E, na continuidade da história...
Tudo caminhava
para o uso da razão O predomínio, na organização das relações sociais, dos
princípios religiosos durou até pelos menos o século XV. Mas já no século XIV começava
a acontecer uma renovação cultural. Era o início do período conhecido por
Renascimento.
Os
renascentistas, com base naquilo que os gregos começaram, isto é, a questionar
o mundo de maneira reflexiva (como já contamos anteriormente), rejeitavam tudo
aquilo que seria parte da cultura medieval, presa aos moldes da igreja, no
caso, a Católica.
O
renascimento espalhou-se por muitas partes da Europa e influenciava a arte, a
ciência, a literatura e a filosofia, defendendo, sempre, o espírito crítico.
Nesse
tempo, começaram a aparecer homens que, de forma mais realista, começavam a
investigar a sociedade. A exemplo disso temos Nicolau Maquiavel (1469-1527)
que, em sua obra intitulada de O Príncipe, faz uma espécie de manual de guerra
para Lorenzo de Médici. Ali comenta como o governante pode manipular os meios
para a finalidade de conquistar e manter o poder em suas mãos.
Obras
como estas davam um novo olhar para sociedade, olhar pelo qual, através da
razão os homens poderiam dominar a sociedade, longe das influências divinas.
Era a
doutrina do antropocentrismo ganhando força. O homem passava a ser visto como o
centro de tudo, inclusive do poder de inventar e transformar o mundo pelas suas
ações.
Além de
Maquiavel, outros autores renascentistas, como Francis Bacon (1561-1626),
filósofo e criador do método científico conhecido por experimental, ajudavam a
dar impulso aos tempos de domínio da ciência que se iniciavam.
Não perdendo de vista...
Estamos
contando tudo isso para que você perceba que nem sempre as pessoas puderam
contar com a ciência para entender o mundo, sobretudo o social, que é o
queremos compreender.
Dessa
maneira, muitas pessoas no passado, ficaram ‘presas’ principalmente, àquelas
explicações a respeito da realidade que eram baseadas na tradição, em mitos
antigos ou em explicações religiosas.
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