1. (CESPE 2009) Nosso mundo é uma cópia imperfeita e transitória de outro mundo,
transcendente, onde estão as ideias — formas incorpóreas, invisíveis, eternas e
imutáveis. Nossos sentidos só captam a cópia. Ao original, só a Razão tem
acesso. Nosso mundo é o da doxa, da mera opinião; para ver o que há por trás
dele, precisamos da ciência, a episteme. Só assim podemos alcançar o fundamento
supremo das coisas: a ideia do bem e a ideia do belo.
Eliel Cunha e Janice Florido (Org.). Grandes
Filósofos. São Paulo: Nova Cultural, 2005, p. 20 (com adaptações).
Considerando as ideias apresentadas no texto
acima bem como o pensamento platônico, assinale a opção correta.
A) O
intelecto pode apreender as ideias, porque a alma não é de origem material nem
corpórea.
B) A alma humana
só contempla as ideias puras de todas as coisas depois de prender-se ao corpo.
C) Não existem
ainda o belo em si, o bom em si e o grande em si, no desenvolvimento da
filosofia platônica, no momento em que esta começa a adquirir autonomia e se
distinguir do socratismo.
D) Para Platão, tanto a doxa, quanto a episteme são
conhecimentos racionalmente fundamentados.
2. (CONSULPLAN 2018) “Platão descobriria e
procuraria demonstrar que a realidade ou o ser não é de um único gênero e que,
além do cosmos sensível, existe também uma realidade inteligível que transcende
o sensível.” (Reale, 1990. V 1. P 24.)
Ao pensar
assim, Platão estaria constatando o que mais tarde seria chamado de:
A) Lógica.
B) Metafísica.
C) Cosmologia abstrata.
D) Moral transcendental.
3. (IBADE
2017) Filósofo grego e discípulo de Sócrates, Platão deixou Atenas depois da
condenação e morte de seu mestre, sendo responsável por inúmeras obras,
destacando-se:
A) Critica da economia
política (1859).
B) A sagrada família (1845)
colaboração com Engels.
C) A miséria da filosofia:
resposta à filosofia da miséria de Proudhon (1847).
D) Hippias Maior (o que é
o belo?): Eutifron (o que é a piedade?); Menon (o que é a virtude?).
E) A crítica da filosofia do
direito de Hegel publicada postumamente.
4. (SEDUC - CE 2016) Leia o texto abaixo.
Se alguém me
diz por que razão um objeto é belo, e afirma que é porque tem cor ou forma, ou
devido a qualquer coisa do gênero – afasto-me sem discutir, pois todos esses
argumentos me causam unicamente perturbação. Quanto a mim, estou firmemente
convencido, de um modo simples e natural, e talvez até ingênuo, que o que faz
belo um objeto é a existência daquele belo em si, de qualquer modo que se faça
a sua comunicação com este. O modo por que essa participação se efetua, não o
examino neste momento; afirmo, apenas, que tudo o que é belo é belo em virtude
do Belo em si”.
Platão, Fédon.
Na obra
filosófica de Platão, a convicção de Sócrates presente no texto representa
A) a crença na anterioridade
lógica dos valores estéticos em relação à ciência.
B) a comprovação do
monadismo platônico que unifica o corpo e a alma, mundo sensível e mundo
inteligível.
C) a crítica ao
naturalismo, fundado na experiência sensível, e a fundamentação da metafísica
platônica, fundada nas ideias (logoi).
D) a influência da noção de
beleza para os gregos, nas ideias postas em toda filosofia platônica.
E) a defesa da superioridade
ontológica do Belo em relação às demais causas da realidade.
5. (Colégio Pedro II 2016) “SÓCRATES: E agora, Mênon, vê que progressos ele já fez em termos de
memória? De início não sabia que linha forma a figura de oito pés e mesmo agora
não sabe, mas antes achava que sabia e respondeu confiante como se soubesse,
sem ter consciência das dificuldades; ao passo que agora sente a dificuldade em
que se encontra e, além de não saber, não acha mais que sabe.”
(PLATÃO. Mênon. In: MARCONDES, Danilo. Textos
básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 35)
Dentre as características da filosofia
socrática inferidas dos escritos de Platão, o trecho acima retrata
A) o uso da
dialética como meio de alcançar as verdades imutáveis da alma.
B) o constante
recurso a analogias e abundantes exemplos para testar definições.
C) a crença na
reminiscência ou recordação como meio de acessar o conhecimento.
D) a
convicção de que a investigação se inicia com um reconhecimento do não saber.
GABARITO
1:A - 2:B - 3:D - 4:C - 5:D
0 Comentários