1. (Enem – 2016 – 3ª aplicação) Nossas vidas são dominadas não só pelas inutilidades de nossos
contemporâneos, como também pelas de homens que já morreram há várias gerações.
Além disso, cada inutilidade ganha credibilidade e reverência com cada década
passada desde sua promulgação. Isso significa que cada situação social em que
nos encontramos não só é definida por nossos contemporâneos, como ainda
predefinida por nossos predecessores. Esse fato é expresso no aforismo segundo
o qual os mortos são mais poderosos que os vivos.
BERGER, P. Perspectivas sociológicas: uma
visão humanística. Petrópolis: Vozes, 1986 (adaptado).
Segundo a perspectiva apresentada no texto,
os indivíduos de diferentes gerações convivem, numa mesma sociedade, com
tradições que
a) permanecem como determinações da organização
social.
b) promovem o esquecimento dos costumes.
c) configuram a superação de valores.
d) sobrevivem como heranças sociais.
e) atuam como aptidões instintivas.
2. (Enem – 2016 – 3ª aplicação) Uma fábrica na qual os operários fossem, efetiva e integralmente,
simples peças de máquinas executando cegamente as ordens da direção pararia em
quinze minutos. O capitalismo só pode funcionar com a contribuição constante da
atividade propriamente humana de seus subjugados que, ao mesmo tempo, tenta
reduzir e desumanizar o mais possível.
CASTORIADIS, C. A instituição imaginária da
sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
O texto destaca, além da dinâmica material do
capitalismo, a importância da dimensão simbólica da sociedade, que consiste em
a) elaborar significações e valores no mundo
para dotá-lo de um sentido que transcende a concretude da vida.
b) estabelecer relações lúdicas entre a vida e
a realidade sem a pretensão de transformar o mundo dos homens.
c) atuar sobre a vivência real e modificá-la
para estabelecer relações interpessoais baseadas no interesse mútuo.
d) criar discursos destinados a exercer o convencimento
sobre audiências, independentemente das posições defendidas.
e) defender a caridade como realização pessoal,
por meio de práticas assistenciais, na defesa dos menos favorecidos.
3. (Enem – 2016 – 3ª aplicação) De alcance nacional, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST) representa a incorporação à vida política de parcela importante da
população, tradicionalmente excluída pela força do latifúndio. Milhares de
trabalhadores rurais se organizaram e pressionaram o governo em busca de terra
para cultivar e de financiamento de safras. Seus métodos – a invasão de terras
públicas ou não cultivadas – tangenciam a ilegalidade, mas, tendo em vista a opressão
secular de que foram vítimas e a extrema lentidão dos governos em resolver o problema
agrário, podem ser considerados legítimos.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo
carrinho/Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
Argumenta-se que as reivindicações
apresentadas por movimentos sociais, como o descrito no texto, têm como objetivo
contribuir para o processo de
a) inovação institucional.
b) organização partidária.
c) renovação parlamentar.
d) estatização da propriedade.
e) democratização do sistema.
4. (Enem – 2016 – 3ª aplicação)
Ô ô, com tanto pau no mato
Embaúba* é coroné
Com tanto pau no mato, é é
Com tanto pau no mato
Embaúba é coroné
* Embaúba: árvore comum e
inútil por ser podre por dentro, segundo o historiador Stanley Stein.
STEIN, S. J. Vassouras: um município
brasileiro do café, 1850-1900. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990 (adaptado).
Os versos fazem parte de um jongo, gênero
poético--musical cantado por escravos e seus descendentes no Brasil no século
XIX, e procuram expressar a
a) exploração rural.
b) bravura senhorial.
c) resistência cultural.
d) violência escravista.
e) ideologia paternalista.
5. (Enem – 2016 – 3ª aplicação) São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a
melhoria de sua condição social: XXV – assistência gratuita aos filhos e
dependentes, desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade, em creches e
pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 53, de 2006).
Disponível em www.jusbrasil.com.br. Acesso
em: 20 fev. 2013 (adaptado).
A inclusão do direito à creche e à pré-escola
na Constituição da República Federativa do Brasil pode ser explicada pela
a) redução da taxa de fecundidade no país.
b) precarização das redes de escolas públicas
brasileiras.
c) mobilização das mulheres inseridas no
mercado de trabalho.
d) atuação da iniciativa privada consoante às
demandas sociais da população.
e) constatação dos elevados índices de
maus-tratos sofridos pelas crianças no Brasil.
GABARITO
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