1. (UNIMONTES 2010) Durante o período colonial, na América Hispânica, a Coroa Espanhola foi
a autoridade máxima. Era coadjuvada por uma estrutura
burocrático-administrativa que se fazia presente na área colonial, via de
regra, de forma sólida, organizada e hierarquizada.
Acerca dos órgãos componentes da estrutura
burocrático-administrativa da América Espanhola, no século XVIII, associe a 2ª
coluna com a 1ª.
I - Intendência
II - Audiência
III - Cabildo ou
Ayuntamiento
1.(__) Era
formado(a) pelo Vice-Rei (quando sua sede era a mesma sede do Vice-Reinado) e vários ouvidores ou
juízes. Suas funções podem ser resumidas em fiscalização e vigilância sobre
todos os funcionários, ainda que a principal fosse a judicial, tendo alcançado
um grande grau de desenvolvimento de suas funções político-administrativas.
2.(__) Era
equivalente à câmara municipal, formado(a) por elementos da elite colonial,
subordinado(a) às leis da Espanha, mas com autonomia para promover a
administração local ou municipal.
3.(__) Cabia-lhe as
funções administrativas, jurídicas e militares bem como a arrecadação de
impostos, sendo responsável por fomentar a economia e cuidar da Real Fazenda.
Suas atribuições podiam abarcar as áreas de Fazenda, Governo e Polícia, Justiça
e Guerra.
A associação está CORRETA na alternativa
a) I-3, II-1
e III-2.
b) I-2, II-3 e
III-1.
c) I-1, II-2 e
III-3.
d) I-2, II-1 e
III-3.
2. (ENEM PPL 2009) Na América espanhola colonial, a primeira prioridade dos invasores foi
extrair riquezas dos conquistados. Essa extração foi realizada mediante a
apreensão direta de excedentes previamente acumulados de metais ou pedras
preciosas. Isso tomou a forma de saques e pilhagens, uma maneira oficialmente
aceita de pagar soldados ou expedicionários voluntários.
MACLEOD, Murdo J. Aspectos da economia
interna da América espanhola colonial. In: BETHELL, Leslie. História da
América. São Paulo: Edusp; Brasília: Funag, 1999, v. II, p. 219-220.
Tendo em vista as características citadas,
conclui-se que a América espanhola colonial começou como uma sociedade
a) escolhida
para representar e simbolizar o espírito da modernidade europeia no conquistado
continente americano.
b) engajada na
atividade comercial da qual provinham especiarias para serem distribuídas pelo
território da Europa.
c) centrada na
extração e beneficiamento mineral de recursos como ouro, prata e pedras
preciosas, ali encontrados.
d) fundada na lógica da conquista, ao se
fazer uso da violência contra a população indígena para a apropriação de
riquezas.
e) voltada para
o cultivo da cana-de-açúcar, produto bastante valorizado, tal como se verificou
nas colônias portuguesas.
3. (UEL 2009) Com base nos conhecimentos sobre a crise do sistema colonial, é correto
afirmar.
a) A forma de
organização econômica das colônias das Américas portuguesa, hispânica e
anglo-saxônica refletia os interesses dos setores mercantis das respectivas
metrópoles e, por contrastar com as perspectivas da nova ideologia liberal do
século XIX, provocou o descontentamento dos trabalhadores, levando-os às
revoluções socialistas.
b) A invasão
francesa na Espanha contou com a simpatia da Inglaterra e da Prússia que
buscavam acabar com o monopólio espanhol no comércio com as colônias
americanas.
c) Nas Américas,
em função de um comércio intercolonial intenso e vantajoso, cresceu a classe
dos produtores de matérias-primas e de bens de consumo. A burguesia que havia
se constituído nas colônias era a principal consumidora desta produção, o que
contribuiu ainda mais para a crise do sistema colonial.
d) O Pacto
Colonial, que se baseava no livre comércio, foi responsável pelo enriquecimento
dos produtores de mercadorias na América, uma vez que estes podiam contar com
um mercado consumidor e distribuidor de seus produtos.
e) No caso da
América espanhola, a manutenção do Pacto Colonial pela metrópole deixava à
margem do processo a classe dominante colonial, que era produtora e tinha
interesse na liberdade de comércio e na condução dos seus negócios, sem a
interferência da Espanha.
4. (UNICENTRO 2005) “Como já disse, nossos espanhóis descobriram, percorreram, converteram
enormemente terras em sessenta anos de conquista. Nunca nenhum rei e nenhuma
nação percorreram e subjugaram tantas coisas em tão pouco tempo, como nós
fizemos, nem fizeram nem mereceram o que nossas gentes fizeram e mereceram
pelas armas, pela navegação, pela pregação do Santo Evangelho e pela conversão
dos idólatras. [...] Abençoado seja Deus que lhes deu essa graça e esse poder.”
(Lopez de Gomara apud FERRO, Marc. História
das colonizações: das conquistas às independências, séculos XIII a XX. São
Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 49.)
Com base na narrativa de Gomara e nos
conhecimentos sobre a conquista da América Espanhola, é correto afirmar:
a) Os espanhóis
trouxeram aos índios a religião católica porque os consideraram homens, iguais
e idênticos a si mesmos, logo puderam convertê-los sem subjugá-los.
b) Os traços
fundamentais da história da colonização já estão nos textos dos primeiros
descobridores e colonizadores, de modo embrionário, e se desenvolverão nos
séculos subsequentes.
c) As
estratégias de dominação usadas pelos espanhóis, tais como a negociação
pacífica nas trocas, a cristianização sem subjugação e o respeito ao diferente,
distinguiram-nos de outros povos conquistadores.
d) O texto
critica a violência da conversão dos índios e abomina a justificativa da
conquista, ou seja, a cristianização de gente tão bárbara e sem fé.
e) Os fatores
técnicos e materiais, tais como os cavalos, as armas de fogo e a indumentária
dos conquistadores espanhóis, bastam para explicar a vitória dos espanhóis
sobre os índios do México e do Peru.
5. (UNB 2012) Leia o texto a seguir.
Sem colonização não há uma boa conquista e,
se a terra não é conquistada, as pessoas não serão convertidas. Portanto, o
lema do conquistador deve ser colonizar.
Francisco López de Gómara. Historia general
de las Indias. Madri: 1852, p. 181.
A apreciação acima, proferida por um
eclesiástico do século XVI, expõe aspectos envolvidos no assentamento e
desenvolvimento do Império espanhol na América. Acerca desses aspectos,
assinale a opção correta.
a) Na região
andina, desde o primeiro momento, houve forte resistência ao avanço da
conquista espanhola, principalmente nas cidades de Potosi e La Plata.
b) A área que
atualmente pertence ao Chile foi a que menos resistência ofereceu à colonização
espanhola, em virtude de sua baixa densidade demográfica e do caráter tribal da
população.
c) A
mesoamérica, onde havia uma organização político-administrativa pré-colombiana,
é exemplo de colonização de sucesso, uma vez que, nesse território, os
espanhóis deram continuidade às estruturas existentes.
d) No
vice-reino do Peru, os espanhóis permitiram que o cargo de governador fosse
exercido por membros das famílias da elite indígena, estratégia que perdurou
até o fim da era colonial.
6. (FATEC 2007) Organizada com base na exploração estabelecida pelo mercantilismo metropolitano
espanhol, a sociedade colonial apresentava, no topo da escala hierárquica,
a) os crioIIos,
grandes proprietários e comerciantes que, por constituírem a elite colonial,
participavam das câmaras municipais.
b) os
chapetones, que ocupavam altos postos militares e civis.
c) os
calpulletes, que ocupavam altos cargos administrativos dos chamados
ayuntamientos.
d) os mestiços,
que, por serem filhos de espanhóis, podiam estar à frente dos cargos
político-administrativos.
e) os curacas, donos
de grande quantidade de terra, que administravam os cabildos.
7. (FUVEST 2015) Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas
de colonização ibérica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e
XVIII,
a) a servidão
foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra
principal foi assalariada.
b) a liberdade
foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola e da
América portuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi.
c) a
escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América
espanhola, esteve mais generalizada na América portuguesa.
d) não houve
escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes dispunham de farta
oferta de mão de obra indígena.
e) o Brasil
forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em
contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil.
8. (ENEM 2012) Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi
nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros
dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem
ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à
vontade.
Carta de Colombo aos reis da Espanha, juIho
de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos
depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
O documento permite identificar um interesse
econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A implicação
desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na
a) expulsão dos
indígenas para fortalecer o clero católico.
b) promoção das
guerras justas para conquistar o território.
c) imposição da
catequese para explorar o trabalho africano.
d) opção pela
policultura para garantir o povoamento ibérico.
e) fundação de cidades para controlar a
circulação de riquezas.
9. (UNIMONTES 2014) Um ponto comum do processo de colonização das áreas portuguesa e
espanhola, na América, assim como do sul das colônias inglesas americanas, foi:
a) A
administração centralizada nas colônias.
b) O intenso
processo de catequização jesuítica.
c) A utilização da mão de obra escrava.
d) O predomínio
da pequena propriedade agrícola.
10. (UFMG 1997) O sistema de trabalho conhecido como mita era caracterizado pelo:
a) Trabalho
escravo de negros nas plantações de açúcar do Caribe.
b) Trabalho
forçado de índios e mestiços nas plantações de café da Colômbia.
c) Trabalho
forçado de índios nas minas de ouro e prata do Peru e Alto Peru.
d) Trabalho
escravo de índios nas minas de salitre e cobre do Chile.
e) Trabalho
assalariado de negros nas minas da América Espanhola.
11. (UFMG) Leia
estes trechos em que se trata das relações de trabalho nas colônias espanholas
da América:
I. As aldeias
eram distribuídas entre os conquistadores, “que passavam a explorar-lhes o
sobretrabalho sem, contudo, escravizar os índios. [...] podiam exigir tributos
em gêneros [...] ou prestações de trabalho ...” Os colonizadores deveriam, em
contrapartida, defender as aldeias e evangelizar os índios.
II. “Cada
comunidade deveria fornecer, periodicamente, uma quantidade de trabalhadores
para as atividades coloniais [principalmente nas minas]. [...] Pelo trabalho
[...], os índios deveriam receber um salário, parte do qual obrigatoriamente em
moeda (ou metal), a fim de que pudessem pagar o tributo régio.”
III. “Na hacienda
praticou-se, largamente, o sistema de endividamento de trabalhadores, a fim de
retê-los na propriedade. [...] o trabalhador recebia como salário um crédito na
tienda de raya (onde retirava alimentos, roupas, etc.), além de um lote mínimo
de subsistência.”
VAINFAS, Ronaldo. Economia e sociedade na
América Espanhola. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 61-4.
Considerando-se as formas de exploração do
trabalho indígena neles descritas, os trechos I, II e III referem-se,
respectivamente, a
a) peonaje,
ejidos e plantation.
b) ayllu,
plantation e obrajes.
c) encomienda,
mita e peonaje.
d) obrajes,
ayllu e ejidos.
12. (UFSJ 2005) “Como há quinhentos anos, a pirâmide das vítimas está formada pelos
pobres: no ápice, os pobres brancos; depois os animais de trabalho chamados há
quinhentos anos de “negros” e, ao pé da pirâmide, os animais de trabalho
chamados há quinhentos anos de “índios”.
(Heinz Dieterich Steffan, cientista social
alemão)
A colonização das Américas espanhola e
portuguesa implicou determinadas formas de exploração de trabalhadores nativos
e apresados pelo tráfico humano. Nesse sentido, é CORRETO afirmar que
a) na América
portuguesa predominou a exploração das comunidades indígenas nativas nas
missões jesuíticas e pelos fazendeiros catequistas, com a divisão dos lucros
com os aldeados e a preservação da sua cultura original; na América espanhola
predominou a escravidão de negros africanos em minas de ouro, prata e
diamantes.
b) nas Américas
espanhola e portuguesa a escravidão negra e a exploração das comunidades
nativas, por meio da encomienda e da mita, não se revelaram eficazes para a
obtenção de lucros para os colonizadores; já a partir do século XVI, os
trabalhadores nativos e negros começaram a ser substituídos por imigrantes
europeus assalariados.
c) nas Américas
espanhola, portuguesa e inglesa, predominou a integração da exploração das comunidades
nativas, da escravidão de negros africanos e de imigrantes sob servidão
temporária; com o desenvolvimento da indústria têxtil (séc. XVII), as três
Américas iniciaram um vigoroso processo de assalariamento de negros, índios e
europeus.
d) na América
espanhola predominou a exploração das comunidades indígenas nativas, com a
encomienda, e o trabalho compulsório com pequena remuneração nas minas de
metais preciosos, com a mita; na América portuguesa, e em ilhas do mar do
Caribe, predominou a escravidão de negros africanos, na plantation tropical e
na mineração.
13. (PUC-RS 2014) "A colonização do Peru ilustra seguramente a variedade de ritmos de
aculturação num mesmo espaço cultural. Economicamente, o processo foi rápido:
introduziu-se o cultivo de frutas e legumes europeus, a criação de aves e de
gado (...). Por outro lado, todo o sistema de recrutamento de aldeãos, montado
no império Inca, foi canalizado para suprir o trabalho nas empresas coloniais,
notadamente a produção mineratória. Apesar de tudo, o milho e a batata
permaneceram como os alimentos essenciais das comunidades, e em pouco tempo
foram difundidos entre os europeus. Socialmente, o processo foi lento e
ambivalente: à progressiva 'hispanização' dos Kuracas [chefes tribais] (...)
contrapôs-se a preservação, pela massa aldeã, dos costumes e normas do
parentesco e da própria língua quíchua ou aymara (...). Enfim, no terreno
religioso, campo das mentalidades coletivas, a tendência foi no sentido da
"inércia", ou seja, da manutenção, ainda que dissimulada e
perseguida, dos cultos tradicionais -as wakas-, especialmente entre a população
trabalhadora das aldeias".
(VAINFAS, Ronaldo. Economia e Sociedade na
América Espanhola. Rio de Janeiro: Graal, 1984, p. 44)
A leitura do texto permite afirmar que o
processo colonizatório espanhol, na região americana ali analisada, estabeleceu
um espaço sócio-histórico no qual ocorreu
a) a aniquilação
rápida dos traços culturais e dos laços sociais autóctones pelos colonizadores.
b) a prevalência
unilateral do ritmo de exploração econômica mercantilista sobre os demais
fatores socioculturais.
c) o
surgimento diferenciado de relações socioculturais complexas de dominação e
resistência.
d) a tolerância
jurídica por parte da administração Iaica metropolitana das manifestações
religiosas locais.
e) a
irrelevância dos fatores linguísticos como elementos de defesa cultural dos
povos colonizados.
14. (CEFET-RJ 2014) O processo de conquista da América pelos Estados europeus na Época
Moderna foi possível com o uso da força militar, da exploração econômica e da
imposição de valores culturais aos povos indígenas americanos. A partir desta
constatação, deve ser assinalado que:
a) A colonização
inglesa na América do Norte desenvolveu relações pacíficas com os povos
indígenas locais, em razão de interesses comerciais e da necessidade de
conseguir aliados para enfrentar os espanhóis.
b) A colonização
portuguesa em partes da América do Sul exterminou os indígenas, vistos como
inúteis para o trabalho, e eliminou sua herança cultural ao longo da montagem e
desenvolvimento da colonização.
c) A colonização espanhola se utilizou, em
áreas como o planalto mexicano e a região andina, de hierarquias sociais e
formas de trabalho desenvolvidas pelas civilizações indígenas ali existentes,
que foram aproveitadas em benefício da dominação metropolitana.
d) Ao contrário
do que ocorreu na América do Norte, a colonização inglesa no Caribe e em partes
na América do Sul recorreu largamente à escravização indígena, como forma de
contornar o monopólio do tráfico de africanos exercido pelos espanhóis.
15. (PUC-RJ 2015) Analise as afirmativas acerca do processo de colonização na América
Ibérica entre os séculos XVI e XVIII:
I. Tanto na
América de colonização espanhola quanto na de colonização portuguesa houve o
predomínio da plantation: a grande propriedade, monocultora, voltada para a
exportação, e a existência do monopólio ou exclusivo comercial.
II. Em várias
cidades da América tanto de colonização espanhola quanto portuguesa, foram
fundadas, desde o século XVI, universidades, assim como existia a imprensa,
responsável por uma intensa circulação de ideias.
III. Enquanto na
América de colonização espanhola houve o predomínio da servidão indígena, mais
especificamente nas formas da mita e da encomenda; na América de colonização
portuguesa houve o predomínio do trabalho escravo de negros africanos.
IV. Até 1520 as
Antilhas foram o núcleo da colonização espanhola, mas nas décadas subsequentes
passaram a ser as zonas continentais do México até o Alto Peru; na América de
colonização portuguesa inicialmente ocorreu a extração do pau-brasil e,
posteriormente, a lavoura açucareira, principalmente no litoral nordestino.
Assinale:
a) Se somente as
afirmativas II e III estiverem corretas.
b) Se somente as
afirmativas I e IV estiverem corretas.
c) Se somente
as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
d) Se somente as
afirmativas I, II e III estiverem corretas.
e) Se todas as afirmativas
estiverem corretas.
16. (UNIOESTE 2013) “A conquista da América não foi um fato isolado do contexto econômico
europeu nos séculos XV e XVI. Ao contrário, foi um processo integrante da ampla
conjuntura expansionista europeia da época. Riquezas materiais, como ouro e
prata, eis o que motivou os europeus a se aventurarem por regiões
desconhecidas, como também as monarquias a investirem grandes recursos
financeiros. […] Contudo, apenas a lógica material presente nas relações
mantidas entre conquistadores e populações americanas é insuficiente para
explicar, por exemplo, as atrocidades ocorridas no cotidiano daqueles homens.
[…] A violência, portanto, foi consequência de uma cultura conquistadora,
cristã e espanhola, que, mesclada com o ideal religioso de cruzada e com o
próprio fato colonial, deu impulso a uma luta pela glória de Deus e da Coroa.”
FERREIRA, Jorge Luiz. Conquista e Colonização
da América Espanhola. São Paulo: Ática, 1992, p. 90 e 93.
Considerando o fragmento acima sobre o
processo de conquista e colonização da América Espanhola, é INCORRETO afirmar
que
a) entre as
formas de trabalho utilizadas pelos espanhóis para extrair as riquezas estão a
escravidão, a encomienda e o repartimiento.
b) a conquista e
a colonização espanhola transformaram as estruturas sociais, econômicas e
culturais das populações ameríndias.
c) para os
astecas, chefiados por Montezuma, a derrota militar para os espanhóis estava
relacionada também à dimensão religiosa e simbólica.
d) para os
homens que partiam da Espanha em direção à América, entre os séculos XV e XVI,
a conquista dos povos americanos significava a oportunidade de obter riquezas,
ouro e prata, e prestígio social.
e) a
conquista da América pelos espanhóis não está relacionada à expansão da fé
cristã. Por exemplo, os objetivos de Hernán Cortez, ao conquistar os astecas, e
Francisco Pizarro, conquistador dos incas, eram somente saquear ouro e prata
destes povos e retornar à Espanha, onde obteriam títulos de nobreza.
17. (UEL 2009) Com base nos conhecimentos sobre a crise do sistema colonial, é correto
afirmar.
a) A forma de
organização econômica das colônias das Américas portuguesa, hispânica e
anglo-saxônica refletia os interesses dos setores mercantis das respectivas
metrópoles e, por contrastar com as perspectivas da nova ideologia liberal do
século XIX, provocou o descontentamento dos trabalhadores, levando-os às
revoluções socialistas.
b) A invasão
francesa na Espanha contou com a simpatia da Inglaterra e da Prússia que
buscavam acabar com o monopólio espanhol no comércio com as colônias
americanas.
c) Nas Américas,
em função de um comércio intercolonial intenso e vantajoso, cresceu a classe
dos produtores de matérias-primas e de bens de consumo. A burguesia que havia
se constituído nas colônias era a principal consumidora desta produção, o que
contribuiu ainda mais para a crise do sistema colonial.
d) O Pacto
Colonial, que se baseava no livre comércio, foi responsável pelo enriquecimento
dos produtores de mercadorias na América, uma vez que estes podiam contar com
um mercado consumidor e distribuidor de seus produtos.
e) No caso da
América espanhola, a manutenção do Pacto Colonial pela metrópole deixava à
margem do processo a classe dominante colonial, que era produtora e tinha
interesse na liberdade de comércio e na condução dos seus negócios, sem a
interferência da Espanha.
18. (IBMEC-SP 2009) A Companhia de Jesus foi criada na Espanha em 1534 no contexto da
Contrarreforma, tendo uma atuação importante no processo colonizador da América
Portuguesa. Sobre a atuação da Companhia de Jesus na colonização do Brasil
podemos afirmar que:
a) Os jesuítas
foram responsáveis pela fundação das primeiras cidades brasileiras como São
Paulo, São Vicente e Salvador. A catequização dos indígenas era feita em
reduções onde eles permaneciam em regime de escravidão.
b) Os jesuítas
se destacaram na ação educativa e catequizadora dos grupos indígenas
brasileiros. Vários missionários jesuítas moravam nas aldeias procurando
conhecer os hábitos, a cultura e respeitando a religiosidade indígena.
c) A educação
foi um dos principais instrumentos de evangelização dos jesuítas, que fundaram
colégios no Brasil e organizaram aldeamentos conhecidos como Missões para
catequizar os indígenas e convertê-Ios para o catolicismo.
d) Os jesuítas
chegaram ao Brasil como o braço religioso da coroa portuguesa. Tinham como
missão catequizar os indígenas e apoiar os bandeirantes na captura dos índios
que passavam a morar nas vilas e missões.
e) A ação
militar foi a forma pela qual os jesuítas participaram da colonização
portuguesa no Brasil. Apoiados pelo Marquês de Pombal, estabeleceram Missões na
região de São Paulo e no sul do país para manter os índios reunidos.
19. (ENEM 2012) Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi
nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros
dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem
ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à
vontade.
Carta de Colombo aos reis da Espanha, juIho
de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos
depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
O documento permite identificar um interesse
econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A
implicação desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na
a) expulsão dos
indígenas para fortalecer o clero católico.
b) promoção das
guerras justas para conquistar o território.
c) imposição da
catequese para explorar o trabalho africano.
d) opção pela
policultura para garantir o povoamento ibérico.
e) fundação de cidades para controlar a
circulação de riquezas.
20. (UFLA 2011) No processo de colonização da América, os reis da Espanha concediam,
aos espanhóis estabelecidos na colônia, o direito de explorar o trabalho
indígena, sendo que, em troca, os exploradores deveriam oferecer-lhes uma
educação cristã. Tal prática ficou conhecida por:
a) “ayuntamento”
b) “caudilhismo”
c) “cabildo”
d) “encomienda”
GABARITO
1 Comentários
Muito bom!
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