1. (FCC 2018) O Brasil registrou queda nos índices de mortes de crianças menores de 5
anos, no ano de 2015, 73% menor que no ano de 1990. Porém, a taxa de
mortalidade infantil ainda é elevada, principalmente em lugares de extrema
pobreza e alta vulnerabilidade social, destacando-se as regiões Nordeste e
Norte do país. Promovem a mortalidade infantil:
A) políticas
públicas efetivas na saúde e na educação além do aumento de emprego,
principalmente para os jovens.
B) áreas de
lazer, diversão e campanhas midiáticas que apresentam informações importantes
para a população.
C) assistência
hospitalar adequada, orientação à comunidade de forma objetiva e elevação da
renda da população.
D) amamentação
nas primeiras horas de vida do recém-nascido, contato com a mãe e boa nutrição.
E) saneamento
básico inadequado ou ausente, desnutrição, falta de assistência às gestantes e
ausência de acompanhamento médico aos bebês.
2. (IFB 2017) No Brasil, a grande desigualdade da distribuição de renda torna
relevante uma abordagem analítica que põe em relevo a possibilidade de lógicas
familiares alternativas conforme as condições de vida. Cláudia Fonseca e
Andreia Cardarello (2010), enfocando a relação entre condições materiais e vida
familiar, levantam a hipótese de que existem dinâmicas familiares distintas
conforme a classe social. Não obstante a riqueza dessas abordagens, pesquisas
subsequentes demonstraram as limitações de modelos calcados exclusivamente no
fator de classe.
Assinale a alternativa que indica os fatores
apontados pelas autoras que demonstraram as limitações de modelos calcados
exclusivamente no fator de classe.
I) Não existe uma correspondência mecânica
entre renda e valor familiar.
II) Em certos aspectos, as famílias das
classes altas, com sua lógica corporativista, antes de exibir um arranjo
moderno, parecem se aproximar mais da lógica hierárquica tida como típica das
classes populares.
III) Em relação à divisão sexual de trabalho
doméstico, observa-se que o casal igualitário das camadas médias é bem
diferente de seus vizinhos conservadores. Prova disso, é que as mulheres das
camadas médias não se ocupam dos afazeres domésticos tampouco são as principais
responsáveis pelo cuidado dos filhos, já que estas tarefas são realizadas pelas
empregadas domésticas.
IV) Diferenças entre regiões apontam para a
importância de fatores como religião e tradição cultural, que podem se sobrepor
às diferenças de classe.
Assinale a alternativa que apresenta apenas
sentenças CORRETAS.
A) I, II e III
B) II, III e IV
C) I e II
D) I e IV
E) I, II e IV
3. (ESAF 2015) Historicamente, o Brasil apresenta taxas persistentes de desigualdade
social. O debate acerca das causas e as consequências da desigualdade
brasileira sugere que
A) uma forma de
se medir a desigualdade é por meio do índice de Gini. Ele é uma medida que vai
de 0 a 1 em que 0 significa que todos têm os mesmos rendimentos (uma igualdade
completa) e 1 refere-se à apenas uma pessoa adquirindo toda a renda (uma
desigualdade completa). Isso quer dizer que a sociedade que apresenta um índice
de Gini mais próximo de zero tem menos desigualdade do que outra que apresenta
um valor mais próximo de um. No caso do Brasil, que possui um alto índice de
Gini (média de 0,70), este índice se deve às políticas neoliberais que
predominam historicamente no Brasil e pela alta inflação.
B) o crescimento
econômico se apresentou como um forte instrumento de combate a concentração de
renda, como ficou claro nos anos sessenta e durante o denominado 'milagre'
brasileiro, quando a distribuição de renda melhorou substancialmente. Com
efeito, através do cálculo do Índice de Theil, com base nos dados dos censos de
1960 e 1970, Fishlow (1972) constatou que houve de fato uma redução da
desigualdade pessoal da renda brasileira, durante o período do governo de
Castello Branco (1964-1967).
C) Langoni
propõe que o aumento da desigualdade de renda no Brasil nos anos sessenta pode
estar associado à rápida expansão da economia, de tal forma que o
desenvolvimento econômico do Brasil teria levado à maior concentração de renda
através da complementaridade dos seguintes mecanismos: “Efeito Kuznets", e
a corrida tecnológica versus a defasagem na qualificação da força de trabalho.
Embora estes mecanismos fossem distintos, eles tinham o mesmo gatilho: o
processo de crescimento econômico acelerado disparado pelo processo estrutural
de industrialização.
D) Bacha foca
atenção na distribuição social da renda e na distribuição corporativa da renda.
Ele indica que o aumento da escala das firmas (impulsionado pelo processo de
desenvolvimento industrial) demandou sistemas gerenciais mais amplos e
complexos, o que fez elevar relativamente o peso dos trabalhadores manuais na
economia como um todo, gerando melhor distribuição de renda.
E) a literatura
da desigualdade social brasileira destaca que o salário mínimo, a inflação, a
flutuação de demanda, a educação e o desemprego não têm um impacto
significativo entre as principais variáveis responsáveis pelas flutuações na
desigualdade pessoal da renda no Brasil.
4. (CESGRANRIO 2010) A vida no lixão, a falta de saneamento básico e de moradia e a fome são
dados de realidade relacionados à pobreza e à desigualdade social no Brasil.
Na segunda metade do século XX, aliando-se a
essas questões, ganha ênfase a temática da desigualdade racial. Ela mobilizou
os grupos atingidos a buscar ações denominadas políticas públicas de afirmação.
Como consequência dessa política, está a
conquista dos afrodescendentes, representada pela(o)
A) desigualdade
estabelecida entre brancos e negros nas oportunidades de trabalho.
B) permanência
do trabalho escravo, reduzido às áreas agropecuárias.
C) transformação
adotada devido à inovação tecnológica.
D) sistema de
cotas nas universidades em todo o território brasileiro.
E) direito
garantido em legislação aos cargos de chefia nas empresas transnacionais.
5. (CESPE 2010) As consequências das políticas de valorização do salário mínimo incluem
A) menor
participação da renda do trabalho no conjunto das remunerações.
B) maior heterogeneidade
do mercado de trabalho.
C) expansão do
mercado de consumo de bens supérfluos.
D) queda das desigualdades de renda.
E) menor
concentração de remunerações em torno do salário mínimo.
GABARITO
0 Comentários