criação do Estado de Israel em 1948 aumentou
a tensão na região da Palestina, ocasionando a Primeira Guerra
Árabe-Israelense. Esse conflito provocou a fuga ou expulsão de grande parte da
população desse território e desencadeou a questão palestina. Diversos grupos
de resistência palestina criaram, em 1964, a OLP (Organização para a Libertação
da Palestina).
Esse organismo político-militar se
caracterizou como
a) sionista e socialista, tendo por meta
arrecadar recursos financeiros e conquistar aliados políticos entre os países
comunistas para a causa palestina.
b) antissionista e anti-imperialista, tendo o objetivo de criar um
Estado democrático e laico abrangendo toda a Palestina.
c) religioso e segregacionista, almejando
retirar da região da Palestina todos os povos não-muçulmanos, sobretudo judeus
e cristãos.
d) nazista e fascista, objetivando a construção
de uma nação Palestina e o extermínio dos judeus, tidos como inferiores.
18. (EFOA
MG/2007) Entre os séculos VI e VII da Era Cristã, o
mundo árabe foi marcado pela divulgação das ideias do profeta Maomé, que
influenciariam a vida e os costumes dos árabes a partir do advento de uma nova
religião, o Islamismo, reunindo elementos judaicos e cristãos e pregando a
existência de um deus único, Alá.
Sobre as causas para o rápido processo de
expansão muçulmana, é CORRETO afirmar que:
a) o auxílio dado pelo Papado aos membros do
califado, responsáveis pela divulgação do Islamismo, diminuiu a influência do
Catolicismo ortodoxo e do Judaísmo no Oriente Próximo.
b) a aceitação pela Igreja Ortodoxa das ideias
pregadas por Maomé e seus seguidores provocou uma disputa entre iconoclastas e
iconólatras, contribuindo para o fortalecimento do Islã na região de Bizâncio.
c) a tradução do livro sagrado do Islamismo – o
Corão – para as línguas ocidentais permitiu a divulgação dos preceitos de Maomé
na Península Ibérica, que foi controlada pelos árabes entre os séculos VIII e
XV.
d) o acordo político e religioso entre xiitas,
sunitas e sufitas após a morte de Maomé permitiu a superação das disputas
internas do Islamismo e a instauração de um Estado Teocrático na Península
Arábica.
e) a
política de expansão árabe, motivada pelo crescimento populacional e escassez
de terras férteis na Península Arábica, baseou-se na guerra santa e na
tolerância religiosa para com os povos conquistados.
19. (UNIFOR
CE/2007) Os ataques às torres do World Trade Center e
ao Pentágono, em 2001, nos Estados Unidos, provocaram consequências também
dramáticas em países onde atuam organizações inspiradas no fundamentalismo
islâmico. Um exemplo dessas consequências pode ser constatado no fato de os
Estados Unidos terem
a) iniciado uma guerra contra o Iraque, visando
capturar os suspeitos dos ataques que eram protegidos pelo presidente
iraquiano, considerado um xiita islâmico.
b) ocupado militarmente o Irã, dando início à
Guerra do Golfo, sob o pretexto de procurar os líderes islâmicos xiitas por
terem promovido e financiado os ataques.
c) invadido os países islâmicos e deposto seus
presidentes, para protestar contra a violência praticada por terroristas
treinados e armados por esses governantes.
d) dirigido
uma operação de guerra no Afeganistão, com o objetivo de destruir a milícia
islâmica Taliban que supostamente estaria protegendo os culpados pelos ataques.
e) decretado um bloqueio econômico contra os
países islâmicos do Oriente Médio e da Ásia Menor, com a finalidade de
protestar contra os responsáveis pelos ataques.
20. (ESPM/2007) Quando vos dispuserdes à
oração, purificai ante o rosto, as mãos até os cotovelos, a face até as
orelhas, e os pés até os tornozelos. O asseio é a chave da oração.
Socorrei vossos filhos, vossos parentes, os
órfãos, os pobres, os peregrinos; o bem que fizerdes será conhecido do
Onipotente. Dai esmola de dia, à noite, em público ou em segredo; sereis
recompensados pelas mãos do Eterno e ficareis isentos dos terrores e tormentos.
Aquele que dá por ostentação é semelhante a um rochedo coberto de pó; vem a
chuva e não lhe resta senão sua dureza.
No mês de Ramadã, comer e beber só vos é
permitido até o momento em que a claridade vos deixar distinguir um fio branco
de um fio preto: jejuai então do começo do dia até a noite e passai o dia em
oração.
(Leonel Itaussu e Luís César. História Antiga
e Medieval)
Quanto ao trecho apresentado no enunciado
devemos relaciona-lo com:
a) O
Alcorão e algumas das obrigações dos muçulmanos.
b) O Suna e algumas das obrigações dos
muçulmanos.
c) O Talmud e algumas das obrigações dos
muçulmanos.
d) O Tora e algumas das obrigações dos
muçulmanos.
e) O Zend-Avesta e algumas das obrigações dos
muçulmanos.
21. (PUC
RJ/2008) Em janeiro de 1979, Reza Pahlevi, Xá do Irã,
frente à crescente oposição política e popular, fugiu do país criando uma crise
política que culminou com a vitória dos partidários do clérigo xiita Ruholá
Khomeini.
Assinale a alternativa que indica
corretamente a política da República Islâmica do Irã após a revolução.
a) A
nacionalização dos recursos naturais impedia o processo de exploração do
petróleo pelas grandes empresas multinacionais que, até então, tinham sede no
país.
b) A adesão do Irã à União das Repúblicas
Socialistas Soviética, o que agravou ainda mais tensões da chamada segunda
Guerra Fria.
c) A criação de um sistema político
multipartidário e democrático.
d) A imediata declaração de “guerra santa”
contra os sunitas do Iraque, governado nessa época por Saddam Hussein.
e) Aceitação da existência de um Estado judeu
na Palestina e o estabelecimento de relações diplomáticas com Israel.
22. (UEL
PR/2008) Leia o texto a seguir:
“As religiões, que em princípio, deveriam
servir para aperfeiçoar o ser humano, aproximando-o da divindade têm sido
responsáveis por manifestações acabadas de fanatismo. Massacres, torturas,
guerras, perseguições, intolerância e outras atitudes e práticas deploráveis
têm testemunhado o que de pior o ser humano apresenta, e muitas vezes tais
atrocidades são feitas em nome de Deus.”
(PINSKY, J.; PINSKY, C. Orgs. Faces do
fanatismo. São Paulo: Contexto, 2004. p.15.)
Sobre os conflitos históricos e religiosos
que ocorrem no período contemporâneo, é correto afirmar:
a) A
derrubada pelos aiatolás xiitas da monarquia iraniana protegida do governo
estadunidense, reacendeu na região uma série de conflitos de caráter religioso,
político e cultural, tendo se desdobrado em um conflito contra o Iraque.
b) Os cristãos ortodoxos radicados em Istambul
são resultantes da diáspora árabe e utilizam-se de sua concepção política e
religiosa para combater, ao lado dos aliados, a presença militar sionista que
ocupou a Cisjordânia para explorar os poços de petróleo da região.
c) No período da Guerra Fria, a URSS, aliada
dos Talebans, infiltrou-se no Afeganistão com uma ideologia religiosa e, ao
dominarem o país, construíram um corredor de transporte seguro para o
escoamento de sua produção de petróleo para o Golfo Pérsico.
d) A concepção religiosa politeísta da Índia
traduziu os textos divinos, “Devas”, em ensinamentos apreendidos por cristãos e
muçulmanos que os utilizaram na realização de uma guerra de cisão interna,
levando a criação dos estados do Paquistão e do Sri Lanka.
e) No conflito da Bósnia-Herzegovina, os
sérvios, em sua maioria muçulmanos entraram em guerra contra os albaneses, por
estes terem ocupado militarmente a região da Eslovênia e realizado um massacre
contra os habitantes que professam o islamismo.
23.
(UFRN/2008) Nas duas últimas décadas do século XX, dois
conflitos ocorridos no Oriente Médio repercutiram internacionalmente.
Em 1979, os muçulmanos xiitas do Irã,
liderados pelo aiatolá Khomeini, organizaram uma república islâmica naquele
país. Em 1980, o presidente do Iraque, Saddam Hussein, declarou guerra à
República Islâmica do Irã, alegando o perigo do radicalismo dos xiitas.
Esse conflito ficou conhecido como “Guerra
Irã – Iraque”.
Em 1990, Saddam Hussein invadiu o Kuwait,
alegando questões de limites e reivindicando territórios desse país, o que
desencadeou a “Guerra do Golfo”.
Interesses estrangeiros também contribuíram
para o desenrolar desses conflitos no Oriente Médio. Uma comprovação disso é o
fato de
a) os
Estados Unidos da América terem interferido decisivamente na região, tendo em
vista as reservas petrolíferas ali existentes.
b) a União Soviética ter favorecido os dois
governantes, equipando os exércitos de ambos com armamentos soviéticos.
c) as nações muçulmanas, tanto xiitas como
sunitas, terem-se unido para combater as influências ocidentais sobre os dois
países em guerra.
d) a Organização das Nações Unidas (ONU) ter
enviado um grande número de tropas de paz, que obrigaram à rendição o país
agressor.
24. (UNIMONTES
MG/2008) “Durante mais de um século, até a
fragmentação final, o Império Otomano empenhou-se em guerra quase ininterrupta
contra inimigos internos e externos. Uma delas, travada em 1821–3, contra o Irã
(...) teve como objetivo principal decidir qual deles seria a potência
dominante no Oriente Médio muçulmano (...).”
(LEWIS, Bernard. História do Oriente Médio.
Rio de Janeiro: JZE, 1996, p. 294)
A luta otomano-iraniana em questão teve seu
desfecho com
a) a
perda de poder político, econômico e estratégico das duas potências rivais e o
controle da região em disputa por potências externas como Rússia, Áustria-Hungria
e Inglaterra.
b) a vitória da potência iraniana, que passou a
controlar economicamente o território do extinto Império Otomano, dividindo
suas províncias entre os aiatolás.
c) a vitória dos otomanos, que ocuparam o solo
iraniano, criando principados nas províncias e estabelecendo normas sociais
menos rígidas.
d) a intervenção da Organização das Nações
Unidas no território em conflito, com o apoio das forças armadas turcas e
iraquianas, estabelecendo a paz.
25. (PUC
MG/2008) Leia atentamente o texto abaixo, de Moacyr
Scliar.
Israel representa uma mudança transcendente
na multimilenar trajetória dos judeus. O Holocausto e as revelações sobre o
massacre de judeus deram dramática legitimidade ao movimento sionista e à
reivindicação de um território. A fundação de Israel deveria ser decidida pela
recém-criada Organização das Nações Unidas. EUA e URSS apoiavam a partilha da
Palestina e a criação de dois Estados – um árabe, outro judeu.
Com as superpotências coincidindo em seus
pontos de vista, não foi difícil para a Assembleia Geral da ONU aprovar, em
novembro de 1947, a divisão da Terra Santa. O projeto foi rejeitado pelos
representantes dos países árabes. Mas os judeus, liderados por David
Ben-Gurion, levaram a proposta adiante. Quase seis meses depois, 14 de maio de
1948, proclamaram a independência.
Imediatamente estourou o conflito bélico,
vencido pelos israelenses. Outros conflitos vieram, notadamente a Guerra dos
Seis Dias. Israel consolidou-se como potência militar. Desde então, trava–se
uma luta amarga e desumana entre israelenses palestinos, que, ao longo dessas
décadas, acabaram por forjar uma identidade nacional.
A partilha da Palestina está completando 60
anos. Tendo em vista a partilha e seus impactos, a base para a criação do
Estado de Israel foi assentada:
a) na existência de um Estado judaico sob
aprovação dos países árabes.
b) na legitimação pela força comprovada pela sequência
de conflitos e guerras.
c) na
possibilidade da existência de uma maioria judaica num território.
d) na ideologia sionista, que defendia a
entrada dos judeus na Palestina sob domínio inglês.
GABARITO
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