O racismo no Brasil: a questão do colorismo
por Carlos Barros
A
sociedade brasileira se construiu a partir de algumas bases históricas, entre
elas o racismo estrutural. A escravidão, além de ter sido a atividade que
sustentou por três séculos a economia no país, deixou marcas sociais profundas,
como o racismo, crença e prática a partir das quais se estabelecem hierarquias
sobre a pessoas com o critério racial. Apesar de o racismo também afetar as
pessoas por características étnicas (no campo das práticas culturais), o
preconceito com o fenótipo negro é gritante no cotidiano brasileiro.
Os negros
e negro-mestiços brasileiros ainda hoje sofrem consequências do lugar social
que ficou legado pela escravidão, seja nas diferenças evidentes nos aspectos socioeconômicos,
seja na negação das representações positivas de negritude em espaços de poder.
Na TV e nas mídias em geral, não temos o povo negro representado devidamente na
complexidade de sua presença na sociedade brasileira.
Entre as
pessoas, descendentes de africanos nascidos no Brasil, é preciso falar da
diversidade de tonalidades de cor de pele, provenientes da miscigenação que
ocorreu no Brasil desde o século XVI. O fenótipo (característica física que se
observa nas espécies) negro no nosso país é variado. Peles mais claras ou
escuras, cabelos crespos, traços fisionômicos negroides são comuns à maioria da
população e são considerados hoje, características da negritude brasileira.
O
colorismo precisa ser conhecido e discutido cada vez mais, seja nas ruas, nas
Escolas, em casa, em todos os ambientes. Ah! E por falar nisso, que tal
conferir dois episódios do Quadro Histórias da Bahia, da Rede Anísio Teixeira
que abordam a presença africana e afro-brasileira na história do Brasil?
O
primeiro é Heranças do além-mar e o segundo é Conjuração Baiana!
Carlos
Barros
Professor
de História da Rede estadual da Bahia
Fonte: Plataforma Anísio Teixeira
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