1. (Enem-2016/2ª Aplicação) O processo de justiça é um processo ora de diversificação do diverso,
ora de unificação do idêntico. A igualdade entre todos os seres humanos em
relação aos direitos fundamentais é o resultado de um processo de gradual
eliminação de discriminações e, portanto, de unificação daquilo que ia sendo
reconhecido como idêntico: uma natureza comum do homem acima de qualquer
diferença de sexo, raça, religião etc.
BOBBIO, N. Teoria geral da política: a
filosofia política e as lições dos clássicos. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
De acordo com o texto, a construção de uma
sociedade democrática fundamenta-se em:
a) A norma estabelecida pela disciplina social.
b) A pertença dos indivíduos à mesma
categoria.
c) A ausência de constrangimentos de ordem pública.
d) A debilitação das esperanças na condição
humana.
e) A garantia da segurança das pessoas e
valores sociais.
2. (Enem – 2016 – 2ª aplicação)
Texto I
Cidadão
Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar.
Foi um tempo de aflição; eram quatro condução, duas
pra ir, duas pra voltar. Hoje depois dele pronto, olho pra
cima e fico tonto; mas me vem um cidadão e me diz
desconfiado: “Tu tá aí admirado ou tá querendo roubar?”.
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido,
dá vontade de beber; e pra aumentar meu tédio,
eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a
fazer.
BARBOSA, L. ln: ZÊ RAMALHO. 20 Super
Sucessos. Rio de Janeiro: Sony Music, 1999 (fragmento).
Texto II
O trabalhador fica mais pobre à medida que produz mais riqueza e sua produção
cresce em força e extensão. O trabalhador torna-se uma mercadoria ainda mais barata
à medida que cria mais bens. Esse fato simplesmente subentende que o objeto
produzido pelo trabalho, o seu produto, agora se lhe opõe como um ser estranho,
como uma força independente do produtor.
MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos
(Primeiro manuscrito). São Paulo: Boitempo Editorial, 2004 (adaptado).
Com base nos textos, a relação entre trabalho
e modo de produção capitalista é
a) baseada na desvalorização do trabalho
especializado e no aumento da demanda social por novos postos de emprego.
b) fundada no crescimento proporcional entre o
número de trabalhadores e o aumento da produção de bens e serviços.
c) estruturada na distribuição equânime de
renda e no declínio do capitalismo industrial e tecnocrata.
d) instaurada a partir do fortalecimento da
luta de classes e da criação da economia solidária.
e) derivada do aumento da riqueza e da
ampliação da exploração do trabalhador.
3. (Enem – 2016 – 2ª aplicação) Simples, saborosa e, acima de tudo, exótica. Se a culinária brasileira
tem o tempero do estranhamento, esta verdade decorre de dois elementos: a
dimensão do território e a infinidade de ingredientes. Percebe-se que o segredo
da cozinha brasileira é a mistura com ingredientes e técnicas indígenas. É esse
o elemento que a torna autêntica.
POMBO, N. Cardápio Brasil. Nossa História, n.
29. mar. 2006 (adaptado).
O processo de formação identitária descrito
no texto está associado à
a) imposição de rituais sagrados.
b) assimilação de tradições culturais.
c) tipificação de hábitos comunitários.
d) hierarquização de conhecimentos tribais.
e) superação de diferenças etnorraciais.
4. (Enem – 2016 – 3ª aplicação) A teoria da democracia participativa é construída em torno da afirmação
central de que os indivíduos e suas instituições não podem ser considerados
isoladamente. A existência de instituições representativas em nível nacional
não basta para a democracia; pois o máximo de participação de todas as pessoas,
a socialização ou "treinamento social" precisa ocorrer em outras
esferas, de modo que as atitudes e as qualidades psicológicas necessárias
possam se desenvolver. Esse desenvolvimento ocorre por meio do próprio processo
de participação. A principal função da participação na teoria democrática
participativa é, portanto, educativa.
PATEMAN, C. Participação e teoria
democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
Nessa teoria, a associação entre participação
e educação tem como fundamento
a) ascensão das camadas populares.
b) organização do sistema partidário.
c) eficiência da gestão pública.
d) ampliação da cidadania ativa.
e) legitimidade do processo legislativo.
5. (Enem – 2016 – 3ª aplicação) Objetos trivializados por seu largo uso, os relógios são mais que
instrumentos indispensáveis à rotina diária: apontam para um modo historicamente
construído de lidar com o tempo. O emprego mais rigoroso e cotidiano de
instrumentos que registram a passagem do tempo pode ser constatado pela
produção massificada de relógios: em espaços públicos, no ambiente doméstico e
nos incontáveis movimentos do homem urbano, outrora na algibeira, atualmente no
pulso. Em seus ponteiros, a sucessão dos instantes é padronizada em unidades
fixas: horas, minutos, segundos.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade.
Fortaleza: Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 (adaptado).
Durante o século XX, essa forma de conceber o
tempo, experimentada sobretudo no espaço urbano, traz indícios de uma cultura
marcada pela
a) organização do tempo de modo orgânico e
pessoal.
b) recusa ao controle do tempo exercido pelos
relógios.
c) democratização nos usos e apropriações do
tempo cotidiano.
d) necessidade de uma maior matematização do
tempo cotidiano.
e) utilização do relógio como experiência
natural de elaboração do tempo.
GABARITO
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