1. (Enem – 2015 – 1ª aplicação) Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico,
econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o
conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e
o castrado que qualificam o feminino.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1980. Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu
para estruturar um movimento social que teve como marca o(a)
a) ação do Poder Judiciário para criminalizar a
violência sexual.
b) pressão do Poder Legislativo para impedir a
dupla jornada de trabalho.
c) organização de protestos públicos para
garantir a igualdade de gênero.
d) oposição de grupos religiosos para impedir
os casamentos homoafetivos.
e) estabelecimento de políticas governamentais
para promover ações afirmativas.
2. (Enem – 2015 – 1ª aplicação) Só num
sentido muito restrito, o indivíduo cria com seus próprios recursos o modo de
falar e de pensar que lhe são atribuídos. Fala o idioma de seu grupo; pensa à
maneira de seu grupo. Encontra a sua disposição apenas determinadas palavras e significados.
Estas não só determinam, em grau considerável, as vias de acesso mental ao
mundo circundante, mas também mostram, ao mesmo tempo, sob que ângulo e em que
contexto de atividade os objetos foram
até agora perceptíveis ao grupo ou ao indivíduo.
MANNHEIM, K. Ideologia e utopia. Porto
Alegre: Globo, 1950 (adaptado).
Ilustrando uma proposição básica da
sociologia do conhecimento, o argumento de Karl Mannheim defende que o(a)
a) conhecimento sobre a realidade é
condicionado socialmente.
b) submissão ao grupo manipula o conhecimento
do mundo.
c) divergência é um privilégio de indivíduos
excepcionais.
d) educação formal determina o conhecimento do idioma.
e) domínio das línguas universaliza o
conhecimento.
3. (Enem – 2015 – 1ª aplicação) Em sociedade
de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os
simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer
tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase
sempre os mais decisivos. As agregações e relações pessoais, embora por vezes
precárias, e, de outro lado, as lutas entre facções, entre famílias, entre regionalismos,
faziam dela um todo incoerente e amorfo.
O peculiar da vida brasileira parece ter
sido, por essa época, uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do
irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma atrofia correspondente
das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo:
Cia. das Letras, 1995.
Um traço formador da vida pública brasileira
expressa-se, segundo a análise do historiador, na
a) rigidez das normas jurídicas.
b) prevalência dos interesses privados.
c) solidez da organização institucional.
d) legitimidade das ações burocráticas.
e) estabilidade das estruturas políticas.
4. (Enem – 2015 – 1ª aplicação) Apesar de seu disfarce de iniciativa e otimismo, o homem moderno está
esmagado por um profundo sentimento de impotência que o faz olhar fixamente e,
como que paralisado, para as catástrofes que se avizinham. Por isso, desde já,
saliente-se a necessidade de uma permanente atitude crítica, o único modo pelo
qual o homem realizará sua vocação natural de integrar-se, superando a atitude
do simples ajustamento ou acomodação, apreendendo temas e tarefas de sua época.
FREIRE, P. Educação como prática da
liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
Paulo Freire defende que a superação das
dificuldades e a apreensão da realidade atual será obtida pelo(a)
a) desenvolvimento do pensamento autônomo.
b) obtenção de qualificação profissional.
c) resgate de valores tradicionais.
d) realização de desejos pessoais.
e) aumento da renda familiar.
5. (Enem – 2015 – 1ª aplicação) Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico quanto uma certa liberação
dos ritmos cíclicos da natureza, com a passagem das estações e as alternâncias
de dia e noite. Com a iluminação noturna, a escuridão vai cedendo lugar à
claridade, e a percepção temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. Se
a luz invade a noite, perde sentido a separação tradicional entre trabalho e
descanso — todas as partes do dia podem ser aproveitadas produtivamente.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da
cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 (adaptado).
Em relação ao mundo do trabalho, a
transformação apontada no texto teve como consequência a
a) melhoria da qualidade da produção
industrial.
b) redução da oferta de emprego nas zonas
rurais.
c) permissão ao trabalhador para controlar seus
próprios horários.
d) diminuição das exigências de esforço no
trabalho com máquinas.
e) ampliação do período disponível para a jornada de trabalho.
GABARITO
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