1. (Enem – 2015 – 2ª aplicação) Uma dimensão da flexibilização do tempo de trabalho é a sutileza cada
vez maior das fronteiras que separam o espaço de trabalho e o do lar, o tempo
de trabalho e o de não trabalho. Os mecanismos modernos de comunicação permitem
que, no horário de descanso, os trabalhadores permaneçam ligados à empresa.
Mesmo não exercendo diretamente suas atividades profissionais, o trabalhador
fica à disposição da empresa ou leva problemas para refletir em casa. É muito
comum o trabalhador estar de plantão, para o caso de a empresa ligar para o seu
celular ou pager. A remuneração para esse estado de alerta é irrisória ou inexistente.
KREIN, J. D. Mudanças e tendências recentes
na regulação do trabalho. In: DEDECCA, C. S.; PRONI, M. W. (Org.). Políticas
públicas e trabalho: textos para estudo dirigido. Campinas: IE/Unicamp;
Brasília: MTE, 2006 (adaptado).
A relação entre mudanças tecnológicas e tempo
de trabalho apresentada pelo texto implica
a) o prolongamento da jornada de trabalho
com a intensificação da exploração.
b) o aumento da fragmentação da produção com a
racionalização do trabalho.
c) o privilégio de funcionários familiarizados
com equipamentos eletrônicos.
d) o crescimento da contratação de mão de obra
pouco qualificada.
e) declínio dos salários pagos aos empregados
mais idosos.
2. (Enem – 2015 – 2ª aplicação) A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão
social e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a
música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e
dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos
negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a
igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática.
Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos
correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo
caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
Em relação ao argumento de que no Brasil
existe uma democracia racial, o autor demonstra que esse(a)
a) ideologia equipara a nação a outros países
modernos.
b) modelo de democracia foi possibilitado pela
miscigenação.
c) peculiaridade nacional garantiu mobilidade
social aos negros.
d) mito camuflou formas de exclusão em
relação aos afrodescendentes.
e) dinâmica política depende da participação
ativa de todas as etnias.
3. (Enem – 2015 – 2ª aplicação) O
reconhecimento da união homoafetiva levou o debate à esfera pública, dividindo opiniões.
Apesar da grande repercussão gerada pela mídia, a população ainda não se faz
suficientemente esclarecida, confundindo o conceito de união estável com
casamento.
Apesar de ter sido legitimado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), o reconhecimento da união homoafetiva é fruto do protagonismo
dos movimentos sociais como um todo.
ARÊDES, N.; SOUZA, I.; FERREIRA, E.
Disponível em: http://reporterpontocom.wordpress.com. Acesso em: 1º mar. 2012
(adaptado).
As decisões em favor das minorias, tomadas
pelo Poder Judiciário, foram possíveis pela organização desses grupos. Ainda
que não sejam assimiladas por toda a população, essas mudanças
a) contribuem para a manutenção da ordem
social.
b) reconhecem a legitimidade desses pleitos.
c) dependem da iniciativa do Poder Legislativo
Federal.
d) resultam na celebração de um consenso
político.
e) excedem o princípio da isonomia jurídica.
4. (Enem – 2015 – 2ª aplicação) Mediante o Código de Posturas de 1932, o poder público enumera e prevê,
para os habitantes de Fortaleza, uma série de proibições condicionadas pela
hora: após as 22 horas era vetada a emissão de sons em volume acentuado. O uso
de buzinas, sirenes, vitrolas, motores ou qualquer objeto que produzisse
barulho seria punido com multa. No início dos anos 1940, o último bonde partia
da Praça do Ferreira às 23 horas.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da
cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult, 2001 (adaptado).
Como Fortaleza, muitas capitais brasileiras
experimentaram, na primeira metade do século XX, um novo tipo de vida urbana,
marcado por condutas que evidenciam uma
a) experiência temporal regida pelo tempo
orgânico e pessoal.
b) experiência que flexibilizava a obediência
ao tempo do relógio.
c) relação de códigos que estimulavam o
trânsito de pessoas na cidade.
d) normatização do tempo com vistas à
disciplina dos corpos na cidade.
e) cultura urbana capaz de conviver com
diferentes experiências temporais.
5. (Enem – 2015 – 2ª aplicação) O impulso para o ganho, a perseguição do lucro, do dinheiro, da maior
quantidade possível de dinheiro não tem, em si mesma, nada que ver com o
capitalismo. Tal impulso existe e sempre existiu. Pode-se dizer que tem sido comum
a toda sorte e condição humanas em todos os tempos e em todos os países, sempre
que se tenha apresentada a possibilidade objetiva para tanto. O capitalismo,
porém, identifica--se com a busca do lucro, do lucro sempre renovado por meio
da empresa permanente, capitalista e racional. Pois assim deve ser: numa ordem
completamente capitalista da sociedade, uma empresa individual que não tirasse vantagem
das oportunidades de obter lucros estaria condenada à extinção.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo:
Martin Claret, 2001 (adaptado).
O capitalismo moderno, segundo Max Weber,
apresenta como característica fundamental a
a) competitividade decorrente da acumulação de
capital.
b) implementação da flexibilidade produtiva e
comercial.
c) ação calculada e planejada para obter
rentabilidade.
d) socialização das condições de produção.
e) mercantilização da força de trabalho.
GABARITO
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