1. (FCC 2018) Uma das sentenças mais conhecidas da história da filosofia foi formulada
pelo filósofo francês René Descartes: “Penso, logo
existo”. Para chegar a essa sentença, Descartes põe em dúvida o conhecimento da
realidade. Mas, com essa sentença, ele garante que
A) o ser que
existe tem existência anterior ao ato de pensar, pois o pensamento só é
possível num ser que existe.
B) pensar é ter
certeza de que a realidade pensada é verdadeira, porque pensar implica não pôr
em dúvida a existência da realidade.
C) o ser que
dúvida se mantém no caminho da dúvida indefinidamente, pois o ato de pensar põe
em dúvida a existência.
D) o limite
da dúvida é pôr em dúvida tudo que existe, mas ao pôr tudo que existe em dúvida
não se pode duvidar do próprio ato de pensar.
E) o limite do
pensamento é admitir não haver conexão entre pensamento e realidade, já que só
existe realidade no próprio ato de pensar.
2. (IFB 2017) Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma afirmação que se liga ao
significado de “analiticamente verdadeiro”, conforme elaborado por Kant em sua obra “Crítica da Razão Pura”.
A) O juízo
analítico tem o sentido de verdadeiro por definição.
B) O juízo
analítico pode versar sobre objetos do mundo da experiência.
C) O juízo
analítico tem a verdade do conteúdo afirmado decidido por leis lógicas
elementares, pressupondo as regras semânticas da língua em que é afirmado.
D) O juízo
analítico deve sua analiticidade somente à relação entre o conceito de sujeito
e o conceito do predicado.
E) No juízo
analítico o predicado do enunciado não acrescenta conteúdo ao sujeito do
enunciado.
3. (IFB 2017) Leia as afirmações sobre
a exposição metafísica do espaço e do tempo como formas a priori da intuição.
I) Na estética
transcendental, trata-se o tempo intuitivo como relações de sucessão e
simultaneidade.
II) Na estética transcendental, trata-se o espaço como a forma da intuição do sentido externo enquanto o tempo como a forma da intuição do sentido interno.
II) Na estética transcendental, trata-se o espaço como a forma da intuição do sentido externo enquanto o tempo como a forma da intuição do sentido interno.
III) Na estética
transcendental, o sentido interno não tem primazia sobre o sentido externo,
eles estão no mesmo nível de representação.
IV) Na estética
transcendental, espaço e tempo tem um caráter também conceitual.
Assinale a
alternativa que apresenta somente as afirmações CORRETAS, de acordo com a
posição de Kant em sua obra “Crítica da Razão Pura”.
A) I, II e IV
B) I, II e III
C) II e IV
D) II e III
E) I e II
4. (IFB 2017) Kant resume a lição básica
da estética e da analítica transcendental ao afirmar que “as condições da
possibilidade da experiência em geral são, ao mesmo tempo, as condições da
possibilidade dos objetos da experiência” (Crítica da Razão Pura, A 158/B 197).
Assinale a
alternativa que apresenta a consequência desta lição.
A) Podemos conhecer alma
como se esta fosse um objeto de experiência.
B) Podemos conhecer a
extensão espacial e temporal do universo como se fosse um objeto de
experiência.
C) Podemos conhecer as
coisas elas mesmas quando as colocamos numa experiência.
D) Podemos conhecer os
objetos que estamos aptos a experimentar, aqueles que nos aparecem, e não as
coisas em si mesmas e que estão para além da nossa experiência.
E) Podemos conhecer
dialeticamente as ideais regulativas enquanto princípios constitutivos da
experiência possível.
5. (SEDUC - CE
2016) Leia o fragmento abaixo.
“[…] as
condições da possibilidade da experiência em geral são, ao mesmo tempo, condições
da possibilidade dos objetos da experiência e têm, por isso, validade objetiva
num juízo sintético, a priori”.
Kant, Crítica
da Razão Pura.
Essa afirmação
implica em uma grande reviravolta na teoria do conhecimento moderno,
impulsionada pelo modo como Kant defendeu
A) a relação de interdependência
entre os sentidos e a razão e, ao mesmo tempo, entre os juízos analíticos e
sintéticos, como via de acesso à verdade.
B) o papel das questões
metafísicas acerca do Ser e da alma, como aspectos fundantes da filosofia
transcendental.
C) a estrutura
transcendental dos fenômenos como condição de serem intuídos pela razão pura.
D) a conciliação entre os
projetos racionalista e empirista de fundamentação do conhecimento, como
possibilidade de conhecimento das coisas em si.
E) a coincidência entre
as capacidades de perceber e entender, inerente ao sujeito, e à própria
estrutura da realidade.
GABARITO
1:D - 2:C - 3:E - 4:D - 5:E
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