1. (CEPERJ 2013) Em sua Poética,
Aristóteles se pergunta a respeito da natureza do discurso poético e de seu
efeito. Em resposta a essas questões, ele apresenta dois conceitos fundamentais
para a sua compreensão da tragédia e que terão “grande influência na teoria e
na crítica literárias posteriormente", como comenta Danilo Marcondes na
sua Iniciação à história da filosofia. Essas duas noções aristotélicas são:
A) o belo e o sublime.
B) o sujeito e o objeto.
C) o apolíneo e o dionisíaco
D) a imitação e a
purificação.
E) a aura e a reprodução.
2. (CONSULPLAN 2018) As afirmativas a seguir
tratam da tripartição da alma em Aristóteles. Analise-as.
I.É o
princípio mais elementar da vida, ou seja, o princípio que governa e regula as
atividades biológicas.
II. Os animais
possuem sensações, apetites e movimentos. III.É o pensamento e as operações a
ele ligados, como a escolha racional.
Cada
afirmativa anterior se relaciona, respectivamente, a qual parte?
A) Alma natural; alma
cultural; e, alma metafísica.
B) Alma vegetativa; alma
sensitiva; e, alma intelectiva.
C) Alma espiritual; alma
psicológica; e, alma substancial.
D) Alma antropológica; alma
teológica; e, alma corpórea.
3. (CONSULPLAN 2018) “Anaximandro
de Miletonasceu por volta de fins do século VII a. C. e morreu no início da
segunda metade do século VI. Elaborou um tratado sobre a natureza, do qual nos
chegou um fragmento. Trata-se do primeiro tratado filosófico do ocidente e do
primeiro escrito grego em prosa. A nova forma de composição literária
tornava-se necessária pelo fato de que o logos devia estar livre do vínculo da
métrica e do verso para corresponder plenamente às suas próprias instâncias.”
(Reale, 1990. V 1. p. 31.)
Dentre as
alternativas a seguir, apenas uma compõe o pensamento filosófico de
Anaximandro; assinale-a.
A) Os números são os
“princípios” primeiros e nos números, precisamente, mais do que no fogo, na
terra e na água, eles acreditavam ver muitas semelhanças com as coisas que
existem e se geram.
B) O “princípio” (arché)
é o infinito, ou seja, uma natureza (physis) infinita e indefinida da qual
provém todas as coisas que existem. O termo usado para isso é a-peiron, que
significa aquilo que é privado de limites, tanto externos quanto internos.
C) O devir ao qual tudo está
destinado caracteriza-se por uma contínua passagem de um contrário ao outro: as
coisas frias esquentam, as quentes esfriam, as úmidas secam, as secas umedecem,
os jovens envelhecem, o vivo morre, mas daquilo que está morto renasce outra
vida jovem e assim por diante.
D) O “princípio” deve ser
infinito, mas deve ser pensado como ar infinito, sustância aérea ilimitada.
Exatamente como a nossa alma, que é ar, se sustenta e se governa, assim também
o sopro e o ar abarcam o cosmos inteiro. E ainda: o ar está próximo ao
incorpóreo e, como nós nascemos sob o seu fluxo, é necessário que ele seja
infinito e rico, para não ficar reduzido.
4. (CONSULPLAN 2018)
Trecho I “[...] a filosofia pretende explicar
a totalidade das coisas, ou seja, toda a realidade, sem exclusão de partes ou
momentos dela. Assim, a filosofia distingue-se das ciências particulares, que
assim se chamam exatamente porque se limitam a explicar partes ou setores da
realidade, grupos de coisas ou de fenômenos. E a pergunta daquele que foi e é
considerado como o primeiro dos filósofos – ‘Qual é o princípio de todas as
coisas?’ – já mostra a perfeita consciência desse ponto. Portanto, a filosofia se
propõe como objeto a totalidade da realidade e do ser precisamente descobrindo
qual é o primeiro ‘princípio’, isto é, o primeiro ‘por que’ das coisas.”
(Reale, 1990. V 1. P 21.)
Trecho II “[...] A filosofia visa a ser
‘explicação puramente racional daquela totalidade’ que tem por objeto. O que
vale em filosofia é o argumento da razão, a motivação lógica, o logos. Não
basta à filosofia constatar, determinar dados de fato ou reunir experiências:
ela deve ir além do ato e além das experiências, para encontrar a causa ou as
causas precisamente através da razão. É justamente esse caráter que confere
cientificidade à filosofia. Pode-se dizer que esse caráter também é comum às
outras ciências, que, enquanto tais, nunca são uma mera constatação empírica,
mas também são pesquisas de causas e razões.”
(Reale, 1990. V 1. P 22.)
Os dois trechos citados anteriormente se
referem, respectivamente, a quais conotações da filosofia antiga?
A) Conteúdo /
Escopo.
B) Escopo /
Conteúdo.
C) Conteúdo /
Método.
D) Método /
Conteúdo
5. (CONSULPLAN 2018) “Os filósofos de Miletohaviam notado o ‘dinamismo universal’ das coisas
que nascem, crescem e perecem, bem como do mundo – aliás, dos mundos –,
submetido ao mesmo processo. Além disso, haviam pensado o dinamismo como
característica essencial do próprio ‘princípio’ que gera, sustenta e reabsorve
todas as coisas. Entretanto, não haviam levado adequadamente tal aspecto da
realidade ao nível temático. E é precisamente isso o que faz Heráclito.”
(Reale, 1990. V 1. p. 35.)
Analise as afirmativas a seguir.
I. “Tudo se
move, tudo escorre” (panta rhei), nada permanece imóvel e fixo, tudo muda e se
transmuta, sem exceção.”
PORQUE
II. “Não se pode
descer duas vezes o mesmo rio e não se pode tocar duas vezes uma substância
mortal no mesmo estado, pois, por causa da impetuosidade e da velocidade da
mudança, ela se dispersa e se reúne, vem e vai.”
Assinale a alternativa correta.
A) A afirmativa
I é verdadeira e a II, falsa.
B) A afirmativa
I é falsa e a II, verdadeira.
C) As
afirmativas I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
D) As
afirmativas I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
GABARITO
1:D - 2:B - 3:B - 4:C - 5:C
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