1. (Enem – 2016 – 1ª aplicação) Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder,
alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor –
mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o
que somos. A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras
geográficas e raciais, de classe e nacionalidade: nesse sentido, pode-se dizer
que a modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma
unidade de desunidade.
BERMAM, M. Tudo que é sólido se desmancha no
ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Cia. das Letras, 1986 (adaptado).
O texto apresenta uma interpretação da
modernidade que a caracteriza como um(a)
a) dinâmica social contraditória.
b) interação coletiva harmônica.
c) fenômeno econômico estável.
d) sistema internacional decadente.
e) processo histórico homogeneizador.
2. (Enem-2016/2ª Aplicação) A favela é vista como um lugar sem ordem, capaz de ameaçar os que nela
não se incluem. Atribuir-lhe a ideia de perigo é o mesmo que reafirmar os
valores e estruturas da sociedade que busca viver diferentemente do que se
considera viver na favela. Alguns oficiantes do direito, ao defenderem ou acusaram
réus moradores de favelas, usam em seus discursos representações previamente
formuladas pela sociedade e incorporadas nesse campo profissional. Suas falas
se fundamentam nas representações inventadas a respeito da favela e que acabam
por marcar a identidade dos indivíduos que nela residem.
RINALDI, A. Marginais, delinquentes e
vítimas: um estudo sobre a representação da categoria favelado no tribunal do
júri da cidade do Rio de Janeiro. In: ZALUAR, A.; ALVITO, M. (Orgs.). Um século
de favela. Rio de Janeiro: Editora FGV. 1998.
O estigma apontado no texto tem como
consequência o(a)
a) aumento da impunidade criminal.
b) enfraquecimento dos direitos civis.
c) distorção na representação política.
d) crescimento dos índices de criminalidade.
e) ineficiência das medidas socioeducativas.
3. (Enem-2016/2ª Aplicação) Ações de educação patrimonial são realizadas em diferentes contextos e
localidades e têm mostrado resultados surpreendentes ao trazer à tona a
autoestima das comunidades. Em alguns casos, promovem o desenvolvimento local e
indicam soluções inovadoras de reconhecimento e salvaguarda do patrimônio
cultural para muitas populações.
PELEGRINI, S. C. A.: PINHEIRO, A. P. (Orgs.).
Tempo, memória e patrimônio cultural. Piauí: Edupi. 2010.
A valorização dos bens mencionados
encontra-se correlacionada a ações educativas que promovem a(s)
a) evolução de atividades artesanais herdadas
do passado.
b) representações sociais formadoras de
identidades coletivas.
c) mobilizações políticas criadoras de
tradições culturais urbanas.
d) hierarquização de festas folclóricas
praticadas por grupos locais.
e) formação escolar dos jovens para o trabalho
realizado nas comunidades.
4. (Enem-2016/2ª Aplicação) A Justiça de São Paulo decidiu multar os supermercados que não
fornecerem embalagens de papel ou material biodegradável. De acordo com a
decisão, os estabelecimentos que descumprirem a norma terão de pagar multa
diária de R$ 20 mil, por ponto de venda. As embalagens deverão ser
disponibilizadas de graça e em quantidade suficiente.
Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em:
31 jul. 2012 (adaptado).
A legislação e os atos normativos descritos
estão ancorados na seguinte concepção:
a) Implantação da ética comercial.
b) Manutenção da livre concorrência.
c) Garantia da liberdade de expressão.
d) Promoção da sustentabilidade ambiental.
e) Enfraquecimento dos direitos do consumidor.
5. (Enem-2016/2ª Aplicação) O Movimento Negro Unificado (MNU) distingue-se do Teatro Experimental
do Negro (TEN) por sua crítica ao discurso nacional hegemônico. Isto é,
enquanto o TEN defende a plena integração simbólica dos negros na identidade
nacional “híbrida”, o MNU condena qualquer tipo de assimilação, fazendo do combate
à ideologia da democracia racial uma das suas principais bandeiras de luta,
visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade formal assegurada pela lei
entre negros e brancos e a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é
racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a opressão racial.
COSTA, S. Dois Atlânticos: teoria social
antirracismo, cosmopolitismo. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).
No texto, são comparadas duas organizações do
movimento negro brasileiro, criadas em diferentes contextos históricos: o TEN,
em 1944, e o MNU, em 1978. Ao assumir uma postura divergente da do TEN, o MNU
pretendia
a) pressionar o governo brasileiro a decretar a
igualdade racial.
b) denunciar a permanência do racismo nas relações sociais.
c) contestar a necessidade da igualdade entre
negros e brancos.
d) defender a assimilação do negro por meios
não democráticos.
e) divulgar a ideia da miscigenação como marca
da nacionalidade.
GABARITO
0 Comentários