1. (UFU
MG/2005) A Europa presenciou, entre o final do século
XVIII e o século XIX, importantes transformações econômicas, políticas e socioculturais.
A esse respeito, assinale a alternativa correta.
a) O século XIX ficou conhecido, na Inglaterra,
como Era Vitoriana. A rainha Vitória imprimiu uma das fases de maior
desenvolvimento tecnológico, sustentada por medidas protecionistas aos produtos
ingleses e pela dissolução das principais organizações trabalhistas, as “trade
unions”, evitando assim a perda dos privilégios burgueses com a manutenção do
voto censitário.
b) entre
os principais ideológicos do capitalismo, destacou-se Thomas Malthus, ao
escrever a obra Ensaio sobre a população, que defendia a necessidade de
limitação de nascimentos para conter o aumento da miséria. Entre suas
aplicações, podemos citar a Lei dos Pobres e a criação das Workhouses (casa de
trabalho), para confinamento de mendigos e desempregados na Inglaterra.
c) o “18 de Brumário de Luís Bonaparte” ficou
conhecido pelo golpe efetuado pela burguesia francesa para o estabelecimento de
uma República ditatorial – a chamada Terceira República. Com amplos poderes
obtidos após a derrota dos revoltosos da Comuna de Paris, Luís Bonaparte ainda
barrou as iniciativas de expansão e unificação da Alemanha.
d) na cultura, o século XIX foi marcado pela
predominância do realismo, em detrimento do romantismo, cujas influências
puderam ser notadas na difusão dos ideais socialistas de Marx e Engels,
responsáveis pelo aniquilismo das correntes anarquistas e social democratas na
organização da 1ª Internacional, também chamada de Associação Internacional dos
Trabalhadores.
2. (UNIMONTES
MG/2007) Sobre a região balcânica, suas etnias e
organizações políticas entre os séculos XVI e XX, podemos afirmar:
I. Os povos e o território da Península
Balcânica, no século XVI, integravam o poderoso Império Otomano que ameaçou a
Europa, chegando, inclusive, a sitiar a capital austríaca, Viena.
II. Antes da Primeira Guerra Mundial, a Sérvia
anexou a Bósnia e a Herzegovina, reduzindo a influência austríaca na região.
III. Durante o século XIX, com o enfraquecimento
do Império Otomano, as áreas balcânicas de acesso ao
Oriente passaram a atrair interesses russos,
franceses, ingleses e alemães.
IV. Após a Segunda Guerra Mundial, o Marechal Tito conseguiu formar uma
federação incluindo a Sérvia, Croácia, Macedônia, Montenegro, Bósnia, Herzegovina
e Eslovênia, sob a bandeira da chamada Iugoslávia.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s)
a) I, II, III e IV.
b) III, apenas.
c) I,
III e IV, apenas.
d) IV, apenas.
3. (UEL
PR/2008) Para Kant, a moral não é a doutrina que nos
ensina como nos tornamos felizes, mas sim a doutrina que ensina como devemos
agir para nos tornarmos dignos da felicidade.
(KANT, I. Crítica da razão prática. Tradução
de Artur Morão. Lisboa: Ed. 70, 1986. p. 149.)
Com base nos conhecimentos sobre a moral em
Kant, é correto afirmar:
a) O indivíduo que segue os mandamentos divinos
por sincero amor a Deus é digno da felicidade.
b) É digno da felicidade aquele que luta pela
justiça social.
c) Kant considera ser papel da sociedade
decidir quem é digno da felicidade.
d) É
digno da felicidade o indivíduo que age segundo a autonomia da vontade.
e) São dignos da felicidade os indivíduos que
agem por compaixão.
4. (UFF RJ/2009) O conceito de “Revolução
Científica” envolve as novas concepções sobre a natureza e os métodos de
investigação das ciências naturais que predominam a partir do século XVII.
Assinale a opção que combina dois marcos da
“Revolução Científica”.
a) A teoria da evolução, de Charles Darwin, e o
desenvolvimento da tabela periódica dos elementos, por Dmitri Mendeleev.
b) A teoria do eletromagnetismo, de James Clerk
Maxwell, e as leis da hereditariedade, de Gregor Mendel.
c) A teoria geocêntrica de Ptolomeu e o teorema
de Pitágoras.
d) A teoria atomística de Demócrito e a
medicina científica de Hipócrates.
e) A
teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico e a lei da gravitação universal, de
Isaac Newton.
5. (UFPE/2009)
O movimento Romântico contribuiu para as
mudanças no mundo cultural do século XIX, fazendo contraponto com muitas ideais
do cientificismo da época. No Brasil, o Romantismo:
a) diferiu bastante das manifestações europeias,
sendo marcado pela originalidade de seus poetas e filósofos.
b) se firmou mais no campo das manifestações
literárias, embora não tivesse relações com temáticas nacionalistas.
c) buscou exaltar o amor e a libertação da
mulher, embora não tenha contribuído para o culto a feitos heroicos.
d) teve
autores importantes na literatura, muitos deles preocupados, em suas obras, com
a questão da nacionalidade.
e) incorporou ideais de Rousseau na produção de
seus autores, embora as obras desses autores não tenham tido maiores
repercussões.
6. (UNICID
SP/2009) Durante a 2.ª metade do século XIX, sob a
liderança do imperador Mutsuhito, o Japão inaugurou uma nova fase da sua
história, conhecida como a Era Meiji, que se caracterizou por um processo de
a) consolidação da produção artesanal em
detrimento da industrialização.
b) manutenção da vocação agrícola, superada
apenas após a 2.ª Guerra Mundial.
c) industrialização
e modernização da economia japonesa.
d) adequação ao socialismo, influenciado pelo
modelo chinês.
e) democratização do país, com a implantação da
república constitucional.
7. (UFSCAR
SP/2009) No fim do século XVIII, a ocupação europeia
no Oriente estava na seguinte situação:
a) os portugueses continuavam fortes no oceano
Índico e no Pacífico e tinham perdido seus domínios sobre Goa, Macau e Timor.
b) os
holandeses controlavam algumas feitorias na Índia, tinham um império comercial
na Indonésia e relações com a China e o Japão.
c) os espanhóis mantinham importantes domínios
na Indonésia, comércio com o Japão e foram expulsos da Índia pelos franceses.
d) os franceses, que chegaram depois,
expulsaram os espanhóis da Índia e tomaram o lugar dos portugueses em Goa e
Macau.
e) com a presença inglesa na Indonésia e o
comércio inglês com a China, as especiarias permaneceram como principal fator
da expansão europeia na Ásia.
8. (UEFS
BA/2011) A Revolução Americana, a Revolução Industrial
e a Revolução Francesa apresentam como fator comum de ligação
a) a luta contra a opressão de países
estrangeiros.
b) o fortalecimento do tráfico de escravos como
base segura de lucros.
c) a promoção de medidas que levaram ao
imperialismo colonial.
d) a
inserção no mesmo contexto histórico que registrou a ascensão do capitalismo.
e) a crítica à doutrina econômica da Igreja
Católica, favorável à divisão da grande propriedade.
9. (UERN/2013)
Assim como no Egito, na Mesopotâmia, a
agricultura foi a principal atividade econômica praticada pela população. O
Estado era responsável pelas obras hidráulicas necessárias para a sobrevivência
da população, bem como pela administração de estoques de alimentação e pela
cobrança de impostos (...).
(Vicentino, Cláudio. História Geral e do
Brasil / Cláudio icentino, Gianpaolo Dorigo. 1ª Ed. São Paulo: Scipione. 2010.
p. 60-455.)
... a base da economia Inca estava nos Ayllu,
espécie de comunidade agrária. Todas as terras do império pertenciam ao Inca,
logo, ao Estado. Através da vasta rede de funcionários, essas terras eram
doadas aos camponeses para sua sobrevivência. Os membros de cada Ayllu
deveriam, em troca, trabalhar nas terras do Estado e dos funcionários, nas
obras públicas e pagar impostos.
(Moraes, José Geraldo Vinci de. 1960.
Caminhos das Civilizações – história integrada: Geral e do Brasil. São Paulo:
Atual, 1998.)
De acordo com o materialismo histórico
preconizado por Marx e Engels, o modo de produção que aparece descrito
parcialmente nos trechos anteriores, é o
a) feudal.
b) asiático.
c) primitivo.
d) escravista.
10. (UNIFICADO
RJ/2014) Do mesmo horizonte de significado da palavra
anarquia – “sem governo” – nasce o anarquismo, doutrina política que prega que
o Estado é nocivo e desnecessário e que existem alternativas viáveis de
organização voluntária. Para a verdadeira libertação da sociedade seria
necessário, ainda, destruir o capitalismo e as igrejas. A nova sociedade seria
composta por uma rede de relações voluntárias entre pessoas livres e iguais.
TOLEDO, E. Sonhar também muda o mundo.
Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 8, n.95, p.18,
ago. 2013. Adaptado.
O primeiro autor a utilizar a denominação
anarquismo para caracterizar suas teorias e a defender a substituição do
dinheiro por bônus de trabalho foi o pensador
a) Karl Marx, que pregava a união dos
trabalhadores assalariados do mundo através do modo de produção socialista.
b) Adam Smith, que sugeria o livre mercado como
um mecanismo eficaz de regulação das relações sociais de produção.
c) Friedrich Engels, que acreditava na luta de
classes como mecanismo de construção de uma sociedade livre do modo de produção
capitalista.
d) Pierre-Joseph
Proudhon, que propunha a organização social da produção por meio de
cooperativas.
e) Jean-Jacques Rosseau, que acreditava na
ideia de um contrato social capaz de unir as pessoas de acordo com as regras do
mesmo modo de produção.
11. (UNIMONTES
MG/2014) Entre os pontos propostos pela Encíclica
Rerum Novarum de Leão XIII, em 1891, é INCORRETO elencar:
a) A
defesa de uma sociedade sem classes e a obrigatoriedade do Estado de resolver
questões sociais.
b) A defesa da propriedade privada dos meios de
produção e a necessidade de promover melhorias sociais.
c) O incentivo a uma convivência harmoniosa
entre patrões e empregados e a limitação da jornada de trabalho.
d) A defesa do desenvolvimento sindical como
meio de resolver as discordâncias entre patrões e empregados.
12. (UFJF MG) “Dos Discursos de Rousseau até o Manifesto Comunista de Marx e Engels,
o Romantismo foi a atitude dominante na arte e na literatura europeia. Em
termos de consciência pequeno-burguesa, o Romantismo foi, na filosofia, na
literatura e na arte, o reflexo mais completo das contradições da sociedade
capitalista em desenvolvimento”.
(FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. 9.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, p. 63).
São características do Romantismo, EXCETO:
a) O
Romantismo destacou a importância da razão como forma de conhecimento do mundo
e da organização política das sociedades.
b) O Romantismo germânico teve propósitos
nacionalistas e norteou o movimento que marcou a unificação alemã em 1871.
c) Liberalismo e Socialismo estiveram presentes
em manifestações artísticas e literárias do Romantismo em diferentes países.
d) O movimento romântico europeu foi
diversificado e esteve presente nas lutas que resultaram na formação dos
Estados Nacionais.
e) Na construção do pensamento socialista, o
Romantismo identificou as raízes das nacionalidades nas culturas populares.
13.
(ENEM/2009) A formação dos Estados foi certamente
distinta na Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados atuais,
em especial na América Latina — onde as instituições das populações locais
existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e
do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o resultado, em geral,
da evolução do transplante de instituições europeias feito pelas metrópoles
para suas colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras arbitrariamente
traçadas, separando etnias, idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram
ao processo de descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes,
têm sua verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais. Na
Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e encontrou sistemas
políticos e administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs. Hoje,
aquelas formas anteriores de organização, ou pelo menos seu espírito,
sobrevivem nas organizações políticas do Estado asiático.
GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado.
Estudos Avançados. São Paulo: EdUSP, v. 22, n.º 62, jan.- abr. 2008 (adaptado).
Relacionando as informações ao contexto
histórico e geográfico por elas evocado, assinale a opção correta acerca do
processo de formação socioeconômica dos continentes mencionados no texto.
a) Devido à falta de recursos naturais a serem
explorados no Brasil, conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na África
estiveram ausentes no período da independência e formação do Estado brasileiro.
b) A
maior distinção entre os processos histórico-formativos dos continentes citados
é a que se estabelece entre colonizador e colonizado, ou seja, entre a Europa e
os demais.
c) À época das conquistas, a América Latina, a
África e a Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito mais
sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador.
d) Comparadas ao México e ao Peru, as
instituições brasileiras, por terem sido eliminadas à época da conquista,
sofreram mais influência dos modelos institucionais europeus.
e) O modelo histórico da formação do Estado
asiático equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve o espírito das
formas de organização anteriores à conquista.
14. (PUC
SP/2015) "Do século XVI ao XIX o comércio de
escravos na costa atlântica da África foi negócio entre comerciantes europeus e
africanos, ou representantes dos reis africanos, pois na maioria das vezes eram
estes os grandes fornecedores de escravos para os navios negreiros. As trocas
eram feitas em alguns pontos da costa, seguindo regras estabelecidas principalmente
pelas sociedades africanas. Os comerciantes europeus agiam conforme era
determinado nos locais de comércio; apesar disso, conseguiam ter alguma
influência sobre os chefes locais, que passaram a depender cada vez mais das
mercadorias estrangeiras."
Marina de Mello e Souza. África e Brasil
africano. São Paulo: Ática, 2007, p. 60.
A partir do texto, pode-se afirmar que a ação
europeia na África
a) estimulou
o comércio de escravos, promovendo alterações culturais e econômicas
significativas em sociedades africanas.
b) era limitada pelas decisões e pela vontade
dos governantes locais, que não aceitavam quaisquer interferências externas.
c) aproveitou-se da tradicional prática
africana de vender escravos para outras regiões do mundo, o que gerava lucros
bastante altos.
d) resumia-se ao fornecimento de produtos
industrializados, evitando estabelecer outros tipos de relação mercantil com
governantes africanos.
e) ocorreu dentro de um contexto de ocupação
territorial e domínio político, que determinaram a hegemonia europeia no
continente.
15. (UFGD
MS/2014) Os trechos a seguir se referem ao período
histórico que consolidou o capitalismo, entre os séculos XVI e XX.
Trecho I
“Nada serviu para ‘agrupar’ línguas vulgares
correlatas mais do que o capitalismo que, dentro dos limites impostos pelas
gramáticas e sintaxes, criou línguas impressas mecanicamente reproduzidas,
passíveis de disseminação pelo mercado”.
(ANDERSON, Benedict. Nação e consciência
nacional. São Paulo: Ática, 1989, p. 54).
Trecho II
“Com imenso prazer... começam a fazer
compras... e mergulham nisso como quem imerge numa carreira; como classe,
falam, pensam e sonham com a posse. (H.G. Wells, 1909”).
(HOBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios (1875 –
1914). 13 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010, p. 261).
A partir deles, identifica-se na formação das
sociedades modernas:
a) O
impulso dado pela imprensa na reprodução de materiais impressos em línguas
nacionais contribuiu para a ascensão do nacionalismo e da concepção burguesa
baseada nos direitos da propriedade privada e do consumo de bens materiais.
b) As semelhanças entre o capitalismo clássico
e o socialismo científico, respectivamente, baseados na reprodução de ideias
voltadas para a ampliação dos mercados consumidores e o direito à propriedade
coletiva.
c) A importância da Revolução Industrial,
marcada pela ampliação dos direitos trabalhistas e o uso de políticas públicas
para garantir melhores condições sociais e a equidade perante as leis entre
trabalhadores e patrões, no desenvolvimento do consumismo e na organização de
movimentos sociais.
d) A reprodução e propagação, por meio da
imprensa, dos interesses imperialistas do século XVIII, que resultaram nas
revoluções burguesas na Inglaterra e França durante o século XIX.
e) A expansão do mercado consumidor que
contribuiu, em escala mundial, para a ampliação do consumo de alimentos e a
diminuição dos índices de desigualdade social entre diferentes nações.
16. (UESPI/2014)
Modernidade é uma expressão muito utilizada
para tratar do que é considerado novo. Mas no cenário histórico, geralmente é
adotada para se referir ao período situado entre a Idade Média e o Mundo
Contemporâneo.
A respeito deste período, é CORRETO afirmar:
a) A burguesia teve participação decisiva para
a ascensão do Antigo Regime na Inglaterra e na França, rompendo totalmente com
a nobreza no período.
b) A
burguesia foi parceira do Estado Moderno, financiando sua centralização em
troca do protecionismo econômico que recebia dos monarcas.
c) As expedições marítimas europeias tiveram
nos burgueses financiadores influentes, que passaram a assumir com
exclusividade os postos de comando no continente americano recém-dominado.
d) O Renascimento cultural foi financiado pelo
mecenato – proporcionado pela nobreza ascendente que se destacava entre o final
da Idade Média e o início da Modernidade.
e) A ética protestante calvinista, defendida
por Max Weber, contribuiu para o fortalecimento da burguesia, uma vez que
propunha a desvalorização do trabalho e do esforço pessoal.
17. (UNCISAL
AL/2015) Em Paris, na década de 1560, alguns
tupinambás foram trazidos da Baía da Guanabara para conhecer os franceses. Na
ocasião, através de um intérprete, Michel de Montaigne indagou sobre seus
costumes, sua visão de mundo e até suas opiniões sobre a França. No brilhante
artigo “Dos canibais”, ele demonstra ter compreendido bem o significado do
canibalismo tupinambá, que horrorizava os europeus: os inimigos aprisionados
são honrados como grandes guerreiros ao serem mortos e devorados, transmitindo
sua coragem aos vencedores. Sorrateiramente, Montaigne compara a prática com as
guerras civis que estavam ocorrendo entre huguenotes e católicos franceses, e
seus horrendos métodos para obter informações, castigar ou simplesmente
torturar os inimigos mútuos – todos franceses. Corpos despedaçados, chumbo
derretido derramado nos ouvidos, queima nas fogueiras. Quem é o selvagem nessa
comparação? Montaigne sugere que a repulsa e as críticas a costumes diferentes
brotam da visão interna de cada cultura, que pensa que os seus são os hábitos
mais naturais e corretos – o que mais tarde a antropologia iria nomear de
etnocentrismo.
Disponível em:
.
Acesso em: 28 out. 2014.
Ao comparar alguns comportamentos culturais
dos tupinambás com o momento histórico vivido pela França, denunciando as
visões internas de cada cultura, Montaigne antecipa o conceito de etnocentrismo
e lança no pensamento ocidental a noção de
a) etnocídio.
b) xenofobia.
c) aculturação.
d) relativismo cultural.
e) colonialismo cultural.
18. (UDESC
SC/2006) Há um período compreendido entre 1870 a
1914, aproximadamente, que ficou conhecido como “Belle Èpoque”.
Dentre as manifestações que caracterizaram o
Brasil nesse período, é CORRETO afirmar que houve:
a) o pouco investimento na urbanização e
ajardinamento das grandes cidades brasileiras da época, a exemplo da cidade do
Rio de Janeiro.
b) a emergência de cidades vinculadas ao regime
imperial, a exemplo de Vila Rica.
c) um evidente
projeto modernizador republicano brasileiro, sob inspiração dos valores
socioculturais europeus.
d) o surgimento da televisão, um dos principais
veículos de comunicação desse período.
e) a Revolta da Vacina, implementada pela
população paulista, contrária à política sanitária de Osvaldo Cruz e apoiada
por Pereira Passos.
19.
(UECE/2004)
“… vai, orgulhosa, querida,
mas aceita esta lição:
no câmbio incerto da vida
a libra é sempre o coração
O amor vem por princípio
A ordem por base
O progresso que deve vir por fim
Desprezaste esta lei de Augusto Comte
E foste ser feliz longe de mim”
(Noel Rosa e Orestes Barbosa)
Fonte: Revista História Viva. Ano I, n. 05,
março 2004. p. 72/76.
O fragmento acima é do samba intitulado
“Positivismo” de Noel Rosa e Orestes Barbosa. O mesmo demonstra a presença da
filosofia positivista no meio cultural mais popular do Brasil: a música. Neste
sentido, no que concerne às influências do Positivismo no Brasil, podemos
afirmar, corretamente:
a) essa corrente filosófica nunca esteve
presente no pensamento brasileiro ou em qualquer símbolo pátrio de nossa terra.
b) o positivismo foi adaptado às questões nacionais, adquirindo o perfil
de doutrina aceita por um grupo reduzido de intelectuais, militares e
republicanos.
c) as ideias positivistas de Augusto Comte
alcançaram o meio cultural brasileiro chegando a todas as formas artísticas e
culturais.
d) a presença da doutrina positivista no Brasil
foi fundamental para os movimentos nativistas do período colonial.
GABARITO
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