1. (Enem – 2012 – 1ª aplicação) As mulheres quebradeiras de coco-babaçu dos Estados do Maranhão, Piauí,
Pará e Tocantins, na sua grande maioria, vivem numa situação de exclusão e
subalternidade. O termo quebradeira de coco assume o caráter de identidade
coletiva na medida em que as mulheres que sobrevivem dessa atividade e reconhecem
sua posição e condição desvalorizada pela lógica da dominação, se organizam em
movimentos de resistência e de luta pela conquista da terra, pela libertação dos
babaçuais, pela autonomia do processo produtivo. Passam a atribuir significados
ao seu trabalho e as suas experiências, tendo como principal referência sua
condição preexistente de acesso e uso dos recursos naturais.
ROCHA, M. R. T. A luta das mulheres quebradeiras
de coco-babaçu, pela libertação do coco preso e pela posse da terra. In: Anais
do VII Congresso Latino-Americano de Sociologia Rural, Quito, 2006 (adaptado).
A organização do movimento das quebradeiras
de coco de babaçu é resultante da
a) constante violência nos babaçuais na
confluência de terras maranhenses, piauienses, paraenses e tocantinenses, região
com elevado índice de homicídios.
b) falta de identidade coletiva das
trabalhadoras, migrantes das cidades e com pouco vínculo histórico
com as áreas rurais do interior do Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí.
c) escassez de água nas regiões de veredas,
ambientes naturais dos babaçus, causada pela construção de açudes particulares,
impedindo o amplo acesso público aos recursos hídricos.
d) progressiva devastação das matas dos cocais,
em função do avanço da sojicultura nos chapadões do Meio-Norte brasileiro.
e) dificuldade imposta pelos fazendeiros e
posseiros no acesso aos babaçuais localizados no interior de suas propriedades.
2. (Enem – 2012 – 1ª aplicação) Minha vida é andar por esse país pra ver se um dia descanso feliz,
guardando as recordações das terras onde passei, andando pelos sertões e dos
amigos que lá deixei.
GONZAGA, L.; CORDOVIL. H. A vida de viajante,
1953. Disponível em: www.recife.pe.gov.br. Acesso em: 20 fev. 2012 (fragmento).
A letra dessa canção reflete elementos
identitários que representam a
a) valorização das características naturais do
Sertão nordestino.
b) denúncia da precariedade social provocada
pela seca.
c) experiência de deslocamento vivenciada
pelo migrante.
d) profunda desigualdade social entre as
regiões brasileiras.
e) discriminação dos nordestinos nos grandes
centros urbanos.
3. (Enem – 2012 – 1ª aplicação)
Texto I
Ao se emanciparem da tutela senhorial, muitos
camponeses foram desligados legalmente da antiga terra. Deveriam pagar, para
adquirir propriedade ou arrendamento. Por não possuírem recursos, engrossaram a
camada cada vez maior de jornaleiros e trabalhadores volantes, outros, mesmo
tendo propriedade sobre um pequeno lote, suplementavam sua existência com o
assalariamento esporádico.
MACHADO, P. P. Política e colonização no
Império. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999 (adaptado).
Texto II
Com a globalização da economia ampliou-se a
hegemonia do modelo de desenvolvimento agropecuário, com seus padrões
tecnológicos, caracterizando o agronegócio. Essa nova face da agricultura
capitalista também mudou a forma de controle e exploração da terra. Ampliou-se,
assim, a ocupação de áreas agricultáveis e as fronteiras agrícolas se estenderam.
SADER, E.; JINKINGS, I. Enciclopédia
Contemporânea da América Latina e do Caribe. São Paulo: Boitempo, 2006
(adaptado).
Os textos demonstram que, tanto na Europa do
século XIX quanto no contexto latino-americano do século XXI, as alterações
tecnológicas vivenciadas no campo interferem na vida das populações locais,
pois
a) induzem os jovens ao estudo nas grandes
cidades, causando o êxodo rural, uma vez que formados, não retornam à sua
região de origem.
b) impulsionam as populações locais a buscar
linhas de financiamento estatal com o objetivo de ampliar a agricultura
familiar, garantindo sua fixação no campo.
c) ampliam o protagonismo do Estado,
possibilitando a grupos econômicos ruralistas produzir e impor políticas agrícolas,
ampliando o controle que tinham dos mercados.
d) aumentam a produção e a produtividade de
determinadas culturas em função da intensificação da
mecanização, do uso de agrotóxicos e cultivo de plantas transgênicas.
e) desorganizam o modo tradicional de vida
impelindo-as à busca por melhores condições no espaço urbano ou em outros
países em situações muitas vezes precárias.
4. (Enem – 2012 – 1ª aplicação) Uma mesma empresa pode ter sua sede administrativa onde os impostos são
menores, as unidades de produção onde os salários são os mais baixos, os
capitais onde os juros são os mais altos e seus executivos vivendo onde a
qualidade de vida é mais elevada.
SEVCENKO, N. A corrida para o século XXI: no
loop da montanha-russa. São Paulo: Companhia das Letras, 2001 (adaptado).
No texto estão apresentadas estratégias
empresariais no contexto da globalização. Uma consequência social derivada
dessas estratégias tem sido
a) o crescimento da carga tributária.
b) o aumento da mobilidade ocupacional.
c) a redução da competitividade entre as
empresas.
d) o direcionamento das vendas para os mercados
regionais.
e) a ampliação do poder de planejamento dos
Estados nacionais.
5. (Enem – 2012 – 2ª aplicação) Outro
importante método de racionalização do trabalho industrial foi concebido graças
aos estudos desenvolvidos pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow
Taylor. Uma de suas preocupações fundamentais era conceber meios para que a capacidade
produtiva dos homens e das máquinas atingisse seu patamar máximo. Para tanto,
ele acreditava que
estudos científicos minuciosos deveriam
combater os problemas que impediam o incremento da produção.
Taylorismo e Fordismo. Disponível em:
www.brasilescola.com. Acesso em: 28 fev. 2012.
O Taylorismo apresentou-se como um importante
modelo produtivo ainda no início do século XX, produzindo transformações na
organização da produção e, também, na organização da vida social. A inovação
técnica trazida pelo seu método foi a
a) utilização de estoques mínimos em plantas
industriais de pequeno porte.
b) cronometragem e controle rigoroso do
trabalho para evitar desperdícios.
c) produção orientada pela demanda enxuta
atendendo a específicos nichos de mercado.
d) flexibilização da hierarquia no interior da
fábrica para estreitar a relação entre os empregados.
e) polivalência dos trabalhadores que passaram
a realizar funções diversificadas numa mesma jornada.
GABARITO
1:E - 2:C - 3:E: - 4:B - 5:B
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