1. (FCC 2016) A “Marcha para o Oeste” vinculada à história do Mato Grosso no século
XX, foi caracterizada como
A) um movimento de migração e ocupação,
inicialmente estimulado pelo governo Getúlio Vargas nos anos 1930, que visava o
povoamento e a exploração econômica de terras mato-grossenses e que contou com
grande adesão de grupos originários do Sudeste e do Sul do país.
B) um projeto do
governo federal, após a construção de Brasília, para povoar o Centro Oeste por
meio de auxílios e subsídios aos empreendedores dispostos a se instalar em
terras ofertadas gratuitamente pela União, a fim de garantir o abastecimento
agrícola e pecuário da Capital Federal e, consequentemente, o desenvolvimento
dessa região.
C) uma política
expansionista do Sul em direção ao Norte, no contexto da ditadura militar, cujo
objetivo era expropriar terras dos indígenas e instalar latifúndios para o
cultivo da soja na área menos densa do país, a fim de eliminar os chamados
“espaços vazios” do território brasileiro, considerados indesejáveis para a
segurança nacional.
D) um fluxo
migratório espontâneo, que teve início nos anos 1960 e que contou,
posteriormente, com o apoio do Movimento dos Sem Terra, cujo propósito era a
ocupação de latifúndios improdutivos a fim de minimizar a penúria de famílias
de agricultores e acelerar o processo de reforma agrária no Brasil.
E) uma campanha
governamental, em nível estadual, para promover a industrialização na região,
por meio da concessão de benefícios e isenções fiscais a empresários ligados à
atividade hidrelétrica, madeireira e mineradora que pudessem atrair recursos e
investimentos necessários ao desenvolvimento do Estado.
2. (FCC 2016) Um momento histórico no qual afloraram tensões relacionadas à proposta
de divisão do Estado do Mato Grosso deu-se no contexto da Revolução
Constitucionalista de 1932. Sobre a participação do Mato Grosso nesse conflito,
é correto afirmar:
A) O sul do
Estado de Mato Grosso aderiu ao governo federal contra São Paulo, na esperança
de que Getúlio Vargas atendesse à demanda da Liga Sul-mato-grossense pela
separação da parte norte e criação de um novo Estado.
B) As elites políticas que defendiam o
separatismo da parte sul do Estado em relação ao governo de Cuiabá se aliaram a
São Paulo e aproveitaram a Revolução para fundar o Estado de Maracaju, mas a
derrota dos paulistas inviabilizou este projeto.
C) A capital do
Mato Grosso se aliou ao governo federal contra São Paulo, pois os paulistas
tinham o projeto de anexar parte do sul-mato-grossense, especificamente o
Território Federal de Ponta Porã, para a expansão das lavouras de café.
D) O norte do
Mato Grosso, aliado de São Paulo na Revolução, aproveitou o conflito para
invadir a parte sul do Estado e derrotar o movimento separatista representado
pela Liga Sul-mato-grossense.
E) O Estado de
Mato Grosso permaneceu neutro durante a Revolução Constitucionalista de 1932,
apesar das tentativas do seu comandante militar regional, general Bertoldo
Klinger, envolvê-lo na guerra paulista.
3. (FCC 2016) Como parte das consequências da Guerra da Tríplice Aliança no Mato
Grosso, deve-se mencionar, entre outros fatores, a
A) inundação
prolongada sofrida por diversas cidades causadas pela destruição deliberada de
barragens pelas tropas argentinas.
B) lenta
recuperação dos danos materiais e perdas resultantes do conflito, viabilizada
pelo auxílio recebido dos governos vizinhos das províncias de Mato Grosso do
Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
C) escassez de recursos e precárias condições
de subsistência, com grande sofrimento da população em decorrência da fome e da
disseminação de certas doenças, como a varíola.
D) criação da
Guarda Nacional, a partir da experiência militar dos Voluntários da Pátria,
visando reconstruir as cidades prejudicadas e garantir a efetiva defesa da
província.
E) redefinição
das fronteiras do território do Mato Grosso com a Bolívia, o Paraguai e a
província de Goiás.
4. (FCC 2016) Considere o trecho a seguir:
O quadro de tensão no Prata levou o governo
imperial a propor, em abril de 1864, o aumento do efetivo do Exército em tempos
de paz para 22 mil homens. A câmera de Deputados aprovou a proposta mas, em
fins de 1864, o Brasil dispunha de uns 18 mil soldados profissionais espalhados
pelo país. Também não se tomou medida defensiva séria no território mais
vulnerável do Império, o Mato Grosso, embora em 1863 o próprio Ministro da
Guerra afirmasse que era necessário conservar uma força do Exército nessa
província, pois seria ‘imprevidência’ enviá-la quando ‘circunstâncias
inesperadas’ o exigissem. (DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra. Nova história
da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 98)
A constatação da vulnerabilidade do Mato Grosso
referida pelo autor, pode ser relacionada, no contexto histórico em questão,
A) à facilidade com que se efetivou a invasão
paraguaia, por via fluvial e terrestre, resultando na tomada de Corumbá, uma
vez que a desigualdade de forças resultou na rendição por parte dos militares
mato-grossenses.
B) ao isolamento
político de Mato Grosso, devido às tensões vigentes entre a oligarquia local de
tendência republicana e as autoridades imperiais, que negligenciavam a
administração do Centro-Oeste por priorizar o Sul e o Sudeste.
C) à extensa
região de fronteira com a Bolívia e o Paraguai, existente no Estado, somada a
suas barreiras naturais, como o Pantanal e a região do Chaco, que relegavam seu
território a uma condição de permanente isolamento.
D) ao descaso do
governo imperial com a defesa do território, refletida na precariedade das
condições de defesa militar existente no Mato Grosso, limitadas ao Forte
Coimbra, a alguns vapores e a poucos contingentes de soldados.
E) à
incompetência do governo da província em acatar as determinações do Império de
que a defesa fosse reforçada, apesar do envio de tropas, navios da Marinha
Imperial e munições.
5. (FCC 2016) A participação do Mato Grosso na guerra da Tríplice Aliança
A) deu-se como
cenário fundamental das batalhas finais, terrestres e fluviais, que resultaram
na derrota das tropas paraguaias comandadas por Solano López, pelos
contingentes aliados, liderados por Bartolomé Mitre.
B) ocorreu de
forma direta, mediante a invasão paraguaia em um contexto de muitas tensões, na
região, envolvendo a circulação de navios pela Bacia do Prata.
C) foi
importante à medida em que vigoravam, no Mato Grosso, fortes tendências
separatistas, que pretendiam a independência do Estado e geraram ações
truculentas do Império Brasileiro na região, a fim de garantir a unidade
territorial.
D) evitou um
desfecho desfavorável ao Brasil, uma vez que a resistência militar que se
estabeleceu nos fortes e vilarejos da região, garantiu o recuo das tropas
paraguaias e a rendição de Solano López na zona de fronteira.
E) contribuiu
para o êxito das operações das tropas aliadas, lideradas pela guarda nacional
argentina, que montou nesta província uma sólida base militar, com recursos
provenientes da Inglaterra.
GABARITO
1:A - 2:B - 3:C - 4:A - 5:B
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