1.3 UNIVERSAIS CULTURAIS
Frequentemente,
uma comparação de uma cultura para outra revelará diferenças óbvias. No
entanto, todas as culturas também compartilham elementos comuns. Universais
culturais são padrões ou características que são globalmente comuns a todas as
sociedades. Um exemplo de um universal cultural é a unidade familiar: toda
sociedade humana reconhece uma estrutura familiar que regula a reprodução
sexual e o cuidado das crianças. Mesmo assim, como essa unidade familiar é
definida e como ela funciona varia. Em muitas culturas asiáticas, por exemplo,
membros da família de todas as gerações geralmente vivem juntos em uma casa.
Nessas culturas, os jovens adultos continuam vivendo na estrutura familiar
alargada até que se casem e se juntem à família do cônjuge, ou eles podem
permanecer e criar sua família nuclear dentro da herdade da família alargada.
Nos Estados Unidos, por outro lado, espera-se que os indivíduos saiam de casa e
morem de forma independente por um período antes de formar uma unidade familiar
composta por pais e filhos. Outros universais culturais incluem costumes como
rituais funerários, casamentos e celebrações de nascimentos. No entanto, cada
cultura pode ver as cerimônias de maneira bastante diferente.
O
antropólogo George Murdock primeiro reconheceu a existência de universais
culturais enquanto estudava sistemas de parentesco em todo o mundo. Murdock
descobriu que os universais culturais geralmente giram em torno da
sobrevivência humana básica, como encontrar comida, roupas e abrigo, ou em
torno de experiências humanas compartilhadas, como nascimento e morte ou doença
e cura. Através de sua pesquisa, Murdock identificou outros universais,
incluindo a linguagem, o conceito de nomes pessoais e, curiosamente, piadas. O
humor parece ser uma maneira universal de liberar tensões e criar um senso de
unidade entre as pessoas (Murdock, 1949). Os cientistas sociais consideram o
humor necessário para a interação humana, pois ajuda os indivíduos a navegar em
situações de tensão.
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