1. (CESPE 2016) Acerca dos aspectos relacionados ao contexto econômico e político que
justifica a construção, na década de 30 do século XX, de uma nova capital para
o estado de Goiás, assinale a opção correta.
A) Os primeiros
registros do desejo de mudança da capital de Goiás datam da década de 30 do
século passado, em decorrência da necessidade de promover o desenvolvimento
econômico do estado.
B) A mineração,
atividade econômica que sustentava a cidade de Goiás no século XVIII, era
suficientemente rentável para justificar a manutenção do seu status de capital
do estado e a oposição ao projeto de transferência da capital na década de 30
do século passado.
C) Em termos políticos, a construção de
Goiânia insere-se na conjuntura da Revolução de 1930, que pretendia, entre
outros objetivos, enfraquecer o poder das oligarquias regionais sobre as
instâncias políticas e administrativas.
D) A fundação da
nova capital deveu-se a Pedro Ludovico Teixeira, agente do governo de Getúlio
Vargas sem conexões políticas no estado, que conseguiu êxito no projeto graças
à sua posição de interventor federal em Goiás.
E) A necessidade
de desenvolver a economia regional justificou a fundação da nova capital
goiana, cujo urbanismo, entretanto, não superou o traçado barroco da
arquitetura colonial, símbolo do atraso econômico.
2. (SEGPLAN-GO 2016) “A Revolução de 1930, embora sem raízes próprias em Goiás, teve uma
significação profunda para o Estado. É o marco de uma nova etapa histórica”.
(PALACIN; MORAES, 2001 p.103). Sobre os efeitos da revolução de 30 em Goiás,
assinale a alternativa correta:
A) A partir da
Revolução de 30, o governo de Goiás passou a propor, como objetivo primordial,
o investimento na manutenção dos privilégios da oligarquia regional.
B) Após o início
do governo varguista, ocorreu a transformação radical das estruturas socioeconômicas
e políticas goianas.
C) A Revolução
de 30 provocou em Goiás a manutenção das oligarquias tradicionais no poder,
coligadas com a nova orientação política nacional.
D) A Revolução de 30 foi uma revolução
importada para Goiás, com apoio da classe dominante descontente, e não se
operou diretamente no campo social, mas no campo político.
E) Em Goiás, foi
uma revolução que encontrou apoio na população dos grandes centros urbanos que
buscavam anular o poder das oligarquias locais.
3. (SEGPLAN-GO 2016) Leia os textos a seguir:
1.“Excelente
escravo. Vende-se um crioulo de 22 anos, sem vício e muito fiel: bom e asseado
cozinheiro, copeiro. Faz todo o serviço de arranjo da casa com presteza, e é
melhor trabalhador de roça que se pode desejar; humilde, obediente e bonita
figura. Para tratar na ladeira de S. Francisco n. 4”. Província de São Paulo,
S. P. 19 fev. 1878. Apud NEVES, M. de F.R.das. Documentos sobre a escravidão no
Brasil. São Paulo: Contexto, 1996. (Textos e documentos; v.6).
2.“Identificavam,
naturalmente, trabalho com escravidão e liberdade com ódio. [...]. Em Goiás a
situação era a mesma. [..]. A primeira distinção fundamental na sociedade era a
cor”.
PALACIN, L. e MORAES, Maria A. de
Santanna.História de Goiás (1722 – 1972). 6ª Ed. Goiânia: Editora da UCG, 1994.
Após ler os textos e com base nos seus
conhecimentos pode-se afirmar que a vida dos escravos no Brasil e em Goiás
possuía as seguintes características, EXCETO:
A) Trabalho
árduo e pouca alimentação.
B) Graves
doenças (reumatismo, verminoses...).
C) Força de trabalho voltada principalmente
para a pecuária.
D) Falta de
liberdade (arbitrariedades e castigos).
E) Atividade
mineradora como principal ocupação.
4. (FUNIVERSA 2015) Três zonas povoaram-se assim durante o século XVIII com uma relativa
densidade. A primeira, uma zona no centro-Sul, com uma série desconexa de
arraiais no caminho de São Paulo, ou nas suas proximidades: [...], Santa Luzia,
Meia Ponte, Vila Boa e arraiais vizinhos. [...].
Luís Palacín. O Século do Ouro em Goiás:
1722-1822, estrutura e conjuntura numa capitania de minas. 4.ª ed. Goiânia:
Editora da UCG, 1994 (com adaptações).
As aglomerações goianas mencionadas, que
tinham, no século XVIII, os nomes supracitados, são, respectivamente, as atuais
cidades de
A) Santa Luzia
de Goiás, Corumbá de Goiás e Cocalzinho.
B) Abadiânia,
Cocalzinho e Pirenópolis.
C) Corumbá de
Goiás, Cocalzinho e Luziânia.
D) Luziânia, Pirenópolis e Goiás.
E) Corumbá de
Goiás, Luziânia e Jaraguá.
5. (CS-UFG 2014) Leia o excerto que se segue.
Segundo o primeiro recenseamento oficial de
Goiás, do ano de 1804, o número de escravos representava 37,74% da população
total da Capitania, enquanto, em 1736, apesar de não se poder determinar a
proporção exata da população, o número de escravos em Goiás não deveria ser
inferior a 60 ou 70%.
PALACÍN, Luís; MORAES, Maria Augusta Sanfana.
História de Goiás. 4. ed. Goiânia: Ed. da UCG, 1986. p. 30-34. (Adaptado).
A redução do número relativo de escravos em
Goiás, ao longo do século XVIII, decorreu, entre outros fatores,
A) do aumento da
produtividade do trabalho escravo, via incremento dos atos de violência, o que
requeria um número menor de cativos para realizar as mesmas atividades.
B) do
crescimento do número relativo de brancos, que, avessos à miscigenação,
impediram a ocorrência de um número expressivo de indivíduos pardos ou mulatos.
C) da concessão
da alforria a um grande número de escravos, nesse período, devido às leis
abolicionistas e à compra da liberdade por parte do governo colonial.
D) do incremento
do número relativo de indígenas, uma vez que estes, ao contrário dos negros de
origem africana, não sofriam as sequelas do trabalho compulsório.
E) da diminuição ou estancamento na
importação de escravos no final desse período, em razão da decadência da
produção das minas e da insuficiência de créditos.
GABARITO
1:C - 2:D - 3:C - 4:D - 5:E
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