2.5 PRINCÍPIOS DE IDENTIFICAÇÃO DE OBJETOS
A maioria
das pessoas não tem problema em identificar objetos de fotografias tiradas de
um ângulo oblíquo. Tais pontos de vista são naturais para o olho humano e fazem
parte da nossa experiência cotidiana. No entanto, a maioria das imagens
detectadas remotamente são tiradas de uma perspectiva aérea ou vertical e as
distâncias são bastante afastadas do nível do solo. Ambas as circunstâncias
dificultam a interpretação de objetos naturais e feitos pelo homem. Além disso,
as imagens obtidas de dispositivos que recebem e capturam comprimentos de onda
eletromagnéticos fora da visão humana podem apresentar vistas bastante
desconhecidas.
Para
superar as possíveis dificuldades envolvidas no reconhecimento de imagens, os
intérpretes profissionais de imagens usam algumas características para
ajudá-los a identificar objetos detectados remotamente. Algumas dessas
características incluem:
- Forma: somente essa característica pode servir para identificar muitos
objetos. Exemplos incluem as longas linhas lineares de rodovias, as pistas que
se cruzam em um campo de aviação, a forma perfeitamente retangular dos
edifícios ou a forma reconhecível de um diamante de beisebol ao ar livre.
- Tamanho: observar os tamanhos relativo e absoluto dos objetos é essencial em sua
identificação. A escala da imagem determina o tamanho absoluto de um objeto.
Como resultado, é essencial reconhecer a escala da imagem a ser analisada.
- Tom ou cor da imagem: todos os objetos refletem ou emitem
assinaturas específicas de radiação eletromagnética. Na maioria dos casos,
tipos de objetos relacionados emitem ou refletem comprimentos de onda
semelhantes de radiação. Além disso, os tipos de dispositivo de gravação e
mídia de gravação produzem imagens que refletem sua sensibilidade a uma faixa
específica de radiação. Como resultado, o intérprete deve estar ciente de como
o objeto que está sendo exibido aparecerá na imagem examinada. Por exemplo, na
cor, a vegetação das imagens infravermelhas tem uma cor que varia de rosa a
vermelho, em vez dos tons habituais de verde.
- Padrão: muitos objetos se organizam em padrões típicos. Isto é especialmente
verdade nos fenômenos criados pelo homem. Por exemplo, os pomares têm um
arranjo sistemático imposto por um agricultor, enquanto a vegetação natural
geralmente possui um padrão aleatório ou caótico.
- Sombra: às vezes as sombras podem ser usadas para obter uma visão diferente de
um objeto. Por exemplo, uma fotografia aérea de uma chaminé imponente ou de uma
torre de transmissão de rádio normalmente apresenta um problema de
identificação. Essa dificuldade pode ser superada ao fotografar esses objetos
em ângulos do sol que projetam sombras. Essas sombras exibem a forma do objeto
no chão. As sombras também podem ser um problema para os intérpretes, porque
muitas vezes escondem coisas encontradas na superfície da Terra.
- Textura: os objetos fotografados exibem algum grau de aspereza ou suavidade. Essa
característica pode às vezes ser útil na interpretação de objetos. Por exemplo,
normalmente esperamos ver diferenças de textura ao comparar uma área de grama
com milho de campo. A textura, assim como o tamanho do objeto, está diretamente
relacionada à escala da imagem.
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